15 novembro 2008

Quem é mesmo Eliane Catanhêde????

Quem é mesmo Eliane Catanhêde?????

Abaixo duas matérias recebidas por email e comentadas (melhor dizendo.....rebatidas) pela Caia Fittipaldi.

Dia 13/11/2008

[Vila Vudu -- Barracão abajo y a la izquierda]: " "Gato", "lebre" e papim fraco, hoje, da D. Eliane lana caprina Cantenhede"


Sobre: ELIANE CANTANHÊDE, "Gato por lebre", Folha de S.Paulo, 13/11/2008 (para assinantes, aqui)

Mais "Gato", mais "lebre" e mais papim fraco, hoje, da D. Eliane lana caprina Cantenhede.

Dona Eliane, heil! meu Gato Filósofo anda de saco muuuuuuuuuuuuuuuuuito cheio, desde a eleição daquele [cito:] "Boneco inflável solteiro feliz e fascista". Diz ele que foi D+. Foi mesmo. Melhor o Jânio, que, pelo menos, desinfetava cadeira de sociólogo tucano-pefelê-uspeano.

Disse também que "o DES-jornalismo brasileiro faz vergonha". E que "seria vergonha até prôs DES-jornalistas paulistas (se tivessem vergonha na cara), eles terem ajudado a eleger aquele "Boneco inflável [etc.] fascista".

O Gato nunca aprovou os casaquinhos curtos de D. Marta ("casaquinho curto só fica elegante na Audrey Hepburn" -- o que, me disse o Gato --, "é típica opinião-de-Danuza, mas eu [o Gato] uso essa opinião-de-Danuza pra poder pronunciar seu santo nome: Audrey Hepburn". O Gato é looooooooooooko pela Audrey Hepburn.

Mas "não aprovar" é uma coisa. "Odiar" é outra. E o Gato ODIOU o PT ter escondido o Aldo Rebelo, o qual, Aldo Rebelo, diz o Gato, "melhor, impossível". O Gato também é louco pelo Aldo Rebelo (como eu, aliás, também sou). O Gato é Lula. LULA É MUITOS.

O Gato, além do mais que exige de mim, e não é pouco, tem exigido que eu use páginas de livro, pra forrar-lhe a caixinha, porque "est modus in rebus" e "jornal paulista... nem pra forrar caixinhas de coco-de-gato".

Quando as coisas melhoram, importo areia do Maranhão, para a caixinha do Gato. Mas, quando não dá, uso páginas de CARDOSO, Fernando Henrique (1998) O presidente segundo o sociólogo, SP: Editora Companhia das Letras.

O Gato mandou-me arrancar páginas do fim para o começo do livro, "de modo a eu [ele!] poder defecar, ao mesmo tempo, tanto no presidente segundo o sociólogo quanto, também, sobre o sociólogo segundo o presidente." São coisas do Gato e eu não resisto; só rasgo o livro, relaxo e gozo.

O Gato ganhou charutos cubanos (Romeo y Julieta by Habanos SA), de uma cubana-aí com quem ele tem conversado muito. E agora, está lendo "Bartleby", de Melville (a senhora pode ler, de grátis, em inglês, aqui).

O Gato diz que só em "Bartleby by Melville" se pode aprender sobre a verdadeira história de Wall Street, no nascedouro, o que explica o caso de Wall Street no morredouro. O Gato diz que acha que Bartleby é a grana nua-e-crua. Então, quando faz falar a grana-nua-e-crua, Melville a decifra, kenén decifrou o homem, o mar, a baleia e a D. Eliane. (O Gato sempre ri, quando diz isso.)

Hoje, quando li para o Gato a sua coluna -- e atrevi-me a comentar: "Gato! Você hoje foi citado nominalmente por D. Eliane! Tás ficano importante, sô!" -- o Gato disse "Não sou o Gato. Sou só a risada do Gato [e baforadas e baforadas de Romeo y Julieta, na minha cara & laptop]."

E continuou, o Gato Filósofo: "Quando D. Eliane mete-se a mentir que sabe quem seria "direita" e quem seria "esquerda"... é preciso perguntar: "Quem é "Eliane Cantanhede"? É casada? É solteira? É inflável? Prefere esquerda ou direita? Prefere em cima ou em baixo? Direito ou torto? Que lebre? Que direita? Que esquerda? Que patrão? Que jornalismo? Não tem mágoas, a D. Eliane? Não? É feliz? O quanto mente? Quem lhe paga o supermercado e as certezas vazias?

D. Eliane, hoje, dá-se importância que não tem. Faz-se passar pelo que não é. Fala do que não sabe. Mete-se a besta. DES-jornalismo de burrificar os eleitores... pago com a grana dos eleitores-consumidores assim burrificados, diariamente, por D. Eliane. Até quando prosseguirá o círculo DES-virtuoso, a arapuca-de-pegar-otários, que é o DES-jornalismo de D.Eliane?!"

Para concluir, demiúrgico & baforadas de Romeu y Julieta by Habanos SA, o Gato Filósofo: "quanto mais é fraco o conteúdo do pensamento, mais o pensador ganha destaque, mais o sujeito de enunciação dá-se importância, em relação aos enunciados vazios". "É Deleuze. Mande pra ela a referência completa. Procure no meu laptop. Que vá se catá, essa D. Eliana. Lana caprina e assalto diário ao leitor-consumidor. Só DES-jornalismo, no DES-colunismo dessa senhora."

Mission accomplished: Gilles Deleuze, 1977, "A propos des nouveaux philosophes et d’un problème plus général", entrevista publicada na revista Minuit, suplemento do n°24, maio 1977, e reproduzida em Deux régimes de fous, p. 127ss." Pode ser lida, em francês, aqui, posta lá em outubro de 2008, mês passado).

ELIANE CANTANHÊDE, "Gato por lebre", Folha de S.Paulo, 13/11/2008

BRASÍLIA - Numa solenidade para assinatura de contratos do PAC no Planalto, em 24 de junho, com Lula e Dilma Rousseff, dois aliados do governo foram destacados para falar em nome dos 27 governadores e dos milhares de prefeitos do país: o governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT, e o prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, do PSB.

Quatro meses depois, foram encerradas as eleições municipais, nas quais os dois grandes vitoriosos foram os governadores e os prefeitos candidatos à reeleição. Mas Jaques e Serafim andaram na contramão.

Jaques perdeu em Salvador, e Serafim foi o único candidato à reeleição nas capitais a dar com os burros n'água. Não foi por acaso. Na Bahia, Jaques vinha de uma espetacular e inesperada vitória para o governo em 2006 e se sentiu forte o suficiente para patrocinar um candidato próprio do PT contra o prefeito João Henrique, do PMDB. Trombou de frente com o trator Geddel Vieira Lima e perdeu.

Em Manaus, o PT e o PC do B passaram três anos aboletados na prefeitura, mas na eleição abandonaram o prefeito no sereno. O PT lançou um nome próprio, e o PC do B apoiou o candidato do governador Eduardo Braga. Os dois perderam já no primeiro turno e enfraqueceram Serafim para o segundo. Isolaram Serafim, o aliado, e deram a vitória a Amazonino Mendes (PTB), o verdadeiro adversário.

Cumpre-se assim o que Zé Dirceu diz e tenta curar há muitos anos: a arrogância petista de considerar aliança o que é a favor dele, não o que é a favor do outro. E isso deixa mágoas, carimbos e muitas vezes, como nos casos de Salvador e de Manaus, doídas derrotas.

A mágoa não é só contra o PT, mas contra o próprio Lula, que lavou as mãos, tirou foto com os adversários e ajudou a empurrar Serafim para o precipício. E também não é só de Serafim, mas do PSB -um dos partidos mais afinados com o governo nessa base aliada que é um saco de gatos, e de gatos direitistas.


Dia 14/11/2008

[Vila Vudu - Barracão Georges Soros]: "O pânico dos Serras & Aécios... e as cambalhotas de D. Eliane"

O pânico dos Serras & Aécios… e as cambalhotas de D. Eliane

Sobre: ELIANE CANTANHÊDE, 14/11/2008, "Pânico de resultados", Folha de S.Paulo, p.2 e aqui [e adiante, para não assinantes]

Muito diferente do que D. Eliane Lana Caprina Cantanhêde tenta inventar hoje, não há "pânico de resultados" no Brasil.

Atenção: Vai tudo bem, no Brasil. Estamos na luta e na luta continuamos, nós, o governo Lula.

"Pânico", no Brasil, só o pânico dos Serras & Aécios (e da D. Eliane).


Ontem, no "Jornal da Globo", Sardemberg 'explicou' – melhor: DES-explicou! – aos infelizes brasileiros que confiem no fascinoroso William Waack e no próprio Sardemberg para 'informar-se' sobre o mundo, que haveria, no mundo, uma "crise de confiança".

Disse aproximadamente o seguinte: "As notícias são cada vez piores, as pessoas começam a ter medo de não conseguir pagar as contas e param de comprar. Se param de comprar, as empresas param de vender. Se as empresas param de vender, tudo pára. Então... é preciso ter paciência, até que a confiança volte."

Verdade. Até aí não mentiram, nem o Sardemberg nem o fascinoroso William Waack: é preciso ter paciência e esperar "que a confiança volte". Mas, até aí, não há conclusão, no DES-raciocínio DES-jornalístico desses fascinorosos DES-jornalistas do "Jornal da Globo".

Evidentemente, fiquei esperando pela única conclusão racional desse DES-raciocínio dito 'jornalístico': para que as coisas comecem a melhorar, é preciso esperar, então, que as notícias melhorem, porque melhores notícias gerarão a tal de 'confiança'... de que tudo depende, parece, na opinião não-dita dos Sardembergs.

Contudo... dado que, por hipótese da teoria do 'jornalismo', as notícias não melhorarão enquanto não surjam melhores 'fatos'... que não surgirão enquanto a confiança não voltar... taí, na cara, a arapuca dita 'jornalística', de dentes arreganhados pra comer telespectadores otários. A isso, no "Jornal da Globo", chama-se "jornal", "jornalismo" e "análise". Isso é o DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008.

E é assim, pois, que a porca torce o rabo e os papéis podres e DES-jornalistas e DES-jornalismo igualmente podres torcem as idéias de quem espere, da tal de 'mídia brasileira', algum fato ou (que fosse!) alguma "análise".

A pergunta jornalística necessária, que nenhum "Jornal da Globo" jamais faz é: "E em quem, ou em o quê 'confiavam' (i) os bancos que inventaram, venderam e compraram papéis podres e, depois, de repente, já não encontraram otários a quem impingir os mesmos papéis podres; (2) os desgraçados clientes dos bancos que tomaram empréstimos que jamais conseguiriam pagar; e (3) o DES-jornalismo que, sustentado também pelos mesmos bancos-anunciantes, podiam noticiar qualquer 'fato'... menos o único fato importante, a saber, que os bancos estavam inventando, vendendo e comprando papéis podres?!"

Dia desses, no programa "O'Reilly Factor", no canal Fox (que são programa, canal e O'Reilly muuuuuuuuuuuito 'conservadores', mas oferecem jornalismo infinitamente melhor que o DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008), Bill O'Reilly dizia, com todas as letras: "Os papéis podres podiam ser podres o quanto fossem – e já eram podres desde o início da farra –, porque o banco que inventava um papel podre imediatamente o vendia a outro banco e, assim, gerava juros para si. E enquanto houve bancos interessados em comprar papel podre, todos continuaram a inventar papéis podres, porque o papel podre era considerado 'bom negócio' porque gerava juros. E a farra prosseguiu assim, enganando todos todo o tempo. A América foi destruída pelos bancos que quebraram e por muitos americanos que tomaram empréstimos que sabiam que não conseguiriam pagar, a menos que todos os norte-americanos, ao mesmo tempo, ganhassem o Sweepstake... o que muitos jornalistas prometiam que todos ganhariam ao mesmo tempo.

Papéis podres são empréstimos que não poderiam nem ter sido pedidos nem ter sido concedidos. Salvação, se alguma houvesse, estaria exatamente no que a imprensa NÃO DISSE aos norte-americanos: não sonhe com casa própria, não acredite em 'novos produtos' que seu banco lhe ofereça, devolva o segundo cartão de crédito, não re-hipoteque sua casa, compre o mínimo indispensável para viver. Não compre. Encolha-se em casa e reze pelo fim da guerra do Afeganistão e do Iraque."

Semana passada, na New York Review of Books, George Soros escreveu que a crise nasceu de alguns grandes bancos terem quebrado "uma promessa implícita de que os depósitos naqueles seus fundos seriam totalmente garantidos e líquidos" (SOROS, George, "The Crisis & What to Do About It", The New York Review of Books, vol. 55, n. 19, December 4, 2008, na internet, aqui, em inglês)

Tudo isso, de muito melhor jornalismo, vem-me agora à cabeça, lendo o bobajol diário de D. Eliane Lana Caprina Cantanhêde, nessa fascinorosa Folha de S.Paulo.

Hoje, D. Eliane inventa que estaria havendo "pânico de resultados"... 'porque', escreve D. Eliane, "A crise financeira deu uma cambalhota e virou econômica". Lana capriníssima, e só, como sempre, nesse fascinoroso DES-jornalismo brasileiro, que desgraça o Brasil-2008.

E é total escândalo, se se pensa que esse DES-jornalismo, de 'explicação' por cambalhotas, de D. Eliane, é impingido como "comentário jornalístico" a leitores-consumidores, que pagam para ler a Folha de S.Paulo.

A crise do jornalismo no Brasil é tão absoluta e total, que chegamos àquela situação em que a discussão de democratização tornou-se quase impossível: tudo é 'explicado' por cambalhotas e cambalhotas de Danuzas, de Jabores, de Elianes, de Doras Kramers. A razão democrática tirou férias, no DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008.

Qualquer DES-jornalista de DES-jornalão brasileiro escreve e publica o que bem entenda, tirado da própria cabeça (ou da cabeça do governador Serra!), sem dever qualquer justificativa, sequer lógica (pelo menos! Que fosse!).

O DES-jornalismo de engambelação do leitor-eleitor-consumidor reina sem encontrar oposição, no Brasil-2008.

Em São Paulo, reina, sempre, e só, o DES-jornalismo de propaganda eleitoral antecipada e ilegal pró tucanaria-pefelê-uspeana. E só.

Nenhum "embaixador José Viegas, publicado anteontem na Folha (pág. A3)", que D. Eliane Lana Caprina cantanhêde requenta hoje melhora qualquer coisa; de fato, até piora muito.

Absolutamente não se trata de buscar "alternativas ao capitalismo" – e que asneira mais completa se poderia temer encontrar impressa na Folha de S.Paulo, além dessa asneira, a que D. Eliane recorre hoje, e requenta, como se aí houvesse algum 'diagnóstico' (e cambalhotas, além de DES-jornalísticas, também DES-diplomáticas?!) O que é isso?!

Queriam o quê, o embaixador e D. Eliane Lana Caprina cantanhêde?! Trocar de mundo? Trocar de galáxia? Muito provavelmente, pelo que se vê, lhes bastaria, talvez, trocar de trocar de governo, trocar de presidente?! Eleger algum Serra? Algum Aécinho?! Que negócio é esse?!

A coluna de D. Eliane Lana Caprina cantanhêde, hoje, faz – ela FAZ! Ela não noticia coisa alguma! Ela FAZ! Ela inventa! – o que Georges Soros chama, muito bem, de "visão manipulativa dos fatos".

Luis Nassif resume bem o que é, para Soros, essa visão manipulativa dos fatos": "Digamos que o investidor quer que os preços caiam. Ele irá selecionar os fatos que favoreçam a sua aposta. Vale o mesmo, no jogo político." (Luis Nassif, "A batalha das expectativas", 14/11/2008, aqui. De SOROS, cit.).

Muito diferente do que D. Eliane Lana Caprina cantanhêde tenta inventar hoje, não há "pânico de resultados" no Brasil.

Vai tudo bem, no Brasil. Estamos na luta e na luta continuamos, nós, o governo Lula.

Fato é que beira o autismo fascista mais completo – e é modo muito perverso de praticar a sua "visão manipulativa dos fatos", D. Eliane pretender que haveria alguma homologia entre "o tucano José Serra", "o petista Guido Mantega" e "Aécio Neves", os quais, para D. Eliane, estariam 'unidos' em algum projeto 'de salvação' (e cambalhotas?).

D. Eliane INVENTA, hoje, em sua coluna, que esses três nomes seriam equivalentes, em poder. Isso é falso. É mentira. É movimento de propaganda eleitoral antecipada e ilegal, mais uma vez, na coluna de D. Eliane Lana Caprina cantanhêde.

Serra e Aécio são NADA. No máximo, são aspirantes à presidência da República, em eleições ainda muito distantes. Mandam, no máximo, em alguns DES-jornalistas e DES-jornalões alugados.

O ministro Guido Mantega é essencialmente diferente desses dois: Guido Mantega é ministro do nosso governo Lula.

D. Eliane insistir em marcar nosso ministro como "petista" e Serra como "tucano" e Aécio como... (como, aliás, o quê?! O que é Aécinho, além de um nome, uma ambição ou um slogan?!) é puro DES-jornalismo de engambelar leitor-eleitor-consumidor.

"Pânico de resultados" há hoje, no máximo, na cabeça dos Serras – e dos Lavaredas e dos GW da marketagem da tucanaria-pefelista-uspeana, cujos discursos D. Eliane reproduz, incansavelmente, nesse seu DES-jornalismo. Essa gentalha, sim, enfrenta hoje "pânico de resultados". Isso, precisamente, é o que D. Eliane gostaria de não ter escrito, mas ESCREVEU. Tudo é questão, só, de decifrar.

E fica então, aqui, bem decifradinho: quem morre de medo, de pânico, hoje, é a tucanaria-pefelê e todos os DES-colunistas do DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008! LULA É MUITOS! No pasarán!

Pânico de resultados

BRASÍLIA - A crise financeira deu uma cambalhota e virou econômica. Ou seja, saiu do admirável mundo dos papéis e chegou à vida real, onde empresas produzem e empregam, pessoas trabalham, compram, moram, comem -e votam.

Se os EUA, a Europa e o próprio Brasil investiram trilhões de dólares, euros e reais nos bancos, agora passam a investir no setor produtivo. O movimento é sincronizado.

Nos EUA, os US$ 700 bi arregimentados para o sistema financeiro vão ser desviados para estimular o crédito, e democratas e republicanos se aliam para salvar montadoras como a poderosa GM, que está mal das pernas. Ops! Das rodas.

No Brasil, o governo federal tinha suavizado o compulsório dos bancos, mas eles deram de ombros.

Agora a estratégia é outra. O Banco do Brasil destinou uns R$ 4 bi para as empresas, e a CEF abre uma linha de crédito de R$ 2 bi para arejar o comércio varejista. Em São Paulo, o tucano José Serra e o petista Guido Mantega se unem para jogar R$ 4 bi para financiar a compra de veículos em todo o país. E, em Minas, Aécio Neves colocou R$ 470 milhões à disposição das empresas, via empréstimos, e ampliou o prazo dos impostos.

O que se vê é um "pânico de resultados". Democratas, republicanos, tucanos e petistas "somam esforços" para que o mundo não caia no precipício. E isso remete ao artigo "A crise perversa", do embaixador José Viegas, publicado anteontem na Folha (pág. A3). Em resumo, ele diz que o "centro do capitalismo" suga recursos da "periferia do capitalismo" e depois exporta a crise para a periferia. Ou seja, para os emergentes, caso do Brasil.

Tudo isso será discutido amanhã na reunião do G20 (centros e periferias capitalistas), em Washington. Mas, como apontou Viegas, os que criaram a crise são os mesmos que vão sugerir e manejar os remendos. Como não há alternativa ao capitalismo, pai e mãe da "crise perversa", não há aos seus gênios.

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