27 maio 2008

Conversa Fiada da Fiesp, Tucanos, Demos e Cansados

Vamos falar da redução dos preços?
Mas antes a ótima cobrança do Presidente em relação a dimunição dos preços dos produtos. Afinal essa era a bandeira levantada pela turma da Fiesp, Tucanos, Demos e Cansados.
E depois iremos através de alguns dados rápidos mostrar as contradições das palavras dos acima citados.



Fim da CPMF não derrubou preços de produtos, diz presidente Lula






Ao inaugurar em Diadema, no ABCD paulista, um centro de serviços ambulatoriais e de especialidades, nesta segunda-feira (26), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a falar sobre a derrota da CPMF no Senado, no final do ano passado, quando a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) não foi aprovada.


FIM DA CPMF: "FOMOS TRUNCADOS"

Para Lula, o fim do tributo não resultou na redução do preço dos produtos. "A verdade é que nenhum empresário reduziu o custo dos produtos que ele vende por conta da CPMF. Se alguém souber de um produto que caiu de preço porque os empresários retiraram o 0,38% me diga, que vai merecer um prêmio", disse Lula.

Segundo o presidente, o governo "foi truncado" pelos senadores da oposição. "Os senadores da oposição não deixaram passar a CPMF", afirmou.

Além do prefeito de Diadema, José Fillipi Júnior (PT), que foi tesoureiro da campanha à reeleição de Lula em 2006, participaram da inauguração a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e o ministro da Previdência, Luiz Marinho, que devem concorrer pelo PT às prefeituras de São Paulo e São Bernardo de Campo, respectivamente. Fillipi Júnior não pode mais se reeleger.

Fonte: Uol

E ai vem a conversa fiada, termo antigo mais que define bem o que a oposição fala.

Em 10/05/2007 na Revista Contábil, saiu uma máteria aonde em uma Reunião na Fiesp com entidades contra a CPMF, se discutiu a aliquota que recaia sob os preços dos produtos. Abaixo apenas um trecho, mas podemos entender como funciona as coisas lá na Fiesp.

CPMF eleva em 1,7% preço final de produtos e serviços

Dado foi apresentado em reunião na Fiesp na qual entidades se manifestaram contra prorrogação do tributo. A cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) eleva, na média, em 1,70% o preço final de mercadorias e serviços. Segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), na composição de valor, os itens eletro-eletrônicos são os que apresentam o maior impacto, de 2,25%, seguidos pelos produtos de higiene e limpeza (1,94%). A menor influência do tributo no preço final ocorre sobre alimentos não-industrializados, de 0,97%.

Matéria completa aqui
Fonte: Gazeta Mercantil

Mas então me explica o seguinte, se os cálculos foram feitos lá em maio de 2007, porque em fevereiro deste ano, a conversa mudou.

Em 22/08/2008 a FGV fez uma pesquisa que mostrou que os produtos não haviam baixado de preço, com os índices muito próximo aos lançados na campanha de maio de 2007, conforme veremos num trecho abaixo.

Fim da CPMF não é repassado ao consumidor, mostra FGV

A extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a partir de 1º de janeiro, não foi sentida pelo bolso do brasileiro. Conforme pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o tributo tinha um impacto médio de 1,61% nos preços dos produtos.

"O reflexo do tributo varia de setor para setor. O mais alto é o das indústrias de café, com 2,25%;. o menor fica com serviços privados não-mercantis, em 0,60%", explicou o responsável pelo estudo, Marcos Cintra. Essa diferença ocorre porque a alíquota de 0,38% sobre transações financeiras era cobrada em forma de cascata.

Matéria completa aqui

Mas como não poderia de deixar, o pessoal da conversa fiada rebateu em 25/ de fevereiro o artigo da FGV, e usando a desculpa de tempo para adaptar os reais índices incidentes nos produtos, conforme matéria abaixo.


Fiesp rebate FGV e diz que extinção da CPMF pode ser repassada ao consumidor


A extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) deve ser repassada nos preços de produtos cobrados dos consumidores nos próximos meses. A declaração foi feita pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ao rebater pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre o tema.

Conforme divulgado na última sexta-feira (22) pela entidade de ensino, o tributo tinha peso médio de 1,61% nos valores de mercadorias comercializadas em mercado nacional. Apesar disso, em janeiro houve um encarecimento médio de 0,54%, no âmbito do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

"O fenômeno não se produz com essa rapidez. Os agentes econômicos demoram um tempo para inserir esse impacto. É absolutamente desproporcional querer fazer uma medição de causa e efeito nesse período de tempo", justificou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini.

Matéria completa aqui

Conversa para lá, conversa para cá e ficaremos aqui esperando. O pior que o brasileiro não percebeu que esta jogada da FIESP só beneficiaria a eles mesmo, aos tucanos e demos apenas o gostinho da vitória em cima do Presidente. E outro detalhe que isso não circulou e nem vai circular nos jornais que de acordo com o Ministério da Fazenda, em torno de 70% da arrecadação com CPMF vinham de pessoas jurídicas. Os 30% restantes, portanto, ficavam a cargo dos consumidores.

Nenhum comentário: