28 abril 2008

Para diretor do FMI, o mundo acredita mais no Brasil que os brasileiros


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da Agência Brasil, em Brasília


O diretor executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional), o economista Paulo Nogueira Batista, disse nesta quinta-feira que o Brasil é um país de sorte e o mundo acredita mais no país que os próprios brasileiros.
Em declaração no seminário Perspectivas para o Brasil no Cenário Internacional, promovido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Batista prevê que os países emergentes vão ocupar o lugar das nações mais importantes do mundo nos próximos anos
Nesse cenário, segundo ele, o Brasil deve se destacar, em razão do enfraquecimento das principais economias, como a americana.
De acordo com Batista, o governo Bush trouxe "sorte" para o Brasil. Isso porque, avalia o economista, o presidente americano "geriu mal a política econômica e a política externa do seu país".
O economista diz que o Brasil "é um país de sorte, pois tem muito mais credibilidade no exterior que na cabeça dos próprios brasileiros".
Ele atesta que constatou isso ao assumir o cargo no FMI e afirma que o mundo vê melhor o Brasil que os próprios brasileiros. "O peso natural do nosso país vem crescendo há muito tempo, independentemente da competência ou não dos nossos representantes."

Emergentes

Segundo o diretor do FMI, o Brasil tem tudo para ser um grande pólo da América do Sul no cenário mundial. Ressalva, porém, que o país ainda é subdesenvolvido, o que persistirá por algum tempo.
E lembra que países emergentes, como a China e a Índia, vêm desempenhando um papel estabilizador na economia mundial e, por isso, "também podemos ter vez".
O conceito de outros governos em relação ao Brasil, afirma Batista, é dado pelo conteúdo estrutural do país, e não em razão de um governo em particular.
"A queda no peso das grandes potências, como a antiga União Soviética e a Europa Ocidental, deu lugar a emergentes como a China e a Índia, e o Brasil poderá ter espaço também nessa corrida no mercado internacional."

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