31 outubro 2006

Antes que o dia amanheça


Por Glauber Piva*



“Com o corpo coberto de cicatrizes,

portando estrelas no peito,

nos olhos a invencível vocação de mar,

nós, os primitivos

voltamos

e somos milhões.” (Pedro Tierra)



Antes que amanheça, saibamos do dia que encerramos.

Nascido das trevas, o dia findo carregou a marca da ansiedade e ofereceu-nos caminhos confusos, ora escuros, ora alegres; ora penhascos, ora planícies, ora planalto.

Construído com a massa da qual é feita as utopias, este dia trouxe em seu ventre o sangue dos que lutaram contra as ditaduras, o suor dos que resignificaram o trabalho e os sonhos dos que reinventaram o Brasil. Neste dia que tanto demorou para nascer e agora já está terminado, o povo saiu da platéia e invadiu o palco.

A pobreza diminuiu, a fome diminuiu, o desemprego diminuiu. Neste dia, o Brasil e a América Latina se reencontraram e o mundo descobriu novos atores. Neste dia, negros e pobres, mulheres e homens, jovens e velhos acenderam o seu candeeiro e não deixaram a noite obscurecer o país.

Antes que o dia amanheça, lembremos da noite que vivemos.

Não podemos inaugurar o amanhã se não tratarmos as dores da noite. Vivemos tempos de ardor e descobertas e chegou a hora de reconhecê-las.

Aos que pensaram que diálogos encerram lutas e aniquilam diferenças, esta noite sepultou as ilusões: se somos plurais e diversos, somos também diferentes, somos um povo nascido das opressões, forjado nos mais duros embates e esta noite nos banhou com a mais antiga de todas as lutas.

Antes do amanhecer, identifiquemos nossos erros e purguemos nossas culpas, mas também olhemos nos olhos de nossos algozes e não nos esqueçamos de seus falsos moralismos, de suas condenações vazias desenhadas em manchetes e de seu autoritarismo que tentou nos impor o silêncio e a submissão.

Nesta longa noite, nossas dores doeram mais forte, mas também nos fortaleceram para o longo dia que chegou.

Antes que o dia amanheça, olhemos o horizonte, pois ele guarda o sol que iluminará as nossas lutas.

Aos que esperam por descanso, o novo dia não oferecerá cama macia, mas caminhos pedregosos. Aos que carregam armas, o novo dia não permitirá intolerância, mas exigirá inteligência. Aos que aspiram por consenso, a manhã nos propõe argumento e nos lembra que é tempo de sedução e dissenso.

Neste dia, com as frestas reveladas pelo sol, caberá às forças populares organizarem o seu projeto e articularem suas energias. Nossa comunicação tem de ser mais eficiente e nossas vozes mais audíveis. Na manhã que se anuncia, a esquerda deve se saber esquerda, os democratas se fazer republicanos e o povo não sair do palco.

O dia será longo, as lutas serão duras e outra noite poderá vir. Evitá-la é tarefa de milhões. Que tenhamos aprendido com a crueza da noite!



Glauber Piva é Secretário Nacional de Cultura do PT
Um instantâneo do eleitorado do chuchu


São artesãs, executiva, administradora de empresas, pedagoga, aposentada,designer, fazem parte de uma fauna que teima em se manter. Esta matéria da FolhaNews é apenas um instantâneo do eleitorado do chuchu, Serra e admiradoras de FHC.

Os destaques são meus.


Elite tucana atribui vitória de Lula à falta de informação do "povão"

da FolhaNews

30/10/2006
09h44 - São Paulo - Freqüentadores de Higienópolis, bairro de Fernando Henrique Cardoso e reduto de intelectuais tucanos, tentavam explicar o que um deles classificou de "fenômeno Lula", referindo-se ao crescimento do candidato petista nas pesquisas, "apesar da roubalheira do PT".
"O eleitor do Lula é o povo do interior ou do Nordeste, que não tem acesso à informação e por isso não sabe o quanto se roubou no governo do PT", formula a artesã Maria Lúcia Barros Barreto, de 66 anos. "As pessoas podem até assistir ao jornal pela TV, mas muitas não têm condição de interpretar a notícia", acrescenta a executiva Margareth Goldenberg, de 44.
Na opinião dela, o erro de Alckmin foi transmitir seu programa de governo de maneira muito formal. "É triste, mas só ganha quem reduz a qualidade do discurso para atingir o maior número de eleitores possível." A administradora de empresas Patrícia Marino, de 40, acredita que "Lula faz apologia da pobreza e fala mal o português de propósito".
Sua tia, a pedagoga Cecília Andreolli, não tem dúvidas: "O que estragou foi colocarem o Alckmin ao lado do (Anthony) Garotinho. Quem teve aquela idéia?" Incrédulas na quantidade de votos para Lula, as duas afirmam que "tem muito petista enrustido por aí".
Em cerca de três horas de entrevistas na praça Vilaboim, coração de Higienópolis, a Folha observou que existe uma tentativa de "organizar" o pensamento - sem garantia de coerência.
Mesmo afirmando que "o povão vota no Lula" porque não tem acesso à informação, a artesã Maria Lúcia diz que é contra publicar pesquisa antes da eleição. "Isso induz o voto do eleitor (ignorante)." A aposentada Zuleika Frizzo afirma que "Lula rouba" - mas não se responsabiliza pela idoneidade do PSDB. "Pelo menos, a gente não tem a sensação de que está sendo extorquido." Para ela, "o brasileiro perdeu a credibilidade em si mesmo". "Os americanos começaram uma nação de verdade; os portugueses já chegaram extorquindo."
Dizendo-se "abaladas", mas sem parecer propriamente tristes, a mesária tucana Flávia Heilman, de 27 anos, e sua amiga, a designer Tatiana Bauman, de 28, perguntam, sentadas no terraço do lado de fora de um barzinho: "Se a gente fizer cara de desoladas, você colocará nossa foto na capa do jornal?" Flávia prepara-se para a pose, segurando o dinheiro que recebeu para despesa com o almoço. "Ganhei R$ 10 pro lanche", debocha.


Esta amostra dá para explicar a vitória do PSDB em São Paulo e a derrota do chuchu no Brasil.


Paulo Nolasco de Andrade.
REVISTA VEJA, ALÉM DE MARROM, ROUBA CHARGES!


O desenho do Santiago foi impresso na revista Veja sem a sua autorização.
Vamos denunciar a prática ilegal da Veja para com este renomado artista gaúcho.

DENÚNCIA DO SANTIAGO

Dois dias antes da eleição (segundo turno) recebi um telefonema de um funcionário da redação da revista "Veja" pedindo autorização para usar meu desenho.
Respondi que não autorizava pois não concordava com a linha editorial da revista. Repeti que não gostaria de ver trabalho meu nesse momento histórico nas páginas dessa publicação.
Pois no sábado fui à banca, abri a revista e lá estava a minha charge publicada na página de apresentação da edição.

Mais do que usar um trabalho sem autorização "Veja" usou um trabalhoque havia sido verbalmente DESAUTORIZADO pelo autor.

Um belo exemplo da arrogância da grande imprensa.

Santiago (desenhista de humor)

Imprensa Livre: a montagem de um mito moderno

Imprensa Livre: a montagem de um mito moderno


A escola Serjão

Sérgio Motta, o Serjão, ex-ministro das Comunicações de FHC (de janeiro de 1995 até o dia de sua morte, 19 de abril de 1998), era um sujeito extremamente pragmático e direto.

É dele a avaliação de que o tucanato inaugurava em 1995, com o professor Cardoso, "duas décadas de hegemonia e poder" no Brasil. Eles quiseram fundar um novo "getulismo com sinal trocado", sem Getúlio, com FHC, e com a famigerada inserção subalterna do Brasil na onda neoliberal de Reagan-Thachter. Exatamente o contrário do que Getúlio Vargas propugnou e construiu.

Serjão (foto) afirmava que, para isso acontecer a pleno, era preciso haver um total domínio da mídia, não apenas dos empresários donos de jornais, rádios e TV's, mas sobretudo dos jornalistas, dos que militavam e escreviam artigos e matérias de qualquer natureza no dia-a-dia das redações. Questionado sobre como era possível arregimentar tantos apoios naquilo que se constituiria uma verdadeira "revolução cultural tucana nas redações", mais uma vez aflorou o hiper-realismo e o ultra-objetivismo do homem que foi o braço direito e parte do cérebro do professor Cardoso, Serjão virou-se para o pálido interlocutor e disse:

- Jornalista come na mão, se farto for o grão!

Teorias e papers acadêmicos sobre a invencível tendência direitista e antidemocrática da mídia mundial da atualidade (por que não é um fenômeno exclusivo do Brasil, ao contrário) precisam, pois, levar em conta esse dado comezinho e quase vagabundo da realidade, qual seja, o aspecto subjetivo da canalhice e da sordidez humana na montagem do mito moderno da imprensa livre.

Serjão e seus epígonos não ficaram duas décadas no poder – felizmente – mas a infraestrutura midiática desse projeto de getulismo com sinal trocado ainda está intacta. E com altas taxas de remuneração ao seu público interno. Hoje, ser um jornalista de direita dá muito dinheiro, e é um business como qualquer outro.

Fonte: Diário Gauche

30 outubro 2006

PROPAGANDA PÓS ELEITORAL TUCANA



Faz exatamente um dia e o PRESIDENTE Lula não fala aonde foram parar os meus votos!!!
Aviso aos golpistas


Eduardo Guimarães

Durante mais de um ano e meio a oposição a Lula teve todas as oportunidades e todo o espaço que quis nos meios de comunicação para vender suas propostas, fazer suas acusações e críticas. Porém, a despeito de tudo o que foi maciça e incessantemente divulgado, a expressiva maioria do eleitorado optou por manter o presidente no cargo. Esse fato demonstra, de forma inequívoca, que os brasileiros rejeitaram as propostas oposicionistas, não acreditaram em suas acusações e não endossaram suas críticas. A oposição e os meios de comunicação, portanto, estão obrigados, pelas regras da democracia, a aceitarem o resultado das urnas. Os brasileiros não aceitarão a continuidade das tentativas de impedir o governo Lula de trabalhar. Após a consagração das urnas, a paciência popular com o golpismo midiático-oposicionista se esgotou. Será bom que os adversários do presidente (tanto os declarados quanto os dissimulados) atentem para este fato. Do contrário, descobrirão quanto a paciência popular encurtou.

LULA REELEITO


Em seu primeiro discurso como presidente reeleito, Lula disse que não tem mais o "direito moral, ético e político" de errar




O petista Luiz Inácio Lula da Silva, que foi reeleito presidente da República neste domingo (29) com mais de 58 milhões de votos, disse que em seu segundo mandato o país vai “crescer mais rápido”, com um governo que “não gasta mais do que ganha” e que dará “mais atenção para os pobres”. Sobre os escândalos e crises que afetaram seu governo – e que, segundo analistas, impediram a vitória no primeiro turno -, Lula afirmou que não tem mais “o direito moral, ético e político de cometer erros daqui para frente”.

Lula teve quase 61% dos votos válidos.

À 1h40, com 99,99% das seções apuradas, o petista registrava 58.293.068 votos (60,83%), contra 37.542.734 votos (39,17%) de Alckmin (veja o resultado completo da votação, estado por estado).

O tucano teve menos votos do que no primeiro turno (leia aqui), e Lula cresceu no Nordeste (leia aqui).

As declarações de Lula foram dadas em São Paulo em dois discursos na noite deste domingo. O primeiro, em um hotel, foi realizado logo depois de Alckmin ter admitido a derrota, às 20h22 (leia a íntegra do primeiro discurso de Lula: aqui). O segundo foi em um palanque montado na Avenida Paulista.
"Contra comida na mesa do povo não tem candidato", disse Lula, ao justificar sua vitória.
Nos dois discursos feitos depois da vitória, Lula afirmou que o combate à pobreza terá prioridade no segundo mandato, mas prometeu responsabilidade nos gastos públicos e maior crescimento econômico. Para ele, o Brasil poderá crescer até 7% no ano que vem. "Manteremos uma política fiscal dura, porque não pode gastar mais do que ganha", disse. Em recado dado a dirigentes sindicais presentes na platéia no hotel, Lula disse: "Reivindiquem tudo o que quiserem, mas daremos apenas aquilo que a responsabilidade permitir".
Assista a vídeos das eleições aqui.


Lula afirmou que irá cuidar pessoalmente da articulação política. Na visão da colunista do G1 Cristiana Lobo, isso significa que Lula montará o ministério sem intermediários. Em 2002, essa tarefa coube aos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci.
"Chamarei todo mundo para conversar, não haverá veto a ninguém”, disse o presidente. Ele acrescentou que não vai se apressar para definir qual será a equipe de governo a partir de 1º de janeiro. "Tenho 60 dias para escolher", afirmou o presidente, que adiantou que não deve cortar ministérios, apesar das críticas feitas pelo adversário Geraldo Alckmin aos gastos do governo com a estrutura ministerial.
Lula pensa em reforma ministerial com mais PMDB e menos PT. Leia aqui.


Desafios
Apesar da grande votação neste domingo, o presidente vai para seu segundo mandato com desafios grandes pela frente. Em primeiro lugar, porque sua primeira equipe ministerial, formada por homens de sua confiança e líderes do PT, foi em parte desmontada depois de crises e denúncias. Além disso, Lula terá que fazer composições com partidos da oposição no Senado para garantir a sustentabilidade do segundo mandato. Os partidos que formalmente fazem oposição ao governo ficaram com um total de 42 senadores. O PFL teve o melhor desempenho e elegeu seis senadores, contra cinco do PSDB e quatro do PMDB. O PTB elegeu três, e o PT, dois. A tradição rege que os partidos com a maior bancada no Senado e na Câmara têm o direito de indicar os presidentes de cada Casa.
Por outro lado, o governo conseguiu ampliar a base de apoio nos estados com a vitória de mais cinco aliados neste domingo - e ganha o apoio de pelo menos 15 dos 27 governadores eleitos.

Confira a relação de senadores eleitos: aqui

Veja o novo mapa dos governos estaduais.

Frases
A marca da vitória de Lula em 2002, quando foi eleito pela primeira vez, foi a frase "a esperança venceu o medo", que estampou a camiseta que Lula apareceu pela primeira vez depois da vitória. Desta vez, sua frase preferida, repetida com insistência durante a campanha, foi "o andar de baixo venceu o andar de cima".
Ela foi dita mais uma vez durante discurso para uma platéia cerca de 5.000 petistas na Av. Paulista. Veja aqui.
Confira aqui outras frases do presidente durante a campanha.

Trajetória
Lula tem uma biografia rara desde o nascimento, em Vargem Grande, atual Caetés, Pernambuco. Sua carreira como líder político coincide com a pressão popular pela abertura política durante o regime militar. Em 1980, Lula, intelectuais, sindicalistas e acadêmicos fundam o Partido dos Trabalhadores, pelo qual Lula se elegeria presidente do Brasil em 2002.
Clique aqui para ler a retrospectiva completa da carreira política de Lula.
Veja galeria de fotos com a trajetória do presidente desde os tempos de militância: aqui

A São Paulo que namora comigo


Ontem, em conversa com amigos, declarei que iria votar com "minha São Paulo" amorosa e querida. Antecipei que sairia de mão dadas com ela rumo ao colégio na periferia de Sampa. E, assim, foi...

No início da noite, entretanto, percebi que ela me fora docemente infiel. Tinha ido às urnas com muitos outros paulistas. Ah, malandrinha...

Elas tem tantos amores, afinal, que não sou capaz de absorvê-los sozinho. E foi um processo de sedução coletiva, pleno de sucesso.

No primeiro turno, foram 18 pontos de diferença em favor do outro candidato, das forças reacionárias. Afinal, aqui é a capital da "Veja", do "Estadão", da "Folha" e da propaganda massiva da cultura neoliberal da mesquinhez. Aqui, é a terra onde primeiro se semeia o ódio e o preconceito.

Neste domingo, entretanto, contra tudo e contra todos, baixamos a diferença a meros 4,5%. Ah, de quantos milagres o amor é capaz...
Ontem, falei da Sampa que namoro, cheia de sinuosas curvas e românticas noitinhas garoentas. É a mesma cidade de Adoniran e de suas saudosas malocas, da Vai-Vai, das simpáticas putas da Augusta, dos boleiros de várzea e dos boêmios resistentes.

Ah, e eles não me decepcionaram. Estavam todos na AVENIDA PAULISTA, com o operário re-presidente. A minha Vai-Vai deu um show, com suas negras e mulatas altivas, que muito bem podiam ser rainhas africanas. Teve a Rosas de Ouro também, uma bateria afinadíssima. E a querida Lecy Brandão, um exemplo de mulher, uma voz de ouro e líquido cristal.

Na Paulista lotada de gente de todos os tipos, havia muitas crianças, lindas, atordoadas por brincar na multidão alegre. Vi: uma japonesinha de porcelana, um gauchão bravo, dois nerds, trinta negrões batuqueiros, um indiozinho boliviano e sua mãe, um monte de descendentes de italianos, nordestinas de pele de pêssego, um cabeludo argentino, um inglês perdido e ébrio, um louco sábio e uma velhinha de 88 anos.

Essa é a minha São Paulo da quase metade, resistente, consciente, mestiça, sapeca, linda e sensual. Ela é tantas, que nem sei...

Então, repito a homenagem, mocinha de 452 anos. Te adoro. Te amo. Você é tão linda que até se parece com a gente do meu Brasil.

Partigiano Tchê (Físico e poeta brasileiro)

28 outubro 2006

É LULA DE NOVO COM A FORÇA DO POVO



Grande imprensa cometeu suicídio nestas eleições, diz Nassif


Por André Cintra e Priscila Lobregatte


Ao adotar um pensamento único, elitista e anti-Lula, a mídia entrou numa rota suicida. Esse estilo, ''inédito em termos de grande imprensa'', criou ''um clima muito pesado de patrulhamento, ataques, macarthismo''. O diagnóstico é de Luis Nassif, jornalista há mais de três décadas e ex-membro do conselho editorial da Folha de S.Paulo.


Nassif: ''Os colunistas foram inibidos''
Nassif se tornou uma das vozes mais avessas aos descalabros que tomaram conta do jornalismo. Em sua opinião, a mídia sequer se esforçou para entender um fenômeno como o Bolsa Família - e sai dessa eleição desiludida com a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na entrevista que concedeu ao Vermelho - e que abre a série ''Mídia x Mídia'', o jornalista mineiro atacou o presidenciável tucano Geraldo Alckmin. ''A gestão dele em São Paulo, do ponto de vista administrativo, foi absolutamente medíocre e nunca foi avaliada''. De acordo com Nassif, ''Alckmin não tem discernimento'' e sofre de ''incompetência gerencial''.

As declarações de Nassif foram tomadas nesta quarta-feira (25/10), num escritório da Avenida Paulista, em São Paulo, onde o jornalista coordena a Agência Dinheiro Vivo. Confira os principais trechos dessa entrevista exclusiva.

Por que essa onda anti-Lula e anti-PT ficou cada vez mais forte na grande mídia?
No começo do ano passado, alguns colunistas - não oriundos da imprensa propriamente dita -, intelectuais e pessoas do showbiz, basicamente o (Arnaldo) Jabor e o Jô (Soares), começaram uma crítica mais pesada ao Lula e ao PT. Essa crítica, num determinado momento, resvalou para uma posição de intolerância e teve eco na classe média.

Quando teve eco, aconteceu algo que, para mim, é o mais inacreditável que eu já vi em mais de 30 anos de jornalismo: a Veja entra na parada e começa a usar aquele estilo escabroso. É inédito em termos de grande imprensa - e é um suicídio editorial. Agora, aquele estilo acabou batendo aqui, em São Paulo, em alguns círculos do Rio de Janeiro, induzindo a mídia a apostar na queda do Lula. Quando não conseguiu derrubar Lula, a mídia enlouqueceu. E então todos os jornais caminhavam na mesma direção. Isso não existe. Todo mundo endoidou.

Criou-se um clima muito pesado de patrulhamento, ataques, macarthismo
. Os colunistas, de uma maneira quase unânime, entraram nesse clima - até por constrangimento. Aquela posição relativamente diversificada que existia nos jornais, através de seus colunistas, acabou. Os colunistas foram inibidos. Há jornalistas aí, com 40 anos de carreira, que escreveram 365 artigos, um por dia, sobre o mesmo assunto, todo dia pedindo a cabeça do Lula.

Não dá. Criou-se uma guerra santa que é incompatível com o papel da mídia. Isso era para os jornais dos anos 50. Partiu-se para um festival de ficção, de arrogância, de agressividade e falta de civilidade que é veneno puro na veia na imagem dos jornais e das revistas que entraram nessa.

E, mesmo assim, o Lula não caiu...
Porque, no começo dos anos 90, tivemos um fenômeno: começou a surgir a ''banda B'' da opinião pública. As classes D e E começaram a ter voz. É a história dos descamisados
- e Collor percebeu muito bem isso. Começa a haver nessas classes um novo campo. À medida que o país vai evoluindo, aquela mediação feita pelos coronéis tende a se diluir. Este foi um primeiro ponto. Quando Lula lança o Bolsa Família - que é um programa muito bem-feito e que tem, sim, contrapartida -, ele pega esse fenômeno, que ganha corpo. O Fernando Henrique, que é sociólogo e tal, por conta de sua postura imperial, não percebeu esse novo cidadão emergente.

Outro ponto é que, na medida em que se criou essa unanimidade na mídia, você descartou públicos: o público engajado, que tem seu pensamento - a favor do Lula e do governo -, e que de repente percebeu que não havia nenhum veículo que fosse justo; e o segundo é um público menor, mas muito influente, que é o público dos formadores de opinião bem informados. Com aquela simplificação com que veio a cobertura, estes setores acabaram se desiludindo com a imprensa. Tudo isso surge num momento em que a internet já tinha massa crítica aí, com os blogs e tudo, para fazer contraponto. E entre os blogs tem de tudo.

Aquela diversidade que os jornais ainda tinham e perderam, o pessoal foi buscar na internet. E uma coisa a gente aprende com os blogs: se houver 20 blogs falando ''A'', basta um blog falando ''B'' de forma consistente, que ele inverte e desmascara. Há a interação entre os blogs e seus leitores. Os blogs emergiram como uma alternativa. E isso culminou com a matéria do Raimundo Pereira na CartaCapital. Em outros momentos, a Carta teria feito a matéria e ninguém falaria nada. Agora a matéria teve um alarido infernal, de tudo quanto é blog discutindo. E o tema não morreu.

A ponto de a Globo ter de se explicar...
É, tentou, tentou, mas não conseguiu responder. (Ali Kamel) é um rapaz inteligente, mas há coisas que, se você não consegue explicar, é melhor não tentar
. Se você precisa de mais de uma lauda para explicar, não tente. Ele tentou e ficou chato, porque estava claro que era uma armação do delegado visando a Globo.

E aí se entra em outro aspecto: qual o interesse jornalístico de uma foto? Uma foto de dinheiro é igual a uma foto de dinheiro. Não há informação nisso. Essa foto ainda foi maquiada para dar maior fotogenia. O único interesse era como ela ia repercutir nas eleições, como no caso da Roseana Sarney. A gente sabia que esse dinheiro existia há semanas. O fato de aparecer a foto não tem significado nenhum.

Mas os jornais e TVs queriam dar a imagem para saber o efeito eleitoral da foto. Se o único interesse sobre a foto era esse, é evidente que a parte mais relevante do ponto de vista da notícia era saber como vazou a foto. E não deram isso. Manipularam e protegeram o delegado (Edmilson Bruno Pereira). Isso é um episódio marcante. Um golpe como esse, não temos paralelo em nossa história.

A mídia, cumprindo esse papel, é suicida
. Ela não tem como ganhar. Se ela derruba o Lula, ela fica com a pecha de golpista para o resto da vida. Todo problema que surgisse seria imputado à mídia. Ou seja, se ela ganha, ela perde. Se não derruba o Lula - que foi o que aconteceu -, ela mostra que perdeu o poder que ela tinha.

Existe nisso um preconceito de classe?
Houve um claro preconceito de classe. No momento da internacionalização da economia brasileira, o Fernando Henrique passa a se cercar de uma corte que é minoritária em São Paulo, mas que tem muita ressonância. É um pessoal que se julga internacionalista, mas é da ''geração Daslu'' - de um esnobismo altamente provinciano visto por um estrangeiro, mas que aqui dentro pegou muitos setores, inclusive da imprensa. Esse deslumbramento cresceu de uma forma muito ampla nesse período, em cima de um conjunto de colunistas muito próximos ao Fernando Henrique.

O grande pecado do Fernando Henrique, lá atrás, foi quando ele começou a desqualificar as críticas e começou a tratar tudo que não era internacional como caipira e provinciano. Ou seja, criaram-se ali as bases para essa visão entre modernos e anacrônicos. O fator Veja foi fundamental para trazer esse componente. A Veja já vinha num crescendo de grosserias e ataques pessoais, mas, no ano passado, explodiu.

E veio até aquela capa absurda de que o PT emburrece o país...
Quando se entra nesse preconceito monumental, a crítica fica desqualificada. Aquele papel da mídia, de ser mediadora, deixa de existir. E o Lula fez uma coisa de gênio político. Quando começaram os escândalos, ele mandou apurar tudo. Na medida em que o pessoal acusado foi tirado do barco, passou a sensação de que era possível reconstruir o governo Lula sem os barras-pesadas que passaram por seu governo.

Então você tem o Bolsa Família mudando a realidade brasileira, com a incorporação das massas excluídas. O Lula não é salvo pela política do Palocci ou do Banco Central, mas pelo Bolsa Família. E não apenas pelos que são beneficiados - mas também por aqueles que estão de fora e percebem que esse programa vai mudar a história do Brasil. Os jornais não se deram conta disso.

Quando ficou claro que o Lula não ia cair, começaram a falar: ''Ah, mas o eleitor do Lula é nordestino, é analfabeto''. E quem fica com eles (os jornais)? Uma classe média muito paulistana, preconceituosa e anacrônica - porque quem é minimamente sofisticado não entra nesse jogo.

Você pega essa prepotência da Veja - esse negócio de ''eu sou imbatível''. Veja aquele rapaz, o diretor, que entrou um dia e disse: ''Hoje derrubamos o presidente!''.

Quem?
O Eurípedes (Alcântara), né? Acho que foi quando saiu aquela matéria do Palocci. Ele (Eurípedes) é que é o grande responsável por toda essa mudança que teve - essa adjetivação, esse clima todo.


A sensação de poder se dá pelo seguinte: você tem canais de TV, jornais, revistas - todos falando a mesma coisa. Só que, quando abre a cortina, tem um monte de gente espiando atrás da cortina. É um olhando pro outro, é um negócio auto-referenciado. Poucas vozes ousaram investir contra esse clima.

Os jornais apostaram na beligerância entre PSDB e PT?
Essa guerra acabou. Os jornais, com amadorismo, achavam que esse clima duraria até a queda do Lula. No dia seguinte às eleições, saem de cena Fernando Henrique, (Jorge) Bornhausen, (Tasso) Jereissati e os jornais e revistas que entraram nessa - eles só prosperam em tempos de guerra. As forças para pacificação são mais fortes do que as forças da guerra.

Fernando Henrique é outro que se queimou. Poderia ser um pacificador... Itamar e Sarney deram declarações, como ex-presidentes, com responsabilidade perante o país. E de repente vem o Fernando Henrique e solta a franga de uma maneira que deixa de ser referência.

Por que as irregularidades do governo Alckmin ficaram completamente fora da pauta da grande mídia, ao menos até as eleições?
A gestão dele em São Paulo, do ponto de vista administrativo, foi absolutamente medíocre e nunca foi avaliada. Então você pega a Secretaria de Educação. Numa entrevista, perguntei para ele: ''Governador, qual a sua proposta para as universidades federais?''. Ele respondeu: ''Vamos criar indicadores de acompanhamento'' . E por que não criou nas universidades estaduais? ''Ah, porque isso poderia conflitar com o conceito de autonomia universitária''.

Olha o Rodoanel: quatro anos para resolver uma questão ambiental. Isso não existe. Mas, como precisava criar um anti-Lula, jogam o Alckmin como bom gestor - coisa que ele não era. Tem outras virtudes, mas não essa. E aí precisa vir o Lembo e dizer que o estado está vendendo estatal para pagar contas. Imagina se isso fosse com o governo Lula? Aí começa a ficar explícita a perseguição da mídia.

Você acha que Alckmin não tem condições de governar o Brasil?
Não. O Alckmin não tem discernimento
. O Serra e o Aécio pegam gente eficiente, se cercam de bons quadros. E o que o Alckmin faz aqui? Na esfera federal, essa falta de discernimento do Alckmin seria complicada - e estamos falando do que ele já fez no estado, não num país. Não tenho informações sobre desonestidade da parte dele. Agora, no que diz respeito à incompetência gerencial, sim.
Professora?!!! Por que resolveu votar no Lula?


Por Tatiana Tscherbakowski Mourão



O eleitor brasileiro foi presenteado pela história com o segundo turno, e assim poderá refletir e comparar os discursos, as ações e as personalidades dos dois candidatos à Presidência da República.

A pergunta que coloquei como título foi de minha aluna da Faculdade de Medicina da UFMG. Conversava com um grupo do 12º. período, alunos com os quais a vida me deu a felicidade de trabalhar, pois são considerados “la crème de la crème” do nosso Estado, uma vez que são submetidos ao vestibular que exige as notas mais altas em Minas, além do que, no último ano muitos deles já sofreram uma segunda seleção devido ao estresse físico (cerca de até doze horas de aulas ao dia durante seis anos) e emocional (conviver com a miséria da população brasileira e com a morte).

Pois bem, esse grupo estava perplexo com o andamento das eleições e pensando que nos encontrávamos num beco sem saída para a escolha do nosso futuro presidente, sem sonhos, sem o “Coração de Estudante” (Milton Nascimento), sem brilho no olhar... Quanto a mim, penso que minha missão para com esses alunos é, antes de tudo, a de preparar “cérebros” para que no futuro possam conduzir o destino do país e não apenas “formar técnicos” em medicina.

Discutimos como escolher um candidato baseados em argumentos históricos, na interpretação do discurso dos candidatos no debate e finalmente tivemos perguntas que precisam ser respondidas ao eleitor.

Descreverei as argumentações que fiz com este grupo: inicialmente, a História, bendita História que pode nos afastar dos erros nas escolhas.
Reporto-me a Raymundo Faoro em “Os Donos do Poder” (1957), um dos grandes historiadores políticos do Brasil; ele remete o leitor a Portugal do período da unificação do país - quando a Europa processava o fim do feudalismo - e às características de um Estado patrimonial que se formava então, caracterizado por uma organização política em que já existia uma promiscuidade entre o bem e o espaço público com o governante e a classe que o rodeava.

O Brasil continuou repetindo esta História com nomes e roupagens diferentes - Capitanias Hereditárias, Império, República. Entretanto, “os donos do poder” sempre estavam presentes como uma “aristocracia”, em que a democracia era uma idéia de jovens sonhadores que viajavam para a Europa a fim de estudar, mas quando retornavam ao Brasil, voltavam a assimilar o papel para o qual se encontravam predestinados ha séculos, da mesma forma que também viviam os miseráveis (analfabetos, pobres, negros entre outros), predestinados, para todo o sempre, a sua miséria material e educacional.

Eric Hobsbawm - um dos historiadores contemporâneos mais respeitados, professor da Universidade de Cambridge e Nova York -, em seu livro “Era dos Extremos” (1994), faz menção a dois personagens, um chamado Lula no Brasil, e outro Walesa na Polônia. Esse autor depositou esperanças de que estes homens, provenientes da classe social sempre alienada do poder, pudessem ser no futuro atores ativos de mudanças históricas, entre outros fatores, devido à procedência de grupo marcado a ferro e fogo para servir e calar.

No domingo do primeiro debate estava inquieta, alegre, com comportamento de criança que espera ansiosamente o seu presente nesta semana da criança - o meu seria o debate. Felizmente, meus dois filhos adolescentes estavam viajando e eu poderia, absolutamente sozinha, sem conversas paralelas, sem interrupções indesejáveis, usufruir com toda avidez o meu presente: assistir a um debate cheio de sutilezas, quando os dois candidatos imprimiriam suas propostas, suas personalidades, e eu tentaria desvendar as mensagens “ocultas” por detrás do cenário montado.

Enquanto aguardava, fantasiava o que encontraria em cada candidato: esperava encontrar no Alckmin um típico “uspiano” (aluno formado pela USP), sutil, com raciocínio tão rápido que poderia dar um xeque-mate no seu oponente mexendo com as peças do xadrez da linguagem de forma totalmente imprevisível, inteligente e elegante.

Do presidente Lula esperava encontrar um homem muito inteligente, com uma linguagem que sabe tocar o coração, linguagem de gente sofrida - mesmo que com excesso de metáforas - oriunda de sua experiência de vida Severina, contrapondo ao discurso do tucano.

Desde a primeira pergunta do Alckmin no debate comecei a ter uma sensação de perplexidade, que continuou - e aumentou muito - durante todo o tempo em que escutei o seu discurso... Ele, ao contrário da minha fantasia, não soube mexer com nenhuma peça do tabuleiro de xadrez, não soube refletir para dar suas respostas, não soube utilizar nenhuma das armas sutis da linguagem, me parecia mais um “Inspetor Geral” de um famoso escritor russo. Enfim, ele me pareceu Banal - segundo o conceito de Banalidade da filósofa Hanna Arendt.

Na minha profunda perplexidade, a única figura que me veio à mente, por livre associação, foi a de um líder italiano da Segunda Guerra Mundial.

O presidente Lula nesse debate também não teve oportunidade de colocar com clareza suas propostas de governo. O interrogatório do Inspetor Geral não permitiu o diálogo, e surpreendeu-me o autocontrole do Presidente perante o Inquisidor (a la española) que discursou como um coro repetitivo - por sinal muito cansativo para o telespectador - a mesma fala do início de cada bloco até o final do debate, que parecia querer dizer: Confesse herege! A fogueira já está pronta qualquer que seja sua resposta...

Olha Lula, não sei se eu, a despeito de todos os meus títulos acadêmicos, suportaria tanta agressão e a humilhação de ser chamada de mentirosa; provavelmente - como o senhor adora futebol - , eu teria dito para o oponente a expressão lingüística que uma torcida utiliza para um juiz de futebol que rouba um pênalti. Possivelmente sua vida Severina ensinou essa sabedoria de calar quando necessário.

Entretanto, ficaram algumas questões para serem respondidas: Ao candidato Alckmin: tanto o casal Cardoso quanto o casal Lula deixaram transparentes a sua formação acadêmica. O primeiro casal sempre mostrou que possuía uma formação intelectual extremamente refinada, ambos doutores e professores universitários; o segundo nunca se envergonhou de sua origem humilde, muito antes pelo contrário. O senhor se coloca como o candidato culto e sempre fala de forma repetitiva: “Eu sou médico”. Bem, esse título universitário tem muito pouco valor para quem tem uma formação acadêmica, pois posso confessar, como professora de medicina, que conheço vários médicos com mentalidade mais tacanha que muitos analfabetos. Logo, volto a essas inconveniências de professora universitária: por favor, divulgue ao eleitor a formação acadêmica do casal Alckmin. Sempre penso nos casais, pois também uma primeira dama precisa, antes de vestir quatrocentas roupas de grife, ter idéias muito inteligentes.

Ao candidato Lula: o senhor sempre se mostrou um candidato ligado às classes sociais (C, D, E), e isto se tornou nítido na reportagem da Folha de S. Paulo do último domingo na qual o Brasil - como nunca antes aconteceu - aparece rasgado em dois segmentos sociais antagônicos. Não resta dúvida que existem medíocres no PT; estes, quando picados pela Mosca Azul (Frei Beto) do poder, se tornaram mais arrogantes que os nobres da coroa britânica e eu os apelido de “New Lords”.

O senhor estará disposto a romper com esses “New Lords” e cercar-se de notáveis e cérebros?

Como eleitores, minha turma e eu aguardamos essas respostas.
Nestes tempos difíceis, levando em conta todas as considerações anteriores,
posso dizer com serenidade, à turma do meu coração: Voto em Lula!


Tatiana Tscherbakowski Mourão é professora adjunta da Faculdade de Medicina da UFMG. Doutora em Psiquiatria pela USP e Psicanalista do CPMG

TÁSSIA CAMARGO EM RELATO AO BLOG:O SHOW DEVE CONTINUAR, É LULA DE NOVO E COM A FORÇA DO POVO


O Canecão no dia 17 de outubro estava cheio. Eu estava lá com Wagner Tiso, Zeca Pagodinho, Alcione, Dercy Gonçalves, Pintanguy, muitos representantes do Circo do Brasil, várias escolas de samba, sendo uma delas a Mangueira, Gilberto Gil, Ana Buarque de Hollanda, Bety Carvalho, Popó e uma infinidade de artistas, compositores, poetas, atores. Não posso me esquecer de dizer sobre as cartas de apoio das pessoas que estavam ausentes por causa de trabalhos já agendados como a de Chico Buarque, Antônio Cândido, Maria Amélia Alvim Buarque de Hollanda, mãe do Chico Buarque, Paulo Betti e muitas outras. Chico Buarque já tinha uma agenda de shows, mas mesmo não estando aqui declarou seu apoio e isso é que vale. Mas o que a imprensa divulga é que - o que adianta Chico Buarque mandar uma carta e não estar no dia da votação. Sem comentários, pois nem preciso falar o que penso sobre essa “imprensa”.
Alckmin diz que o passado é passado e que não se fala mais nisso. Que o presente e o futuro é o que importa, mas foi o passado que deixou o nosso país assim. Cortam o dedo de uma Lulista, fazem cartazes com a mão do Presidente sem um dedo e um X no meio. Alckmin vai para a TV com a cara do Collor e boca seca, será que ele cheira? Por favor, não confundam, estou apenas fazendo uma observação e uma pergunta. Diz ser médico e não sabe que o exame do pezinho não dá resultado correto, que a vacina da rubéola não salva crianças mesmo a mãe sendo vacinada, não sabe o que é hospital público e quando toma um pouquinho de sol na careca vai parar no hospital. Claro, ele não está acostumado com isso porque o ar refrigerado lhe faz falta. Regina Duarte que me perdoe, mas hoje nos jornais diz que - “o povo errar uma vez é perdoável, mas errar pela segunda vez é burrice”. Chamou-se de burra sem perceber, pois se ela é burra como vai sacar isso, não é verdade?
Indignação de alegria - Hoje me surpreendi também com 4 operários que estão trabalham na minha casa fazendo alguns reparos. Conversando com eles descobri sem querer que os quatro sabiam de todas as novelas que fiz. Eles não têm dinheiro AINDA para lerem revistas e livros sérios. Por outro lado são do povo e sabem mais que qualquer um. Descobri durante a conversa que eles não sabiam da minha posição política. De repente um deles me perguntou o seguinte: “A senhora vai votar no Lula no domingo não vai? Pelo amor de Deus vote no Lula madame porque a minha vida como a dos meus amigos mudou para melhor. A Senhora deve ser Alckmin, tenho certeza". Sorri e todos ficaram espantados achando que eu estivesse contra eles. Parei a obra e os levei até o meu computador. A princípio ficaram espantados e sem entender o que eu ia mostrar. Vocês não imaginam a alegria deles quando virão as fotos que tenho com o Presidente, com a Primeira Dama, com o Gilberto Carvalho e uma foto que tenho num quadro na parede da minha casa onde eu estou na foto juntamente com Chico Buarque, Lula, Betinho e outros numa das reuniões de 1989. Ficaram felizes e radiantes.
Bem, quando estavam saindo um deles se virou e disse para mim: “Vou rezar para a senhora” -respondi –”rezarei pelo senhor, mas deixe a madame de lado e a senhora também, somos iguais”. Ganhei um sorriso e o meu dia.
Agora quero deixar registrada a minha indignação que confirma o que acabo de relatar aqui.

No dia do professor Alckmin está falando de educação em seu programa e veja esse vídeo como é a política educacional do PSDB que Alckmin acredita
http://ptlhando.blogspot.com/2006/10/hoje-dia-do-professor-e-veja-poltica.html e vejam as demais matérias no blog.
É isso ai, Lula de Novo e com a Força do povo.

Tássia Camargo
NÃO QUEREMOS PARA O BRASIL A VIOLÊNCIA...


Policiais divulgam manifesto de apoio a Lula
Leia o manifesto de apoio a Lula divulgado por entidades representantivas de
policiais de todo o país:


MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO

NÃO QUEREMOS PARA O BRASIL A VIOLÊNCIA, INSEGURANÇA, MEDO E CRISE DA SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO, CAUSADOS NO GOVERNO ALCKMIN

A segurança pública é um direito fundamental do povo e dever intransferível do Estado. Todavia, o Estado de São Paulo vive, nos últimos 12 anos, uma profunda crise na segurança pública, devido a inépcia e incompetência do Governo PSDB/PFL de Geraldo Alckmin, nesse serviço público essencial à defesa da vida, do patrimônio e dos direitos do povo brasileiro.

A violência, sem precedentes, mergulhou a sociedade paulista na insegurança e no medo, impondo, de 1995 a 2005, a perda de 131.535 vidas, pessoas assassinadas, e elevado prejuízo patrimonial, com 2.006.970 veículos roubados/furtados dos cidadãos contribuintes. O roubo de cargas, no Estado de São Paulo, supera a alta cifra de R$ 200.000.000,00, por ano, elevando o "Custo São Paulo", que afeta a competitividade dos produtos da indústria paulista e o crescimento econômico, emprego e rendas, propiciando mais violência e criminalidade.

O crime organizado impôs toque de recolher, caos, medo e insegurança no Estado de São Paulo, cujo governo Alckmin perdeu o controle da situação nas ruas, na FEBEM e nas penitenciárias paulistas, deixando o povo e as atividades da sociedade a mercê do terror do PCC. Em nenhum país do mundo assassinam-se tantos policiais como no Estado de São
Paulo. Centenas de famílias de Policiais Paulistas têm sido atacadas, em suas residências, por bandidos do crime organizado.
É a herança maldita do governo Alckmin.

O caos na segurança pública no Estado de São Paulo já era esperado, devido ao desmonte do Estado pelos sucessivos governos do PSDB/PFL, com a falta de investimentos e má gestão nos serviços públicos básicos de saúde, educação e segurança, precarizados pelo governo Alckmin.

O governo Alckmin pagou salários de fome, aviltantes aos Policiais Paulistas, o segundo pior do País, e os descrimina por trabalharem em Municípios diferentes, pagando mais para uns dos que para outros, com Sargentos PM ganhando menos do que Soldados PM, independentemente da violência local, causando desmotivação e afetando a auto-estima dos profissionais de segurança pública e a eficiência policial.

O "Risco Alckmin" é uma realidade para os aposentados, em face de sua contumaz violação dos direitos constitucionais dos servidores públicos aposentados. Incompetente e mau pagador, deixou uma dívida superior a doze bilhões de reais, referente a precatórios sobre direitos violados.

Alckmin, um médico, destruiu os serviços de saúde pública dos Policiais Militares e de suas famílias.

A privataria selvagem e escandalosa de FHC e, em São Paulo, coordenada por Geraldo Alckmin, desnacionalizou a economia brasileira e entregou gigantesco patrimônio público a grupos econômicos, a preço de banana e contratos lesivos à economia popular, impediu o crescimento econômico do País e reduziu o emprego e renda, propiciando mais violência e criminalidade. Depois, escondem suas maracutaias debaixo do tapete e, ainda, procuram enganar o povo brasileiro dizendo que a privatização permitiu que todos tenham telefone, recorrendo, portanto, a uma versão sofisticada, cínica e inescrupulosa do "ROUBA MAS FAZ". Defendem até a venda da Amazônia aos estrangeiros, sob a falácia antipatriótica de preservar o "pulmão" do planeta.

No Interior do Estado, Alckmin infestou as rodovias de pedágios e substituiu a construção de escolas por penitenciárias. Com isso, elevou o "CUSTO SÃO PAULO", afetou o lazer e o turismo, prejudicando as economias regionais do Estado, com perdas de emprego e rendas; impediu a inclusão social de jovens e fortaleceu o crime organizado nas ruas das cidades e nas penitenciárias paulistas.

Com quem está a montanha de dinheiro, cerca de 98 bilhões de dólares, da privataria ?

Nós, lideranças e dirigentes sindicais e de associações de Policiais Brasileiros, abaixo-assinado, estamos convencidos que segurança pública tem jeito, depende de governo competente e sério, de policiais preparados, equipados, bem pagos e valorizados. Por isso, repudiamos o governo Geraldo Alckmin e vemos nele uma pessoa agressiva, simplista, arrogante, calculista, fria e desrespeitosa, portanto, um RISCO PARA O BRASIL. O Alckmin representa uma ameaça às nossas conquistas previdenciárias, com ameaça de destruição das nossas conquistas previdenciárias, com aumento de tempo de serviço para aposentadoria dos Policiais Brasileiros e das mulheres trabalhadoras, redução de direitos dos aposentados, extinção dos programas sociais, como o Bolsa Família (11 milhões de famílias pobres, agora tomando café, almoçando
e jantando todos os dias), do ProUni - Universidade Para todos (200 mil jovens, filhos de pobres na Universidade - e, ainda, o RISCO de que o Alckmin, na presidência da República, continue dilapidando o patrimônio público, com a privataria selvagem, entregando a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, Correios e empresas de energia elétrica para grupos econômicos, beneficiados, ainda, com contratos lesivos à economia popular, prejudicando o crescimento econômico do País, o emprego, a renda e o bem-estar social do povo brasileiro, causando, em conseqüência, mais violência e criminalidade.

Vamos reagir ao golpismo direitista, liderado pelo PSDB/PFL/PPS, forças do conservadorismo, do atraso e da injustiça social no Brasil.

Nesse sentido, nós, Policiais Brasileiros, apoiamos e votamos em LULA
PRESIDENTE, de NOVO, porque ELE É O CERTO e O OUTRO É DUVIDOSO !

1. Francisco Jesus da Paz (Tenente Paz - SP) - Coordenador do

"MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO";
2. Capitão Res PM José de Menezes Cabral - Diretor de Segurança do Conselho de Sociedades e Amigos de Bairros e Clubes de Serviços da Zona Norte - São Paulo/SP - CONORTE;
3. 1º Tenente Res PM Roberto Bossio (SP);
4. Divinato da C. Ferreira, Presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Policiais Civis da Região Centro Oeste;
5. Vilma Marinho César, Presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis do Nordeste;
6. Paulo Roberto Martins, Presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Policiais Civis da Região Sul-Sudeste;
7. Hilton Ferreira da Silva, Presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civis da Região Norte;
8. Antonio Marcos Pereira, Presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais;
9. Paulo Roberto Martins, Presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis no Estado do Paraná;
10. Isaac Delivan Lopes Ortiz, Presidente da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores e Investigadores do Rio Grande do Sul;
11. João Batista Rebouças da Silva Neto, Presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia Civil do Estado de São Paulo, Mediador e Coordenador das Federações de Policiais Civis do Brasil;
12. João Severino e Cleonice F. S. Felipe, Representantes do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil do Estado de São Paulo;
13. Pedro J. Cardoso, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Santa Catarina;
14. Adroaldo Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul;
15. Wellinghton Luiz de Souza Filho, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal;
16. Cledison G. da Silva, Presidente do Sindicato de Investigadores de Polícia Civil e Agentes Prisionais do Estado do MG;
17. Sadisley Damasceno, Presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Roraima;
18. Valdir Antonio de Vargas, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Ex-Território Federal de Rondônia;
19. Jair Coelho, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Amapá;
20. Genima Evangelista, Presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Civil do Estado de Mato Grosso;
21. Maurício Godoy, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Mato Grosso do Sul;
22. Carlos Alberto do Nascimento, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia;
23. Silvano F. Araújo, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte;
24. Cláudio Marinho da Silva Neto, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco;
25. Luis Alberto Mesquita Marques, Presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Tocantins;
26. Silveira Alves de Moura, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás;
27. Cícero E. Moreira, Presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia;
28. Hilton Pereira da Silva, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Amazonas;
29. Amaraji G. das Neves, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Roraima;
30. Raimundo Nonato R. Pinheiro, Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Pará;
31. Antonio Fialho Garcia Junior, Presidente da Associação dos Investigadores de Polícia Civil do Estado do Espírito Santo;
32. Carlos E. de Almeida Pacheco, Presidente da Coligação dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro;
33. Aldoir Prates, Presidente da União dos Policiais Civis do Estado do Rio Grande do Sul.
Apoio????




Voraz como opositor, sempre que Fernando Henrique falou Alckmin perdeu
''Aloprados'' pró-Alckmin bagunçam a reta final do segundo turno


Três episódios ocorridos nos últimos dias na Paraíba, Paraná e Minas Gerais mostram que, contrariando todos os prognósticos dos comentaristas políticos, quem resolveu ''aloprar'' a reta final do segundo turno não foram os ''petistas'' que apóiam a reeleição do presidente Lula e sim pessoas ligadas a aliados do candidato do PSDB/PFL, Geraldo Alckmin.

Dez de cada dez ''comentaristas políticos'' da grande imprensa diziam até poucos dias atrás que a vantagem do presidente Lula nas pesquisas poderia ser revertida se os ''aloprados'' do PT voltassem a se envolver em situações como a que resultou na apreensão do dinheiro que, supostamente, seria usado para comprar informações que revelavam a participação de gente graúda do PSDB em casos de corrupção.

Faltando menos de 20 horas para o início da votação do segundo-turno, até agora nenhuma nova trapalhada ocorreu na campanha pela reeleição do presidente Lula. Por outro lado, em poucos dias, diversas pessoas ligadas a aliados do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, resolveram ''aloprar'' a reta final da campanha, que já não está muito boa para o candidato tucano. Os casos aconteceram na Paraíba, Paraná e em Minas Gerais.

Paraíba: mala de dinheiro com tucanos
Na Paraíba, dois funcionários do governo estadual, comandado pelo PSDB, foram detidos no final da tarde de quinta-feira (26/10), no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Bayeux, transportando uma mala de dinheiro que seria distribuído entre vereadores, prefeitos e ex-prefeitos do interior do estado.

O diretor financeiro da Secretaria Estadual de Controle Interno, Glauco Arnaud de Medeiros, e o motorista do mesmo órgão, Reinaldo da Silva, foram detidos quando passavam pelo posto da PRF em um celta de cor prata, pertencente à Locadora de Veículos União, alugado pelo Governo do Estado. O dinheiro estava distribuído em dez envelopes, que continham ainda um CD com músicas da campanha do governador e candidato à reeleição, Cássio Cunha Lima (PSDB).

A suspeita principal é que o dinheiro seria destinado a lideranças políticas do interior do estado, configurando crime eleitoral de compra de votos. Cássio disputa o segundo turno com o candidato do PMDB, o ex-governador José Maranhão, e era uma das poucas esperanças do PSDB de conseguir manter alguma influência na região Nordeste.


Minas Gerais: tucana ajudou padeiro a mentir para a PF
Em Minas Gerais descobriu-se que foi uma dirigente do PSDB mineiro quem apresentou à Polícia Federal o padeiro Aguinaldo Lima, que disse à PF ao dizer ter entregue R$ 250 mil para a compra do dossiê antitucano a Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo. Segundo assessores da PF em Cuiabá, Lima forjou o depoimento aos policiais federais.

A PF investiga se o PSDB está envolvido no falso depoimento de Aguinaldo. Segundo assessores da polícia, Rosely Souza Pantaleão -- que é secretária-executiva do PSDB no interior de Minas Gerais - teria intermediado o contato de Aguinaldo com jornalistas em Minas, quando ele se apresentou como testemunha do caso dossiê.

A polícia descobriu a ''farsa'' ao constatar que os saques apresentados por Aguinaldo não foram efetivados no banco. A PF deve indiciar o padeiro por falso testemunho. Aguinaldo disse, no depoimento, que transportou R$ 250 mil de Pouso Alegre (MG) para São Paulo (SP) que seria utilizado na compra do dossiê antitucano.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que se a denúncia for confirmada, a secretária e todos os envolvidos devem ser punidos. ''Se tiver alguém do PSDB envolvido nisso, que pague mesmo. Não altera em nada a minha disposição de ver tudo isso esclarecido porque a opinião pública não pode ficar sem respostas'', disse.


Paraná: mais maços de dinheiro com aliados de Alckmin
Já no Paraná, o episódio de alopragem da ''turma'' que apóia Alckmin está sob segredo de justiça, mas como a internet, felizmente, ainda é um território livre, a história já está circulando com requintes de detalhes.

Conta-se que foram encontrados maços de dinheiro (cujo valor total não foi divulgado) em um quarto de hotel de Curitiba. O dono da grana - que desapareceu - deixou rastros que indicam que o dinheiro serviria à campanha do candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias, aliado de primeira hora do candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin.

A Polícia Federal, com base em denúncias, foi até o hotel e apreendeu o que encontrou, mas não divulgou informações, em razão de o juiz eleitoral da 177ª Zona Eleitoral, Rogério Ribas, ter decretado segredo de Justiça. Fala-se que também havia uma arma.

O advogado da coligação Paraná Forte (PMDB/PSC), Clóvis Costa, que tem o governador Roberto Requião como candidato, esteve na tarde da última segunda-feira na Delegacia da Polícia Federal e disse que soube do fato pela imprensa.

''Se comprovado, é crime eleitoral da maior gravidade'', afirmou. ''Queremos que a verdade seja esclarecida o mais rápido possível.''

Já coligação Paraná da Verdade, de Osmar Dias, convocou uma coletiva de imprensa para negar qualquer caixa dois na campanha e insinuou que tudo não passava de uma ''armação'' dos adversários.

Dois pesos, duas medidas
Ao contrário do episódio da tentativa de compra do dossiê Serra, que virou um ''escândalo'' de repercussão internacional, desta vez a grande imprensa foi discreta na divulgação dos crimes cometidos pelos ''aloprados'' pró-Alckmin.

Na internet, porém, os três episódios estão ganhando repercussão e podem acabar levando um pouco mais de calor para o já ardente inferno astral da campanha tucana.


Cláudio Gonzalez

Fonte: Vermelho
E por falar em educação....


Professores não recebem salário; prefeito sugere empréstimo pessoal

Com folha de pagamento atrasada há 22 dias, prefeitura de Carapicuíba (SP) diz que vai ressarcir dívidas

Para receber o salário referente a setembro, os professores da rede municipal de Carapicuíba, na Grande São Paulo, enfrentam uma situação no mínimo inusitada. Com a folha de pagamento do funcionalismo atrasada há 22 dias, a prefeitura orientou os professores das Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEIs) e Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFEs) a fazerem empréstimos pessoais. De acordo com a sede do Sindicato dos Professores (Apeoesp) na cidade, os salários atrasam todos os meses desde abril e não é a primeira vez que o prefeito Fuad Gabriel Chucre (PSDB) recorre a essa solução.

Isso já aconteceu em dezembro do ano passado, quando, mais uma vez sem recursos para o pagamento dos professores, Chucre pediu para que fizessem empréstimos pessoais para receberem o 13º. (...)

Agora, no entanto, a saída mais uma vez encontrada por Chucre irritou os professores, que ameaçam parar. Em assembléia realizada na quinta-feira na Câmara dos Vereadores, a categoria decidiu fazer uma ato de protesto, terça-feira, às 9 horas, em frente ao gabinete do prefeito e promete iniciar a greve logo em seguida. (...)

Posição parecida tem a professora Marluce Reis de Souza Silva, de 39 anos. Ela também garante que entrará em greve na terça-feira, mas se recusou a fazer o empréstimo pessoal. Em setembro, já sem saber como pagar suas contas e sustentar seus três filhos, fez outro empréstimo.

Ela dá aulas em duas escolas de Carapicuíba, o que lhe rende pouco mais de R$ 1 mil por mês, e se emociona ao contar como sobrevive. "A gente apela para a família, vai levando, deixando as dívidas se acumularem e depois paga os juros", diz. (...)

Fonte: Estadão
Respeito



Tenho como pensamento que em qualquer tipo de relação só haverá reciprocidade e possível longevidade quando entre as partes houver uma palavra simples, mas importante, respeito.

Seja no âmbito familiar, profissional, na amizade, em qualquer lugar que envolva seres humanos.

Eu jamais poderei exigir respeito de meus filhos se não respeitá-los, bem como de minha esposa, meu subordinado ou superior e assim por diante; a ordem a partir daí terá que ser mantida pela implantação do medo, do terror.

A perda do respeito geralmente, significa a deterioração e o fim de qualquer relação.

Um dos maiores elogios a um homem é a constatação do respeito por outro.

Quando passamos a falar das nossas instituições, passamos a falar das pessoas que as representam, assim a Presidência da Republica será respeitada na pessoa do cidadão Luis Inácio da Silva ou de outro que a represente, indiferente de títulos, diplomas, cursos e etc. ele foi conduzido ao posto pelo voto, mas ele tem que me respeitar para que eu o respeite, e assim tem sido. Como posso exigir dele respeito se me aproveito de circunstâncias, para ameaçá-lo com tapas e xingamentos? Com esse procedimento eu não estarei desrespeitando ao cidadão Luis Inácio, mas a instituição Presidência da República a qual devo respeitar como instituição máxima do país sob o risco de desacreditá-la.

Quero chegar a uma das mais “respeitadas” instituições do país o TSE.

Sendo a instituição máxima do país que rege a justiça eleitoral, deveria ser a mais respeitada no âmbito, mas para mim isto não acontece mais, hoje eu tenho medo do TSE, eu desconfio do TSE, mas não o respeito.

O cidadão que a representa não procede de forma que mereça o meu respeito, mas o meu medo, pelos seus atos. Ao expressar sua opinião publicamente sobre processos que não foram julgados, este cidadão deixa a sua posição de magistrado e começa a agir irresponsavelmente como formador de opinião, não sei se por falta de conhecimento da importância da posição que ocupa ou outra que desconheço.

Uma democracia, não sei se estou errado, se fortalece com o fortalecimento das instituições que a compõem e não é isto que o citado cidadão tem feito. Preocupa-me ver colocado em risco por estrelismo ou outros motivos de alguns, anos e anos de aprendizado de convivência em um regime democrático, sei que não é fácil principalmente para os que galgaram postos em regimes diferentes ou por infelizes indicações.

Por isto, eu cidadão, hoje, não tenho o menor respeito pelo TSE, mas medo pelas decisões que dele saiam.



Paulo Nolasco de Andrade



Mais uma mala, agora com camisetas amarelas.....







Justiça Eleitoral apreende R$ 325 mil e camisas amarelas em edifício na Epitácio



Fiscais da Justiça Eleitoral apreenderam agora há pouco uma caixa com 65 pacotes de R$ 5 mil, cada, totalizando R$ 325 mil, juntamente com 40 camisas amarelas e dezenas de contas de água e luz.

A apreensão foi feita em um edifício na Capital. O responsável ou dono do material fugiu, livrando-se de suposto flagrante por crime eleitoral.

O material encontra-se no cartório da 64ª Zona Eleitoral, em João Pessoa, à disposição da juíza Maria das Graças, que deve abrir investigação judicial para apurar a origem e o destino do dinheiro, camisas e contas de água e luz.

Segundo as primeiras informações, o dinheiro – inicialmente estimado em R$ 200 mil – e as camisas pertenceriam ao empresário Olavinho Cruz, surpreendido pelos fiscais em um escritório no Edifício Concorde, próximo ao supermercado Pão de Açúcar, na Avenida Epitácio Pessoa.

Olavinho teria se recusado a abrir a porta para a entrada dos fiscais e tentou livrar-se do material que potencialmente o incriminaria. Para tanto, jogou malas e camisas pela janela, na expectativa de que alguém de sua confiança recolheria e sumiria com as supostas provas.

A tentativa frustrou-se porque alguns fiscais que se encontravam no térreo do prédio viram quando o volume foi arremessado e o apreenderam de imediato. Outra quantidade não revelada de dinheiro teria sido encontrada pelos fiscais no interior do escritório.

A apreensão foi feita por volta das 19h, causando grande tumulto na Epitácio. Populares que se aglomeraram na porta do Concorde passaram a gritar palavras de ordem como "Fora Cunha Lima!" e tiveram que ser afastados por agentes da Polícia Federal que chegaram logo após os fiscais do TRE.

Um homem não identificado foi contido ao avançar sobre a máquina fotográfica do jornalista Stanley Talião, repórter do CORREIO da Paraíba. Ele seria um auxiliar de campanha do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), mas não conseguiu evitar que o material apreendido fosse fotografado.

Reincidente - No primeiro turno das eleições, dia 1º de outubro, a polícia prendeu em Campina Grande duas pessoas que estavam em poder de talonários com ordens de abastecimento assinadas pelo empresário Olavo Cruz.

Fonte: Portal correio

27 outubro 2006

Quinze prefeitos saem da base de apoio a Alckmin e se filiam ao PMDB-BA

O PMDB da Bahia recebeu a adesão de 15 prefeitos vindos da base governista, inclusive do PFL, partido que apóia a candidatura de Alckmin no Estado. O governador Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição, perdeu o governo para o petista Jaques Wagner.

O ato de filiação aconteceu na segunda-feira, na sede do PMDB, em Salvador, com a presença do vice-governador eleito, Edmundo Pereira, e vários vereadores e militantes do partido no Estado. “Estamos confiantes de que, a vinda desses prefeitos e as viagens que temos feito ao lado de Wagner, poderemos conseguir 80% dos votos na Bahia para a reeleição do presidente Lula”, afirmou o vice-governador eleito, Edmundo Pereira (PMDB).

Fonte: Hora do Povo
PRESIDENTE LULA

Uma Oportunidade de Paz




Existe tanta coisa a ser celebrada no seu aniversario,
para começar, o quanto é bom poder ter o senhor como Presidente!

Seu sorriso caloroso, seu carinho e o seu jeito tão preocupado
sempre querendo ajudar.

Todas estas qualidades tem feito a vida das pessoas
que te rodeiam mais feliz.

Não é de se estranhar que os votos são radiantes
de felicidades e de muito amor.

É o seu dia, onde você pode fazer o que realmente
gosta e gastá-lo com as pessoas que você tanto ama!

E quando a celebração acabar e tudo voltar a ficar calmo
eu desejo este último e pequeno presente:

A felicidade de saber que você sempre terá um lugar
especial nos corações de tantas pessoas!
Deus te abençoe neste dia tão feliz!


PARABÉNS PRESIDENTE LULA

São os votos dessa sua eleitora Vera
Alckmin mente em propaganda eleitoral


Vejam o artigo abaixo. É bom a gente entender que o que andam dizendo sobre a privatizaçao da Floresta Amazônica é uma enorme mentira com fins proprios de campanha eleitoral.

Lei de Florestas Públicas evita privatização e desmatamento


Lei de Florestas Públicas: ação decisiva contra a privatização, a internacionalização e desmatamento na Amazônia

Tasso Azevedo


Historicamente as florestas públicas vinham sendo geridas através de um mecanismo perverso, onde se entregava as terras públicas para pessoas e empresas por meio de emissão de documentos de posse e titulos precários. Com isso, os proprietários desses título podiam tomar a decisão de como utilizar as florestas, sem pagar por elas ou por seu uso e sem qualquer compromisso com a sua manutenção. Nesse sistema, as terras podiam ser adquiridas inclusive por empresas estrangeiras.

Até início de 2003, o governo aprovava planos de manejo e autorizações de desmatamento em terras públicas. Sem controle, sem concorrência e sem pagamento pelo uso do recurso florestal. Isto era uma atividade totalmente ilegal e altamente lesiva do patrimônio público.

Essas autorizações eram utilizadas para justificar a posse e solicitar o título das áreas públicas. Esse processo alimentava a grilagem de terras públicas na Amazônia. Foi assim que foi ocupada a Mata Atlântica e o Cerrado e vinha se repetindo na história na Amazônia: ocupar, desmatar e privatizar o patrimônio público.

Em 2003, o IBAMA suspendeu a aprovação de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) e autorizações de desmatamento em terras públicas. O Ministério do Meio Ambiente deu início ao processo para elaborar o projeto de lei de gestão de florestas públicas, com envolvimento de 1.200 instituições e amplo processo de consulta pública.

A Lei 11.284 traz uma mudança expressiva de gestão desse patrimônio nacional. Com essa lei, as florestas públicas não podem mais ser privatizadas e são permitidas somente três formas de gestão, todas de uso sustentável:

  • Criação de unidades de conservação que permitem a produção florestal sustentável (ex. florestas nacionais);
  • Destinação para uso comunitário, como assentamentos florestais, reservas extrativistas, áreas quilombolas, PDS Projetos de Desenvolvimento Sustentável e Concessões Florestais pagas, baseadas em processo de licitação pública.

Portanto, a Lei 11.284 estabelece o fim da privatização das áreas de florestas públicas. Florestas Públicas devem permanecer florestas e públicas.

O mecanismo da concessão só pode ser utilizado após definidas as unidades de conservação e as áreas de uso comunitário. Além disso, prevê importantes salvaguardas:

  • A concessão florestal só é feita por meio de licitação pública.

  • Somente empresas brasileiras podem participar

  • Os contratos são de no máximo 40 anos

  • Os concessionários não têm direito a qualquer domínio sobre titularidade da terra, recebe apenas o direito de utilizar produtos da floresta mediante plano de manejo aprovado pelo órgão ambiental.

  • Além do monitoramento do IBAMA e do Serviço Florestal Brasileiro,estão previstas auditorias independentes, no mínimo a cada três anos.


A previsão atual é de que, em 10 anos de aplicação da lei, tenhamos 13 milhões de hectares de florestas com contratos de concessão florestal (3% da Amazônia), 25 milhões de hectares em manejo comunitário (6% da Amazônia) e 50 milhões de hectares em Unidades de Conservação de Uso Sustentável (10% da Amazônia)

A Lei de Gestão de Florestas Públicas é um importante instrumento para substituir a economia do desmatamento pela economia do uso sustentável da floresta. É floresta em pé gerando emprego, renda e qualidade de vida para a população local.

Por fim, vale lembrar que a Lei de Gestão de Florestas Públicas é parte de uma estratégia maior concebida no Programa Amazônia Sustentável (PAS) e no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, que conta com um conjunto de 144 ações, envolvendo 13 ministérios e que, entre outras ações, resultaram em:

  • Mais de 100 operações de combate ao desmatamento ilegal, com apreensão de 750 mil m3 (contra menos de 150 mil registrados nos oito anos que antecederam o atual governo) e aplicação de mais de R$ 2,3 bilhões em multas.

  • 13 grandes operações da Polícia Federal (as primeiras na história) que resultaram na prisão de 379 pessoas incluindo 71 servidoresdo Ibama e outros 19 servidores públicos (crimes que vinham acontecendo sem investigação desde 1993.

  • Fortalecimento do IBAMA, com contratação de 1.400 novos servidores, aumentando em 33% o efetivo do órgão. Valorização dos servidores com aumento de 120% nos salários.

  • Criação de quase 19,2 milhões de hectares de Unidades de Conservação nas regiões de maior disputa pela terra e de pressão para o desmatamento. Isso representa quatro vezes a área do estado do Rio de Janeiro e mais de 40% de todas as Unidades de Conservação do Brasil.

  • Suspensão de 66.000 documentos de terra irregulares.

  • Homologação de 10 milhões de hectares de terras indígenas.


Todo esse esforço levou à mais expressiva redução do desmatamento em muitos anos. A taxa de desmatamento caiu 31% entre 2004 e 2005. Em 2006, já temos uma estimativa de queda de 30%, com uma área desmatada de 13,1 milhões de hectares, correspondendo à segunda menor taxa desde 1988, quando o desmatamento passou a ser monitorado pelo INPE.

Em dois anos, mais de 2,2 milhões de hectares de florestas deixaram de ser derrubados.

Para mais informações sobre a Lei 11.284 e a gestão de florestas públicas acesse aqui.

Tu votarias em George W. Bush para Presidente do Brasil?


Obviamente minha pergunta tem resposta impossível, pois nossa Carta Política impede que estrangeiros assumam o posto máximo do Executivo, porém serve para demonstrar minha opção.

Eu não votaria em George W. Bush porque ele fala uma coisa e faz outra: fala em paz e semeia a guerra; fala em união dos povos e pratica exclusão; fala em acordos comerciais, mas pratica o imperialismo; fala em justiça social mas age sempre em favor do capital; discursa ao seu país e ao mundo como se fosse um bom moço mas pratica as maiores atrocidades que a sociedade contemporânea já presenciou.

O fato de ser um americano e não um brasileiro é irrelevante, pois nacionalidade ou naturalidade não são indicativos de caráter ou capacidade. Poderia votar em Noam Chomsky com tranqüilidade, pois ele ostenta bom caráter e capacidade invejável para perceber os problemas do povo carente, mas necessitado da intervenção estatal.

Da mesma forma não votaria jamais em Yeda Crusius para governar o nosso Rio Grande. Não por ser paulista, pois isso não lhe credita bônus ou lhe grava ônus. Não votaria em Yeda por tudo que ela representa. Como Bush, Yeda diz uma coisa e faz outra: ela é a favor do imperialismo, do capitalismo, dos privilégios e das benesses aos grandes, às elites, às oligarquias. Não tem nenhuma sensibilidade social, não preza o meio ambiente, defende um modelo de estado, chamado neo-liberal, que já está ultrapassado há mais de dez anos, pois provou-se, em teste prático, ineficiente e impôs situação pré-falimentar ao Estado Brasileiro, hoje resgatado por Lula, e falimentar ao nosso amado Rio Grande.

Não voto Yeda porque, ceteris paribus, como dizem os economistas, colegas dela, Yeda é o George W. Bush nos pampas.

Para unir, para facilitar o diálogo, na ida e na volta, com Lula e o Brasil, para vencer e ser feliz, estou com a força do povo e sou Olívio. Vem, Vem, Vem, Vem com o Galo Missioneiro! Domingo, 29, É 13!!!




Marcelo Gayardi Ribeiro
advogado e professor
O que faz o empregado da Caixa?


Longa mas verdadeira
Tenho sido questionado por vários amigos ultimamente sobre minhas posições quanto à política e quanto ao meu voto para presidente. Resolvi escrever essa mensagem, que promete ser longa, não tem nenhuma pretensão de mudar a opinião de ninguém. Queria só que vocês, que são amigos de coração, entendessem minha posição. Vi, dentro da Caixa um processo de auto-destruição da empresa, nos oito anos do governo do PSDB, com o único intento de entregar à iniciativa privada duas coisas: o FGTS e as loterias.

Trabalhamos oito anos sob ameaça constante de demissão, vinculada ao atendimento de metas, digamos, absurdamente otimistas; nós, que ficamos na empresa, as cumprimos. O processo desastrado de terceirização tirou toda a inteligência da empresa, para que a contratássemos por preços três vezes maiores. Com o novo governo, algumas coisas mudaram, o clima na empresa melhorou, o ambiente de trabalho ficou muito mais agradável, passamos novamente a encarar a empresa como o resultado do nosso trabalho, e não mais como uma inimiga.

E vi a Caixa passar de um cenário de prejuízos históricos para um de lucros recorde. Nesse cenário, resolvi aceitar um convite que vinha recusando sistematicamente desde 1993, e vim para Brasília. Aqui, passei a ver a empresa de outro prisma, minhas decisões passaram a ter reflexos e conseqüências de uma amplitude que eu jamais poderia imaginar. Fiquei por um ano no comando da equipe responsável pelos sistemas de depósitos, aplicações e fundos da Caixa. Ali tomava diariamente decisões que, se erradas, afetariam negativamente pelo menos os 44 milhões de correntistas da Caixa.

Muitas dessas decisões eu tomava às 3h da manhã. Muito trabalho, sem dúvida, muitas jornadas de 16h diárias, finais de semana imperceptíveis, mas sempre com um propósito claro, com uma visão clara dos resultados do meu trabalho. Um dia, me aparece uma demanda maluca, referente ao pagamento de programas assistenciais, a ser executada num prazo impossível! Diante do desespero da equipe, meu inclusive, fizemos uma avaliação e decidimos aceitar o prazo imposto, muito mais para nos afirmarmos do que para ver realizado o delírio de alguém que passava o dia sentado em uma sala acarpetada de 40 metros quadrados, com vista para a esplanada dos ministérios e o lago Paranoá.

Sofremos, perdemos tempo precioso com nossas famílias, e atendemos o pedido. Naquela semana em que colocamos a coisa pra funcionar, passei de carro em frente a um outdoor que anunciava o tal programa, e o Yuri me perguntou " ...aí véi, era nisso aí que cê tava trabalhando? " . Respondi que sim, e me senti meio orgulhoso. Se não fosse pela minha turma, aquele anúncio não estaria ali. Passado um tempo, estava numa agência da Caixa pra fazer um depósito pra um cidadão que me vendera meu iBook, com duas senhoras do meu lado.

As duas estava ali esperando pra receber o Bolsa-Não-Sei-Qual e comentavam sobre o benefício. Uma delas disse que agora, tinha leite em casa todo dia. Eu sempre fui contra esses programas de benefícios, sempre achei que eram um paliativo imbecil, e que o verdadeiro problema ficava de fora. Porém, naquele momento entendi uma coisa: era um passo com resultado imediato em quem mais precisava. Era uma coisa que estava fazendo diferença. E então lembrei das jornadas de 16h, de ter trabalhado no natal e até as 22h30min de 31.12, de ter cancelado minhas férias, com um prejuízo financeiro e familiar considerável, para fazer aquilo acontecer.

Eu era, em parte, responsável pelo leite todo dia na casa daquela moça. Quem me conhece vai entender porque o caixa me perguntou se era gripe ou conjuntivite... A partir daí, comecei a prestar atenção nessas coisas, nessas notícias que mostravam que, de alguma forma, a parcela mais pobre da população estava sendo afetada pelos programas que eu tanto critiquei no passado. E vesti a camisa. Ainda me emociono quando vejo a filha da copeira que está na faculdade graças ao PROUNI, quando leio sobre os resultados dos alunos beneficiados pelos programas de cotas, quando leio que o nível de miseráveis no Brasil diminui em 19%, que as classes C e D passaram a merecer a atenção dos fabricantes de bens duráveis.

Esses resultados levaram o LULA a receber um prêmio da Appeal of Conscience, e nada indica que o PT tenha comprado a fundação. Não sou petista, tenho amigos que são, assim como tenho amigos que são PSDB ou PMDB. Procuro manter minhas amizades acima de posições ideológicas. Ainda assim me senti na obrigação de prestar contas a vocês. Pela primeira vez na vida vi ações de governo beneficiarem o extremo mais pobre da população. Os número estão aí, e são de fácil comprovação. O nível de desemprego é o mais baixo em muito tempo. O nível de reclamações da população com relação à renda é o mais baixo de todos os tempos. Tivemos um crescimento econômico ridículo, se comparados a outros países > " em desenvolvimento> " , mas nosso crescimento social é bem positivo.

São resultados que falam por si mesmos. Se compararmos com os resultados do governo anterior, nem falo... Estou convicto que reeleger Lula é o melhor para o Brasil. Não nego a corrupção que tem aparecido por aí, mas também não sou ingênuo a ponto de pensar que foi esse governo que a inventou, nem sou amnésico a ponto de esquecer tudo que foi denunciado e abafado pelo governo anterior. A corrupção está aí, e precisamos cobrar o combate a ela. Não consigo acreditar que voltar ao plano de privatizações, subjugação às grandes potências, ampliação da concentração de renda possa melhorar o Brasil. Vivi os oito anos do governo do PSDB e não gostaria de revivê-los. Como disse acima, vocês que receberam esta mensagem são os amigos que mais considero, e me sinto na obrigação de prestar contas disso tudo, para que entendam como estou vendo a situação. Mais uma vez, não tenho qualquer intenção de mudar a opinião de nenhum de vocês. Escrevo apenas porque é muito importante que, ainda que não concordem comigo, me entendam. Abração


PS.: fiquei bastante ofendido com uma declaração do Alkmin, comentando que os planos de financiamento habitacional tinham demorado tanto para sair porque os funcionários da Caixa estavam muito ocupados violando o sigilo bancário de pobres caseiros. Não. Estávamos muito ocupados desenvolvendo um novo sistema de loterias, por determinação do Ministério Público da União, para corrigir uma situação de gastos inaceitáveis, resultante de contratos firmados pelo governo anterior.
A notícia da internalização das loterias, hoje totalmente sob o controle da Caixa - situação inédita em todo mundo - não pode ser divulgada em função das eleições, pois podia ser considerada como arma de campanha. A propósito, foi o maior projeto em tecnologia Java-Websphere do mundo, e a equipe está de viagem marcada para apresentá-lo mundo afora. Mas aqui, ninguém pode saber...

Autor: Desconhecido (recebido por email)
Rico cartão tucano na Paraíba


A Several Card ganhou o direito de emitir aos servidores estaduais e municipais da Paraíba o cartão PBCard, que permite o débito em folha de até 30% do salário. A empresa tem até link na página da Secretaria de Administração do governo de Cássio Cunha Lima (PSDB). À frente do rentável negócio está Leonardo Campos. Funcionários dizem que ele é filho do dono, o ex-governador do Tocantins Siqueira Campos (PSDB). Os cartões são anunciados na página da empresa como um “adiantamento do salário” do funcionário para compras em farmácias e supermercados.

Fonte: (ACREDITEM) Cláudio Humberto

26 outubro 2006

O melhor comentário se faz sobre as declarações dos próprios, senão, vejamos a seguir:


Observações em vermelho e itálico são minhas.

PSDB deveria ter defendido privatizações feitas, diz FHC
Agencia Estado

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez hoje uma autocrítica a respeito de seu partido, dizendo que os tucanos deveriam ter sido mais veementes na defesa das privatizações realizadas pelo seu governo. "Eu não diria que é uma questão pessoal do Alckmin (candidato da legenda à Presidência, Geraldo Alckmin), eu diria que o PSDB tem de ser mais enérgico na defesa de suas crenças e na defesa do que fez", reiterou ele, em entrevista concedida hoje à Rádio Bandeirantes.

O maluco ex-ex-presidente continua insistindo que a ordem é privatizar, esta é a solução. Lula comprovou que não, é possível um crescimento sem doações do patrimônio público, sem subserviência aos bancos internacionais, principalmente ao FMI a quem o ex-ex-presidente recorreu por três vezes enterrando o país.

Além de dizer que o PSDB não defendeu com ênfase as privatizações, FHC cobrou de seu partido idéias concretas para o desenvolvimento. "O PSDB precisa voltar a ter idéias que levem o Brasil adiante. E também precisa dizer como é que vamos dar esses passos", emendou.

Eu queria que o ex-ex-presidente tentasse num debate ao vivo e sem edições da Globo, defender o indefensável. Foi por esses passos que ele deu que o eleitor o escorraçou da vida pública, e ele teimosamente insisti em participar.

O tucano voltou a criticar duramente o governo do adversário, do PT, presidente candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo Lula não teve nenhuma idéia nova, conta vantagem em cima do que os outros construíram (numa referência ao seu governo)". O ex-presidente voltou a dizer que sua legenda jamais votou e não irá votar contra os interesses do Brasil. E ironizou: "Já apanhei muito e estou com o couro grosso", em resposta à declaração de Lula de que "já havia batido muito no ex-presidente”.

O ex-sociólogo é tão burro que não entendeu ainda que foi o ” neo” que o colocou totalmente na contramão dos interesses nacionais.
Não ex-ex-presidente, você não apanhou nada ainda por seu crime de lesa-pátria, que tenho esperança de que venha a pagar.

Ao falar da falta de propostas concretas para o Brasil, FHC citou a área da Previdência Social, questionando: "O que dá para fazer? Precisamos conversar com o País, pois do jeito que está, a dívida é crescente. Como corrigir? Precisamos respeitar os direitos, mas como? É preciso ter clareza". O ex-presidente tucano disse que essa falta de clareza atinge também outras legendas, sobretudo o PT.

O ex-sociólogo ainda não se convenceu de que a sua sociologia fajuta não o ajudou a entender a sociedade que ele destruiu em oito anos de governo.

Convença-se ex-sociólogo e ex-ex-presidente você não significa nada para o país, nem um zero à esquerda, pois seria gasto em impressão, você foi um pesadelo e tenha certeza, acordamos.



Paulo Nolasco de Andrade
Duas possibilidades, uma alternativa clara


Por Dom Pedro Casaldáliga - de São Félix do Araguaia (MT)

O segundo turno nos coloca diante de uma alternativa clara:

1. Votar em Lula é votar a favor de uma possibilidade real de política popular e na crescente construção de uma democracia que seja também econômica, social, étnico-cultural.
É votar pela liberdade de ação dos movimentos populares e pela possibilidade de cobrar do governo atual os seus melhores compromissos.
É votar pela segurança de termos, em alguns ministérios, pelo menos, ministros autenticamente bons.
É votar por uma política exterior que siga promocionando a verdadeira integração latinoamericana e caribenha, possibilitando a presença e a palavra dos povos do terceiro mundo e contestando o neoimperialismo.

Isso sim: Votando contra toda corrupção e contra toda impunidade.

2. Votar em Alckimin é votar abertamente a favor do capitalismo neoliberal, com tudo o que isso significa contra os direitos da maioría popular.
É votar a favor da minimização do estado, tornando-o impotente.
É votar a favor da flexibilização do trabalho, abafando a dignidade e as reivindicações legítimas do povo trabalhador.
É votar a favor da dilapidação do patrimônio publico em privatizações entreguistas.
É deixar de lado oficialmente toda luta contra a depredação da Amazônia, contra os transgénicos, contra o agronegócio ecocida e de só exportação.
É satanizar o movimento popular, sobretudo nas reivindicações dos povos indígenas e nas lutas pela reforma agrária contra o latifûndio e pela moradía contra a especulação imobiliaria.
É sepultar o sonho e o compromisso de uma Nossa América fraternalmente integrada.
É votar pelo velho-novo imperialismo, pelo velho-novo capitalismo das elítes privilegiadas.
É votar pela exclusão da maioría popular.

A caminhada continua, no dia a dia e com muita esperança.

Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Felix do Araguaia (MT)