30 setembro 2006

ESTE É O NOSSO PRESIDENTE.....
COM MUITO ORGULHO




Vamos dar uma última olhada....e votarmos no melhor Presidente que o nosso Brasil já teve.

Boa Votação!!!!

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Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula Lula
Realizações do Governo Lula


1) Credibilidade internacional – O Brasil não depende mais do FMI.

1.1 - O Brasil resgatou a credibilidade internacional voltando a pagar sua dívida externa ao FMI, antecipando inclusive o pagamento de 15,5 bilhões de dólares que venceriam até 2007.
Com esta medida o Brasil está economizando 90 bilhões de Reais anuais.

1.2 - Pela primeira vez na história do Brasil, o Governo Federal "recusou", não pegou empréstimo com o FMI. Isto contraria os interesses dos americanos, pois eles querem mais é que o Brasil fique eternamente pagando juros da dívida externa. É da agiotagem internacional que eles vivem.

2)Olha o Lula indo ... Olha o Lula vindo ...
Sabe qual é a diferença entre o Lula, FHC e Alkmin?

2.1 – FHC viajou o mundo para "vender o Brasil".
Lula esta viajando o mundo para "vender para o Brasil".
Alkmin é o candidato da elite dominante desse país.

2.2 - A credibilidade internacional que o Governo Lula conquistou nos últimos tres anos abriram novos mercados e com isso o Brasil vem batendo récordes inéditos.

O risco Brasil.
Governo FHC .........................1.445 pontos
Governo Lula ......................... 206 pontos – o menor desde a criação deste índice.

2.3 - Recorde inédito nas exportações.
** Governo FHC ...................... US$ 60 bilhões.
** Governo Lula ........................US$ 118 bilhões.

2.4 - Recorde inédito no Turismo.
Participação do Ministério do Turismo em feiras internacionais:
Em 2000 – 13 feiras.
Em 2005 – 38 feiras.
O Brasil nunca recebeu tantos turistas estrangeiros como atualmente. A espectativa é de gerar 1.2 milhões de novos empregos só nesta área.


3) EDUCAÇÃO:

3.1 - ProUni – Universidade para todos.
Antes, cursar uma universidade federal só era possível para uma minoria privilegiada. Atualmente 130 mil bolsas foram destinadas a estudantes de famílias de baixa renda.

3.2– O Governo Lula construiu quatro novas Universidades Federais e transformou cinco faculdades em Universidades Federais, todas fora das capitais.

3.3 - O governo Lula distribuiu 120 milhões de livros didáticos do ensino médio para 13.253 escolas da rede pública de ensino.

3.4 - FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico foi criado no governo Lula para alavancar o Ensino Básico e valorizar os profissionais da educação.

4 – HABITAÇÃO:
O Governo Lula investiu em dois anos e meio R$ 12,9 bilhões em habitação, beneficiando quase 1 milhão de famílias. Desse total, 70% foram destinados a famílias que recebem até cinco salários mínimos.
R$ 19 bilhões – Governo Lula.
R$ 5 bilhões – Governo FHC

5 - CORRUPÇÃO:

5.1 – Polícia Federal – Nunca se combateu tanto a corrupção como nos últimos três anos. Quase que diariamente a Polícia Federal vêm desmontando quadrilhas poderozíssimas, contrariando interesses de muitos políticos, juízes, desembargadores e empresários influentes que atuam há várias décadas
no nosso país.
Em 2005 foram apreendidos cerca de R$ 1,5 bilhão em produtos piratas..

6 – AUTO-SUFICIÊNCIA EM PETRÓLEO:
O Brasil tornou-se auto-suficiente na produção de petróleo. A produção de óleo aumentou 20% entre 2003 e 2005.

A REFINARIA É NOSSA! - QUEM FEZ FOI O GOVERNO LULA!
A Nova Refinaria de Petróleo será instalada em Itaboraí, beneficiando também São Gonçalo, gerando milhares de empregos diretos e indiretos.


7 – ÁGUA PARA O NORDESTE:
Lula garantiu água para 580 mil famílias de 974 municípios com a construção de 116 mil cisternas.


8 – REGISTRO DE PROPRIEDADE E REFORMA AGRÁRIA:
Com o Programa Papel Passado, 750 mil famílias pobres puderam ter o registro de propriedade de sua casa. Destinou 12 Bilhões para a construção de moradia de famílias de baixa renda. Beneficiou 750 mil famílias com o crédito agrícola. 256 mil famílias assentadas – Reforma Agrária.


9 - ECONOMIA:
O Governo Lula fez o dólar cair sem inventar nenhum plano mirabolante e enganoso.

Aumento da Luz Residencial:
20% - 2003/2005 - Governo Lula
90% - 1999/2002 - Governo FHC

Aumento do Gás Residencial:
19% - 2003/2005 - Governo Lula
38% - 1999/2002 - Governo FHC

Inflação:
5,6 % - Governo Lula
12,5% - Governo FHC

IGPM (Índice Geral de Preços):
É o mais baixo dos últimos 50 anos.


Emprego e Renda ( Empregos de Carteira Assinada):
4.000.000 mil novos empregos – Governo Lula 2003/2005
796 mil novos empregos – Governo FHC 1995/2002

Taxa de Desemprego – Índice mais baixo nos últimos 17 anos (IBGE)
13,9 milhões ........................ Governo Lula
12,2 milhões .........................Governo FHC



Crescimento da Produção Industrial:
11,7% ........................Governo Lula
10,5% .........................Governo FHC


Produção de Carne Bovina:
8.750 mil toneladas em 2005 – Governo Lula.
7.142 mil toneladas em 2002 – Governo FHC.

Produção de Frango:
9.248 mil toneladas em 2005 – Governo Lula.
7.040 mil toneladas em 2002 – Governo FHC.

Salário Mínimo:
Em três anos o salário mínimo foi aumentado em 75%.
É o maior em 25 anos.

10 - Há mais de 10 anos ...

PREÇOS DOS ALIMENTOS:
O preço dos alimentos teve a maior queda nos últimos 10 anos.

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO:
O preço de 41 itens de material de construção é o mais baixo nos últimos 30 anos.

FERRONORTE – Lula deu início à construção da Ferrovia, que há mais de 10 anos estava só no papel.

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA – É o mais baixo em 10 anos.

ALUGUÉIS - O índice de reajuste é o mais baixo em 10 anos. (jornal nacional 10/02/2006)

INDÚSTRIA NAVAL
A indústria Naval estava estagnada há mais de 10 anos.
O Governo Lula recuperou a Indústria Naval Brasileira. Só com a construção da Plataforma P-50 foram gerados 16 mil empregos diretos e indiretos no Estado do Rio de Janeiro. Milhares de outros empregos estão sendo gerados com a construção das Plataformas P-51 e P-52 e a construção de 42 navios petroleiros.

ONU – Organizaçãos das Nações Unidas
Há mais de 10 anos o Governo Brasileiro vinha pagando a taxa de mensalidade da ONU com atraso. Vergonha nacional. Governo Lula paga em dia.

LEI DOS PESCADORES .
Os pescadores de todo o território nacional passaram ater direito ao seguro-desemprego durante o período do defeso, quando a pesca fica proibida.

ESTATUTO DO IDOSO.
Implantou o Estatuto do Idoso que ficou oito anos engavetado no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O GENERAL VOTO: vamos às urnas, também contra esses caras!


RECOMENDO VIVAMENTE que todos leiam a entrevista com a Prof. Marilena Chauí que está nas bancas hoje, na revista FÓRUM. Ajudará muito a viver a vida, hora a hora, até 2ª feira.
LULA É MUITOS! VIVA O BRASIL! 8-)
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Seguinte, anoto aqui umas idéias, pra discutir e irmos pensando juntos. A palavra de ordem é CALMA.

Eu acho que uma das 'disputas simbólicas' que estão sendo disputadas nas eleições de domingo é, precisamente, essa:

-- a democracia brasileira VERSUS a dita 'grande' mídia brasileira, em 2006.

A democracia brasileiro ainda é frágil, sim. Mas a democracia brasileira já é MUITO MAIS FORTE do que jamais foi, antes, em 500 anos.

Cada eleitor, no momento de votar em Lula presidente, estará votando, também, CONTRA o 'general' Globo, o 'general' Frias-Filho, o 'general' Civita, o 'general' Mesquita e seus soldados rasos mercenários, dado que todos esses se expuseram MUITO, na campanha eleitoral, e expuseram demais que tinham lado, na disputa. O mercado dá-se bem com a tal de 'despolitização'.

Mas o mercado NUNCA se dá bem com a tal de 'partidarização' na direção oposta ao voto das maiorias. A maioria dos eleitores, afinal, é a maioria, tb do mercado consumidor. Todo o público da Globo é eleitor, no Brasil (menos as criancinhas). É preciso 'negociar' também no plano simbólico com TODOS os consumidores. Não é bom negócio, para a Globo, ter de expor-se muito no plano político -- e, hoje, a Globo está ATOLADA na briga político-partidária. Isso não é bom prôs negócios!

De fato, TODO ESSE PESSOAL 'midiático', no Brasil, ainda é parte MUITO IMPORTANTE do último lixo da ditadura que ainda falta varrer do Brasil.

Ora essa! De um lado, exército mercenário é sempre exército fraco. De outro lado, até Napoleão foi derrotado, na Rússia, pelo General Inverno!

Há uma pergunta que a Globo ainda não se fez -- ou já se fez e não soube responder: "Por que o Brasil não usaria os poderes do General Voto, pra derrotar, afinal, de vez, os 'generais' Globo, Veja, Estadão e Folha seus soldados rasos mercenários?!"

Isso, eu acho, está em disputa, no campo simbólico, também, nas eleições de domingo.

Que ninguém se deixe impressionar demais por essas coisas 'midiáticas', da Globo, de hoje até amanhã.

É claro que a Globo JAMAIS deixaria barato, sem golpe-resposta, o golpe brabíssimo que ela sofreu, com o presidente Lula não ter ido ao debate. Houve ali uma espécie de desafio. A Globo tentou encurralar o presidente Lula. E o presidente Lula TRUCOU. Ou, noutra metáfora: o presidente Lula empurrou a Globo prás cordas.

A resposta-golpe de ontem -- bem comentada na msg abaixo -- dá a dimensão do estrago que fez, na Globo, o presidente não ter ido.

A Globo apostou TUDO [muito burramente, aliás!] em que o presidente iria; ou ela inventaria uma regra segundo a qual só haveria debate se fossem todos os candidatos... e passaria algum filme daqueles que hipnotiza e paralisa a classe média e rende milhões em anúncios. E, assim, ganharia dinheiro e, de quebra, esvaziaria a 'não ida' do presidente.

O presidente Lula não apenas não foi ao debate e avisou no último momento, usando o tempo a seu favor (e a Globo, perdida a queda de braço) teve de exibir AQUELE HORROR, durante horas, vendo a audiência DESAPARECER), como também, além de (i) não ir; e de (ii) avisar no último instante... o presidente Lula (iii) foi ao comício de São Bernardo.

Essa é uma resposta simbólica complexa, mas muito clara. O presidente Lula 'disse' mais, com essa resposta, do que apenas dizer que a Globo já não manda na presidência da Repúbica -- como sempre mandou.

O presidente Lula jogou uma cartada política muito clara e muito bem jogada: "Estou aqui. Não estou aí. E, sem mim, vocês não tem NADA. Quem mandou ME desafiar?"

O monopólio da Globo custa um preço comunicacional muito alto -- que ninguém se lembra de considerar.

Por exemplo: é totalmente inadmissível que um canal comercial de televisão tenha o monopólio da exibição de um debate entre candidatos à presidência.

Um pool de emissoras, por exemplo, naquele dia, diluiria o impacto de o presidente não ir. Mas a Globo tem o monopólio (inadmissivel) da transmissão. Azar o da Globo, que crê em monopólio e ditadura: por causa do monopólio, o presidente não ir atingiu SÓ a Globo.

E, assim, embora não se abale a solidariedade política (e de classe) que une todas as empresas de comunicação no Brasil, desequilibra-se a competição mercadológica: a Bandeirantes ADOROU ver a Globo humilhada.

Onde não se possa ter vitórias muito espetaculosas é preciso ir acumulando pequenas vitórias simbólicas. Em matéria de comunicação social, TUDO é disputa simbólica. Azar de quem creia que comunicação social seja só 'mercado'.

Se 'eles' (todos os 'midiáticos') não estivessem MUITO FRACOS (e com a Globo SUPER exposta, na briga), eles (e a Globo, super exposta) não estariam obrigados, como estão, a confrontar abertamente o Estado e o Governo, no Brasil, apesar de Lula estar reeleito.

A Globo está numa arapuca: onde ela opere movida por seus golpismos burros, ela operará contra os seus interesses no mercado e comerciais e financeiros e políticos. Essa contradição é importante e complexa, nasceu há pouco tempo e não se equaciona por métodos brucutus. E, pra piorar prô lado da Globo, o Dr. Roberto já morreu e o pessoal que está lá NÃO ENTENDE NADA de Brasil (nem de coisa alguma).

Não esqueçam que TODOS os jornalões estão endividados e dependem do Estado -- que controla o dólar que atinge, diretamente, as dívidas deles.

Não esqueçam que TODOS os jornalões e a Rede Globo vivem de anúncios do governo.

Não esqueçam que esse enlouquecimento de última hora é uma espécie de 'última cartada' burra. Eles já sabem que estão perdedo poder -- por menos que nós ainda não saibamos ver com clareza O MUITO PODER que estamos ganhando.

Calma. O presidente Lula já sinalizou que é hora de deixar a história andar.
É hora de o Brasil confiar, mesmo, na força do povo.
O povo brasileiro não somos nós, aqui na Internet.
O povo brasileiro sabe mais do que nós, aqui.

O povo brasileiro NÃO VIVE DE VER A REDE GLOBO e não lê jornais paulistas. Nós devemos cuidar, apenas, para não nos atrapalhar.

O mais provável é que a Globo já esteja dando a eleição presidencial por perdida, no 1º turno e esteja tentando, apenas, inflar Serra, em São Paulo.

Há muitas variáveis 'de fundo' que não temos como avaliar agora. Serra foi MUITO MAL no debate, em São Paulo. Há gente que diz que sabe que Serra está MUITO doente. Não há lugar onde eu chegue em que não haja algum ex-Serrista que mudou o voto. Quércia sempre teve muito voto em S.Paulo. E a esquerda-dos-barzinhos com zilhões de Serristas, ADOROU o discurso e a figura do Plínio Sampaio.

O dinheiro cenográfico apareceu tarde demais.
O assunto 'corrupção' e moralismo começou cedo demais -- e esvaziou-se. E abriu portas e suspeitas contra a tucanaria que JAMAIS teriam sido abertas se não houvesse as investigações que Jefferson detonou cedo demais.

É possível que a grana mostrada ontem tenha custado caro demais à tucanaria. Sabe-se lá o que fizeram pra arranjar isso. E as investigações não param e não vão parar. A cada minuto a tucanaria paulista mais enlouquece, pq, embora nós ainda não saibamos das falcatruas deles... eles sabem, é claro, muito bem, o que fizeram.

É claro que, sim, eu acho que o PT deve reclamar no STE contra o que a Globo fez, está fazendo e fará. DEVE-SE RECLAMAR CONTRA TUDO E TODOS e sempre. De cada 20 reclamações, ganharemos uma. Uma vitória contra 'os generais midiáticos', em qquer caso, sempre será uma grande vitória.

O resto é votar, nunca perder de vista a luta de classes e ir aprendendo com a história que está andando.

RECOMENDO VIVAMENTE que todos leiam a entrevista com a Marilena Chauí que está nas bancas hoje, na revista FÓRUM. Ajudará muito a viver a vida, hora a hora, até 2ª feira. 8-)
REDE GLOBO TÁ MORTA


Prof. Guareschi - PUCRS


"Ontem, dia 29/09, o Jornal Nacional da Rede Globo repetiu, não sei se com maiores ou menores consequências, seu criminoso ato eleitoral de 1989 na re-edição do debate Lula x Collor. Como? -Não sei se por vingança por Lula não ter ido ao debate (com isso a Globo perdeu muito dinheiro, pois perdeu quase metade da audiência e isso significa perdas econômicas), sua estratégia parece ter sido: vamos mostrar ao Sr. Lula o nosso poder! E fez isso de duas maneiras: uma, menos criminosa mas nem por isso mais aceitável; a outra, flagrantemente crimminosa. A primeira forma de demonstração de poder: mostrar, sobre Lula, sua "arrogância", "autoritarismo", "desprezo pelo povo" e outras falas, através de seleções feitas com seus "investigados": os próprios candidatos e "gente do povo". Ficou claro na exposição que Lula errou, não é inteligente, despreza a democracia (democracia para a Globo e ela
marcar um debate e exigir que todos os outros vão... aquilo que a Marinela Chauí discutiu muito bem quando analisou a "liberdade" que a mídia permite obrigando os outros a falarem!), é um prepotente, pinta e borda (as imagens de Lula rindo, ao mesmo tempo em que uma voz dizia: ele não se importa com o debate...)
Mas a segunda é a forma verdadeiramente criminosa. Quero tentar mostrar que a Globo se comportou como um "agente político", como um "ator político", fazendo claramente propaganda contra o Lula e contra o PT..Por que? -Todos sabemos que a mídia eletrônica (TV), é uma concessão pública, dada a temporariamente a alguém para prestar um serviço público que deve ser imparcial, plural, justo, ético.Acontece que ontem a globo DECIDIU PUBLICAR E MOSTRAR, COM GRANDE EXPOSIÇÃO DE TEMPO E DETALHES, IMAGENS DE DINHEIRO QUE TERIA SIDO FOTOGRAFADO PELA POLÍCIA FEDERAL, e que serviria para pagar o assim dito dossiê. Mas ao mesmo tempo dizia que A EXPOSIÇÃO DE TAIS IMAGENS PODERIA T ER UM ENORME PODER POLÍTICO, DE MUDANÇA DE INTENÇÃO DE VOTO! Ao mesmo tempo de mostrava um Sr. da Polícia Federal de S.Paulo dizendo que "não queriam fazer uso político das imagens", que "não sabia como tinham vazado". Então: a Globo dizendo que as imagens tem um enorme poder político; a polícia dizendo que não se deve fazer uso político das imagens... mas dentro de tudo isso o que se via (aqui o ponto criminoso!): A GLOBO MOSTRANDO AS IMAGENS!!! Sem critério, sem crítica, segundos e segundos de exposição.
Não é isso crime, além de hipocrisia? Se não se pode fazer, por que a Globo fez? Se tem enorme influência política, por que a Globo mostra... e acha que não vai ter influência política?
Isso não é claramente ESTAR FAZENDO PROPAGANDA POLÍTICA, UMA AÇÃO POLÍTICA?
E a Globo pode fazer isso, eticamente falando?
Será que não há um juiz eleitoral que possa ver esse absurdo e restabelecer a justiça?
Aquelas imagens de dinheiro, demoradas, em close, que mostravam até o valor da nota, dentro de todo o contexto em que se falava de "dossiê, corrupção, PT, Lula", ressoaram na mente de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras, que nunca chegaram a ver tal montanha de dinheiro junto, como algo assim: "Tá vendo? Olhe só quanto dinheiro roubado!
E tudo isso era para o Lula"! Essa foi a "mensagem" que a imperial e criminosa Globo passou ontem a milhões de pessooas, nos últimos e sagrados minutos, cruciais para a formação de opinião! Ela agiu como um ator político, colocando-se claramente de um lado, tentando provavelmente vingar-se do que tinha acontecido no dia anterior - as
duas notícias eram continuamente intercaladas.
Repetiu-se o que o PSDB paulsita fez com Roseana Sarney, nos inícios de sua campanha: aquelas imagens de dinheiro derrubaram sua campanha como um tsunami. Amanhã veremos o que aconteceu com esse fato. Não é isso crime eleitoral?
O que se viu ontem foi um abuso de poder de uma grande rede de televisão que dava a impressão de dizer: o Sr. Lula não foi ao debate, mas ele vai ver as consequências! Ele acha que pode competir conosco. Pois ele que tente! Agora ele vai ver o que vai acontecer, vai experimentar nossa força!
-Escrevo isso agora para me sujeitar ao juizo dos fatos: vamos ver amanhã, dia 1. de outubro, o quanto a Globo ainda tem força!
Mas o incrível de tudo isso é que ao final da reportagem a Globo ainda quer se legitimar usando uma fala de Lula, em que ele diz que "a mídia
sempre agiu com isenção e imparcialidade", ou algo semelhante a isso..."
O texto que segue, da Profª Ivana Bentes, foi encomendado pela FSP, Caderno Mais, para ser publicado no próximo Domigo, especificando que o autor devesse escolher um antigo Presidente da República, já morto, que, de volta, comentasse os fatos políticos de agora. Ivana escolheu Jango, produziu e enviou o texto para a FSP. Hoje, foi-lhe comunicado que não será publicado. Motivo: o texto estava "fora do foco", Jango virou Lula! Então, se a FSP, com seu conceito relativo de liberdade de expressão, não publica, nós fazemos circular.

Um abraço, Lima.



Play it again, Jango!



Ivana Bentes



Morri no exílio, na província argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976, sozinho, vítima de ataque cardíaco, numa fazenda da fronteira. Tentava voltar para o Brasil, de onde me expulsaram com o Golpe Militar depois que anunciei, no dia 13 de março de 1964 num comício para 150 mil pesssoas na Central do Brasil que iria fazer a Reforma Agrária, Urbana, as reformas na Educação, a Reforma Eleitoral, Tributária...

Não deixaram fazer nada e me derrubaram! As forças mais conservadoras da sociedade Brasileira se uniram e foram convocadas a me depor, toda a imprensa ficou contra mim, Esse já era o terceiro golpe midiático-militar, botaram a classe média horrorizada na rua, as senhoras da TFP, editoriais alarmistas e moralistas, páginas e páginas de jornais, rádio, Tv. Assustaram todos até que cai no dia 1º de abril de 1964.

Não adiantou, estou de volta! Não sei como, só sei que eu João Jango Goulart, ex-presidente deposto, retornei, é dia de eleição e estou concorrendo de novo para Presidente do Brasil. Mudei de partido. Estou grisalho, perdi um dedo da mão (onde?) e me dou conta que as forças que me derrubaram em 1964 estão quase todas ai. Continuo com apoio popular, estou com enorme vantagem nas pesquisas, mas por que os jornais dos últimos meses são todos contra mim e meu partido? Estou sendo de novo linchado? Em 64 diziam que eu ia implantar o Comunismo no Brasil e agora que estou implantando a Corrupção em Pindorama!

Meu assessor me informa que vamos assistir a fita com o meu debate na Televisão. Estou reconhecendo o pessoal da pesada de 64. Então tenho uma visão exata de quem eu sou e o que represento no Brasil de 2006, me vendo pelos olhos dos meus inquisidores. Roda o VT. Não, dá um Play. Play it again, Jango! Ouço, e então presente, passado e futuro se dobram na tela da TV.

Entrevistador e dono de uma empresa de TV.

_ Sr, Presidente, de todas as reformas que o senhor propôs, uma é a mais perigosa de todas, é um acinte aos empresários da Comunicação, de Rádio e TV. Sr. Presidente, o senhor tentou entrar na nossa caixa preta, regular nossas empresas com uma Agência. Nos somos contra, Sr. Presidente! Onde já se viu? Deu está dado! Não queremos ninguém novo no negócio. Canal de TV pra Ong, pra Universidade, pra favela? Eles não precisam de nada disso e ainda fazem uns vídeos que são umas porcarias. Qualidade temos nós com essa imagem plastificada, atrizes esticadas digitalmente, programas incitando à delação. Eles a gente emprega pra figuração, usa para vender celular e fazer propaganda da nossa diversidade cultural. Os pobres tem estilo, são vibe, hiper, mob, servem pra vender quinquilharia e show. Mas dar canal de Tv pra essa gente, Presidente?

Jango. Eu tenho um ministro da cultura que é músico e negro e quer botar ilha de edição, câmeras de vídeo e internet de graça por onde der. É o início da Reforma da Cultura, da Educação, da Comunicação, junto com o Fundeb, o Fundo para a Educação, que eu criei lá em 62, e reeditamos agora. Por que ninguém fala do FUNDEB?! Eu tenho orgulho de estar implantando o Fundeb!! As cotas no Brasil! Estou botando os negros e os pobres dentro da Universidade. Temos que acabar o vestibular, tornar o acesso universal. Além disso eu criei o Bolsa Família, tirando um contingente da miséria, é a maior transferência de renda já feita nesse país. Eu apoio o MST, os Sem-Terto! Me deixem fazer as Reformas! As novas e aquelas, que vocês abortaram em 64!

Professor-Doutor-Pesquisador

_Desculpe, sr. Presidente. Eu fiz mestrado com bolsa Capes, doutorado com bolsa sandwich em Paris VIII, CNPQ, e tive bolsa de pós-doutorado em Oxford. Meus alunos têm bolsa de iniciação artística, científica, extensão... Mas eu sou CONTRA a Bolsa Família!!! É assistencialismo dar 50 reais (é muito, acostuma mal) para pobre. Populismo, sr. Presidente! Minhas bolsas eu ganhei todas por mérito. MÉRITO! E olhe que sou bolsista há 10 anos! Deus me livre perder minha bolsa!

Antropóloga, antes de entrar na roda de debate.

_ Ô diretor, chama um negro ai para aparecer no programa, mas tem que ser contra as cotas. A gente é branco, professor-doutor, não vale. É pro povo entender que é uma merda, que eles tem que entrar para a Universidade sozinhos, por mérito, se não vai cair o nível da universidade. Botar um antropólogo branco, louro de olhos azuis falando mal das cotas não vale, vão cair de pau na gente. Tem que ser negro falando mal das conquistas dos negros.

Diretor de TV

_Você sabe, a gente detona as cotas diariamente nos editoriais, colunas, manchetes, mas nas novelas tem que ser a garota negra com o galã branco. Botamos na tela uns negros limpinhos, bonitos, cheios de dignidade. Provamos que eles vão vencer sozinhos. COTA pra que? Nunca fomos racistas! Querem criar o racismo no Brasil, senhor presidente, O senhor está muito mal assessorado nessa área. Aliás, não vai ter cota para negros em empresas de TV, vai? Deus me livre! Não dá pra fazer Escrava Isaura no Leblon.

Entrevistador-cronista-consultor

_Sr. Candidato, o senhor está na frente das pesquisas, mas como esse povo ignorante, desdentado, feio, pode decidir por mim? EU que frequentava o Palácio do Planalto, que era amigo e confidente do sociólogo, seu cronista-conselheiro. EU que sou especialista em pornografia política. Achei que poderia ser de direita mas escrever genialmente como o Nelson , mas não tenho esse talento. Estou aqui me olhando na TV e só vejo um publicitário mal sucedido, porque o MEU candidato a presidência vai perder as eleições e meus amigos vão ficar fora do poder. Sou a encarnação das forças do ressentimento. Pelo menos sou psicanalizado, me acho um crápula, mas tudo bem. Os empresários me pagam 10, 20 mil por palestra ou consultoria para EU anunciar o Apocalipse. Não tenho o que perguntar só queria dizer olhando bem na sua cara. Eu te odeio, Sr. Presidente e morrerei escrevendo contra tudo o que o senhor significa (baba).

Apresentadora de TV: Então Sr Jango, depois de ouvir isso tudo sobre o seu governo, o que significará a sua reeleição?

Jango: “O triunfo da beleza e da justiça”. E não me chamem mais de Jango, o ex-presidente morreu, no golpe de 64, exilado na fronteira, em 1974. O novo presidente nasceu das crises que vocês criaram, tentando me derrubar , uma duas, três, quantas vezes? Não estou mais só, em 2006, tenho 55% das intenções de votos, atingi o coração do Brasil, sou uma radicalização da democracia. Meu nome é Muitos. Sou uma potência da Multidão.

Ivana Bentes, pesquisadora de Comunicação da UFRJ



Lula é muitos!

29 setembro 2006

Fotos: a rapa da panela



Por meios ilegais, a mídia conservadora conseguiu fotos do dinheiro que serviria para comprar o dossiê Vedoin/Serra/Barjas Negri. É a ampla coligação de direita para tentar levar o jogo, que já está no fim do 2º tempo, para a prorrogação.




Flávio Aguiar – Carta Maior


Todas as pesquisas de opinião mostram que daqui até domingo Alckmin tem de tirar alguns milhões de votos de Lula e puxá-los para si ou empurrá-los para outros candidatos para ter chance de chegar ao segundo turno. Por enquanto não deu certo.

Agora, chegou a vez de conseguir a rapa da rapa da panela. Para tal operação conseguiram afinal a colher que pediam desde que estourou o caso da armação da compra do dossiê Vedoin/Serra/Barjas Negri, envolvendo petistas de São Paulo.

São as fotos das pilhas de dinheiro, creditadas como sendo as mesmas apreendidas pela PF, que foram repassadas à imprensa por “uma fonte”, provavelmente um funcionário graduado da própria Polícia Federal. O suspeito é o delegado Edmilson Pereira Bruno, o mesmo que prendeu a dupla Gedimar Bastos e Valdebran Padilha. Ele teria fotografado as pilhas de notas com uma câmera particular, segundo Bob Fernandes, do Terra Magazine, durante uma perícia da PF sobre as notas. Depois, procurou superiores para dizer que alguém pegara uma cópia das fotos, o que foi considerado uma encenação. Se comprovada sua culpa, ele poderá ser indiciado por violação do segredo de justiça do processo.

Todo mundo sabe que há uma guerra interna na PF, que há uma republicana e outra “reputucana”, que agiu, por exemplo, na divulgação das fotos de dinheiro obtidas no escritório de Roseana Sarney, em 2002, fazendo sua candidatura naufragar em favor da de José Serra. Pela oportunidade do fim de campanha, a obtenção dessas fotos lembra também a armação de 1989, quando os seqüestradores do empresário Abílio Diniz foram forçados a vestir camisetas do PT, e o partido foi responsabilizado pelo crime, com cobertura espalhafatosa e incriminatória em toda a mídia conservadora nacional. É o que lembra o ministro Tarso Genro em declarações na página do jornal O Globo:

“Isso é uma repetição da camiseta no seqüestro do Abílio Diniz. Uma tentativa desesperada de criar um fato novo. E certamente decorreu de algum tipo de articulação de alguém do PSDB com alguém da PF”, disse ele.

Esta divulgação ilegal, mais o malho no não comparecimento do presidente Lula ao debate na Globo e a retrospectiva ad nauseam do caso da compra (e não do conteúdo do dossiê), são as linhas de força dessas derradeiras tentativas de reverter as intenções de voto até domingo. Se não funcionarem, se transformarão numa camisa de força, desmoralizando um pouco mais os autores da tentativa.
Lula diz por que não cai




- Aí eles batem. Aí eles começam a se perguntar: Por que ele não cai, por que ele não cai? Eu respondo: Ele não cai porque Lula não é Lula, ele é parte do povo.


- Quando tirarem minhas pernas, andarei com as pernas do povo. Se eles tirarem meus braços, gesticularei com os braços do povo. Se tirarem meu coração, amarei com o coração do povo. Se tirarem minha cabeça, pensarei com a cabeça de vocês. Porque não adianta esquartejar e salgar a carne como fizeram com Tiradentes. A carne você mata. Mas as idéias sobrevivem.


Presidente e candidato a Presidência do Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva

Combate implacável


Jeferson Miola, integrante do IDEA

A paisagem político-eleitoral pré-dossiê estava assim:

[1] a reeleição de Lula no primeiro turno mais consolidada do que nunca;

[2] estimativas de manutenção e mesmo crescimento da representação do PT no próximo Congresso Nacional;

[3] fotografias, vídeos e indícios do envolvimento de Serra, do PSDB e de deputados Sanguessugas com a família Vedoin já eram investigadas pela Polícia Federal e circulavam amplamente pela internet;

[4] o barco de Alckmin fazendo água e sendo abandonado por governadores do próprio partido;

[5] os mais desesperados do PSDB e do PFL promovendo ataques a Lula e bradando teses golpistas;

[6] o PSDB, o PFL e seus satélites PV e PPS abafando a investigação sobre a relação de Serra e do governo FHC com a família Vedoin;

[7] a Polícia Federal executando com profissionalismo e independência seu dever republicano, independentemente de quem pudesse ser descoberto e punido e em relação a qualquer tipo de crime;

[8] a palavra-de-ordem do comando da campanha de Lula nos quinze dias finais de campanha deveria ser "administrar a vitória com sensatez e serenidade! ".

Diante dessa paisagem pré-dossiê, a dedução óbvia é de que não interessaria a Lula, ao PT e ao governo essa estupidez que, ao que tudo indica, parece ter sido cometida por alguma espécie de

"Divisão Brancaleone", com presumido domicílio e coordenação em São Paulo e algumas sucursais espalhadas pelo país.

Mesmo com a evidência oceânica de que jamais poderia interessar ao projeto reeleitoral de Lula e ao PT comprar dossiê, a repercussão dada ao caso pela imprensa nacional, contudo, é assustadora. Não há, rigorosamente, uma cobertura honesta e menos ainda séria de parte dos monopólios conservadores da mídia nacional. Em todos esses dias, não foi feita nenhuma reportagem problematizando o assunto desde o ponto de vista fundamental de que nada do que está ocorrendo interessa ao Lula, ao PT e ao projeto re-eleitoral.

É natural e desejável que o assunto tenha repercussão importante em toda a imprensa. O inaceitável, porém, é a absoluta parcialidade dos principais veículos de comunicação do país na cobertura do tema. Em linguagem futebolística, poder-se-ia dizer que a imprensa conservadora vem tendo uma atuação luxuosa no seu escopo de construir uma versão única, pasteurizada e de acusação ao PT e a Lula.

São enxurradas de editoriais e notícias, manchetes dos jornais, páginas e mais páginas inteiras enfocando o assunto desde uma ótica unilateral; matérias com suposto conteúdo analítico traçando analogias entre o caso presente e "Watergate" e Getúlio em 1954; e inclusive reportagens ilustradas para revestir o assunto de um viés investigatório e sensacionalista.

Ou seja, é usada toda a sorte de artifícios, truques e recursos de linguagem para acessar amplas camadas sociais e operar nos vários planos do raciocínio e da consciência das pessoas. Mas sobre o conteúdo propriamente do dossiê, que é a possibilidade de envolvimento do governo FHC com a máfia das sanguessugas, a imprensa se cala e se omite.

O enorme apoio popular a Lula nas eleições está associado aos benefícios sociais e materiais obtidos pelo povo brasileiro durante o atual governo. E é por isso que sua candidatura fica imunizada dos ataques odiosos, preconceituosos e falso-moralistas desferidos tanto pela oposição conservadora quanto pela mída inconfiável [a respeito desse último aspecto, vale ler o excelente artigo "O Povo não acredita na imprensa", de Emir Sader, publicado na Agência Carta Maior de 17/09/06].

Se a direita tem consciência desse comportamento sócio-eleitoral do povo brasileiro e de que o clima de denuncismo e golpismo dificilmente poderia abalar o favoritismo de Lula, qual seria, então, a razão fundamental para os movimentos articulados em torno do episódio, para além da busca de dividendos eleitorais imediatos?

Uma resposta poderia estar relacionada à tentativa de deslegitimação do segundo governo Lula antes mesmo de confirmada sua eleição. A idéia essencial da direita é de que é necessário combater o novo governo implacavelmente, antes da posse e durante cada segundo do exercício do mandato, para assim viabilizar uma alternativa conservadora para a reconquista do poder de Estado em 2010.

Dois personagens fornecem a senha para vislumbrarmos esse lugar futuro que, de fato, já começou. O Senador Heráclito Fortes [PLF/PI] anunciou a criação de uma CPI para funcionar "depois das eleições"; e o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, diz que as investigações do Tribunal levarão meses, mas que ainda assim poderão causar a cassação do eleito.

Tempos tormentosos nos aguardam. A direita já monta a arena de batalha e prepara o arsenal para o combate ainda mais duro e implacável contra Lula, o governo, o PT e a esquerda brasileira. E a mídia conservadora escolheu o lado na batalha.

Jeferson Miola integra o IDEA - Instituto de debates, estudos e alternativas de Porto Alegre
Da democracia política à social


O Brasil vai ter eleições presidenciais pela quinta vez desde o fim da ditadura militar, há 21 anos. Tivemos um presidente eleito pelo Colégio Eleitoral, dois eleitos por votação direta, que renunciaram, um deles por acusações de corrupção, posteriormente dois mandatos de FHC e um de Lula. Desde a redemocratização anterior – em 1945 – tivemos 4 eleições presidenciais. Destes, um se suicidou, outro foi deposto, dois renunciaram. Dos 7 presidentes eleitos pelo voto direto, apenas 4 terminaram seus mandatos. Destes, três eram civis. Tivemos, nos últimos 76 anos, 35 com presidentes ou vice-presidentes eleitos pelo voto popular e 41 com governantes não eleitos – isto é, períodos ditatoriais. O Brasil viveu dois períodos de continuidade institucional – de 1945 a 1964 e o atual, desde 1985, mesmo se nos seus primeiros cinco anos tivemos um presidente não eleito pelo voto popular.

O crescimento econômico não coincidiu com períodos democráticos, nem a expansão das políticas sociais. O período de maiores conquistas sociais foi o primeiro de Getúlio, não eleito pelo voto popular.

Ao longo da década de Collor/Itamar e FHC tivemos os governos de maior regressão de direitos sociais, mesmo se eleitos diretamente.

A democracia do período 1945/64 coincidiu com desenvolvimento econômico e democratização social. Durante a ditadura que se seguiu houve forte concentração de renda, arrocho salarial, repressão aos direitos de organização e de expressão.

Essa foi a situação mais grave que vivemos: a coincidência de governos democraticamente eleitos que puseram em prática políticas anti-populares. A democracia realmente existente tornou-se funcional a políticas de mercantilização generalizada da sociedade, que se chocam frontalmente com os valores democráticos. Mercantilizar significa retirar esferas do controle democrático, deixar que um mercado monopolizado, penetrado pelo capital internacional, se aproprie de campos decisivos para a democracia social – como os de educação, saúde, cultura, mídia, comunicações, energia, entre outros.

Por isso o acúmulo de anos de governos eleitos não significou consolidação da democracia, mas, ao contrário, o esvaziamento do seu conteúdo. Somente nos anos mais recentes a democracia política começou a representar extensão dos direitos sociais. Este, no país mais injusto do mundo – o de pior distribuição de renda e de patrimônio e de maior desigualdade entre ricos e pobres – se torna o critério essencial para definir a situação do país.

O neoliberalismo, com o primado de critérios econômico-financeiros – situação das bolsas de valores, da moeda, do equilíbrio fiscal, etc. -, impôs uma concepção redutiva e elitista dos critérios de avaliação da sociedade. Uma política democrática, anti-mercantilista, tem que definir seus critérios de avaliação da situação do país por metas sociais – situação da educação, da saúde, do saneamento básico, da habitação, do transporte, da segurança pública, da cultura.

Por isso o tema social ganhou o centro dos debates e define o voto da grande maioria dos brasileiros. Ou avançamos da democracia política para a democracia social ou a desigualdade social seguirá corroendo as bases da democracia política.

Por Emir Sader
O cinismo burguês sobe o palanque


por Odair Rodrigues*

A primeira página dos dois maiores diários de São Paulo estamparam, na terça feira do dia 26 de setembro, uma foto com a maior concentração de cinismo político já vista no país.

Estavam lá o PFL do ex-deputado, narco-traficante e assassino Hildebrando Moto-serra; do senador Antonio Carlos Magalhães, que renunciou o mandato pra não ser investigago e de Jorge Bauhausen, aquele que quer acabar com a raça dos brasileiros pobres. Ainda no palanque seleto: José Serra, ministro da dengue, suspeito no caso dos sanguesugas, mentiroso por não cumprir a promessa de terminar o mandato na prefeitura paulista; Geraldo Alckmin, construtor de presídios e fechador de escolas, estimulador de pedágios e responsável pelo crescimento do PCC. Por último, a estrela mor: princípe das socialites, o confesso privatizador, aquele que chamou os brasileiros de "vagabundos", Fernando Henrique Cardoso.

Todos eles no "Ato pela decência" convocado pelo PSDB/PFL e pela grande imprensa paulista.
Esses senhores têm, confessadamente, seus nomes envolvidos no desmonte do patrimonônio nacional, na destruição de postos de trabalho, na redução dos serviços públicos para a população, na criminalização dos movimentos sociais e à submissão ao capital estrangeiro. Cimes que jogaram milhões de brasileiros na miséria, violência, falta de assistência à saúde, educação e na incerteza do desemprego.

Pois bem, esses senhores foram saudados pela imprensa burguesa que cumpre seu papel na América Latina de ser a voz do capital, os advogados do dólar.

Essa terça-feira ficará marcada como o dia do cinismo impresso. O jornal Folha de São Paulo "de rabo preso com o feitor" e o Estado de São Paulo "Diário do PSDB", não mediraqm consequências ao assumir o lado que estão nas eleições. Associam-se àqueles que, como Fernando Henrique Cardoso, querem dar um "choque de capitalismo" no país. Capitalismo que concentra a riqueza na mão de poucos, mata trabalhadores no campo, massacra ou desemprega operários na cidade, ergue os muros das prisões para os pobres, promove a prostituição, fecha escolas, corrompe indivíduos, abre portas para o imperialismo e despreza a vontade do povo.

Nas primeiras páginas dessa terça-feira, cinicamente, em close, a canalha sorri para o país. Nenhuma foto do povo porque este não estava lá. Não perderiam a oportunidade de fotografar um ato massivo contra o governo Lula.
Na ausência dos principais interessados nas eleições, privilegiaram os que a todo custo querem de volta o governo do país.

Os cínicos burgueses engravatados, no entanto, não entendem ou não querem entender porque não são carregados nos ombros apesar da farta propaganda em seu favor. Não compreendem o índice das pesquisas, a convicção dos brasileiros em continuar com uma experiência inovadora se comparada com mais de 500 anos de opressão.
Certamente não entenderiam o poema do Poeta Solano Trindade:

Gravata colorida

Quando eu tiver bastante pão
para meus filhos
para minha amada
pros meus amigos
e pros meus vizinhos
quando eu tiver
livros para ler
então eu comprarei
uma gravata colorida
larga
bonita
e darei um laço perfeito
e ficarei mostrando
a minha gravata colorida
a todos os que gostam
de gente engravatada...

O cinismo, ainda que nos ofenda os olhos, nos fira os ouvidos e ameace o futuro não resiste à simplicidade da união do povo. Tem sido assim na Venezuela, na Bolívia, no Líbano, em Cuba, no Brasil e outros países nas mais variadas formas.

Dia 1º de outubro nossa resistência será manifesta nesse momento histórico. Outros momentos e outras formas de luta virão, mas agora devemos dar a resposta à canalha cínica. Agora escolhamos um lado. Os Frias e os Mesquita já declararam o deles.


*Odair Rodrigues, Lingüista, professor e fotógrafo.
SENSUS BAGUNÇA GOLPE DO DATA FOLHA/IBOPE (FOLHA DE SÃO PAULO/GLOBO)


Laerte Braga

O esquema é o que se sabia há tempos. O que foi dito há um ou dois meses atrás. Na hora agá, no momento decisivo, os institutos de pesquisa (quadrilhas) ligados ao poder, aos grupos dominantes, iam tentar, de todas as formas, “fazer” o resultado que interessa aos donos.

O diabo, o que atrapalhou a bandidagem DATA FOLHA/IBOPE foi o SENSUS. Divulgou na terça-feira uma pesquisa onde Lula apareceu como vencedor já no primeiro turno, sem que o efeito dossiê tivesse sido o desejado pelo grupo paulista e pela GLOBO e isso impediu que hoje, quinta-feira, a FOLHA DE SÃO PAULO (principal porta-voz da FIESP/DASLU/OPUS DEI/PSDB) circulasse com a manchete desejada – “eleição está empatada e vai para o segundo turno”.

Sem pudor algum, não sabem o que é isso, ao constatar que Lula continua vencendo no primeiro turno, disfarçam e tentam vender a idéia de segundo turno dizendo que a chance cresce.

A GLOBO teve que engolir toda a parafernália golpista de duas semanas diariamente em sua programação jornalística e partir para o mesmo recurso.

Esqueceram de combinar antes como seria o “negócio”.

Há um golpe midiático no Brasil. Os principais veículos de comunicação querem forçar o segundo turno nas eleições presidenciais para buscar a vitória do robô Geraldo Alckmin, pastel manobrado e controlado por interesses alheios aos interesses nacionais e dos brasileiros.

Por enquanto não estão conseguindo, o que não significa que tenham desistido. São bandidos tarimbados, com now how no esquema e principalmente, amorais, sem qualquer vestígio de caráter, princípio, o que quer que seja, que não os resultados das bolsas, os lucros de cada dia construídos em cima da exploração da classe trabalhadora.

Tem ainda a sexta, o sábado e o próprio domingo. Não custa inventar um seqüestro como inventaram o de Abílio Diniz em 1989 derrotando o mesmo Lula para o assaltante/traficante Collor de Mello, invenção da GLOBO. Queria controlar os “negócios” diretamente.

Mídia e golpe são sinônimos em todos os sentidos da palavra golpe.

Os institutos de pesquisa como DATA FOLHA e IBOPE são braços das quadrilhas.
BIOGRÁFIA DE GERALDO ALCKMIN


Na sua propaganda eleitoral de rádio e televisão, o presidenciável Geraldo Alckmin tem se esforçado para negar a imagem do político de direita, autoritário e centralizador.
No maior cinismo, afirma: "Eu sou de centro-esquerda, um social-democrata".

Será? Julgue você mesmo.

FAZ PARTE DA BIOGRAFIA DE GERALDO ALCKMIN

1. Seu pai militou na União Democrática Nacional (UDN), principal partido golpista de 64;

2. Começou na política elegendo-se vereador e depois prefeito de Pindamonhangaba, sob a influência do tio José Geraldo Rodrigues que tinha acabado de ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pela ditadura e de José Maria Alckmin, que foi o vice-presidente civil do general golpista Castelo Branco;

3. Quando prefeito, escreve uma carta em que ele faz elogios a Garrastazu Médici (o mais cruel dos generais da ditadura), "que tem se mostrado sensível aos problemas sociais, trabalhistas e previdenciários dos que trabalham para a grandeza do Brasil";

4. Quando foi eleito prefeito em 1976(diferença de apenas 67 votos) logo de cara nomeou seu pai como chefe de gabinete;

5. Ainda quando prefeito, em 1978, batizou uma rua de Pinda com o nome de Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador da seita fascista Opus Dei;

6. Na Constituinte, em 1998, teve uma ação apagada e recebeu nota sete do Diap;

7. Em 1994, Mário Covas o escolheu como vice na eleição para o governo estadual, dando-lhe certo destaque. Mas em 2000 foi candidato para a Prefeitura da capital paulista e ficou em terceiro lugar;

8. Com a morte de Mário Covas, em março de 2001, assumiu o governo e logo em seguida expulsou a ''turma do Covas'' para abrigar no Palácio dos Bandeirantes a ''turma de Pinda'';

Tadeo¹³ 27/09/2006 05:37 9. Em 2002, Alckmin foi reeleito governador no segundo turno e um de seus primeiros atos foi nomear, para o estratégico comando do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Aparecido Laerte Calandra - também conhecido pela alcunha de "capitão Ubirajara", que ficou famoso como um dos mais bárbaros torturadores dos tempos da ditadura;

10. Em seguida, concluiu a exclusão dos históricos do PSDB do Palácio dos Bandeirantes, cercando-se apenas de pessoas de sua estrita confiança e lealdade, pessoas sem tradição na história política nacional, composta apenas por tecnocratas subservientes;

11. Declarou entusiástico apoio à prisão de José Rainha, Diolinda e outros líderes do MST no Pontal do Paranapanema;

12. Aplaudiu a violenta desocupação dos assentados no pátio vazio da Volks no ABC paulista e em outras ocupações de terras urbanas ociosas;

13. Elogiou a prisão do dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP) - o Gegê - e nunca fez nada para investigar e punir as milícias privadas dos latifundiários no estado;

14. Recusou-se a negociar acordos coletivos, perseguiu grevistas e fez pouco caso dos sindicalistas. Que o digam os docentes das universidades, que realizaram um das mais longas greves da história e sequer foram recebidos;

Tadeo¹³ 27/09/2006 05:37 15. Os professores das escolas técnicas, que pararam por mais de dois meses, não foram ouvidos e ainda foram retalhados com 12 mil demissões;

16. Sabotou a implantação de fóruns de participação da sociedade criados pelo governo Lula, como o Conselho das Cidades;

17. Desrespeitou a Lei nº. 9.142, que prevê a aplicação de 10% do ICMS em casas populares;

18. Recebeu condenação formal da Corte Internacional da OEA pelo assassinato de 23 adolescentes na FEBEM;

19. Através de um artifício legal do período da ditadura militar, abortou 69 pedidos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) na Assembléia Legislativa de São Paulo - destas, 37 tinham sido solicitadas para investigar irregularidades, fraudes e casos de corrupção da sua administração;

20. Utilizou sua força política para impedir qualquer ação de controle e questionamento das ações do governo, tratando os movimentos sociais como organizações criminosas, sem capacidade de dialogar e identificar as demandas da sociedade;

21. Foi com essa conduta abertamente antidemocrática que conquistou o respeito dos maiores industriais, banqueiros e latifundiários de São Paulo e que o projetou para a disputa da presidência da República.

Baseado em artigo de ALTAMIRO BORGES
"A obsessão autoritária de Alckmin"
O debate que a Globo perdeu



Por Pedro de Oliveira


A Rede Globo de Televisão havia preparado no detalhe o que poderia ter sido o último debate significativo entre os principais candidatos à presidência da República nesta campanha eleitoral. Mas, ao final, perdeu o eleitorado brasileiro e perdeu a rede Globo de televisão, fruto de sua linha editorial engajada explicitamente na campanha de um dos candidatos.

Desde a arrumação do cenário, em que os candidatos ficavam o tempo todo sendo monitorados pelo apresentador Willian Bonner, ao invés do tradicional formato onde os candidatos ficam em seus respectivos lugares perguntando e respondendo às questões apresentadas, ficou evidente o poder que hoje a TV Globo exerce na tentativa da construção da subjetividade e da consciência da população brasileira. O presidente Lula, candidato à reeleição (PT-PCdoB-PRB), não compareceu, enviando uma mensagem à emissora onde argumenta com "grau de virulência e desespero de alguns adversários".

O histórico da Rede Globo nestes debates presidenciais é rico em exemplos de falta de isenção. Nas eleições de 1989, a edição feita na edição do Jornal Hoje, no início da tarde, edição feita sob responsabilidade do jornalista Francisco Pinheiro, foi possível se assistir a um verdadeiro retrato do que acontecera no debate final da campanha exibido na noite anterior. À noite, entretanto, a edição foi totalmente manipulada, quando a emissora deu a sua versão do que ocorrera, sendo que o jornalista do Jornal Hoje, o Pinheirinho, acabou sendo convidado a se demitir, como aconteceu recentemente com o comentarista Franklin Martins.

Durante esta campanha eleitoral, certamente mais do que em qualquer outra, a mídia grande com poucas exceções fez campanha sistemática em prol de seu candidato, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL). E os outros candidatos presentes, Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT), se superaram em aleivosias e desrespeito a Lula. Heloísa xingou o presidente de ladrão, de criminoso, chefe de quadrilha. O ex-ministro da Educação do próprio governo Lula chegou ao ponto de sugerir, em uma de suas perguntas à cadeira vazia durante o debate, que o presidente Lula se reeleito, renunciasse se hovesse algum indício de ligação da compra dos dossiês com a sua campanha.

O debate se transformou, assim, num verdadeiro tiroteio contra Lula. Da primeira pergunta, de Cristovam, ao pronunciamento final, de Alckmin, pouco se debateu em relação às propostas. Acordos prévios capitaneados por assessores do candidato pelo consórcio PSDB/PFL, foram noticiados pela imprensa, tentando articular uma ação conjunta dos três candidatos contra o presidente.
O pior dos regimes


Mauro Santayana


Com todos os erros políticos e administrativos dos últimos 21 anos, podemos concluir, repetindo o lugar-comum de Churchill, que a democracia é o pior dos regimes políticos, com a exceção de todos os outros - todos péssimos. A maior dificuldade da democracia é substituir a força pelo diálogo e o dogmatismo pela tolerância, na compreensão de que a legitimidade de um governo se funda na lisura do processo eleitoral, sem manipulações que impeçam a liberdade do voto.

Nestas duas décadas e meses tivemos avanços e recuos. Avançamos, a duras penas, na consciência de que não há espaço para homens providenciais. E, também a duras penas, estamos aprendendo que é preciso encontrar instrumentos que impeçam o peculato, a corrupção e a extorsão. Não basta o discurso moralista. Ele chega a cansar os cidadãos, e a provocar, pela banalização, o conformismo e o desdém pelos sermões dos que se proclamam honestos.

Plutarco conta que Aristides, o articulador da Liga de Delos e tido como o mais justo dos atenienses, recebeu pedido de ajuda de um homem do campo, que participava da assembléia em que se votaria o ostracismo do estadista. Sendo analfabeto, o camponês pediu ao político escrevesse, na peça de cerâmica do voto, exatamente o nome dele, Aristides, que quis saber as suas razões. "Estou cansado de ouvir que Aristides é um homem justo". Para confirmar sua grandeza, escreveu o próprio nome e não se identificou. Aquele voto se somou aos outros que o baniram da vida pública por algum tempo.

O fim desta campanha eleitoral se marcou por certo maniqueísmo. Quem lesse os principais comentaristas políticos e ouvisse os candidatos da oposição - sem olhar para o passado recente - diria que toda a corrupção política brasileira se iniciou nos quatro últimos anos e que os oposicionistas são homens absolutamente justos, como se fossem Aristides. Ou se identificam com Péricles, também grande homem de Estado, que era visto por Tucídides como diaphanôs adorótatos, ou seja, transparentemente incorruptível em questão de dinheiro.

Nestas últimas horas esperava-se que emergisse, de onde se esconde, o empresário Abel Pereira, para se defender das suspeitas - levantadas pelos Vedoin - de que tenha participado do esquema das ambulâncias, em nome do governo do PSDB. Há que se separar uma coisa da outra. As investigações sobre o envolvimento de petistas no estranho caso do dossiê terão que prosseguir e, comprovado algum delito, os culpados devem ser processados e julgados. Mas é também necessário saber quando, como e por que se iniciaram as falcatruas, e em quanto lesaram o Erário. Da mesma forma, os responsáveis devem responder diante da justiça. Embora pareça desejável ao promotor do caso que não se vá ao passado, o crime - se crime houve - ainda não foi prescrito.

Entre os avanços recentes estamos assistindo à libertação dos eleitores mais pobres, que estão descobrindo, com a política social do Estado, que podem deixar de ser encabrestados pelos pequenos chefetes, e se tornar cidadãos de pleno direito. Essa ampliação da cidadania, pela sua consciência da realidade, se traduzirá na melhoria dos governantes futuros.

É bom que sempre haja governantes melhores, e que sejam escolhidos livremente pelo povo. Qualquer governo eleito é melhor do que o mais eficiente dos despotismos - o que dá grandeza ao truísmo de Sir Winston Churchill sobre a democracia.

O importante é que as eleições se realizem sem fraudes nem intimidações, e que, na próxima segunda-feira, o Brasil retome, com o alívio da decisão, a vida normal.
Armadilha Tucana


Comentário que não quer calar aqui em Cuiabá:
1) O Dossiê Serra, o verdadeiro, teria mais de 2.000 páginas. Quem teve acesso a ele, garante: é nitroglicerina pura contra o tucanato!
2) Vedoin, que não é bobo, quis vendê-lo ao PSDB, por 20 milhões. Conseguiu, segundo dizem, vendê-lo por 10 milhões para os tucanos, via Abel Pereira.
3) Montou-se, entre Vedoin e Abel, preposto dos tucanos, um plano genial: abafar o dossiê, o verdadeiro e ainda incriminar o PT. Contando com a participação desastrada dos petistas Gedimar e Valdebran, que quando vieram a Cuiabá, viram o dossiê (o verdadeiro) e se assanharam! Era uma bomba de nêutrons para acabar com a raça do tucanato! Só que, na hora da venda, os Vedoin ofereceram uma isca, um dossiêzinho tabajara, que não continha nada que incriminasse os tucanos, é claro! O resultado está aí, ampliado e secundado pela mídia de aluguel!
Só que parece que algo desandou! Não contavam com a astúcia da Polícia Federal, que já tinha em mãos farta documentação incriminando Barjas Negri e Abel! Pena que esse estouro só se dará após as eleições! Pois se fosse antes, não se elegeria nenhum tucano nesse país! Aqui em Cuiabá, até os carapanãs do Porto já sabem dessa história. Pena que a mídia já está comprada e bem paga contra Lula! Essa mídia parcial fez uma blindagem aos tucanos, que nada os atinge! Isso até a Polícia Federal chegar ao fio do novelo! Alô Blogosfera: divulguem isso, por favor! Não nos deixem isolados aqui em Cuiabá! Não deixem que mentira prevaleça! Não permitam que os tucanos, mais uma vez, saiam impunes! Dessa vez, não!

Fonte: http://alexeievitchromanov.zip.net/
FLATULÊNCIA CÉREBRO/VERBAL

Laerte Braga



Eu imagino o esforço que os marqueteiros devem ter feito para enfiar na cabeça de Geraldo Alckmin, o mentiroso, tudo o que ele conseguiu falar no debate/farsa promovido pela REDE GLOBO.

A explicação sobre a segurança pública no Estado de São Paulo, onde foi governador por mais de seis anos, é um primor de desfaçatez, mau caratismo e sem vergonhice. A culpa é do Governo Federal segundo o candidato tucano.

Ora, o governador é o comandante em chefe (epa!) da Polícia Militar e o chefe da Polícia Civil. Quem administra as penitenciárias e tem que prover o Estado de casas assim é o Governo do Estado. Na lógica institucional o Federal cuida de crimes federais (rs).

Alckimin é uma piada.

Sofre de flatulência cérebro/verbal. Ou seja, os gases se concentram no cérebro e saem pela boca.

Lixo puro.

Seria desnecessário dizer isso, afinal é tucano. Ou bem ou mal faz parte da turma de FHC. Não podia dar outra coisa.

Desde o último debate, quando os sábios da GLOBO montaram aquele esquema de arena, onde Serra e Lula pareciam dois touros domados por William Bonner (o robô que fala, anda, lê notícias falsas, mente e pensa que pensa ou que é gente), que o negócio virou espetáculo. Bem antes aliás.

Show.

Reality show. Tem o Big Brother para o gáudio dos voyeurs e tem debate de candidatos para criar a sensação que vivemos numa democracia e eleição vai resolver os problemas do Brasil e dos brasileiros.

É impressionante como uma figura pode se degradar tanto, descer a tal ponto de anular-se, servir de instrumento de grupos políticos e econômicos como Geraldo Alckmin e Cristóvam Buarque. Ou meter os pés pelas mãos e jogar fora a perspectiva de um discurso sério e responsável com propostas de alternativas para o Brasil, como vem fazendo a senadora Heloísa Helena.

O fim de semana vai ser pródigo na tentativa de golpe midiático montado pela GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA e alguns dos principais veículos de comunicação do País, a coté os institutos de pesquisa, todos na tentativa desvairada de segundo turno.

Se vai dar ou não é outra história. O que está acontecendo só reforça a convicção de farsa do tal processo democrático.

Mesmo porque nenhuma eleição presidida por Marco Aurélio Mello pode ser levada a sério. O cara é com louvor o substituto perfeito de Nelson Jobim.

A definição de Governo Federal vai além de poder Executivo. O Governo é formado pelos três poderes, inclui o Legislativo e o Judiciário.

O Legislativo está preocupado com mensalão, com ambulâncias, verbas clientelistas para bases políticos. O Judiciário está em Comandatuba a convite de bancos.

Os que sobram, os que ficam, têm sido insuficientes para enfrentar o desafio de mudar o modelo político e econômico.

A vitória de A ou B não vai mudar coisa alguma e nem o Congresso vai ser renovado, ou Marco Aurélio Mello vai deixar de absolver latifundiários envolvidos com meninas de doze anos, alegando “consciência” da dita e consentimento da mãe.

Eleições são apenas um instrumento de avanço na luta popular. E nessa medida é fundamental que o mal maior seja derrotado, do contrário muitos passos atrás serão dados.

O mal maior é Alckmin. Não se trata de escolher o mal menor. Mas evitar o mal maior.

Os caras querem a chave do cofre para meter a mão (o tucano deixou um rombo de 1,2 bilhão nos cofres públicos de São Paulo, declaração do amigo e aliado dele, o governador Cláudio Lembo, logo insuspeito) e a caneta para passar em definitivo a escritura do Brasil, transformando o País num posto de troca dos cavalos das diligências da Wells Fargo, como o são Paraguai e Colômbia.

É desse posto que querem que partam os Bufallos Bil da vida para “libertar” a Bolívia, a Venezuela, como “libertaram” o Iraque, o Afeganistão, ou despejaram milhões de bombas de fragmentação no Líbano.

Alckmin é perfeito para isso, tem alta concentração de gases no cérebro e os liberta pela boca. Qualquer tucano.
NÃO DÁ PARA ENTENDER O PT



Não, não dá! Como é que os caras ficam reclamando de que o PSDB está fazendo cortina de fumaça para esconder os sanguessugas Serra e Alckmin? Queriam que fizesse o quê? Que entregassem de bandeja a cabeça do Serra, logo agora que só sobra a esperança de conseguir São Paulo?

Sem São Paulo, os tucanos vão tirar grana da onde?

Decididamente esse PT quer demais. Pô! Os caras vão entrando, vão acabando com a inflação como se isso fosse brincadeira, no maior desrespeito com tudo quanto é plano. Nem plano não fazem. Nem desvalorização de moeda. Pelo contrário! O que desvalorizou foi o dólar.

É muita falta de respeito! E a pendura no FMI então? O Professor ensinou direitinho: “Deu crise no México? Vai lá ao FMI e trás a grana.” “Deu crise na Rússia? Vai lá ao FMI e trás a grana.” Mas o diabo do cabeça chata é tão ignorante que vai lá e paga a dívida. Vai no Clube de Paris e paga a dívida.

Aí só fabricando notícia de uísque e dólar cubano! Foi mal! Todo mundo sabe que Cuba tem é rum e não tem é dólar, mas no sufoco nem deu pra pensar direito.

Pois mesmo com uma baita crise dentro do Brasil, o Belzebu derruba os juros das alturas dos 20 e alguns %.

A crise foi criada, é lógico! Mas não tinha de criar mesmo? Não tinha que aproveitar a escorregada no brejo onde o Professor tava atolado? Quem não aproveitaria?

E quem ia adivinhar que o Disgrama descobriria que daquele lodo o Professor e seus pupilos não podiam dizer que nunca beberam?

E ainda não quer ser chamado de diabo! É Diabo mesmo! Endiabrado, encapetado! Vai se chamar como um Coisa-Ruim desses, que põe chapéu de burro na cabeça do Professor?

Professor da Sourbone e do suborno! E o Dianho não aproveitou a aula.

Ainda por cima essa rapa de petista fica reclamando que a mídia é subornada!

Queriam o quê? De que jeito não comprar jornalista, se nem bem com dois anos de governo o Tinhoso já cria emprego pelo país inteiro? O Professor ficou 8! Oito anos no governo pra cavar o maior desemprego da história do Brasil, e o Compadre me comparece com quase tudo o que falou que era preciso de emprego!

Aí só pagando jornalista pra convencer que ele prometeu 10 milhões! Prometer não prometeu, a gente sabe, só falou que era preciso. Lembrando bem foi num comício... Mas não importa, o que não precisava era ter quase alcançado o que disse ser preciso? É ou não é um exagerado?

Pra que tanta exportação? Pra que diminuir o descrédito internacional de 2.700 pra 270?

Não podia ficar nos 2 mil, 1 mil pelo menos. Não! Pobre quando chega no governo é isso: quer logo aparecer, fazer bonito, promover repasse de renda que nunca se viu no mundo, a maior preservação ambiental desde que os portugueses aqui chegaram.

Mas não foi só isso o que o Canhoto fez, não. Fez muito mais o Peste!

Metido que só ele, foi condecorado como “Estadista do Ano” pelas maiores autoridades internacionais.

E o Professor, coitadinho, solitário lá no museu de si mesmo, desde pequerrucho até suas comendas portuguesas, passa por ser um qualquer-coisa. Um ex-nada!

Jornais da França, ingratos, não falam. Jornais de Londres, não falam. Nova Iorque não fala. E o Professor sofrendo a dor atroz do ostracismo acadêmico. Vocês têm idéia do que é um ostracismo acadêmico? Cambada de dourado corrente acima em festa de piracema!

Logo o Professor! Amigo dos amigos: do Cacciola da fraude do Banco Marka, do Bornhausen da CPI do Banestado (que não deu em nada graças a Deus e Opus Dei que dê Alckmin! Saravá, mangalô três vez!), do Menem que enterrou a Argentina, e do Fujimori que fugiu do Peru e agora tá preso, o probrezinho, com todo aquele dinheiro roubado.

Pois com toda essa roubalheira, como é que os malucos do PT não querem armação do Mello pra melar a eleição? Não querem que o Avelar avente suspeitas de corrupção aos que investigaram a corrupção?

Como é que os doidos acham que alguém ia ter alguma chance? Fazendo o quê? Falando o quê? Hein? Hein?

O que o Alckmin pode dizer? Que engavetou quase cem CPIS? Sem cem CPIs!

Se declare cliente de chibatas e Chalitas? Nossa caixa! O que é que esses petistas querem com essas ameaças de investigação de histéricas e esotéricas revistas chinesas dos 400 modelitos da Dona Das Lu, tão bonitinha.

E nem é loira! É até morena.

Não dá para entender o que quer o PT! Insiste mostrar que o mais rico estado do Brasil tem o pior desempenho na educação, comprovado pelo Enem; mas não deixa que se os responsabilize pelos ataques em função do mal acordo com PCC. O acordo quem fez foi o Saulo, o secretário da insegurança de São Paulo, mas queriam o quê?

Que mandasse pro presídio do Lula? Aqui ó! Há quantos anos não se constrói presídio federal neste país? O Satã faz logo cinco! Não é o Capeta?

E querem o quê? Que o Serra confesse que é sanguessuga, vampiro, gerente da máfia do ge... Deixe! Melhor ficar no genérico mesmo, pois senão vão acabar investigando.

Investigam até a eles mesmos, esses tarados! Dá pra entender essa gente do PT?

Só mesmo chamando o Tranca-Rua, fechando as Sete Portas das Sete Moradas, pois o Seu Sete é um Demônio solto num redemoinho em volta do Professor.

E o Professor vai falar do quê? Diz aí do que o Professor pode falar?

Pra vocês do PT é fácil falar que o Lula deu o maior aumento de salário das últimas décadas, e que é o maior poder aquisitivo de salário mínimo dos últimos não sei quantos anos.

Pro PT é muito fácil ficar contando garganta que fez quase mil apreensões no combate a corrupção... Mas se o Professor fez 20 foi muito, cambada de gente sem complacência!

O Lula de vocês construiu Plataforma Marítima. O coitado do Professor naufragou a Plataforma, vazou oleoduto pra todo lado: São Paulo, Rio, Bahia, Paraná...

Seus covardes! E ainda falam de privataria... Só porque o Professor deu a Vale do Rio Doce por menos do que rende em um ano.

Pra vocês é fácil! Mas lembra aí o que o Professor tem para falar dos 8 anos de governo! Vê se encontra aí o que o coitado tem pra falar! Pode até pedir ajuda dos eleitores tucanos! Têm alguma coisa boa pra falar? Tem alguma obra, qualquer coisa para lembrar do que ele fez? Não precisa nem ser grandioso! Qualquer coisinha...

Todo ano ele prometia a duplicação da BR 101 e não conseguiu, ‘tadinho. Vem o Lúcifer e faz a obra. Põe luz para todos, só pra lembrar o apagão do Professor.

E é mais Brasil Sorridente, cisterna pra quem não tem água, comida pra quem tem fome, queda do índice de violência e mais um monte de injustiça e desrespeito com a incapacidade do pobre do professor.

Então... Sentiram? Percebem? Entenderam o que não dá pra entender em vocês?

Só o que sobra é xingar mesmo. Desse jeito só chamando de Diabo!

Mas Deus tá vendo!

Raul Longo
Lula não foi ao debate: erro ou acerto?


Os candidatos e a TV Globo ficaram esperando o presidente Lula no seu aquário. Enquanto isso, ele nadava de braçada em outra freguesia.



Flávio Aguiar – Carta Maior

Lembram do poema do Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada”, “Lá sou amigo do rei”, etc.?

Lembrei-me dele ontem ao assistir o debate da eleição presidencial na TV Globo. Os personagens ali presentes, William Bonner, Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque lembravam o quarteto de personagens da peça “Esperando Godot”, de Samuel Beckett. Eles esperam um Godot que não veio, não vem e não virá. Só Godot pode redimi-los, ou condena-los. Suas vidas, suas palavras perderam o sentido. Eles se limitam a passar o tempo. A peça termina, e eles dizem que continuarão a esperar Godot amanhã.

Mas na peça da Globo o andamento era diverso. Godot não veio, malha-se Godot. Que se viesse, seria linchado também. Acontece que Godot tinha ido para outra freguesia. Estava em seu berço político, a sua Pasárgada, no comício de São Bernardo, frente a frente com o povo que lá foi.

A percepção era nítida: de um lado, três atores meio perdidos, excedendo-se às vezes no tempo, uma ou outra se atrapalhando para caminhar das cadeirinhas (pareciam esperar o ônibus) até o microfone, que mais pareciam detidos no aquário da Globo. Do outro, o personagem se esbaldando em praça pública, como nos velhos tempos em que os comícios eram as armas principais de campanhas.

Não sei como vai se traduzir em votos dentro da urna, mas havia um jogo muito forte ali, um jogo entre o simulacro e o simbólico, entre o puramente virtual e o concreto das ruas.

Repito que não sei o que isso trará para as urnas. Os marqueteiros e os pesquisadores dos institutos que se debatam. Mas achei que Lula teve mais acerto do que erro em não ir. Ele não foi jogar o jogo na casa, no campo, no estádio dos adversários, com as camisetas do adversário. Jogou no seu próprio campo.

Se vai ganhar o jogo, só saberemos no domingo à noite.
Eu só queria entender



Há mais brancaleones

Se as autoridades do Judiciário responsáveis tivessem avisado primeiro a Polícia Federal, ao invés da imprensa, talvez os peritos tivessem encontrado os grampos telefônicos em gabinetes de ministros do TSE. O laudo técnico da PF diz que não existia grampo. Se os vestígios existissem, teriam sido encontrados no sistema. E agora? Da próxima vez, talvez fosse recomendável perseguir a eficiência, ao invés do espetáculo.


Luzes na ribalta

Acho que não custa nada pedir um pouco de bom senso. Como pode um procurador pedir a prisão de investigados sabendo que a legislação eleitoral proíbe prisões nesse período? O procurador não conhecia a lei? Conhecia e assim mesmo fez o pedido? Com que finalidade? O procurador pede a prisão para o juiz substituto, no meio da noite, depois que o juiz titular encerrou o expediente. O procurador pede ao juiz substituto a prisão de um suspeito que o juiz titular havia negado. Tudo muito estranho. Não sei não, mas acho que não é apenas na política que é preciso maior transparência.


Seletivo

É irresistível comentar. Acredito que a Polícia Federal tem a obrigação de esclarecer tudo e o mais rápido possível a origem do dinheiro encontrado com petistas no caso do Dossiê Vedoin. Mas o que dizer do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reclamando da demora da investigação da Polícia Federal? A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), conforme registrado na coluna de Tereza Cruvinel de 22 de setembro, lembrou que em 18 de agosto, em Florianópolis, foram encontrados US$ 400 mil e R$ 2 milhões nas mãos de um ex-secretário de estado ligado à coligação PMDB-PFL-PSDB. Até hoje a origem do dinheiro não foi esclarecida pela Polícia Federal. Está demorando?


Fonte: Blog do Ilimar Franco


DEBATE NA GLOBO




O povo já deu nome para o debate de ontem,
ouvi no posto de gasolina: debate dos três patetas.

A.M.
Apurar o Conteúdo do Dossiê da Corrupção Tucana: Exigência Democrática


por Alberto Jones*

Uma coisa tem de ficar clara com relação ao dossiê sobre a participação do Ministério da Saúde do Governo FHC, Tucano, no esquema das sanguessugas. Das ambulâncias superfaturadas.

A mídia comprometida com os tucanos e PFListas tenta desviar o foco do problema do dossiê para a simples apuração da origem do dinheiro destinado a sua compra. Compra esta que implicava na aquisição das provas contra José Serra e o tucanato no esquema de ambulâncias superfaturadas. Com isso desejam impedir a apuração e divulgação do conteúdo do dossiê. Das provas da corrupção e sua participação nesta rede.

Aspectos Jurídicos do Problema

Juridicamente, tanto o dinheiro para a compra como o próprio dossiê foram apreendidos pela Polícia Federal. Estavam em mãos de delinqüentes envolvidos no único crime: uns queriam comprar as provas da corrupção; outros queriam vendê-las. Sendo assim, é dever da polícia federal e do ministério público federal apurar todos os fatos e indiciar todos os envolvidos. Este é o único procedimento juridicamente exigido. E legal.

Querer ocultar o conteúdo do dossiê - que compromete José Serra e Geraldo Alkimim é pretender sonegar provas e impedir a apuração dos crimes. Tudo tem que ser apurado: a origem do dinheiro e, sobretudo, o conteúdo do Dossiê que informa sobre o esquema de corrupção que lesou o sistema de saúde pública com a compra superfaturada de ambulâncias. Quem tem medo da verdade?

Algumas Conclusões Políticas e Práticas

Pensem bem. Se os compradores do dossiê estavam dispostos a pagar tanto por ele é porque o mesmo continha (e contém) provas e evidências do esquema de corrupção. Este esquema é que necessita ser apurado, julgado e publicizado. Tanto quanto a origem dos recursos para a sua aquisição.

Mas há um fato mais importante: o Dossiê foi apreendido pela Polícia Federal em mãos de bandidos que o queriam vender. Por isso tem que ser legitima e legalmente apurado. É prova juridicamente válida e adquirida através de investigação policial juridicamente sustentável. Este fato assegura a validade jurídica do dossiê como prova processual suficiente. Não pode ser negligenciado na apuração do crime.

É isto que os tucanos e boa parte da midia que apoia o tucanato quer impedir de qualquer maneira. Por isso insistem na apuração apenas da origem do dinheiro.

Agora, para mim, ficam claras algumas declarações de lideranças tucanas e do PFL nas últimas semanas: primeiro, apareceram declarações de dois senadores da oposição, Heráclito Fortes e Álvaro Dias, na Rede Globo, afirmando que a atuação célere da Polícia Federal tinha fundo eleitoreiro. Depois, o Senador Heráclito argumentava que a Polícia Federal deveria ela própria, tomar a iniciativa de propor que seus trabalhos de investigação fossem acompanhados por uma "comissão de parlamentares" indicados pelos Partidos. Que pérola de sugestão. Nem Don Corleone, o poderoso chefão, teve tão genial idéia de proposição da "democratização" da atuação policial.

Radicalizar na Aplicação da Lei para Mudar e Avançar na Democracia

Enfim, esses acontecimentos são muito importantes para nós, democratas brasileiros. Ensinam que quando se trata desse tipo de gente e desse tipo de práticas criminosas e fascistas, a única maneira de atuar é radicalizar na aplicação da legislação em vigor. Apurar rigorosamente tudo e responsabilizar os criminosos.

Foi o que fez imediatamente o presidente Lula. Afastou membros do partido suspeitos de envolvimento no caso e mandou apurar com todo o rigor, todos os fatos envolvidos neste caso. E o Ministro da Justiça tem tido uma atuação absolutamente impecável e legalista. A nós só interessa a verdade, a legalidade e a justiça. Para nós a apuração de todos os fatos e indiciamento de todos os criminosos e delinqüentes políticos é o ponto de partida para uma nova ordem jurídica e institucional no Brasil: Lugar de bandidos é na barra dos tribunais e nas cadeias - sejam quais forem.

Só assim poderemos retomar o rumo da verdadeira democratização do Brasil. Não podemos perder essa oportunidade maravilhosa de iniciar o combate efetivo e radical a toda essa gente e a todos esses procedimentos que os reacionários tornaram rotina em nosso País. Vamos dar um basta a este estado de coisas. Próprio de delinqüentes e de corruptos.

A reeleição do Presidente Lula tem, agora, a oportunidade tão esperada de dar um novo rumo, mudancista e democrático, ao desenvolvimento de nosso País. Sobretudo no sentido de dar um basta a essa corja de malandros fantasiados de "moralistas" da política nacional.


*Alberto Jones, Natural de Salvador Bahia. Poeta, Sociólogo e Professor. É ex-secretário estadual de Formação do PCdoB Santa Catarina e atualmente ocupa a presidência do Comitê Municipal do PCdoB de Viçosa (MG).
ANÁLISE DA NOTÍCIA


Construindo a linguagem do impeachment


Está no Estadão a nova contribuição jornalística ao discurso do impeachment: reportagem sobre o dossiê diz que PF investiga 2 emissários do Diretório Nacional do PT, sem atribuição de fonte, muito menos aspas.

Bernardo Kucinski - Carta Maior

SÃO PAULO - Está no Estadão desta quinta-feira (28) a nova contribuição jornalística ao discurso do impeachment : “Para a Polícia Federal, pelos menos dois emissários designados pelo Diretório Nacional do PT ficaram encarregados de resgatar dólares e reais nesses locais...” É uma acusação grave, jogada sem atribuição de fonte, muito menos aspas. Também não se encaixa nos dois únicos fatos novos da reportagem a identificação do banco Sofisa, como fornecedor dos dólares - aliás de forma legal, admitem os jornais com certa relutância - e a identificação de Hamilton Lacerda, coordenador de comunicação (demitido) da campanha de Mercadante, como o petista que levou os R$ 1,75 milhão a Gedimar Passos e a Valdebran Padilha. O episódio vai assumindo contornos muito mais “paulistas” dos que nacionais, daí a incongruência da frase do Estadão falando em “emissários do Diretório Nacional.”

Ao responsabilizar o Diretório Nacional pela operação, esse discurso abre caminho para (1) o pedido de cancelamento do registro do partido, proibido por lei de receber recursos do fora, e (2) pedido de impedimento da diplomação de Lula, por usar recursos não declarados em sua campanha. Essas hipóteses estão delineadas pelo mesmo Estadão na página ao lado. E duas páginas adiante está a declaração do presidente da OAB, Roberto Busato, acenando com a retomada da tese do impedimento no ano que vem. O Diretório Nacional do PT erra ao não reagir com energia a esse tipo de linguagem e, principalmente, ao não se antecipar instaurando por iniciativa própria um inquérito, com o objetivo de esclarecer rapidamente e em definitivo em que instância se deu a articulação da compra do dossiê e extirpar esse corpo do partido.

Títulos invertidos
Os desta quinta-feira, além de inverterem o sentido dos fatos, também foram combinados entre editores de nada menos que três jornais de referência nacional: Folha, Globo e Estadão deram com pequenas variações que: “Folha e CBN recorrem contra direito de resposta de petista.” O fato básico não é o recurso do jornais, ato rotineiro e que pode não dar em nada. O que já aconteceu quarta, e deveria ser a notícia desta quinta, é a condenação da Folha e da CBN pelo TSE, por usarem linguagem insultuosa contra Lula. O título correto seria: “TSE condena veículos por insultarem Lula”.

O pedido de prisão dos seis petistas
Está claro nesta quinta que o pedido só foi feito pelo procurador Mário Lúcio Avelar, depois de já ter sido rejeitado uma vez pela Justiça Federal, para os jornais poderem dar a manchete hostil à candidatura Lula. Ele sabia que a prisão não poderia ser feita devido à Lei Eleitoral. O procurador só fez aumentar sua fala de agir parcialmente, diz Tereza Cruvinel.
Os estatutos da razão


Mauro Santayana

O mais difícil, nas horas graves, é manter a serenidade. Há certos princípios óbvios que sempre têm servido para dar a ordem possível à vida social. Quando esses princípios são violados, as sociedades pagam alto preço, até mesmo em sangue, antes que recuperem o senso político.

Nas últimas horas os ânimos se exacerbam, de um e de outro lado da disputa eleitoral. Se esse descontrole se limitasse aos partidos e candidatos, já seria ruim, mas vem comprometendo as instituições republicanas, que devem ser resguardadas a qualquer preço. Uma coisa são os governos, que devem ser transitórios, e convém que neles se alternem partidos e pessoas; outra coisa são o Estado e suas instituições que, não podendo ser eternas, devem ser duradouras. Em qualquer crise política, é preciso preservar a sociedade nacional, o que só se consegue com as instituições republicanas mantendo sua solidez e sua credibilidade junto à nação.

Uma das mais importantes instituições republicanas, constitucionalmente responsável pela ordem política, é o Poder Judiciário. Já que não podemos construir uma sociedade em que todos entendam as leis da mesma forma, os tribunais se encarregam de interpretá-las e fazê-las cumprir. Mas alguns juízes e membros do Ministério Público parecem contaminados pelo clima de instabilidade suscitado pelos meios de comunicação e pelos discursos desatados de alguns candidatos. Foi assim que, em episódio felizmente superado, o TRE do Rio de Janeiro se esqueceu de que, a partir da República, Igreja e Estado se encontram devidamente separados. É inaceitável que o arcebispo do Rio de Janeiro tenha sido notificado a impedir seus párocos de desaconselharem o voto nesse ou naquele candidato. À Igreja não pode ser vedado o direito de defender sua posição, seja ela qual for. Como se sabe, há confissões religiosas que fazem ostensiva campanha eleitoral e mantêm até mesmo bancadas coesas no Congresso, sem que tenham sido advertidas pelos tribunais eleitorais. Felizmente, o TRE voltou atrás, e a tempo, de sua decisão intempestiva, que viola dois princípios constitucionais elementares: o da liberdade de crença e o da liberdade de expressão do pensamento.

Que se examine, e com o rigor da lei, as infrações eleitorais, cometidas pelos partidos do governo ou da oposição, e se exerçam as medidas coercitivas necessárias, mas sem perder o prumo constitucional. O TRE do Rio em sua decisão parecia favorecer uma candidatura de esquerda, ainda que da oposição. O Ministério Público sofre de amnésia, no caso dos sanguessugas: a imensa maioria das irregularidades foram cometidas no governo anterior, e o maior número de prefeituras envolvidas (128) eram ou são ocupadas por membros do PSDB. O procurador do caso indiciou 33 pessoas, entre os corruptores e os envolvidos durante o atual governo, embora reconheça que tudo começou em 1998, quando o PSDB e o PFL estavam no poder. Felizmente, para a tranqüilidade dos juízes do TSE, descobriu-se que não procedia a suspeita, amplamente noticiada como certa, de que teria havido escuta nos telefones do tribunal.

Qualquer que seja o resultado final das eleições presidenciais, a vontade da maioria dos eleitores deve ser respeitada e as instituições republicanas preservadas. E, por último, o processo tem que ser transparente, não deixando qualquer dúvida sobre a lisura do pleito, sob o risco de ruptura do processo democrático, com suas conseqüências dramáticas.

Estas são as regras republicanas.
Lula ganha direito de resposta na manhã de sexta em rádio (CBN-SP)


Para escrever para esse programa, da CBN, os endereços são:

adalberto.piotto@cbn.com.br ; carlos.sardenberg@cbn.com.br ; herodoto.barbeiro@cbn.com.br ; nonato@cbn.com.br ; lucia.hippolito@sgr.com.br

Em noticias aqui : "O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta quinta-feira que a rádio CBN cumpra amanhã pela manhã a decisão já proferida pelo Plenário que concedia 4 minutos de direito de resposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT.
O Tribunal argumentou que a resposta de Lula deve ser transmitida amanhã porque, caso seja ofensiva ou injuriosa a outro candidato, ainda haverá tempo hábil para veiculação de tréplica antes do dia das eleições.
A coligação do presidente pediu direito de resposta na CBN contra a coligação do também presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). A emissora teria veiculado na semana passada uma entrevista com o tucano cujo teor teria sido ofensivo ao candidato Lula.


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta quinta-feira que a rádio CBN cumpra amanhã pela manhã a decisão já proferida pelo Plenário que concedia 4 minutos de direito de resposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT.
O Tribunal argumentou que a resposta de Lula deve ser transmitida amanhã porque, caso seja ofensiva ou injuriosa a outro candidato, ainda haverá tempo hábil para veiculação de tréplica antes do dia das eleições.
A coligação do presidente pediu direito de resposta na CBN contra a coligação do também presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). A emissora teria veiculado na semana passada uma entrevista com o tucano cujo teor teria sido ofensivo ao candidato Lula.

28 setembro 2006

Carta à imprensa


É direito dos donos da mídia apoiar quem eles quiserem, mas deveriam ter como maior dever e responsabilidade informar a todos os seus leitores quem apóiam e, principalmente, por que os apóiam. O dia que isso acontecer no nosso país, como é comum em vários países do dito primeiro mundo, então vamos começar a caminhar rumo a uma verdadeira democracia.

- por Grupo Izquierda Unida
(http://brasileiristas.blogspot.com)

O mau uso da informação e a inversão dos fatos por grande parte da mídia têm causado indignação em grande parte da nossa sociedade. É vergonhoso testemunhar a velocidade com a qual se desvia o foco de diversas questões relevantes, criando situações de culpa inexistentes, lançando calúnias sobre alvos inimigos pré-fabricados.

Se este país já tivesse uma sociedade organizada e séria, todo o atentado contra a verdade cometido pela imprensa seria tratado como crime. Mas é sempre o contrário que ocorre: aqueles que protestam contra esse verdadeiro linchamento público, são tratados pelos auto-proclamados “formadores de opinião” como totalitários, anti-democráticos ou contrários à liberdade de imprensa!

É notável a evidente queda da máscara da imparcialidade e da ética que sempre foram vendidas pela imprensa como sendo o esteio do seu produto - e funcionou a contento enquanto se manteve no poder, por mais de 500 anos, a mesma elite predadora que transformou o Brasil no país mais injusto do mundo. Hoje, com a chegada de um partido de esquerda na presidência, a falsidade e a mentira da imparcialidade desmoronaram e só sobrou o jogo sujo pelo poder, o qual se apresenta com apetite voraz, irresponsável e insano.

Muitas mídias esforçaram-se nos últimos dias, a cada minuto, para desqualificar o conteúdo do que ficou conhecido como “dossiê José Serra”, que, como qualquer pessoa bem informada sabe, traz informações que há muito vêm sendo divulgadas pela internet e por alguns meios de comunicação menos tendenciosos e panfletários.

Ao mesmo tempo, alguns canais chegaram a radicalizar, colocando textualmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sendo investigado pela divulgação de dados falsos contra o ex-ministro da saúde.

Em primeiro lugar, existem provas ainda, que circunstanciais, que colocam o presidente Lula como autor ou contratante destas falsificações? Até agora nada apareceu, mas ele já é tratado como culpado desde o primeiro minuto em que as notícias foram divulgadas.

Em segundo lugar, que legitimidade a imprensa têm para afirmar cabalmente que os dados contidos no dossiê são falsos? E, mesmo que sejam, quem elegeu a mídia como júri e juiz da coisa pública?

O Jornal do Commercio do dia 18 de setembro deste ano publicou uma entrevista com o Controlador Geral da União, Jorge Hage na qual ele afirma que:

“Não há nenhum dos casos que estão vindo à luz agora que tenha tido início no governo Lula em 2003. A única coisa que começou agora foi a investigação e a descoberta porque as sanguessugas estão ai desde a década de 80 ou 90. Os vampiros estão ai desde a década de 90 comprovadamente. O inquérito conjunto da PF e CGU demonstrou isso com todas as letras. Estão lá nomes de autoridades que ocupavam o Ministério da Saúde no governo anterior diretamente comprometidos com os problemas dos vampiros e das sanguessugas. Tudo que está aí é como se fosse um esgoto, uma podridão que estava há muito tempo tampada. O que estamos fazendo é tirar a tampa.”

Ou seja, o inquérito conjunto da PF e da CGU demonstram que a máfia das ambulâncias atuava de forma livre durante toda a gestão de José Serra.

Este sim é o fato relevante, como qualquer jornalista que honra sua profissão sabe muito bem. Diante disso, fica estranho a imprensa proclamar a falsidade de um dossiê que apenas reafirma algo que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União já sabem.

O governo Fernando Henrique Cardoso, via seu ministro da saúde José Serra, criou e financiou a corrupção da máfia das sanguessugas. Ao menos é isso que os fatos apontam. Então não há a possibilidade de se forjar um dossiê contra alguém que já está investigado como envolvido em crimes de corrupção pelas mais altas esferas de polícia.
Por outro lado, a mídia em sua quase totalidade esforça-se em construir no eleitor a idéia de que comprar um dossiê seja crime. Mas comprar um dossiê não é crime. Pelo contrário. Transformar a compra do dossiê em crime é inverter a situação de réu na história. Não é o governo Lula o réu, mas sim a gestão José Serra/Jarbas Negri.

A sociedade brasileira exige saber por que uma parcela tão expressiva da mídia está declaradamente decidida a proteger reconhecidos réus de juízo, que podem ter lesado os cofres públicos durante anos e que agora esperam ganhar novamente o voto de seus eleitores.

Quem deve explicações à toda a sociedade brasileira é o PSDB: a respeito dos crimes de corrupção e de desvio do dinheiro público já verificados, auditados e denunciados pela Controladoria Geral da União. O PSDB usa o artifício da inversão da culpa para forjar um golpe contra a democracia brasileira tendo para isso o apoio de grande parte da mídia como sua principal arma.

Por quê? Afinal, se são inocentes, não deveriam ser eles os maiores interessados em vasculhar e esclarecer tudo? A que tipo de interesse essa mídia serve? Porque ao interesse da informação e da verdade é que não é. Os pontos que foram alvo do denuncismo contra o PT e o governo Lula que exigem a retratação por parte da mídia são:

1) A compra do dossiê não é ilegal por si só. Não implica em crime eleitoral ou de qualquer outro tipo;

2) o Governo Lula não está envolvido nesse episódio. É um episódio centrado no estado de São Paulo;

3) As denúncias contidas no dossiê que foram publicadas na revista Istoé não são falsas e são do conhecimento da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União. São estas as denúncias que devem ser o foco das investigações e não o contrário.

A máfia das sanguessugas envolveu cifras superiores a 100 milhões de reais, mas a mídia se concentra furiosa contra 1,7 milhões que foi o valor estimado a ser pago pelo dossiê José Serra.

Atirar no alvo certo contra aqueles que sangram a sociedade é o nosso direito e é a nossa exigência. Assim como é nossa exigência que a imprensa corporativa do Brasil passe a ser transparente e respeite o jogo democrático.

É direito dos donos da mídia apoiar quem eles quiserem, mas deveriam ter como maior dever e responsabilidade informar a todos os seus leitores quem apóiam e, principalmente, por que os apóiam. O dia que isso acontecer no nosso país, como é comum em vários países do dito primeiro mundo, então vamos começar a caminhar rumo a uma verdadeira democracia.

Grupo Izquierda Unida (http://brasileiristas.blogspot.com)