21 setembro 2006

O DESESPERO TUCANO


Laerte Braga

A expressão bem chula “enfia o dedo e rasga” se presta aos tucanos neste momento. O desespero do golpe fracassado. Tentaram tudo. Armaram o esquema para o fim do jogo, acertaram com a mídia, resolveram pendências com juízes simpáticos aos “negócios” (a turma que foi para Comandatuba com os banqueiros, tudo pago) e não conseguiram o espetáculo de exibir o dinheiro do dossiê.

Tucano é impressionante na arte de dissimular. De fazer parecer uma coisa quando a realidade é outra.

O DVD em que o corrupto José Serra aparece festejando a compra de ambulâncias da máfia e em troca de gordas propinas para a campanha e tudo o mais, está disponível no site “OLHAR DIRETO”. Com todas as letras, imagens e sorrisos da corrupção tucana.

São 31 minutos da operação de “venda” do dossiê e as imagens de Serra se confraternizando com os deputados sanguessugas pelo “negócio”.

O golpe foi armado no melhor estilo tucano e envolveu setores da mídia, como VEJA (hoje praticamente controlada pelo grupo Cisneiros, principal opositor do governo Chávez na Venezuela), além de empresários que formam o comando pró Serra. São os mesmos que receberam gordas compensações no governo podre de FHC.

Tucanos contavam e alguns ainda contam que toda essa operação bandida possa forçar um segundo turno nas eleições presidenciais. Vão jogar algumas cartas ainda. Querem a qualquer preço a chave do cofre, embora, na prática, estejam se preparando para a grande batalha do impedimento de Lula, objetivo definido diante da impossibilidade de uma vitória sobre o atual presidente.



Jogar o País numa crise política, provocar tensões, divisões e tentar criar um clima de golpe é o de menos. São peritos nisso. Quando Collor de Mello estava enrolado ainda no início das investigações chamou FHC a palácio, propôs um acordo, FHC aceitou e só não foi para a frente pela reação de Mário Covas (FHC nunca perdoou Covas por isso).

Brasil, brasileiros, são adereços, detalhes insignificantes para gente como FHC, Serra, Alckmin, ACM, Bornhausen, Aécio. O que essa gente quer é a chave do cofre para repartir o botim. Se brigam entre si é outra história. Na hora de contar o dinheiro param, assentam-se, contam e dividem.

O jornalista Jânio de Freitas escreveu em sua coluna que o “principal interessado”, José Serra, não havia se pronunciado sobre o assunto. Sobre processar fulano, beltrano. Estava quieto. Lançava dúvidas sobre o fato, a forma como o tucano estava se comportando, o estranho silêncio sobre o episódio dossiê.

Serra só vai tugir e mugir se não tiver alternativa. O DVD em que aparece se confraternizando com sanguessugas e os empresários da PLANAM, no galpão da empresa, é a prova definitiva que o único golpe veio deles. Deles, os tucanos.

Nunca é demais afirmar e reafirmar que tucanos vendem as respectivas mães na feira se tiverem algum ganho ou na venda existir um por fora.

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