23 dezembro 2008

O que você sente agora?

O que você sente agora?

No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola comum..


Num jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:

- Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não se pode lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus? '

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas ele continuou:

- Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança.

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:


- Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:


- Pai, você acha que eles me deixariam jogar?


Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipe. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de equipe e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:


- Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada.


Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, a equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar. Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e deitar fora à possibilidade de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos companheiros da equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.


O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipe balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.


Então todo o mundo começou a gritar: Pedro corre para a primeira base, corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha corrido... mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou:


- Corre para a segunda, Pedro, corre para a segunda base.

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram:

- Corre para a terceira.


Ambas as equipes correram atrás dele gritando:

- Pedro, corre para a base principal.


Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele.


- Naquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!

O fato é verdadeiro e ao mesmo tempo causa-nos tanta estranheza! Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas espalham-se como fogo, mas, quando enviamos mensagens sobre algo de bom, as pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las. É preocupante que coisas grotescas, vulgares e obscenas cruzem livremente o ciberespaço, mas se você decidir passar adiante esta mensagem, não a enviará para muitos de sua lista de endereços, porque não está seguro quanto ao que eles acreditam, ou o que pensarão de você. Mostre que está acima de qualquer tipo de discriminação e envie esta linda e verdadeira história.
Todos precisamos parar alguns momentos para pensar naquilo que é realmente importante na vida. A amizade e a solidariedade nunca sairão de moda. Basta querermos!

Desejo a todos um Feliz Natal!!!!!!

Diversão para o feriado

Diversão para o Feriado
Acerte o sapato no Bush


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Enviado por Raul Longo


22 dezembro 2008

É preciso REFAZER essa lista, para ver alguma coisa!

É preciso REFAZER essa lista, para ver alguma coisa!


Essas listas (vide matéria aqui), se não as examinamos com lupa, são puro besteirol 'jornalístico'.
Acho ótimo, sim, pra irritar o fascinoroso FHC, mas essa lista nada significa, se não a examinarmos com olhos menos jornalísticos.

A influência que esses caras tenham vem o cargo no mundo político ou com o tamanho da empresa que comandam -- e o jornalismo espetaculariza tudo e inventa 'celebridades', indivíduos que podem ser fotografados e cujas vidas pessoais suprem A TOTAL FALTA de conteúdo civilizatório de tooooooooooooooooodos os jornais e televisões, hoje, em todo o mundo.

Hoje, o homem mais espantosamente influente do mundo, no sentido de ter influenciado mais gente espertíssima é o tal de "Maddof". Infuenciou pácas.

Interessante, mesmo, é re-escrever essa lista, por critérios menos 'jornalísticos', mais visíveis e menos 'jornalísticamente' ocultados.
Vejam aí o que só se vê [adiante], se se tiram os nomes pessoais e consideram-se os personagens, conforme são inventados pela cenografia de mundo inventada pela tal de 'mídia'.

Fato é que Lula e Obama são os únicos pobres dessa lista; mas Lula é muito mais pobre que Obama. Lula tb é o único que não é professô-dotô nem dono de império 'midiático' nem é sócio do Georges Soros nem é papa nem é padre-marcelo nem sabe fazer bomba-atômica ali, no coração da Ásia.

E Lula é, também, o único influente, dessa lista, que influencia mais de 80% de mais de 200 milhões de pessoas, CONTRA toooooooooooooooooooooooooooooooodos os jornais e toooooooooooooooooooodos os canais de televisão.
ISSO é que é influenciar, né-não?!

Refeita, como a refiz, essa lista servirá para muuuuuuuuuuitos anos de "Os mais influentes" [risos, risos]. Vejam aí:

1. Presidente dos EUA
2. Presidente da China
3. Presidente da França
4. Presidente do BC dos EUA
5. Presidente do BC Europeu
6. Presidente do BC do Japão
7. Primeiro-ministro da Grã-Bretanha
9. Primeiro-ministro da Rússia
10. Rei da Arábia Saudita
11. Principal líder religioso do Iran
12. Presidente da Coréia do Norte
13. Hilária
14. Marido dela
15. Presidente presuntivo do Fed de NY
16. General hiper-condecorado especialista em destruir a Bósnia e o Iraque, pra depois dizer que está reconstruindo tudo.
17. Presidente do Congresso Nacional Indiano
18. Lula
19. O homem mais rico do mundo
20. Comandante do Exército do Paquistão
21. Primeiro-ministro do Iraque
22. Outro homem mais rico do mundo
23. A mulher dele
24. Presidente da Câmara de Deputados dos EUA
25. Presidente dos Emirados Árabes Unidos
26. Presidente dos supermercados Wal-Mart
27. Secretário-Estado presuntivo, dos EUA
28. Presidente da Google
29. Presidente do Banco J.P. Morgan Chase & Co
30. Principal conselheiro do Presidente dos EUA
31. Principal assessora do Presidente dos EUA
32. Diretor-presidente do FMI
33. Presidente da ExxonMobil Corporation
34. Presidente da Apple e da Pixar
35. Chefe-de-criação da Pixar
36. Dono do canal Bloomberg de televisão
37. Papa
38. Presidente da Toyota
39. Dono de 789 jornais e canais de TV em 52 países
40. Dono da Amazon.com
41. Galã-gostosão do cinemão indiano
42. Derrubador de Torres Gêmeas em NY
43. Secretário-geral do Hizbollah
44. Diretora-geral da OMS
45. Outro homem mais rico do mundo
46. Outro Papa
47. Apresentadora do programa "Oprah Winfrey Show"
48. O Padre Marcelo do mundo árabe
49. O Padre Marcelo dos EUA
50. Sócio de George Soros, no Quantum Fund (fala da 'crise' há, no mínimo, 5 anos)

Por: Caia Fittipaldi

[Vila Vudu - Barracão Gabriel Tarde]: Carta aberta à Folha de S.Paulo(sobre 'Círculo de leitores' e 'críticas' ao jornal)

[Vila Vudu - Barracão Gabriel Tarde]: Carta aberta à Folha de S.Paulo(sobre 'Círculo de leitores' e 'críticas' ao jornal)

Senhores,

Somos um grupo de cidadãos que se reúne, há anos, para ler e criticar a FSP.
Entendemos que, assim, fazemos valer o nosso rico dinheirinho, porque a FSP é produto industrial VENDIDO a consumidores. É como sabão em pó: assim como OMO auto-anuncia-se, ele mesmo, como "o que lava mais branco", assim também a FSP auto-anuncia-se, ela mesma, como "a que informa melhor". O Estadão, por exemplo, auto-anuncia-se aos leitores como "o jornal que pensa ÃO" [risos, risos!]. A FSP, falando pela boca de um rato, garante que "não tem rabo preso". Demonstrasse, por exemplo, com jornalismo de melhor qualidade, que não tem rabo, e já estaria de bom tamanho!
São, todas essas frases, slogans que implicam propaganda enganosa, tanto no caso de OMO, quanto no caso do Estadão, quanto no caso da FSP.
Se o jornal é vendido, tem de valer o que custa -- e custa caro; então, tem de valer muito, ou o rico dinheirinho do consumidor é desperdiçado.
Sobretudo: se o jornal é vendido em troca de "serviços jornalísticos", ou bem o jornal presta os tais "serviços jornalísticos" ou, é claro, serve rigorosamente para naaaaaaaaaaaada e implica assalto à boa fé do consumidor e entrega de serviço-zero ou de serviço de má qualidade.
Nosso grupo, aos poucos, foi aprendendo muito, nem tanto sobre o dito 'mundo' -- pq, sobre o dito 'mundo', só se aprende, mesmo, no mundo e, além do mais, a internet oferece informação muito mais diversificada e, cada dia mais, gratuita -- mas, sim, sobre o próprio jornal, o jornalismo brasileiro e os jornalistas brasileiros ativos por aqui, nesse início de século.
Nessa dupla condição de (1) consumidores pagantes e (2) cidadãos eleitores que gastam o próprio dinheiro para obter informação (e jamais obtemos coisa melhor que opiniões de Danuzas e de ex-qquer-coisas dos ex-governos do ex-FHC-ex-sociólogo e atual NADA), vimos aqui declarar nossa opinião sobre a Folha de S.Paulo.
Para começar, não entendemos bem que diabo de critério teria sido usado para 'selecionar' os assinantes a serem ouvidos.
Que se saiba, o único critério socialmente validado para que alguém possa ler e criticar a FSP é o pagamento, seja à empresa publicadora seja ao jornaleiro. Dando-se barato que se tenha usado alguma técnica amostral para selecionar os assinantes a serem ouvidos, vale então anotar que o que abaixo se lê [vide adiante, em (1)] NÃO MANIFESTA, com certeza absoluta, a opinião do nosso grupo de consumidores pagantes, de leitura e crítica da FSP.
Dado que a empresa não seleciona seus compradores senão pelo pagamento adimplido, não se entende por que, depois, a mesma empresa meter-se-ia a selecionar por amostragem estatística os seus criticadores. É burrice. É má fé. Ou é golpe contra a boa-fé dos leitores-consumidores.
Criticar é atividade complexa.
Há quem critique para preservar e deixar-como-está; há quem critique para transformar; há quem critique para detonar & estamos conversados; há quem critique para conhecer; e há muitas outras espécies de críticas e de criticadores. Uma autopsia, por exemplo, é uma espécie de análise crítica. Pôr um filho no mundo é outra espécie de crítica, menos analítica e mais esperançosa. A crítica do patrão ao empregado JAMAIS será idêntica à crítica do empregado, ao patrão. A crítica da mãe ao filho JAMAIS será idêntica à crítica do filho à mãe. A crítica da amante abandonada JAMAIS será idêntica à crítica do amante abandonador, e assim por diante, e a multiplicidade tende ao infinito.
Sob esse argumento pedestre, simples, fácil, do bom, não conseguimos ver o que haveria de "crítica" em alguém declarar que algum jornal ideal "deve fiscalizar atos dos poderes públicos". Por quê "deve"?! Quem, diabos, afinal, 'deve' criticar poderes eleitos, em Estado Democrático de Direito e sob governo democrático?! Quem, diabos, além do ELEITOR?!
Quisesse mesmo criticar com legitimidade social indiscutível, a FSP que criticasse bancos, empresas imobiliárias, quaisquer outras empresas, a Fiesp e a Febraban, por exemplo! Aí, sim, tudo bem.
De onde, diabos, viria a legitimidade para que se outorgue a alguma empresa privada -- seja jornal, seja banco, seja o tráfico de drogas -- algum direito de "fiscalizar atos" de algum poder público, em sociedade democrática?
Quem, algum dia, votou em algum jornal, jornalista ou colunista-de-jornal, de modo que os legitimasse, pelo voto democrático, a fiscalizar alguma coisa ou alguém ou (e sobretudo!) algum poder PÚBLICO, em sociedade democrática e sob Estado Democrático de Direito?!
Quem fiscaliza o jornal metido a fiscalizador, aí?!
E se for o jornal do Bispo?! E se for o jornal do Ali Kamel?! E se for o jornal da Opus Dei?! E se for o jornal do governador Serra-erra-erra?! Ou do Aecinho?!
Quem, diabos, algum dia, votou em alguma D. Eliane Cantanhêde?! Em algum Clóvis Rossi?! Em alguma D. Danuza (argh!)?!
De onde, diabos, viria a legitimidade desses jornalistas (e D. Danuza, por exemplo, que é semianalfabeta, nem jornalista é?!) para que se ponham, diariamente, a entupir a cabeça dos eleitores brasileiros com suas opiniões SEMPRE personalíssimas e fascistizantemente repetidas, incansavelmente, tooooooooooooooooooooooooooooooooooodos os dias?! E opiniões pelas quais o cidadão-eleitor-consumidor tem de PAGAR para ler?! Como assim?!
Onde já se viu pretender aferir DESEJOS... por amostragem estatística?!
Além disso, antes de fingir que lhe dá atenção (e, mesmo assim, só lhe dá atenção marquetológica e NUNCA lhe dá atenção política e democrática!), a FSP deveria fazer examinar a cabeça de leitor que diga que deseja (deixamos sem comentar, aqui, esse 'desejo'. Por que nos interessaria algum 'desejo' aferido por amostra [?!], se o NOSSO DESEJO jamais é considerado FSP, apesar dos HECTARES de msgs que nós enviamos, há anos, para a Folha de S.Paulo, msgs que JAMAIS foram publicadas) "um jornal sintético e analítico".
Quem, diabos, que mereça carregar sobre os ombros o cérebro que Deus & Darwin lhe deram, 'deseja' um jornal que só faça fingir que analisa e publica 'sínteses' (?!) de análises e, sempre, sob o 'formato' do mais reles opinionismo-de-Danuza?!
No limite, considerado esse 'desejo' broxa, aí, é como 'desejar' ser obrigado a pagar (?!) para ler um livro de "respostas feitas"!
No limite, esse panacão/panacona aí, ouvido/a como 'leitor' amostralmente exemplar, está dizendo que sonha com encontrar à porta, todos os dias, capítulos do "Dicionário de Besteiras", de Flaubert, diariamente requentadas, para uso nas 24 horas seguintes! "Ereção. Jamais dizer, se não de estátuas!"
Muito mais haveria a escrever para criticar, de boa crítica democrática, por leitores PAGANTES, esse HORRENDO jornal a que está reduzido hoje a FSP. Mas é empreitada que já sabemos inútil -- e por longa experiência de JAMAIS sermos ouvidos. Essa carta está sendo escrita para ser distribuída na rede, como manifestação democrática da nossa opinião. Está sendo enviada à FSP, apenas, porque determinamos, para nós mesmos, que sempre enviaremos nossas msgs a quem seja citado nelas. Então aí está.
Ficamos pois por aqui, registrando que, no que diga respeito ao NOSSO desejo democratizatório, NÃO QUEREMOS jornal que se auto-autorize, por auto-autorização autoritária, a fiscalizar governos e poderes democraticamente eleitos -- e sobretudo: governos e poderes democráticos que NÓS elegemos com nosso voto democrático e por nosso desejo democrático. E poderes que NÓS MESMOS fiscalizamos, é claro, mediante o NOSSO VOTO DEMOCRÁTICO e a nossa livre manifestação no mundo.
Registre-se também que NÃO NOS INTERESSA jornal que 'hierarquize' notícias (por isso mesmo, aliás, NENHUM jornal nos interessa muito, embora vários nos interessem, sim, e embora a FSP nos interesse menos que muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos outros jornais do mundo acessíveis [e de grátis!] pela internet).
Des-hierarquizar as opiniões, isso sim!
Esse negócio de 'hierarquizar' notícias é outra invenção tola de marqueteiros tolos.
Difícil, mesmo -- pensem bem! -- seria jornal que não hierarquizasse notícias, né-não?! [risos muuuuuuuuuuitos]
Como seria, aliás, um jornal que não hierarquizasse notícias?! Seria como, o tal jornal? Toooooooooooooooooooooooodas as manchetes impressas umas sobre as outras, tooooooooooooooooooooodas numa única primeira página, que seria, sabe-se lá, bem grossa? Um cubo negro, formado de toooooooooooooooooooooooooooooooodas as manchetes e notícias impressas numa mesma única primeira página, sem verso e sem frente e sem cantos superior e inferior? Sem canto esquerdo e direito?! Sobre um mesmo único ponto negro?! Tudo mostrado num único pixel?!
Valha-nos Xangô! Quanta asneira se pergunta e quanta asneira se responde e, depois se publica, nesse 'jornalismo' de araque, movido a 'pesquisas' de araque, para 'demonstrar' platitudes!
Jornalismo auxiliador?! E quem precisa de 'auxílio' para pensar livremente?!
Quanto a jornal que "auxilie na execução de tarefas diárias do leitorado", nós todos, cá da Vila Vudu, estaríamos TOTALMENTE bem servidos na atenção à execução de nossas tarefas diárias, se a FSP vendesse, semanalmente, nas bancas, apenas o Guia de Cinema & Teatro (exposições e botecos nós sabemos onde estão, sempre, por informação direta que recebemos dos museus e galerias e dos botecos e dos amigos).
De onde, diabos, tiraram a idéia de que alguém precise de jornal impresso para "auxiliar na execução de tarefas diárias do leitorado"?!
A verdade, aí, mais uma vez, como sempre, é a que NÃO é noticiada: jornalismo enviesado, como o da D. Danuza, por exemplo, e há zilhões iguais ao dela, só aspira, mesmo, a UNIFORMIZAR as opiniões.
Para facilitar a uniformização, sim, aí, sim, a hierarquização das notícias é precioso instrumento!
Mas ninguém precisa de auxílio para pensar livremente.
Mais uma vez, nessa 'conclusão' de 'pesquisa', ouve-se -- espantosamente estridente e, de fato, cômica! -- só, só, só, a resposta idiota induzida por pergunta idiota proposta por 'pesquisador' idiota e/ou, também, por 'marqueteiro' idiota e, todos, idiotizantes. Jornalismo-zero, é o que é!
Isso aí é coisa que, de grátis, já daria prejuízo ao leitor-eleitor-consumidor de jornais, no Brasil.
Isso aí, vendido a consumidores, é flagrante violação do direito do consumidor (no mínimo, e só pra começar!)
[assina] Vila Vudu -- "Barracão Gabriel Tarde", São Paulo.
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1) Abaixo, a matéria publicada hoje na FSP, acima lida e criticada em roda, na Vila Vudu.
2) Depois, para informação dos que ainda não tenham lido, aí vai INTERESSANTÍSSIMA entrevista com Celso Tres, Procurador do Ministério Público Federal de Santa Catarina, que entrou com uma Ação Civil Pública (processo nº. 2008.72.00.014043-5) contra o oligopólio da empresa Rede Brasil Sul (RBS) no Sul do Brasil.
É sinal de que, sim, a sociedade brasileira está começando a acordar para defender, ela mesma, seu DIREITO DEMOCRÁTICO de construir e obter, nós para nós mesmos, jornalismo de melhor qualidade jornalística e, sobretudo, de melhor desejo democratizatório. O CADE é réu, no tal processo. Pronto. Taí! Um poder público democrático fiscalizando, democraticamente, outro poder público. Quem precisa da 'fiscalização' autoritária das Donas Danuzas?!
LULA É MUITOS!

Por: Caia Fittipaldi
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1) Círculo de leitores apresenta críticas e sugestões à Folha
(Folha de S.Paulo, 21/12/2008, em aqui)

Seis grupos de assinantes, selecionados pelo Datafolha, se reuniram este ano em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

Jornal ideal deve fiscalizar atos dos poderes públicos, hierarquizar notícias e auxiliar na execução de tarefas diárias do leitorado

DA REPORTAGEM LOCAL

O leitor da Folha quer um jornal que seja ao mesmo tempo sintético e analítico, prático e interpretativo, com mais precisão e mais opinião.
Por oito meses, de março a novembro deste ano, a Folha ouviu as avaliações e impressões sobre o jornal de 60 assinantes, que participaram do projeto "Círculo de Leitores".
Eles foram convidados a opinar em seis encontros com editores -quatro em São Paulo, um no Rio e um em Brasília. Informais, as reuniões buscaram avaliar edições, recolher críticas e levantar idéias.
Os participantes esperam que o jornal exerça uma espécie de vigilância sobre os poderes públicos -publique denúncias de corrupção, cobre promessas de candidatos, fiscalize a situação das grandes cidades-, mas que também os ajude a desempenhar melhor suas tarefas diárias -traga roteiros culturais completos, dicas de compras, boas reportagens em saúde, entre outros tópicos.
Um bom jornal, dizem, precisa agir nessas duas frentes, evitando o que eles chamam de exageros.
O noticiário de política, por exemplo, deve selecionar os casos realmente importantes e acompanhá-los. "A gente se perde em tantos escândalos", afirmou uma leitora. "E depois as denúncias desaparecem, você nem fica sabendo no que deu", criticou um participante.
No aspecto mais prático, a Folha deve ajudar seus leitores a fazer as melhores escolhas -do restaurante ideal para ir com a namorada às aplicações mais seguras em meio à crise financeira.
"O jornal fala muitas vezes das ruas esburacadas, mas se esquece de colocar um telefone da prefeitura no qual o cidadão possa reclamar", observou um dos leitores.
Em comparação com TV e internet, os leitores apontam o jornal como um meio mais criterioso, de apuração rigorosa e capaz de fazer análises aprofundadas.
"A Folha aglutina esse mar de informações numa sequência lógica", definiu um assinante. Mas não basta registrar: o jornal precisa explicar, contextualizar. "Não adiantam manchetes de "dólar sobe", "dólar desce", porque isso a gente já sabe de ver na TV; o jornal precisa ajudar a entender a economia", disse um professor.
A Folha, na comparação com seus concorrentes, é elogiada por ser apartidária, crítica aos governos, de leitura fácil e por ter diagramação agradável.
E o que irrita os leitores? As reclamações mais recorrentes foram sobre "propagandas em excesso", falta de espaço para mais cartas de leitores e erros de português. A experiência do "Círculo de Leitores" será repetida em 2009. Os convidados são selecionados pelo Datafolha, segundo dados representativos do perfil do assinante.

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2) Publicado originalmente no jornal-laboratório Zero, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), edição de novembro 2008. Publicado também no Observatório de Imprensa (em deolhonacapital).

No dia 10 de dezembro, o Ministério Público Federal de Santa Catarina entrou com uma Ação Civil Pública (processo nº. 2008.72.00.014043-5) contra o oligopólio da empresa Rede Brasil Sul (RBS) no Sul do Brasil. O MPF requer, entre outras providências, a diminuição do número de emissoras da empresa em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, de acordo com a lei; e a anulação da compra do jornal A Notícia, de Joinville, consumada em 2006 – que resultou no virtual monopólio da empresa em jornais de relevância no estado de Santa Catarina. O quadro geral da situação pode ser conferido a seguir, na entrevista realizada em novembro com Celso Tres, um dos procuradores que elaborou a medida judicial.

O Cade também é réu

Desde 2006, o MP fala em processar a RBS pela compra do jornal A Notícia. Isso vai acontecer?
Celso Tres – Sim, a ação está sendo instruída há dois anos, por meio de um Inquérito Civil Público (ICP), porque é bem complexa. Também participam vários procuradores no estado. A RBS tem uma posição totalmente dominante. No RS e em SC, são 18 emissoras de televisão, dezenas de estações de rádio, uma dezena de jornais. E a culminância disso foi quando a RBS comprou o jornal A Notícia, o que a tornou dona de todos os jornais de expressão dos dois estados.

Então, o que nós vamos discutir é essa questão do oligopólio à luz inclusive da lei que regula a ordem econômica, não é nem a lei da mídia propriamente dita. É tão grotesco isso, que nem essa lei que regula a atividade de economia em geral permite o oligopólio – obviamente, é muito menos lesivo numa sociedade você ter um oligopólio de chocolate, pasta de dente, do que ter oligopólio da mídia. Falo oligopólio, porque monopólio seria a exclusividade absoluta; mas a RBS tem posição quase totalitária.

A tendência da economia é a concentração e, por isso, certas compras de empresas têm que ser analisadas. Esse caso da RBS é um escândalo, ela governa o estado. Como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra do AN? O Cade é réu na ação porque aprovou isso.

Violação a direito difuso

O que vai ser requerido, especificamente, na ação?
CT – Em linhas gerais, o que o MP demanda é: primeiro, que a compra do AN seja desfeita – eles vão ter que devolver o jornal para o antigo dono ou vender para terceiros; segundo, que seja cumprida a lei que diz que eles só podem ter no máximo duas emissoras no estado, ou seja, que acabe essa farsa que é de ser tudo da mesma família; e terceiro, o que eu acho mais importante, a implementação da programação local. A Constituição Federal determinou que é obrigatória a programação local. Só que em 20 anos nunca se adequou a lei. Então, o MP está querendo que a Justiça arbitre um percentual – 30% de programação local no âmbito do estado e 15% em cada região, no mínimo.

São inúmeros réus: todas as pessoas físicas da RBS, cada "emissora", o Cade; a União, por causa do Ministério das Comunicações (MC). E o MP pede para que a Justiça estabeleça uma multa por violação a um direito difuso, em razão da omissão do poder público. A gente vai entrar com a ação nos próximos meses e a sentença em primeiro grau deve sair em um ano.

O que foi feito no Inquérito?
CT – O ICP não é um processo judicial, não tem contraditório, ou seja, quem é investigado não tem direito de resposta. Mesmo assim, o MP abriu pra RBS se manifestar e, inclusive, eles vieram com o mesmo discurso do Ministério da Comunicação. Eles [a RBS e o MC] se comunicaram, é uma piada. A mesma pessoa que redigiu a resposta do Ministério redigiu a da RBS, é uma coisa vergonhosa. O mesmo discurso: "Não, porque a lei diz que é a mesma pessoa física só que no caso não é." É chamar o legislador de imbecil.

Quando a lei diz que tu não podes ser titular de mais de dois veículos, qual é o objetivo dela? É evitar concentração. Se é da mesma família, se tem a mesma programação, está concentrado, é evidente. É uma fraude clara ao objetivo da lei. Não teria sentido proibir que alguém seja proprietário de mais de dois meios de comunicação e permitir que esse meio de comunicação transmita a mesma programação, tenha a mesma linha editorial etc. É a mesma coisa que nada.

Então o problema do oligopólio é a fiscalização?
CT – A nossa legislação é desacatada porque o uso da radiodifusão sempre foi um benefício político. Essa relação do poder público está tão viciada que o MC não faz absolutamente nada para reprimir esses ilícitos e o caso da RBS é muito claro.

Na última eleição [para governador], isso ficou bastante evidente. A tríplice aliança de Luiz Henrique foi com a RBS; foi uma vergonha porque no primeiro turno a RBS anunciava que não ia ter segundo turno. Daí, deu segundo turno e eles anunciaram até um dia antes da eleição dizendo que a diferença era astronômica e, no final, deu 5% de diferença entre o Amin e o Luiz Henrique. Então não há dúvida de que a RBS elegeu o Luiz Henrique. Independentemente da pressão política, isso é irrelevante para o MP. Mas qualquer inocente sabe que a massificação de alguém que está na frente arrasa, induz o povo a votar.

Em cada estado, um titular só pode ter no máximo duas emissoras – emissoras, não retransmissoras. Este é outro vício: as emissoras têm outorgas de emissão, ou seja, elas deveriam produzir programação, mas não produzem ou fazem uma programação local ínfima, como é o caso da RBS. Existem várias "emissoras", em Florianópolis, Criciúma, Lages, Xanxerê, Blumenau, Joinville. Mas, na verdade, elas só produzem um noticiário local.

Hoje, na verdade, em SC, ou você trabalha na RBS ou você está fora. Você vai estar trabalhando ou em órgãos bem pequenos, espaço de trabalho inclusive bastante reduzido, caso do que eles fizeram com o AN. As matérias são as mesmas, teve um momento assim que chegaram ao ridículo de colocar a mesma manchete, a mesma matéria.

A radiodifusão – emissora de rádio e TV – deve estar em nome de pessoa física, não de pessoa jurídica, e cada pessoa só pode ter duas por estado. Daí, o que eles fazem é colocar em nome de pessoas da família. E isso tudo está demonstrado claramente na ação. Inclusive a questão da retransmissão.

Dizimar a concorrência

E isso não é contrato simulado, colocar tudo no nome da família inteira?
CT – Essa questão da titularidade é uma questão criminal, porque é uma falsidade ideológica. Isso a gente vai verificar mais tarde. O objetivo, agora, é mudar a realidade. O MC diz que não controla isso porque a RBS está em nome de terceiros. É óbvio que é irrelevante que a concessão esteja no nome de A ou B, até porque – como é o caso de Blumenau, que não está no nome da família Sirotsky – retransmitem a mesma programação, essa é a grande questão, o conteúdo.

A lei diz que ter 20% do mercado é ter posição dominante e obviamente a RBS tem isso. E essa questão tem vários aspectos: direito à informação e direito à expressão, e também a questão da publicidade. Por exemplo, o Diarinho de Itajaí, o que a RBS faz com os caras? Na Rede Angeloni, faz contratos publicitários, impedindo que o supermercado coloque lá o Diarinho para os caras venderem. Então não existe concorrência, acabou. A concorrência é dizimada. Na Grande Florianópolis, eles lançaram o jornal A Hora a R$ 0,25, o que é claramente um preço inferior ao de custo, pra dizimar com a concorrência. Essas são as práticas deles.

Existe solução?
CT – A questão é permitir a multiplicidade. A rede pública de televisão, com a criação da TV Brasil, poderia ter sido uma saída, mas o governo fez tudo errado. O correto seria que o Estado disponibilizasse canais, não adianta tentar produzir programação.

Seria fácil: criar 30 canais de TV para serem disponibilizados à população. Depois seria só colocar retransmissoras públicas nos centros urbanos, para os canais transmitirem programação independente. Uma medida simples, percebe? Bastava criar os canais e construir as retransmissoras. É uma questão tecnológica e de vontade política.

Custaria muito mais barato do que o governo tentar produzir programação e todos teriam oportunidade de fazer sua produção. O governo faria as retransmissoras, pura e simplesmente. Seria uma revolução na comunicação. A mídia, em pouco tempo, mudaria porque, com uma multiplicidade de canais, o canal com maior audiência chegaria a 15%, 10%, como é nos EUA, que é o correto.

Certamente se o governo viesse "Ah, vamos fazer aplicar a lei das duas emissoras", eles iam dizer, "Não! É uma lei da ditadura! O Lula é o Chávez." É uma besteira. O que diz a lei? Cada cidadão tem que ter um número x de canais, essa é a meta. Podia botar no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) isso aí. É uma questão econômica, direitos individuais, gera muito emprego, oportunidades, veiculação comercial; atingiria em cheio a própria economia.

O principal modo de democratizar não seria combater o monopólio e o oligopólio?
CT – O primeiro passo seria esse, mas, como eu falei, os órgãos do executivo são muito subalternos e também a RBS pode virar o governo. Qual a finalidade de um deputado federal que vai lá propor uma legislação mais rígida para isso? Se é um deputado de SC, a RBS vai fazer algumas reportagens contra o cara e ele está acabado. O cara não se reelege mais.

Você já foi ameaçado?
CT – Não, por isso não.

Chora FHC: Lula entre os 20 mais influentes do mundo

Chora FHC: Lula entre os 20 mais influentes do mundo


Revista elege Lula o 18º mais influente do mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito a 18ª pessoa mais influente do mundo pela revista americana Newsweek. A relação, que lista 50 personalidades mundiais, foi publicada na edição online do semanário. Em primeiro lugar aparece o presidente eleito nos Estados Unidos, Barack Obama.

A publicação atribui a Lula o fato de o Brasil ter atualmente "a menor taxa de inflação nos países em desenvolvimento, além de possuir hoje US$ 207 bilhões em reservas internacionais". "Graças à política fiscal de Lula, o Brasil está hoje entre as economias emergentes mais saudáveis do mundo", diz a revista.

Aparecem à frente de Lula personalidades como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que inicia hoje sua última visita oficial ao Brasil como líder da União Européia.

Também estão à frente de Lula a presidente alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e a senadora e ex-primeira dama dos EUA, Hillary Clinton.

Já o criador da Microsoft, Bill Gates, aparece quatro posições atrás de Lula na listagem.

Confira abaixo a relação das 50 pessoas mais influentes do mundo segundo a Newsweek:

1. Barack Obama
2. Hu Jintao
3. Nicolas Sarkozy
4. Ben Bernanke
5. Jean-Claude Trichet
6. Masaaki Shirakawa
7. Gordon Brown
8. Angela Merkel
9. Vladimir Putin
10. Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud
11. Ayatollah Ali Khamenei
12. Kim Jong Il
13. Hillary Clinton
14. Bill Clinton
15. Timothy Geithner
16. Gen. David Petraeus
17. Sonia Gandhi
18. Luiz Inácio Lula da Silva
19. Warren Buffett
20. Gen. Ashfaq Parvez Kayani
21. Nuri al-Maliki
22. Bill Gates
23. Melinda Gates
24. Nancy Pelosi
25. Khalifa bin Zayed Al Nahyan
26. Mike Duke
27. Rahm Emanuel
28. Eric Schmidt
29. Jamie Dimon
30. David Axelrod
31. Valerie Jarrett
32. Dominique Strauss-Kahn
33. Rex Tillerson
34. Steve Jobs
35. John Lasseter
36. Michael Bloomberg
37. Pope Benedict XVI
38. Katsuaki Watanabe
39. Rupert Murdoch
40. Jeff Bezos
41. Shahrukh Khan
42. Osama bin Laden
43. Hassan Nasrallah
44. Dr. Margaret Chan
45. Carlos Slim Helú
46. The Dalai Lama
47. Oprah Winfrey
48. Amr Khaled
49. E. A. Adeboye
50. Jim Rogers

Fonte: Terra


EL QUIXOTE DE LA PAULISTA (mais um soluço entre as tristezas que doem neste natal)

EL QUIXOTE DE LA PAULISTA (mais um soluço entre as tristezas que doem neste natal)

24 de Dezembro. Dia de festejar um nascimento para muitos, dia de chorar a morte de um pouco de mim.

Me desculpem. Não quero lhes estragar a festa de hoje, mas preciso contar. Contar daquela noite do ano de 1966, quando Carlos Rimonato, colega secundarista, me leva ao Bar Sem Nome na Rua Dr. Vila Nova para conhecer seu primo artista plástico, de quem contara o que imaginei serem fantasias.

Carlinhos pergunta a um e outro, à proprietária do bar, que só era bar à noite, pois durante o dia prestava serviços de quitanda: - Sabe do Joel? Informaram que não aparecia há algum tempo.

De fato, naquela noite não conheci o primo do Carlinhos, mas como os sumiços do Joel se tornaram costumeiros ao longo das décadas, quando nos anos 80 encontrou minha casa em Ubatuba, me preocupei. Algumas noites depois dele dormindo na minha canoa, que elegera como berço dispensando a cama de um quarto de hóspedes, e acordando a mim e minha atônita companheira com o barulho da embarcação oscilando à deriva no piso cerâmico da sala que a abrigava e à qual decorava, por ter sonhado com um naufrágio; perguntei: - Joel, Neide sabe que você está aqui?

Contou que dissera à Neide, sua última companheira, e à filha Patrícia, sua intenção de passar uns dias na praia. Daí só visitara um amigo em Bertioga, outro na praia da Maçaranduba, de onde saíra a minha procura pelos 100 kms litorâneos de Ubatuba. Em se tratando de Joel, isso era coisa pouca. Sosseguei e Joel se estabeleceu por mais de mês. Voltei a preocupar, pois sabia dos sustos de Neide com as intemperanças do amigo. Moravam então num sítio afastado, às margens da bonita represa de Guararema.

Aproveitando que teria de ir pra São Paulo, insisti que viesse comigo. Queria seguir para Parati e que eu o acompanhasse. Dinheiro não tinha, porque nunca manteve dinheiro no bolso por mais do que poucas horas. Conhecendo-o bem, fui irredutível: só lhe pagaria a passagem se embarcasse comigo, pois o mesmo ônibus de 4 horas de viagem à São Paulo, obrigatoriamente teria de passar às margens de Guararema, pela Via Dutra. Pouco antes da entrada de sua cidade, Joel lembra-se de um certo comprador em São Paulo que lhe devia parte do valor de uma obra. Rosnei os palavrões que poderiam ser rosnados dentro do ônibus lotado, Joel jurou que na tarde daquele mesmo dia voltaria para sua casa. Não acreditei, mas o que poderia fazer? Em São Paulo ninguém segurava Joel e só ficou a promessa do retorno.

Quase 2 meses depois me liga um nosso amigo comum, para saber se tinha alguma informação sobre o Joel. Conforme Neide lamentara, estava sumido há mais de meio ano.

Joel sumia e aparecia como qualquer personagem de fábulas. Era comum um amigo estranhar como uma peça desaparecida de seu vestuário, surgia na casa de outro, para depois lembrar que emprestara aquela camisa, calça ou sapatos ao Joel. Já sabíamos o que responder: - Espera que o Joel vai deixar na sua casa a roupa que emprestei pra ele trocar essa sua. Não apenas socialista, Joel era socializante.

Anos 80. Os amigos prepararam uma reconciliação de Joel Câmara com a sociedade paulista e carioca. Uma merecida e justificável reentrada no cenário artístico e intelectual que ele tanto desprezou a ponto de cair no ostracismo, depois de anos de reconhecimento internacional pela excepcionalidade de seus desenhos.

Incumbiram Neide, sua última e mais paciente companheira, de administrar o Joel. Ela fez tudo certinho, estabeleceu todos os contatos, seguiu todas as orientações dos marchands e experts. Mas cometeu um erro cabal e fulminante: no dia da vernissage repassou ao Joel o dinheiro, patrocinado por importantes instituições e consulados, para recolher as obras entregues aos serviços de finas molduras implantadas por um certo especialista da Rua Frei Caneca.

Joel foi, acatando placidamente as recomendações e pleno de promessas sóbrias. Estava integralmente cônscio de que o moldureiro o esperava. A transportadora também o esperava, na porta do moldureiro. Era só entregar o dinheiro do custo dos serviços e retornar com as obras para a montagem da exposição que se abriria às 20 horas em uma das mais badaladas lojas de arte da tradicional Praça Dom José Gaspar, ao lado da Biblioteca Mário de Andrade, reduto da fina intelectualidade paulistana de então.

No acaso desses nossos caminhos, sempre aparece um irmão necessitado a pedir uma pratinha para um alívio líquido à dureza do viver. Talvez até em nome de Deus, mas como não estava junto, não posso assegurar. Bem conhecendo o Joel, posso, sim, ouvir sua resposta: - Em Deus não confio, mas Jesus Cristo me ensinou que se deve dar de beber a quem tem sede. E meu compadre Karl Marx complementou que melhor do que dar é repartir. Então reparto com você o que mais conservo em meu sangue: à cachacinha.

Apesar dessa indisposição do Joel com o ser Supremo das igrejas que ele abjurava, não posso omitir aqui que quando o apresentei a um pedreiro meu amigo, declinando o nome do profissional: Jeová, o profético Joel, com deferência, reconheceu de imediato apertando a mão calosa: "- Opa! Meu superior hierárquico!

Só que no dia da exposição o moldureiro cansou de esperar. A transportadora também. Só Neide esperou. Os convidados cansaram. Os garçons e maitres do buffet desistiram. Os patrocinadores, os reportes das TVs, jornais e revistas, os intelectuais, a classe média. A vernissage era às 8, esperaram até às 8:30. 9 horas começaram a desmontar os aparatos. Os secretários de cultura desistiram, as madames. 9:30 chega o Joel Câmara com seus novos amigos. Gente boníssima, soldados de primeira linha, convocados entre os mais desprezados inimigos da classe média paulistana: os mendigos das esquinas escusas e sombrias, das portas dos botecos da baixa Frei Caneca.

Sem os desenhos encerrados na molduraria já fechada e desprezados pela impaciência da transportadora, Joel surgiu comandando aquele incrível batalhão de Branca Leone, e reclamando: "- Agora que trago meus convidados, acabaram a festa?"

Tinha razão o Joel contra aquela intolerância da classe média, mas naqueles anos 60 pacientemente voltei ao Sem Nome inúmeras vezes, curioso sobre o primo de quem Carlinhos contava histórias fantásticas, dignas de personagem de novelas picarescas. Um Quixote urbano do século XX, com toda a intensidade e profundidade do maior personagem da literatura universal.

No Sem Nome conheci Toquinho, Baden Powel, Chico Buarque de Holanda, José Dirceu, Travassos e mais um monte de gente já famosa ou que ainda viria a se tornar conhecida nacional e internacionalmente. Mas Joel, que era quem eu queria: não encontrei.

Lá por 68 tive de arrumar um emprego público às presas para escapar de processo e prisão pela Lei de Segurança Nacional que acobertava a covardia dos milicos que assaltaram o poder do país. Nunca entendi porque os generais brasileiros se sentiam ameaçados por um adolescente secundarista, mas me tornei entregador de contas de água, num prédio da então Superintendência de Águas e Esgotos da Capital - SAEC, na esquina da Benjamim Constant com a Praça da Sé.

Ali conheci Guido Ivan, um Van Gogh da São Paulo daqueles tempos. Através do Ivanzinho (outro grande personagem de maravilhosas histórias), conheci muitos militantes do PCB e fui apresentado a alguns autores bastante consagrados no meio: Mickhail Bakunin, Karl Marx, Friedrich Engels, Wladimir Lenin, Antonio Gramsci, entre outros.

Mais tarde, meio intimidado pela sobriedade e sectarismo dos companheiros do partido, sempre me constrangia quando chegávamos juntos às reuniões e Joel insistia ao cumprimentar cada um, repetindo sua permanente saudação: "- Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!" Relutavam em respondê-la, mas Joel persistia, em voz de comando: "- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, companheiros!", até que aquele bando de materialistas se resignasse a responder: "- E para sempre seja!"

Um dia alguém pergunta ao Joel se aquele negócio de carregar um enorme crucifixo pendurado ao pescoço era uma heresia comunista ou falta de consistência ideológica de um cristão. Teve de ouvir toda uma análise minuciosa comprovando que o Sermão da Montanha é a única obra produzida pela humanidade, tão ou mais revolucionária do que O Capital.

Mas isso já foi tempos depois do Ivanzinho me levar para a Rua Sete de Abril, o centro da resistência cultural na cidade de São Paulo, naquela década de 60. Havia ali o edifício do Diários Associados e entre mestres do jornalismo da época, como Samuel Weimer, conheci Ubaldino Pereira, irmão do Guido Ivan, que me introduziu na profissão. Na época Ubaldino era da Folha de São Paulo, de onde também fora um tal de Joel, o mesmo de quem o Ivan era muito amigo e por quem eu tinha muita curiosidade, pois o que dele relatavam combinava com o mitológico primo do meu perdido colega de escola.

Também no edifício dos Diários Associados, ficava o MASP - Museu de Arte São Paulo, antes de se mudar para a Av. Paulista. E por essa razão conheci Wesley Duke Lee, Lygia Clark, Hélio Oiticica. Mas o que me interessava mesmo era algum dia ver os desenhos tão comentados do tal Joel.

Olhos de rã feridos pela luz do sol alto de uma manhã de domingo do Embu, quando ainda realmente era uma cidade de artes comandada pelo poeta pernambucano Solano de Andrade, desviávamos dos turistas com humor ressacado pela noitada anterior, quando se aproxima um rapaz puxando uma moça bonita e gritando efusivamente: "- Joel! Joel!" Paramos. O casal nos alcança e o homem abre espaço para a moça poder admirar melhor: "- Meu bem: esse é Joel Câmara, o pintor!"

Brilhantes, os olhos da moça se arregalam, enquanto pergunta: "- Você é Joel Câmara, o pintor?!!!"

"- Não senhora! Eu sou Joel Câmara, o traficante de ópio". Circunda o casal e segue em frente. Corro atrás e dou bronca: que não devia ter feito aquilo, coitada da mocinha, ficou lá plantada como besta!

"- São bestas mesmo! Todo classe média é besta e ignorante. Como pintor!? Eu nunca pintei coisa alguma. Sou daltônico, como vou poder pintar? Desenhista é uma coisa, pintor é outra.

Tornei-me cotidiano à Rua Sete de Abril, mas apenas na feira de arte da Praça da República, também aos domingos, vim a conhecer o lendário Joel Câmara. Não foi preciso perguntar se era o primo do ex-colega de escola. Não poderia haver dois iguais aquele e nossa identificação nasceu no primeiro momento.

Exagero e vaidade. Claro que nenhum daqueles saudosos e queridos amigos se identificariam com um neófito despontando pelugens no queixo. Eram homens e mulheres de 30 a 40 anos e, no máximo, sensibilizei seus sensos paternais. Mas, discípulo aplicado, ao longo do tempo fui me tornando informante de meus mestres sobre as realidades desses Brasis por onde vaguei. Bem verdade que de Joel, Ivanzinho, e o cabecita negra Jorge Lescano (que soube falecido em minha última passagem por São Paulo), e sem esquecer o Mário e o João Borba (da turma do Solano Trindade) em pouco tempo fiz-me irmão mais novo. Algumas vezes até conselheiro, e não há nisso vaidade alguma, pois resultava de mera reciprocidade ou, aí sim e já então, total identificação quando as experiências de todos já eram tantas e tão conjuntas que se confundiam.

Apesar de ter saído de São Paulo na primeira metade dos anos 70, impossível contar de mim naquela década e nas seguintes sem me referir a estes tão caros amigos. Especialmente o Joel Câmara, pois foram algumas nossas viagens pela Serra da Mantiqueira, para as Minas Gerais em busca dos cenários e personagens de Guimarães.

Me retorna agora a comoção do reencontro que promovi, depois de tantos anos, entre Joel e o magnífico interprete e compositor João Borba. Chico Cordão e demais amigos presentes se silenciaram às lágrimas de nós três, provocadas pelo abraço daqueles ícones esquecidos do que melhor já se produziu em cultura neste país das nulidades dos sucessos vazios de conteúdo, fabricados pela mídia.

Impossível esquecer quando moramos no Embu e em Parati. Às vezes que fomos presos, acusados de arruaceiros, como naquela em que depois de verificar meus documentos o delegado insisti pelos do Joel. Bateu as mãos nos bolsos da camisa, depois nos das calças e, desistindo, serenamente informou: - Seu Delegado, acho que bebi meus documentos.

Impossível esquecer a primeira vez (repetiram-se muitas) em que Joel, como Sargento de Cavalaria que dizia ter sido no passado, convocou meu engajamento à Legião Estrangeira. Peremptório e tonitroante, levantou do balcão e deu a ordem que muito assustou o resto da freguesia de um bar sofisticado da Av. Paulista: - Soldado! Assuma meu comando! Saímos daquele ambiente que nos era totalmente estranho, embriagados e ensandecidos em nossa guerra surda contra a classe média.

Lutamos muito dessa guerra. Uma guerra difícil, onde eu me incumbia da difícil missão de explicar o Joel para suas tantas e inconformadas esposas, das quais tornava-se eterno apaixonado e com os quais apenas tivera filhas. "- Aprendi com Sófocles e Freud a não criar meus próprios inimigos" - justificava-se.

Para contar todas as histórias que testemunhei de Joel, teria de escrever um livro e chorar rios de lágrimas. Não sei se mais difícil seria me conformar com a perda desse companheiro, ou acreditar ter convivido com um personagem tão fantástico. Para todos que com ele convivemos, hoje não é fácil definir até onde Joel Câmara de fato existiu tal qual o conhecemos e recordamos. As lembranças de Joel facilmente se misturam aos delírios românticos de nossa geração quixotesca.

Hoje, no dia em que se convencionou como o do nascimento do maior ídolo do Joel, gostaria de imaginar três malucos enchendo a cara de vinho (do que tanto gostava e lhe fora proibido pelos médicos depois de perder um rim, mas que sem dúvida agora lhe estará liberado). Todos os três ironizando e rindo da fatuidade e dos superficialismos da classe média.

Marx dúvida de si próprio e diz que o cenário não passa de efeito do ópio do povo. Jesus pouco se importa, convencido de que todos são iguais. E Joel rabisca os contornos barrocos dos garçons anjinhos, como a vez em que foi contratado para desenhar um mural numa parede de um apartamento recém adquirido por um classe média.

O combinado fora o estoque de bebida e o prazo de absoluta solidão para ninguém incomodar o trabalho do artista.
O proprietário encerra e tranca por fora a porta, atendendo ao prazo estrito e estipulado pelo próprio Joel para o retorno e abertura da porta.

Encontrou seu apartamento não inaugurado com sequer um mínimo espaço sem ser desenhado. As figuras e traços do Joel se inscreviam até nas bordas do vaso sanitário. Desesperado, o proprietário lamenta-se dos custos para raspar e apagar aquele excesso todo, e Joel, placidamente explica apontando a parede combinada: - Tá vendo a bundinha daquele anjo ali? Pois é, não coube. De forma que tive de terminá-la nesta parede do lado. Aí não poderia deixar apenas o sacrilégio de uma bunda de anjo pendurada ali no canto. Tive de complementar. Bebida tinha, mas não tinha como sair... E fui complementando. Mas tudo é arte, ou não é?

Por isso é que posso imaginar que se hoje resolverem comemorar o aniversário e beberem um pouco mais, até a meia-noite Joel convocará seus novos parceiros para uma guerra santa. Chiiiiii! Marx e Jesus ao comando de Joel Câmara vão dar um trabalho danado pro coitado do São Pedro. E Deus que se cuide!

Que se divirtam! Nunca fui de muito festejar o natal, mesmo. Mas também não podia imaginar que viveria um tão triste.

Louvado seja Joel Câmara! Para sempre seja louvado!

P.S.: Aos dos tantos a quem chegar essa mensagem e que conheçam ou tenham meios de acesso à Patrícia, favor passarem meu endereço, pois não tenho o dela. O mesmo ao Chico Cordão. Avisem à Patrícia que tenho por volta de uns dez trabalhos do Joel, de uma exposição conjunta (eu com poesia) que fizemos em Ubatuba. Esses trabalhos ele deixou em minha casa para que os guardasse. Não me pertencem e, agora, pertencem a ela e só a ela, quando a encontrar, entregarei.


Por Raul Longo


Morre Joel Câmara, um dos maiores artistas do Embu

Por Márcio Amêndola

Um dos grandes artistas brasileiros, agora quase esquecido (uma enorme injustiça) é o desenhista, ilustrador, escritor e poeta Joel Câmara. Com problemas de memória e de visão – uma triste ironia – Joel estava fora de combate, internado indefinidamente num hospital de Itapecerica da Serra, à espera de abrigo numa casa de Idosos, quando faleceu no dia 15 de novembro de 2008, sendo sepultado no Cemitério do Rosário, de Embu, no dia seguinte, após velório na Capela de São Lázaro, idealizada por outro pioneiro das artes de Embu, Cássio M'Boy.

A filha mais próxima de Joel, e que cuidou dele nos últimos 10 anos, Patrícia e cinco netos do artista vivem na periferia de Itapecerica da Serra, com grandes dificuldades. Ela tenta resgatar algumas das obras de Joel, espalhadas pelo artista em galerias e lojas que não devolveram os originais após a doença que o afastou de sua arte.

Joel Câmara, da Escola Primitivista Brasileira teve seu trabalho singular marcado pela forte influência do desenho medieval e do Barroco mineiro, e sua presença foi ativa no mundo artístico nacional durante mais de 30 anos. Seus desenhos se caracterizam pelo uso exclusivo do nanquim (ou preto) sobre vários materiais, bico de pena sobre papel, couro, madeira ou pintura sobre parede lisa.

Joel chegou a Embu das Artes há muitos anos, sendo um dos artistas pioneiros da cidade, mas tem reconhecimento internacional.
Trafegando entre as artes plásticas e a literatura, Joel Câmara manteve-se ativo entre 1968 e 2005. Sua exposição individual pioneira foi em 1968, no SESC da Rua Dr. Vila Nova, em São Paulo, com a exposição "O Novo Testamento descrito e narrado à maneira do Sertão". Uma de suas últimas exposições, "Os Dez Pecados Capitais" foi no restaurante Adjunto, em 2001.

Sua obra mais impressionante é, sem dúvida, o livro ilustrado, "A Guerra Santa do Sertão". Segundo um de seus principais colaboradores, Francisco Aparecido Cordão, "nesta obra magnífica, Joel Câmara escreve e desenha, ao longo de noventa e duas ilustrações e noventa e dois textos, com a sensibilidade do bico de pena, sobre a revolta dos humilhados e dos homens ofendidos e aviltados em sua honra e brio, que são os trabalhadores da roça, os lavradores sem terra, os homens e mulheres do sertão, vítimas da insuportável infâmia do desamparo e do abandono. Com a Guerra Santa do Sertão, Joel Câmara busca resgatar a mensagem de esperança de Antonio Conselheiro aos desvalidos e desamparados de Canudos, a Canaã Cabocla, ressuscitando o sonho daqueles humildes sertanejos que ousaram ensaiar uma reforma agrária brasileira, até hoje reclamada e ainda não concluída".

Além desta, Joel tem outras obras publicadas ou inéditas, entre as quais "Os dez pecados capitais", "Gênesis, O Velho Testamento, o primeiro livro da Bíblia – O Bereshit dos antigos Hebreus", "As Quatro Estações", entre outras.

Afastado deste mundo, a nova 'Guerra Santa' de Joel Câmara e daqueles que admiram sua genialidade, é contra o abandono e o esquecimento. Este grande homem e artista ímpar deve e terá seu lugar na história da arte de Embu e deste País.

Fonte: Letteri Café

21 dezembro 2008

Análise: Direitos flexíveis não evitam desemprego

Análise: Direitos flexíveis não evitam desemprego



"Essa dicotomia que as empresas apresentam de que só se preserva empregos flexibilizando direitos é falsa. Não existe 'ou um ou outro', é possível os dois: manter direitos e preservar empregos". A análise é de Ricardo Antunes, professor e pesquisador sobre trabalho e sua nova morfologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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E agora Jobim? E agora, Gilmar? E agora, oposição?

E agora Jobim? E agora, Gilmar? E agora, oposição?



Apareceu mais uma complicação naquela denúncia de um grampo sem aúdio nem transcrição oficial — que mostra um diálogo entre Gilmar Mendes, presidente do STF, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Após quatro meses de investigação e duas prorrogações, onde foram colhidos 84 depoimentos, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência decidiu arquivar uma sindicância sobre a participação da Agência Brasileira de Inteligência nessa escuta que até agora ninguém ouviu. A investigação não chegou a um único suspeito nem a um único indício contra a Abin, acusada, desde o início, de ser responsável pela operação.
É um vexame que atinge várias personalidades coroadas de Brasília.
O ministro da Defesa Nelson Jobim não só acusou a Abin de ter participado da operação como, para reforçar o que dizia, lembrou que a agência possuía equipamento de escuta telefonica. (O ministro não atentou para o detalhe que o próprio Exército possui equipamento idêntico, mais apropriado para rastrear grampos do que para executá-los). Por pressão direta de Jobim, o delegado Paulo Lacerda, diretor da Abin, foi afastado do cargo. O ministro Gilmar Mendes chamou o presidente Lula às falas logo após a denúncia. Numa jornada inesquecivel, atravessou a Praça dos Três Poderes para tomar satisfação e exigir providências. Reunidos no STF, os ministros deixaram claro que prestavam solidariedade a Gilmar. O DEM, o PSDB e o PPS chegaram a divulgar uma nota dizendo que o Brasil vivia “uma situação de grave crise institucional”, expressão que costuma ser empregada para definir um quadro político gravíssimo. Comprando como verdadeira uma história que estava longe de ser esclarecida, os três partidos sustentaram que a Abin “cometeu um atentado contra a democracia com a quebra do sigilo telefônico dos presidentes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, além de diversos senadores.” Esta grandiosa exibição de açodamento e leviandade, envolvendo autoridades que tem o dever profissional da providência, da cautela, da seriedade, deve servir a meditação de todos.
Quem falou o que não podia provar poderia cometer a gentileza de explicar-se, não é mesmo? Também seria útil que, após quatro meses, alguém fosse capaz de prestar esclarecimentos definitivos sobre a denúncia deste grampo. O blogue está muito feliz pelo que escreveu na época. Afirmei que por trás da conversa de “crise institucional” levantada pela oposição não havia mais do que uma clássica disputa pelo poder. Também recordei que, com uma oposição capaz de fazer afirmações tão levianas, o governo nem precisava de aliados.

Por Paulo Moreira Leite

Fonte: Época

[Vila Vudu - Barracão Vambora ocupá tuuuuuuuuuudo]: Sobre reescrever e OCUPAR escritos dos ôtro

[Vila Vudu - Barracão Vambora ocupá tuuuuuuuuuudo]: Sobre reescrever e OCUPAR escritos dos ôtro

D. Eliane,

O meu Gato Filósofo hoje acordou re-escritor. Eu no banho, e ele já miando ordens, em miados de barítono-sexy, à Thomas Hampson: "Venha logo. Hoje, re-escreveremos. Re-escrever é uma arte."

Ninguém faz nem arte nem re-arte coisa-que-preste, sem tomar café. Obriguei-o a esperar.

Enquanto eu tomava café, o Gato Filósofo filosofava, andando de um lado para o outro, pensando em voz alta, criando um clima: "Deleuze escreveu, sobre Kafka, que Kafka mudou o mundo pq rompeu com tudo que havia antes dele. Ao romper (com tudo que havia antes dele), Kafka mostrou o que era a literatura que havia antes dele. Romper é uma arte."

"Deleuze, Gato?!" -- resmunguei, do chuveiro. -- "Será possível que o único gato do mundo que lê Deleuze seja o MEU gato?! Tinha de acontecer comigo!" -- Sou resmunguenta, de manhã.

"Seu gato?" -- meu Gato Filósofo quase-riu. -- "Não sou seu Gato: eu possuo você, cada vez que você me possui. E só. Ninguém é de ninguém. Na vida tudo passa."

"Samba-canção, não, Gato, não!" -- gemi eu. -- "É demais, é demais! Prefiro Deleuze. OK. Re-dite, que eu re-escrevo". -- Eu, meia hora adiante, já re-rendida e re-apaixonada. "Comé esse re-negócio aí de re-escrever?"

E o Gato Filósofo: "Reescreva: Dona Eliane Cantanhede é mulher riquíssima, que manipula reais, dólares, bancos, corações, mentes e bolsos privados e públicos com enorme eficiência, mas jamais se ouviu falar num investimento dela produtivo e de interesse para o Brasil e os brasileiros. D. Eliane é um excelente exemplo do admirável mundo dos papéis."

E eu: "Páre com isso, Gato! Dona Eliane é pobre. Ela vive do salário merreca que a Folha de S.Paulo lhe paga, acrescido de mais umas merrequinha-lá que o marido dela recebe da tucanaria e do PFL, daquela empresa de marketação da tucanaria-uspeana-pefelê, eternamente udenista e golpista, no Brasil. Que riqueza vc acha que o PFL tem, hoje, pra alugar jornalistas?! Q nada! O PFL e o PSDB tá tudo pobre pácas! Eles sifu."

E o Gato: "Daniel Dantas também é pobre, se comparado a outros, por aí. A riqueza é o que menos importa. A parte que importa é que, como Daniel Dantas, D. Eliane também vive de manipular reais, dólares, bancos, corações, mentes e bolsos privados e públicos com enorme eficiência, mas jamais se ouviu falar num investimento dela que fosse produtivo e de interesse para o Brasil e os brasileiros. D. Eliane é um excelente exemplo do admirável mundo dos papéis, quero dizer, dos jornalóides brasileiros, dos derivativos podres, tudo papel e tudo podre."

D. Eliane é Daniel Dantas: farinha do mesmo saco, os dois. Os dois reinam no mundo dos papéis impressos, na Rua Barão de Limeira ou na Casa da Moeda ou no STF. Que diferença haveria?!"

Os jornalóides brasileiros permitiram, anos a fio, que o tal de "Dantas" deitasse e rolasse à sombra dos governos da tucanaria.
Depois, os DES-jornalões brasileiros envenenaram a investigação dos crimes do tal de "Dantas"...

Agora, aí, hoje, D. Eliane faz-se de superior. Não faz mal: só a luta ensina. Eles escrevem e nós reescrevemos.

Basta a gente romper, como disse Deleuze, a muralha da tal de porra de 'credibilidade' monofônica dita 'jornalística'. Achar uma brecha, entrar e ocupar os discursos deles. Dantas está devindo D. Eliane. Dona Eliane está devindo Dantas... Todo mundo, aí, sifu, direitin-direitin. Re-escrevamos. OCUPEMOS, de vez, as colunas deles: "reescrever, como máquina de guerra". Só a Internet salva. A Internet é fiel. Ponto. Despache."

Dá-le Gato, sô! Tô re-a-pa-i-xo-na-da! OBA!


ELIANE CANTANHÊDE

Fora o gasto extra...

(Folha de S.Paulo, 5/12/2008, aqui)

BRASÍLIA - Daniel Dantas é um homem riquíssimo, que manipula reais, dólares, bancos, corações, mentes e bolsos privados e públicos com enorme eficiência, mas jamais se ouviu falar num investimento dele produtivo e de interesse para o Brasil e os brasileiros. É um excelente exemplo do admirável mundo dos papéis, agora dilacerado e dilacerando a economia real -os empregos, principalmente.

Mas, por mais que juízes e delegados justiceiros e a opinião pública exijam, Dantas não pode e não está sendo condenado por ser o que é, com toda a sua carga de simbologia.

Aliás, não está sendo condenado nem mesmo pelos crimes citados no inquérito, de formação de quadrilha, evasão de divisas e desvio de dinheiro público. Nada disso.

A condenação a dez anos de prisão e multa pesada foi por algo bem mais prosaico e concreto: tentativa de suborno de policiais federais.
Seus prepostos deram azar. Escolheram os policiais errados.

Isso reequilibra o jogo. O único de fato punido era o delegado Protógenes Queiroz, que recebeu um santo justiceiro, passou do ponto e acabou perdendo a missão e até o posto de elite na PF. Agora, Dantas também está punido.

O bom da história é que, apesar de todos os erros, ou exatamente por causa deles, tudo isso tem servido como uma aula nacional de democracia, sobre limites, excessos, deveres, direitos e o respeito às leis -que não se restringem aos interesses de um indivíduo, mas à coletividade onde ele está inserido.

E o ruim da história é que a população continua exausta com a impunidade dos ricos e poderosos que driblam as leis e chutam a Justiça para o alto. Como qualquer um é capaz de apostar, Dantas foi condenado à prisão, mas nunca será de fato preso. Continuará vivendo como sempre viveu, administrando papéis e honras, só com esse gasto extra para pagar advogados. Até que a sentença real e concreta chegue. Se é que ela chegará algum dia.

Enviado por Caia Fittipaldi

20 dezembro 2008

A sapatada da história....

A sapatada da história.....



No Brasil temos o Presidente Lula, que ficará na história com seus 83% de aprovação.

Mas este ano será marcado como o homem que sozinho teve a coragem de fazer o que milhares gostariam de fazer. Mandar um sapato na cabeça de Bush.
Então para mais um pouco da história, segue uma matéria traduzida e enviada pela Caia Fittipadi.

A invasão do Panamá, em 20/12/1989, há exatos 19 anos, pelos EUA -- é tema de um livro TOTALMENTE impressionante, do Norman Solomon, militante da FreePress e meu amigo de Internet: "War Made Easy: How Presidents & Pundits Keep Spinning Us to Death", depois tb convertido em documentário.


Sobre o documentário, há alguma coisa em aqui; sobre o livro, há informação aqui.

Em aqui, na página do Norman Solomon , lêem-se algumas indicações de trabalhos jornalísticos, nos EUA, candidatos ao Prêmio Pulitzer 2008 -- são interessantes dicas de leitura.


Eu traduzi trechos de "War Made Easy: How Presidents & Pundits Keep Spinning Us to Death", pra tentar editar o livro no Brasil, a pedido do Norman. Mas não conseguimos.


Vários editores brasileiros consultados acharam que o tema seria "muito norte-americano" [risos, mas é puuuuuuuuuuuuuura verdade. Eu VI acontecendo].


O livro acompanha quase diariamente os movimentos pelos quais TODOS os presidentes dos EUA, de Lyndon Johnson a George W. Bush, implantaram a idéia da guerra de ocupação de pontos estratégicos no mundo (muito antes da guerra 'ao terror'), mediante os jornais e a televisão, na opinião pública dos EUA. Todos os jornais e jornalistas devidamente identificados. É IMPRESSIONANTE.


Norman Solomon, hoje, em seu blog, reproduz textos de alguns blogs de jornalistas, nos EUA, sobre "os sapatos voadores". Um dos quais reproduzo aqui [eu traduzi], pq ADOREI (está aqui):


AS'AD ABUKHALIL


AbuKhalil é autor de vários livros sobre o Oriente Médio, entre os quais, The Battle for Saudi Arabia: Royalty, Fundamentalism, and Global Power. Hoje, em seu blog, lê-se:

"O nível de interesse que se observa nos jornais do mundo árabe (especialmente na blogosfera nos países árabes) é coisa jamais vista! É como se todos os povos árabes que se opõem àquela guerra tivessem, afinal, encontrado o seu gesto-manifesto. O presidente dos EUA, que arrogantemente supôs que seu exército de ocupação fosse ser recebido com "doces e flores", recebido, ao vivo, na televisão, com sapatadas.


"É movimento muito significativo e indica como o público sente-se em relação a Bush. A Al-Jazeera (em árabe) noticia que mais de 100 advogados árabes apresentaram-se para defender Zaydi. As-Safir [jornal com sede no Líbano] informa que o jornalista é militante de esquerda e não é qquer tipo de fundamentalista muçulmano como alguns chegaram a declarar.

Antes de que todos embarquem em associações entre sapatos e a cultura árabe, lembro que Zaydi teria preferido ovos podres ou tomates, se fosse possível passar com ovos podres e tomates pela revista obrigatória para todos os presentes naquela sala. Ovos podre e tomates não passariam pela segurança. SAPATOS passaram. A segurança revistou o conteúdo dos sapatos... mas não imaginou que OS PRÓPRIOS SAPATOS pudessem ser armas tão eficientes. Vencemos essa!"


Uma forma de dar uma sapatada também!

Uma forma de dar uma sapatada também!

Solidariedade para com o jornalista iraquiano preso por ter atirado os sapatos a Bush

Assine a petição contra a repressão ao jornalista iraquiano, Montather Al-Zaidi, que teve a coragem de atirar os seus sapatos à cabeça de George Bush (embora tenha falhado o alvo) durante uma conferência de imprensa. O jornalista encontra-se preso e, segundo o irmão que o visitou, tem sido torturado.



aqui

19 dezembro 2008

E os eleitos do Ano são.....

E os eleitos do Ano são.....

O Jornalista e o Sapato


Adán


Juan Carlos Pedreira


J. Kalvellido


Chispa


Allan McDonald


Latuff


Polonio

Tomy


Gervasio Umpiérrez


Josetxo Ezcurra


Pedro Mendez Suarez


Fonte: Rebelión