27 novembro 2005

BOAS NOTICIAS - FGV

"Houve uma queda espetacular no índice de pobreza em 2004, movida pelo aumento da ocupação, redução da desigualdade de renda do trabalho e pelo aumento de transferências focalizadas do estado", afirma o economista Marcelo Néri, coordenador do Centro de Políticas Sociais.

Lançada na última sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad demonstra, a partir de avaliação do Centro de Políticas Sociais, que a renda domiciliar per capita de todas as fontes (trabalho, aluguéis, programas sociais e outros componentes que integram o rendimento de uma família) teve aumento real de 2,8% em 2004, já descontado o crescimento populacional.

O estudo da FGV é o primeiro sobre a pobreza brasileira que utiliza os dados da pesquisa divulgada pelo IBGE. Na avaliação de Néri, o ponto central da pesquisa da FGV é a geração de indicadores sociais baseados na renda familiar per capita, que norteia toda a literatura de bem-estar social e de pobreza, em particular.

"Esses indicadores permitem sintetizar uma série de fatores que acontecem no mercado de trabalho e nos programas sociais e que são objeto de acalorado debate nacional e de acordos internacionais".

O economista da FGV, que ainda analisa os dados da Pnad para fechar a pesquisa a ser divulgada amanhã, informa também que o estudo apresenta ferramentas como o panorama - que permite olhar a distribuição da pobreza das pessoas de acordo com diversas características como sexo, idade, educação, raça, trabalho e local de moradia, ou o espelho - onde cada pessoa insere uma combinação de dados supracitados e simula a probabilidade de um indivíduo específico estar abaixo da linha de miséria.

Após o lançamento da pesquisa, adianta Néri, o Centro de Políticas Sociais da FGV disponibilizará um banco de dados em sua página na internet, no endereço www.fgv.br/ibre/cps.

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