Reportagem publicada nesta quarta-feira (17) no jornal Folha de S. Paulo denuncia que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, atual pré-candidato à Presidência da República, foi responsável por uma redução de verbas para o sistema penitenciário durante sua gestão no governo do Estado (2001-2006).
Afastado do cargo em março deste ano, Alckmin promoveu cortes cada vez maiores, em seus últimos anos de governo, na verba per capita gasta com o sistema penitenciário do Estado.
Apenas entre 2004 e 2005, houve redução de 15% no Orçamento para a área. Segundo a reportagem, em 2004, foi gasto R$ 1,145 bilhão com a administração e investimentos da rede prisional para uma população carcerária de 109.163 pessoas - uma média de R$ 10.494 per capita ao ano.
Já no ano passado, foram utilizados R$ 1,078 bilhão para 120.887 detentos - uma média per capita anual de R$ 8.917.
A redução dos recursos para os presídios paulistas agrava os principais problemas que o sistema já enfrenta - principalmente a superlotação de suas dependências. Hoje, há 124.446 presos para 95.645 vagas em todo o Estado. O déficit é de 28.801 vagas.
Superlotação, condições precárias de aprisionamento, reduzido número de funcionários e incapacidade tecnológica de controle favoreceram o surgimento e articulação de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), a quem foi atribuido o clima de terror em São Paulo nos últimos dias.
Para o governo do Estado, a redução da verba per capita revela "maior eficiência administrativa". A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) também informa que já foram criadas 3.872 vagas neste ano e que até dezembro outras 3.028 serão abertas nos presídios paulistas.
As informações de gastos mais antigas repassadas pela SAP à reportagem da Folha referem-se a 2002. Naquela época, a média anual per capita (R$ 9.690) também era superior à do ano passado. Só em 2003 o valor per capita foi menor do que em 2005.
Afastado do cargo em março deste ano, Alckmin promoveu cortes cada vez maiores, em seus últimos anos de governo, na verba per capita gasta com o sistema penitenciário do Estado.
Apenas entre 2004 e 2005, houve redução de 15% no Orçamento para a área. Segundo a reportagem, em 2004, foi gasto R$ 1,145 bilhão com a administração e investimentos da rede prisional para uma população carcerária de 109.163 pessoas - uma média de R$ 10.494 per capita ao ano.
Já no ano passado, foram utilizados R$ 1,078 bilhão para 120.887 detentos - uma média per capita anual de R$ 8.917.
A redução dos recursos para os presídios paulistas agrava os principais problemas que o sistema já enfrenta - principalmente a superlotação de suas dependências. Hoje, há 124.446 presos para 95.645 vagas em todo o Estado. O déficit é de 28.801 vagas.
Superlotação, condições precárias de aprisionamento, reduzido número de funcionários e incapacidade tecnológica de controle favoreceram o surgimento e articulação de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), a quem foi atribuido o clima de terror em São Paulo nos últimos dias.
Para o governo do Estado, a redução da verba per capita revela "maior eficiência administrativa". A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) também informa que já foram criadas 3.872 vagas neste ano e que até dezembro outras 3.028 serão abertas nos presídios paulistas.
As informações de gastos mais antigas repassadas pela SAP à reportagem da Folha referem-se a 2002. Naquela época, a média anual per capita (R$ 9.690) também era superior à do ano passado. Só em 2003 o valor per capita foi menor do que em 2005.
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