31 julho 2006

Propostas PSDB/PFL

O eleitor paulista tem que lembrar bem, quais são as propostas do PSDB/PFL na hora de votar.
Trabalhadores:
Se vocês querem aumento de jornada de trabalho sem aumento de remuneração.
Se vocês querem redução de benefícios.
Votem nos mesmos.
Verifique como eles tratam bem os trabalhadores aqui.

Vera
E se o arrecadador de Lula fosse um sanguessuga?

Os grandes jornais brasileiros estão dando pouca importância para o fato do ex-deputado federal Emerson Kapaz aparecer na lista da máfia das ambulâncias. Até a semana passada, no entanto, Kapaz não era apenas o presidente do instituto Etco e integrante da Transparência Brasil. Era também um dos principais arrecadadores da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB). A Folha de S. Paulo informou o fato, mas não achou que o afastamento de Kapaz da função, decidida pela cúpula tucano-pefelista que está no comando da campanha, merecesse mais do que um registro no meio de uma matéria sobre os problemas de Alckmin - a saída de José Aníbal da coordenação era o outro revés sofrido nos últimos dias.

Ainda não está provado se Kapaz é realmente um sanguessuga - o deputado negou as acusações -, mas o simples fato de um arrecadador de um candidato presidencial estar em suspeição é notícia, e das fortes. Por muito menos, os jornais atazanaram a vida do prefeito de Diadema, José Fillipi, que assumiu a tesouraria da campanha do presidente Lula à reeleição. E se o arrecadador de recursos do PT estivesse na lista dos sanguessugas? Os grandes jornais não se interessariam pela pauta? Dariam apenas um registro no meio das reportagens sobre a máfia das ambulâncias, sem um mísero título vinculando uma coisa à outra?

E será que nenhum jornalista vai perguntar a Geraldo Alckmin se ele acredita na palavra de Kapaz ou na do empresário Luiz Antonio Vedoin, que acusou o ex-arrecadador da campanha tucana? Ou tentar descobrir, se ficar provado que Kapaz é realmente um sanguessuga, que punição Alckmin prevê para este tipo de episódio?
Por Luiz Antonio Magalhães às 16:00

Nome:Luiz Antonio Magalhães
Jornalista, editor de Política do jornal DCI e editor-assistente do Observatório da Imprensa.
Matéria comprada e propaganda ilegal pelo PSDB


Para simples leitores, fica claro que temos uma analise de economistas com boas intenções.
Mas a verdade vocês logo encontram abaixo....

Verba federal para segurança em SP cai 85% em 5 anos

Agência Estado
PUBLICIDADE
Caíram de R$ 181 milhões em 2001 para R$ 27 milhões em 2005 os valores repassados pela União para a Segurança Pública do Estado de São Paulo por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) e do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). A queda de 85% nos repasses ao governo paulista foi constatada por levantamento realizado pelos economistas José Roberto Afonso e Julio Kogut.

O estudo, intitulado "Evolução dos gastos estaduais com segurança em São Paulo", cruzou dados da Secretaria do Tesouro Federal, do Ipea, do IBGE e do balanço dos Estados, usando o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a taxa oficial de inflação no País - para nivelar as informações anuais.

Matéria completa aqui

Numa rápida pesquisa na internet, o que encontramos?

Quem é o economista José Roberto Afonso?
Um assessor técnico do PSDB

E só conferir aqui

Julio Kogut?
Um anônimo, um figurante, nada se acha dele.....

Vera

30 julho 2006

Jornalismo vendido

Impressionante como nosso jornalismo é sem vergonha e cara de pau. Não cansamos de criticar, mandamos emails para os ombudsman. E tudo continua da mesma forma...

Hoje a manchete do Jornal online Folha de S.Paulo, é

"Governo falha em fiscalizar Bolsa-Família"

Como pode-se ler aqui

Mas então vamos as regras:

Considerando que é imperativo atuar na diminuição das desigualdades e empreender esforços para equalizar as chances de todas as famílias a uma vida digna, resolvem:
Art. 1o Dispor sobre as atribuições e normas para a oferta e o monitoramento das ações de saúde relativas ....
Art. 2o Compete às Secretarias Municipais de Saúde no Programa Bolsa Família: I - indicar um responsável técnico - profissional de saúde - para coordenar o acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família, no âmbito da saúde, sendo recomendado, preferencialmente, um nutricionista; II - participar da coordenação intersetorial do Programa Bolsa Família prevista no art. 14 do Decreto no 5.209, de 2004, no âmbito municipal. III - implantar a Vigilância Alimentar e Nutricional, que proverá as informações sobre o acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família;

E segue:

Art. 3o Compete às Secretarias Estaduais de Saúde no Programa Bolsa Família: I - indicar um responsável técnico - profissional de saúde - para coordenar o acompanhamento das famílias Programa Bolsa Família, no âmbito da saúde, sendo recomendado, preferencialmente, um nutricionista; II - participar da instância de gestão intersetorial do Programa Bolsa Família prevista no art. 13 do Decreto no 5.209, de 2004, no âmbito estadual; III - divulgar as normas sobre o acompanhamento das famílias pelo setor público de saúde aos municípios, em conformidade com as diretrizes técnicas e operacionais do Ministério da Saúde; IV - apoiar, tecnicamente, os municípios na implantação da Vigilância Alimentar e Nutricional, com vistas ao acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família; V- apoiar tecnicamente os municípios na implementação das ações básicas de saúde previstas nos artigos 1o e 6o desta Portaria; VI - coordenar e supervisionar, em âmbito estadual, a implantação da Vigilância Alimentar e Nutricional, com vistas ao acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família; VII - analisar os dados consolidados de acompanhamento das famílias do Programa Bolsa Família, gerados pelos municípios, visando constituir diagnóstico para subsidiar a política estadual de saúde e de segurança alimentar e nutricional; Parágrafo único. Além das atribuições descritas anteriormente, as secretarias estaduais de saúde poderão apoiar o estabelecimento de parcerias com órgãos e instituições municipais, estaduais e federais, governamentais e não-governamentais para o fomento de atividades complementares às famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família.

Para quem se interessar, inclusive aos jornalistas que adoram analisar tudo de forma partidária (PSDB/PFL), aqui vai o arquivo

Então dizer que o Governo não esta fiscalizando é muita mentira para pouca matéria.

Nunca devemos esquecer em linguagem bem simples.

O Presidente de uma empresa pode demitir um funcionário que não trabalha de acordo com suas regras e decisões.
Mas o Presidente do Brasil não pode demitir os seus governadores e prefeitos por não fazerem cumprir as regras e decisões.
Mas nos podemos....com o nosso voto democrático.... por isso não podemos esquecer, não adianta colocar um Presidente que pensa no povo, no poder e esquecermos de eleger Governadores e Prefeitos (próximas eleições) para administrar esse país junto com ele.

Vera
Revista patrocinada por Estatal

Porque uma revista que foi patrocinada por uma ex-Estatal (foi privatizada, provavelmente para não haver fiscalização de mais falcatruas da turma do PSDB/PFL, ou alguém dúvida?) que trouxe nove páginas com o candidato Geraldo Alckmin, e que em outras edições traz noticias sobre as benfeitorias que o mesmo fez por São Paulo, não foi barrada pelo TSE?
Isto não é fazer campanha ilegal e ainda por cima com o nosso dinheiro, comprovadamente?
E alguém já ouviu falar da Revista da Associação Paulista do Ministério Publico? Também tem entrevista com Geraldo Alckmin na campanha mais vergonhosa ainda, querem conferir, aqui vai o site .



TSE aonde está a coerência?
Porque proibir a Revista Brasil?
Não queremos acreditar que vocês também são partidários, para nos basta a mídia.

Vera

29 julho 2006

Para não esquecermos o que foi PSDB/PFL no governo

Relembrando o governo FHC - 5


Apagão - Parte 2

Em tempo de vacas magras, a palavra de ordem era racionar e economizar. A máxima caiu como uma luva sobre o Brasil em junho. Também pudera, a sombra que se instalou no país, com o risco do apagão nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste (afetadas pelo racionamento de energia).
Fazendo dobradinha com a alta do dólar, colocou em risco o desempenho industrial, as vendas no comércio e a estabilidade do emprego de centenas de brasileiros. Para completar, este mês (agosto) a tensão de energia foi reduzida em 5% nessas regiões e a inflação atravessou um período crítico, com a elevação do dólar sendo repassada aos preços de fábrica e do varejo.

Governo apaga direitos do consumidor
24/05/2001
Veja matéria aqui

A reedição da medida provisória que criou o "ministério do apagão" determina que os usuários não poderão usar o Código de Defesa do Consumidor para reclamar de problemas causados pelo plano de racionamento de energia.

O novo texto diz que o "ministério do apagão" pode "estabelecer medidas compulsórias de redução de consumo e de interrupção no fornecimento". Esse trecho suspende a Lei 8.078, que criou o código.

Na prática, tira-se do consumidor a possibilidade de reclamar dos fabricantes e das distribuidoras por defeitos em aparelhos domésticos causados por cortes, por exemplo.

A mudança no texto da MP é uma tentativa do Governo de fugir das ações na Justiça contra o racionamento. Ela aconteceu depois que as distribuidoras pressionaram o Governo por se sentirem legalmente desprotegidas para cortar luz ou aplicar as sobretaxas.

Pelo texto da MP, a legislação do setor elétrico vale menos que as decisões do "ministério do apagão".

Apagão do emprego provoca demissões

Obrigadas a reduzir em até 25% o consumo de eletricidade, grandes empresas brasileiras já estão desligando máquinas nas fábricas e anunciando demissões. Há casos de dispensa de até 20% da força de trabalho.

No Estado de São Paulo, o mais industrializado do país, os cortes de pessoal estão se tornando freqüentes. Ameaças de dispensa pairam sobre a cabeça da maioria dos operários, diante do remanejamento, do fim das horas extras e da eliminação de turnos.

Site do ministério do apagão faz consumidor calcular cota errada
Veja matéria aqui

O consumidor que quiser descobrir a sua cota para o racionamento utilizando o site do "ministério do apagão" ( www.energiabrasil.gov.br ) será induzido ao erro.

O simulador de cotas do site faz o leitor acreditar que haverá uma cota diferente para cada mês do racionamento.

De acordo com o site, a cota de agosto, por exemplo, seria calculada com base nos meses de julho, agosto e setembro de 2000. Mas segundo a resolução número 4 da Câmara de Gestão da Crise de Energia, haverá uma única cota para todo o racionamento, com base nos meses de maio a julho do ano passado.

O site também já dá dicas de como enfrentar o apagão, montando um kit com radinho de pilha, lampião e vela, e dando dicas de comportamento na rua ou em casa.

Apesar do erro, o site traz dicas de economia, as normas do racionamento em vigor e uma caixa de mensagens.
Para não esquecermos o que foi PSDB/PFL no governo

Relembrando o governo FHC - 4

Apagão - Parte 1

Em 2001, o Racionamento de Energia Elétrica impôs à maioria dos consumidores metas de economia de energia.

O Racionamento

O Racionamento de energia elétrica, na intensidade que foi necessário implantar no Brasil resulta, além dos fatores climáticos, de falhas no Setor Elétrico em vários aspectos e na coordenação governamental, já que, assegurar a provisão de energia é dever do Estado Nacional. A nosso ver, o déficit de energia elétrica se insere na deficiência de investimentos que temos apontado como o maior entrave ao crescimento econômico brasileiro. Sem prejuízo de que se apure a parcela de culpa do atual governo e do próprio sistema implantado, interessa à Nação encontrar meios de minimizar as conseqüências da crise atual.

Conselho estende racionamento de luz
A sessão de ontem do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica foi toda dedicada ao exame do relatório sobre a prorrogação do racionamento pleiteada pela Light. Esta pedia não somente mais seis meses de restrição, como também que se restabelecesse regime mais drástico, alegando que a situação exigia todas as precauções. Nesse particular insistia em que se abolissem os 10% de tolerância, dados aos consumidores pela Resolução no. 1 de fevereiro. Resolveu o plenário estender o racionamento até o último dia do ano, deixando de suprimir a taxa de tolerância.


Minimizando os Efeitos Negativos do Racionamento de Energia Elétrica.
Valor Agregado por Setor e o Consumo de Eletricidade.
O consumo de energia por unidade de produto é muito diferente entre os setores. Existe um valor limite de redução do uso de energia em uma unidade de produção onde a atividade econômica correspondente é simplesmente suprimida e com ela o valor que agrega ao PIB. Se o corte de energia não levar em conta essa realidade haverá uma redução da atividade econômica quase na mesma proporção da redução do abastecimento da energia elétrica.

O ANO SEGUINTE
... ou da necessidade de um Plano de Mobilização Energética para afastar o risco de uma nova crise em 2002.
O ano de 2002 vai se iniciar com um risco maior de desabastecimento que 2001. Uma série de medidas são necessárias para afastar o risco de um novo racionamento

A Exportação de Produtos Intensivos em Eletricidade é Coerente com a Geração Elétrica a partir de Gás Natural?
A crise de energia elétrica nos leva a refletir sobre os rumos de nossa política energética em geral e da própria política econômica. Exportar produtos primários e semi-manufaturados é uma das sinas dos países em desenvolvimento. Além de perder-se a oportunidade de agregar valor, corre-se o risco de exportar energia de alta qualidade requerida na produção de tais artigos.
Desabafo

Eu não sou jornalista, não sou socióloga, não sou cientista política, sou apenas uma pessoa comum, uma cidadã brasileira.
Por isso mesmo vejo com outros olhos o governo Lula e as suas ações.
Mas ontem fiquei espantada como a ideologia e a sociologia de alguns são extremistas.
Em conversa com duas ex-petistas (pois acredito que tenham se desfiliado, pois senão estariam contrariando suas palavras), se disseram envergonhadas com tudo o que o presidente Lula e o partido estavam fazendo, pois dentro daquilo que o projeto do partido tinha (diga-se estatuto, projeto social, etc...), tudo foi modificado e por isso iriam votar na Heloisa Helena, e no segundo turno caso o tenha, votariam nulo. Bem convictas e em linha dura.
Eu realmente não posso argumentar qual seria o projeto do partido ou mesmo qual a ideologia do partido pois não os conheço, não sou filiada. Mas na minha visão, o que quero é ver as pessoas que não tem o que comer, ter o que comer, as pessoas que não tem como estudar, estudar...ou seja que a maioria da população brasileira e se possível do resto do mundo posso ter um mínimo (melhor seria o máximo, mas ai entra um sonho impossível) para viver. E para mim dentro desta minha visão, o Presidente Lula esta conseguindo, e para isso não me baseio em reportagens ou dados, eu mesmo colho as minhas informações, com o pessoal mais pobre, com o pessoal que esta finalmente estudando e dentro da minha cidade. Por isso as vezes fico muito assustada com isso.
A ideologia de algumas pessoas não as deixa ver que o Brasil é um país capistalista, e que não podemos transformar ou mesmo impor as ideologias radicais. Tudo tem que ser feito dentro das doses certas. Claro que se pudéssemos acabar de vez com a fome, com a pobreza, seria o ideal, mas as coisas não podem ser desta forma.
Este foi apenas um desabafo de alguém que não consegue entender como pessoas que foram petistas por 25 anos, não conseguem enxergar o que realmente esta acontecendo no Brasil alem de sua ideologia.

Vera

28 julho 2006

Sonhar nunca é demais



''O PMDB entrou com representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) do Distrito Federal contra o PFL local. A ação pede a impugnação da candidatura de todos os pefelistas que vão concorrer a deputado federal pelo partido. Os peemedebistas alegam que os candidatos da legenda concorrente foram escolhidos de forma irregular''
Fonte: Correioweb



Imaginem ficarmos sem essa raça, como diria o Sr. Jorge Bornhausen.

Favor entrarem contra eles em todos os estados.... aí sim, seria maravilhoso.



Vera
Para não esquecermos o que foi PSDB/PFL no governo


Relembrando o governo FHC - 3


Desvalorização do Real e "socorro" aos bancos Marka e FonteCindam

25/07/2000
Lopes falou a FHC sobre riscos na BM&F
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u1981.shtml

O ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes disse hoje durante depoimento ao juiz Abel Gomes, da 6ª Vara Federal, que informou ao presidente Fernando Henrique Cardoso, durante almoço no dia 14 de janeiro do ano passado, "que havia problemas na BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuro)".

Do almoço, realizado em Brasília no mesmo dia em que houve a operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam, participaram, de acordo com Lopes, "outras pessoas", entre elas o ministro da Fazenda, Pedro Malan.

O depoimento foi prestado hoje à tarde no processo que apura a operação de socorro aos dois bancos, que teria causado um prejuízo de R$ 1,6 bilhão ao BC.

26/07/2000 -
FHC ouviu alerta de Chico Lopes sobre risco de quebradeira
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u2052.shtml

O presidente Fernando Henrique Cardoso foi alertado pelo então presidente do Banco Central Francisco Lopes sobre
o risco de quebradeira envolvido na época da desvalorização do real. A confirmação é do porta-voz da Presidência
da República, Georges Lamazière.

De acordo com o porta-voz, FHC "efetivamente foi alertado pelo ex-presidente do Banco Central (Francisco Lopes) do momento de crise geral que se estava vivendo'' no início de 1999.

As declarações do presidente se referem ao depoimento prestado ontem por Lopes no Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a operação de socorro aos bancos Marka e FonteCindam.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/marka.htm
26/07/2001

Saiba como o Banco Central ajudou a socorrer os bancos Marka e FonteCindam
durante a desvalorização do Real em janeiro de 99

Entenda o caso;

1. Em janeiro de 2000, o Banco Central foi obriado a desvalorizar o real

2. Os bancos Marka e FonteCindam, que tinham compromissos fuutros em dólar, pediram ajuda ao BC para não quebrar.

3. Alegando medo de uma crise sistêmica com a quebra dos dois pequenos bancos, o BC vendeu dólares abaixo do preço disponível no mercado.

4. O prejuízo aos cofres públicos, segundo a CPI dos Bancos, atingiu R$ 1,5 bilhão

As ligações

Salvatore Alberto Cacciola
Dono do Banco Marka, o economista, nascido em Milão (Itália) _ vivia desde os 9 anos no Brasil _, começou a trabalhar no mercado em 1969. Em 1972, abriu no Rio sua própria corretora, que viria a dar origem ao Marka. Foi a Brasília pedir ajuda ao Marka. O socorro lesou o país em R$ 1,5 bilhão.

Francisco Lopes
No governo desde 1995, era diretor de Política Econômica e de Política Monetária. Assumiu o BC em 13 de janeiro, com a mudança na política cambial e o afastamento de Gustavo Franco. Idealizou uma desvalorização controlada, que fracassou. Autorizou o socorro e saiu no dia 2 de fevereiro, antes de ser formalmente empossado.

Sérgio Bragança
Amigo de Francisco Lopes e co-fundador da consultoria Macrométrica (de Lopes), assina bilhete no qual diz guardar dinheiro do ex-presidente do BC em contas no exterior.

Luiz Augusto Bragança
Irmão de Sérgio e compadre de Lopes, foi convidado por Rubem Novaes e acompanhou Cacciola a Brasília. Conversou sobre o Marka com o ex-presidente do BC na manhã do dia 14.

Rubem Novaes
Economista, foi citado como suposto intermediário de esquema de vazamento de informações privilegiadas. Em depoimentos, assumiu as ligações com Cacciola e que havia acompanhado o banqueiro até Brasília.

Cláudio Mauch
Ex-diretor de Fiscalização do BC, participou da preparação do socorro ao Marka. Teria demovido o BC da intenção de liquidar o Marka.

Tereza Grossi
Chefe interina do Departamento de Fiscalização, participou das negociações com Cacciola. Checou a situação do Marka na BM&F e mandou fiscais ao banco.

O caso do FonteCindam

Resultado da união, em 1º de junho de 1996, dos bancos Fonte, com grande presença nas Bolsas, e Cindam, atuante no setor de câmbios e fundos. Também recebeu ajuda do BC. As investigações sobre a ajuda do BC frustraram a venda da instituição para o banco francês BNP.

Vera

27 julho 2006

MALAS PRETAS

Malas pretas existem a muito tempo para alguns políticos deste Brasil.
E só vasculharmos a história e alguns arquivos.
Mas eles teimam em dizer que o PT é o fundador e inovador de tudo. Mas eles conhecem bem a história e um dia a casa vai cair.
Aqui mais uma para lembrar.



Para quem não conseguir ler, click na imagem duas vezes que voce conseguirá.

Vera
Para não esquecermos o que foi PSDB/PFL no governo

Relembrando o governo FHC - 2



Caixa 2
Na época, o acusador foi ACM ( então ex-senador )


‘‘Caixa 2 foi ordem de FHC’’
07 de junho de 2001
De acordo com ex-senador (ACM) , Eduardo Jorge recolheu na campanha contribuições extra-oficiais a mando de Fernando Henrique. Ele garante ter provas do que diz.

Da Redação - Com Agência Folha

Antonio Carlos Magalhães voltou ao ataque. Resolveu mexer em um dos tendões de Aquiles do governo. Em Salvador, o ex-senador disse ter provas de que foi o próprio Fernando Henrique quem ordenou que o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas fizesse um caixa-dois de contribuições de campanhas para a eleição de 1998. ‘‘Ele deu ordens para Eduardo Jorge Caldas pedir dinheiro ‘extra-oficialmente’ para empresários em seu nome durante a campanha de 1998’’, afirmou ACM. ‘‘Se ele disser que é mentira, vou apontar todas as pessoas que deram dinheiro para o Eduardo Jorge por ordem dele’’, ameaçou o ex-senador. ‘‘Quanto a mim, não tenho ninguém que receba por mim extra-oficialmente, como ele no caso do Eduardo Jorge’’.
Procurado pelo Correio Braziliense, Eduardo Jorge foi lacônico e agressivo: ‘‘Eu não falo com o Correio’’, respondeu. Fernando Henrique também não respondeu às acusações. O porta-voz da Presidência, Georges Lamaziére, informou que o presidente não tinha comentários a fazer.
No ano passado, procuradores da República em Brasília iniciaram uma investigação para apurar os recursos destinados à campanha do presidente Fernando Henrique. Descobriu-se uma lista com nomes de empresas e pessoas que não contribuíram oficialmente para a campanha. Na época, em depoimento ao Senado Federal, o ex-secretário também negou a existência de qualquer caixa dois na campanha.
Irônico, ACM disse que adoraria ser atacado mais vezes por Fernando Henrique. ‘‘Acho que ele poderia me atacar agora, pois preciso subir no conceito da opinião pública. Hoje, quem é atacado pelo presidente cresce na opinião pública, já que ele está na lona’’, disse.
ACM concluiu dizendo que poderá vir a divulgar as respostas dadas por Fernando Henrique às suas cartas que denunciavam corrupção no governo, dando a entender que as respostas demonstrarão que o presidente não se interessava em apurar as denúncias.

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Sexta-feira, 8 de Junho de 2001
ACM endurece o tom dos ataques e reafirma que presidente é leniente com corrupção no governo
O presidente Fernando Henrique Cardoso evitou ontem, mais uma vez, dar uma resposta política a ataques do senador cassado Antônio Carlos Magalhães - que o acusou de ter comandado, na campanha presidencial de 1998, um esquema de caixa-dois por intermédio do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira -, mas determinou à Advocacia-Geral da União (AGU) que proponha hoje um processo na Justiça contra o ex-parlamentar.
Segundo informou o porta-voz da Presidência da República, ministro Georges Lamazire, "o presidente determinou à AGU ingressar em juízo para responsabilizá-lo por suas infundadas declarações veiculadas hoje (ontem) pela imprensa'. No noticiário de ontem, Magalhães afirma que Fernando Henrique não trabalha e despacha com os ministros quando quer.

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ACM disse também, numa outra declaração amplamente reproduzida, que FHC ordenou a Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência e coordenador das suas campanhas eleitorais, uma coleta financeira "extra-oficial" (caixa 2) junto a empresários durante a campanha de 1998, usando seu nome. "Se ele (FHC) disser que é mentira, vou apontar todas as pessoas que deram dinheiro para o Eduardo Jorge por ordem dele". Na rádio Subaé, de Feira de Santana/BA, ACM afirmou que vai "percorrer todo o Brasil para não deixar o Fernando Henrique roubar em paz".

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O coordenador financeiro da campanha de reeleição do presidente Fernando Henrique, o ex-ministro da Administração, Luiz Carlos Bresser Pereira, negou ontem a existência de sobra de campanha não declarada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com reportagem divulgada pelo jornal "Folha de São Paulo", um suposto caixa 2 de R$ 10,1 milhões teria sido revelado por planilhas eletrônicas supostamente elaboradas no comitê eleitoral do candidato.
"Não existiu sobra de campanha e nem despesas não contabilizadas, tudo foi declarado ao TSE", afirmou Bresser Pereira. Ele admitiu ter feito uma planilha listando nomes e doações respectivas à campanha de reeleição, mas garantiu que ela não tem nada a ver com a apresentada na denúncia. "Fiz uma planilha de controle e alguém pode ter usado os meus dados para fazer um segunda planilha", disse o ex-ministro, acrescentando não ter a "menor idéia" de quem poderia ser a autoria das modificações e do motivo.
Para Bresser Pereira, "uma planilha não prova nada". Ele argumentou que o gasto total da campanha de reeleição foi de R$ 43 milhões, muito abaixo do limite de R$ 72 milhões permitido pela legislação eleitoral. "Por isso, não faria nenhum sentido deixar de declarar despesas ao TSE", enfatizou o coordenador financeiro. Ele explicou que houve um déficit de R$ 2 milhões entre as despesas e as doações. Esse saldo negativo foi contabilizado como dívida do PSDB.
O procurador do Ministério Público Federal, Luiz Francisco de Souza, disse que não será necessária a abertura de um novo processo de investigação sobre a denúncia de um suposto "caixa 2" da campanha de reeleição de FHC. Ele afirmou que esse caso está sendo investigado em conjunto com o processo envolvendo suposto tráfico de influência do ex-ministro Eduardo Jorge Caldas Pereira.

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PSDB evita comentar ataques de ACM
Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso e os líderes tucanos no Congresso evitaram nesta quarta-feira comentar os ataques do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), de que o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira comandava o esquema de captação de recursos para a campanha eleitoral.
Foi o presidente nacional do PMDB, senador Maguito Vilela (GO) - que apesar de se portar como um opositor do Planalto em algumas questões -, quem saiu em defesa de Fernando Henrique.
"Se ele (ACM) tem nomes de pessoas que deram dinheiro para a campanha, por intermédio de Eduardo Jorge, não deveria só ameaçar, mas os denunciar para que as suas acusações sejam consistentes. Caso contrário, essas acusações são ineficazes", disse Vilela, depois de alegar que todo ataque, para ter veracidade, tem de vir acompanhado de provas.
O bancada pefelista baiana no Senado, ligada ao senador Antônio Carlos Júnior (PFL-BA), filho de ACM, também evitou fazer qualquer comentário.
"Não falo sobre isso", resumiu o senador Paulo Souto (PFL-BA). "Não vou comentar", encerrou Júnior.
O presidente nacional do PSDB, deputado José Aníbal (SP), preferiu usar a tática do bateu-levou, para responder ao ex-senador. "Disso (fundo de campanha), ele entende muito melhor do que o presidente Fernando Henrique", declarou Aníbal.
O adversário político de ACM, deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), líder do partido na Câmara, menosprezou as declarações, alegando que só comentava "coisas sérias".
A oposição, no entanto, criticou o ex-presidente do Senado. "Se ele acredita tanto nisso, era só mandar os três baianos assinarem a CPI (comissão parlamentar de inquérito) da corrupção porque, nela, está incluída a investigação sobre a atuação de Eduardo Jorge", afirmou o líder do Bloco Oposição, senador José Eduardo Dutra (SE).
"Fazer discurso e não agir é muito fácil. Ele deveria fazer o discurso e viabilizar a CPI", acrescentou Dutra.
O vice-líder do PFL na Câmara, Pauderney Avelino (AM), mostrou-se "espantado" com as declarações de ACM. "Antonio Carlos resolveu fazer uma linha agora de independência do partido e escolheu, justamente, o presidente Fernando Henrique como Cristo."
Ele acrescentou: "Eu não seria leviano de afirmar isso sem ter provas e, se ele afirmou, é porque ele (ACM) deve ter provas."
O líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE), desconversou, ressaltando que o momento é de discutir assuntos importantes para o futuro do País, como encontrar soluções para a questão da energia e da seca.
Já o porta-voz do Planalto, Georges Lamazire, limitou-se a dizer que "o presidente não vai comentar as declarações".
O senador Geraldo Althoff (PFL-SC), ligado ao senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), presidente nacional da legenda, também evitou maiores comentários. "Eles, que são brancos, que se entendam", brincou, depois de reconhecer que eles ficarão trocando farpas ainda por um bom tempo.

Vera
Por não dito

Irmão de Celso Daniel retira acusações contra Dirceu

O ex-deputado José Dirceu teve uma importante vitória nos tribunais, nesta terça-feira (25/7). João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, o prefeito assassinado de Santo André, retratou-se das afirmações em que acusava o ex-deputado de receber recursos recolhidos em Santo André para o PT através de um esquema de propinas cobradas de empresas de ônibus.
Por conta desta afirmação, Dirceu moveu ação de indenização por danos morais contra o João Francisco. A retratação deu-se em audiência de Conciliação promovida pela juíza da 8ª Vara Cível de Santo André, Ana Cristina Ramos.
No acordo João Francisco deixa expresso que não teve a intenção de ofender a honra ou imputar crime a José Dirceu e esclarece que suas declarações visavam apenas a esclarecer a morte de Celso Daniel, seu irmão. Com isso, ambos dão por extinta a ação de danos morais movida por Dirceu.

Dinheiro de campanha

Em abril de 2004, em uma entrevista, João Francisco acusou Dirceu de ter recebido R$ 1,2 milhão em contribuições ilegais de empresas de ônibus de Santo André. Na época, Dirceu negou as acusações e disse que pretendia buscar “reparação moral e civil” contra aqueles que atingirssem sua imagem. Dirceu afirmou, ainda, que eram “infundadas e caluniosas” as acusações de João Francisco.
João Francisco disse ter ouvido do ex-secretário de Santo André, Gilberto Carvalho, e de Miriam Belchior, ex-mulher de Celso Daniel, que Dirceu recebia dinheiro de empresas contratadas pela administração municipal para a campanha eleitoral petista. Carvalho e Miriam também negaram as denúncias.

Leia a íntegra do acordo
Juízo de Direito da 8ª Vara Cível
Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento
Ação: Indenização por Danos Morais
Processo n° 808/2004
Autor(es): José Dirceu de Oliveira e Silva
Réu(s): João Francisco Daniel
No dia 25 de julho de 2006, nesta cidade e Comarca de Santo André, Estado de São Paulo, Edifício do Fórum e sala de audiências, onde presente se encontrava a Exma. Sra. Dra. Ana Cristina Ramos, MM. Juíza de Direito Titular da 8ª Vara Cível, comigo, escrevente ao final assinada, realizou-se a audiência supra nos autos e entre as partes acima mencionadas. Feito o pregão, compareceram: os advogados do autor, Drs. Paulo Guilherme de Mendonça Lopes e Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho; o requerido acompanhado de seus advogados, Drs. Francisco Neves Coelho e Leonor Azevedo Alves Coelho; ausente o autor. Iniciados os trabalhos, proposta a conciliação pela MM. Juíza, a mesma restou frutífera nos seguintes termos:
1- As partes, nesta oportunidade, resolveram por fim à demanda, deixando expresso que o réu João Francisco Daniel não teve a intenção de ofender a honra ou imputar crimes ao autor José Dirceu de Oliveira e Silva. O réu apenas desejava que fosse esclarecida a morte de seu irmão Celso Daniel. Nesses termos, pedem a extinção do processo, sem julgamento do mérito e “sem vencidos ou vencedores”.
2- Cada parte arcará com os honorários de seus patronos e com as custas já dispendidas. A seguir, pela MM. Juíza foi dito que proferia a seguinte sentença: Vistos. Homologo, por sentença, para que produza os seus jurídicos e legais efeitos, o acordo havido entre as partes. Em conseqüência, julgo extinto o feito n° 808/2004, com fundamento no artigo 269, III do Código de Processo Civil. Oportunamente, arquivem-se os autos, anotando-se. Publica em audiência, saem os presentes cientes e intimados. Registre-se. Nada mais. Lido e achado conforme vai devidamente assinado. Eu, (Adriana Maria Sudahia), Escrevente, digitei e subscrevi.
MM. Juíza:
Revista Consultor Jurídico, 25 de julho de 2006
No pasarán! Dirceu será eleito presidente do Brasil.

“JOSÉ DIRCEU conseguiu ontem uma vitória judicial. João Francisco, irmão de Celso Daniel, retratou-se por ter dito que Dirceu recebia de Gilberto Carvalho dinheiro de propina recolhido em Santo André para o PT. Confessou que mentiu. Justificou ter dito isso apenas para forçar a investigação da morte do irmão. Os advogados do ex-ministro aceitaram o acordo e retiraram o processo por danos morais.”

A notícia acima, que foi publicada em O Globo, do Rio de Janeiro, mas não foi publicada em NENHUM jornal paulista, é a primeira vitória das muitas que o ministro José Dirceu colherá, nos próximos tempos.

Nenhum outro político, no Brasil, jamais, foi alvo de campanha ‘midiática’ mais vergonhosamente caluniosa, mentirosa, construída com ‘noticiário’ inventado (gratuito e comprado) – e sempre cevada com mau jornalismo, que nada investigou e tudo requentou e repetiu –, do que o ministro José Dirceu.

Na campanha que levou à degola do ministro José Dirceu, todos os que ‘denunciavam’ faziam-no para esconder alguma coisa, sempre bem suja.

Esse infeliz João Francisco escondeu, sob a calúnia e a mentira, o desejo de que se investigasse a morte de seu irmão, um crime comum, que estava sendo investigado e cuja investigação prosseguiu. Nesse caso, que é de loucura e perversão pessoais, esconderam-se misérias e loucuras pessoais.

Mas – e infinitamente mais grave do que isso –, na mesma campanha que levou à degola do ministro José Dirceu, muitos outros esconderam muitos outros crimes, motivos e culpas mais perversos e perversores do que os que se esconderam nas mentiras alucinadas desse infeliz João Francisco.

O filme da sessão da Câmara de Deputados, no dia da degola do ministro José Dirceu

Vale a pena que os democratas brasileiros dediquem alguns minutos para rever o filme da sessão da Câmara de Deputados, em que se consumou a imunda degola do ministro José Dirceu .

Naquele filme – que tem enorme valor histórico – vêem-se os rostos, as fisionomias dos degoladores de 600.000 votos de eleitores paulistas. A sessão foi filmada com mão de mestre e editada com alma de democrata. Naquele filme, a câmera demora-se sobre vários rostos, que ali estão, arquivados, registrados para sempre.

A história não esquecerá nenhum daqueles rostos, doentios, tensos, feios, de homens e mulheres que sabiam que estavam cometendo um crime e o cometeram.

Em São Paulo, os jornais agonizam e o jornalismo morreu

Quanto aos jornalões paulistas, ninguém espere deles NENHUM jornalismo. O jornalismo paulista morreu, envenenado pelos desejos atrasistas dos proprietários, dos 'gerentes', dos editores, dos colunistas; nesse conluio, um ajuda a matar o outro, uma mão suja a outra.

De fato, o jornalismo paulista morreu e está morrendo mais, todos os dias, julgado hoje pelos milhares de leitores e assinantes que desertam, rejeitam, abandonam, descrêem, de vez, de monstruosidades como Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo.

Sem esperanças vãs, mas com as esperanças certas, democráticas, vivas

Que ninguém tenha esperanças vãs, mas, ao mesmo tempo, que ninguém deixe de ter as esperanças democráticas certas, históricas, de que o Brasil, em 2006, já começou a redemocratizar-se, contra os jornalões paulistas.

Nenhum desses arremedos fantoches de jornalão que desgraçam São Paulo em 2006 saberá nem retratar-se nem reconstruir-se como jornal democrático e civilizatório, em tempo curto. Eles continuarão por muito tempo ainda, sem jornalismo algum, reduzidos a máquina de propaganda de DES-DEMOCRATIZAÇÃO do leitor-eleitor, como hoje são.

Dirceu será eleito presidente do Brasil

Antes de que São Paulo tenha, afinal, jornais, jornalismos e jornalistas democráticos (ou, que seja, apenas CIVILIZADOS) e contra os dois jornalões paulistas fascistas (se sobreviverem ao próximo balanço), o ministro José Dirceu será eleito presidente da República no Brasil.

Será eleito, é claro, com os votos democráticos dos MESMOS eleitores brasileiros cujos desejos progressistas os jornalões paulistas ainda insistem em tentar prender-matar-e-arrebentar.

Nem falta muito. Nesse dia, afinal, sim, reencontraremos, os brasileiros democráticos, os eleitores brasileiros, a melhor parte de nós mesmos e do Brasil.

Então, sim, teremos construído condições para escrevermos nossos próprios jornais. Jornais de cidadania re-democratizada. De civilização. De dignidade jornalística.

No plano pessoal profissional dos jornalistas e do jornalismo, afinal, poderemos ter, em São Paulo, então, afinal, jornais e jornalistas que terão vergonha na cara.
A luta continua. No pasarán! Lula é muitos!
É Lula de novo, com a força do povo!

Caia Fittipaldi

26 julho 2006

Para não esquecer o que foi PSDB/PFL no governo


Hoje começo a postar notícias passadas em relação as falcatruas encobertas pelo PSDB e esquecidas pela nossa mídia oficial (do PSDB/PFL).
Todas as mensagens foram recebidas pela internet através da Bloguesfera Lulista.
Comentários em vermelho são meus.
As matérias são longas, mas vale a pena ler.


Relembrando o governo de FHC - 1



CRONOLOGIA DA CRISE
Agência Estado

Março/2000 - O então líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho, cobrou da tribuna coerência do presidente da Casa, Antônio Carlos Magalhães, que defendia um salário mínimo de R$ 177,00, enquanto o ministro da Previdência, Waldeck Ornélas, apadrinhado político de ACM, dizia que esse valor quebraria o caixa do ministério. Jader já era candidato à presidência do Senado contra a vontade de ACM. (Não vamos esquecer que esse mesmo Senador ACM queria aprovar um salário mínimo de R$ 300,00, e o nosso governo teve que vetar. Naquela época ia quebrar o caixa, mas neste governo não, então tá né).

Abril/2000 - ACM diz que Jader "não sabe o que é trabalhar para ganhar dinheiro". Irritado, o líder do PMDB divulga uma nota agressiva, chamando ACM de "desequilibrado, demagogo e mentiroso" e lembrando algumas acusações feitas pela ex-primeira-dama de São Paulo, Nicéia Pitta. "Sempre trabalhei, só não fui corretor da OAS nem sócio do Gilberto Miranda", respondeu Jader. ACM rebateu, propondo que ambos quebrassem seus sigilos fiscal e bancário. "Jader não tem currículo, tem folha corrida", disse ACM. O confronto atinge o ponto mais alto com um bate-boca em plenário. ACM chama Jader de "corrupto, ladrão, bajulador, truculento, mentiroso e indigno". O líder do PMDB revidou, qualificando o presidente do Senado como "corrupto, ladrão, truculento, farsante e mentiroso". Após a discussão, o Conselho de Ética do Senado aprova pela primeira vez um pedido de censua contra os dois senadores por quebra de decoro parlamentar.

Maio/2000 - ACM envia carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso sobre denúncias de corrupção na Sudam, envolvendo Jader Barbalho.(A mesma tática usada pelo Roberto Jefferson; não tenho o que quero...denuncio.... usando os Ases do jogo na hora conveniente, ou seja quando aperta o calo)

Junho/2000 - Por 52 votos contra 18 e 10 abstenções, o empresário Luiz Estevão (PMDB-DF) torna-se o primeiro senador cassado da história do País. A votação é secreta, mas nos dias seguintes surgem rumores sobre o voto de alguns senadores.

Agosto/2000 - ACM volta a desafiar Jader e abrir seu sigilo bancário. "Jader prometeu e até agora nada", lembrou ACM. "É um doido e não tenho vocação para grade de hospício", responeu Jader.

Setembro/2000 - ACM lança o senador José Sarney (PMDB-AP) para Presidência do Senado, mas Sarney prefere não entrar em disputa.

Outubro/2000 - Jader volta a atacar ACM e reafirma sua candidatura. Também se materializa a candidatura do deputado Aécio Neves (PSDB) à presidência da Câmara. Um acordo entre os tucanos e o PMDB fortalece a dobradinha Aécio-Jader, deixando pela primeira vez o PFL de fora da sucessão do Congresso.

Dezembro/2000 - ACM e Jader voltam a se enfrentar em plenário. "Ladroagem é com o Jader. Ele é uma mancha", dispara ACM. "Ele é que tem um imenso laranjal. Repilo e devolvo todas as acusações", retruca Jader. A nova refrega faz os senadores defenderem a suspensão dos dois. Irritado com a falta de resposta do governo às suas denúncias contra Jader, ACM diz que "Fernando Henrique é tolerante com a corrupção". (Como é repetitivo o ACM)

Janeiro/2001 - O PSDB formaliza o apoio a Jader e a dobradinha com Aécio ganha mais força. ACM lança um livro "Jader Barbalho, o Brasil não merece". O líder do PMDB reage com ironia: "Eu merecia um biógrafo melhor." Em mais um golpe contra ACM e o PFL, a bancada do PMDB no Senado fecha com Jader e confirma de vez sua candidatura.

Fevereiro/2001 - Jader e Aécio são eleitos, transformando ACM em um franco-atirador. Nas semanas seguintes à eleição, o senador baiano provoca um terremoto em Brasília: Diz que FHC acoberta a corrupção, o que provoca o rompimento definitivo com o governo e a demissão dos dois ministros de sua confiança: Rodolpho Tourinho (Energia) e Waldéck Ornellas (Previdência) Vai ao Ministério Público e ressuscita o caso "Eduardo Jorge" (ex-secretário da Presidência), sugerindo que os procuradores Luiz Francisco de Souza, Eliane Torelly e Guilherme Schelb quebrem o sigilo bancário de Jorge entre 1994 e 1998. No mesmo encontro, ACM confessa que, na cassação de Estevão, o sigilo havia sido quebrado e diz que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) teria votado a favor do senador cassado. Alguns senadores já pedem a cassação de ACM. (Eduardo Jorge sendo citado?? E so ler o dossie sobre ele que saberemos porque)

Março/2001 - Depois do impacto inicial, ACM desmente a violação do painel e a oposição tenta poupar o senador baiano para garantir a CPI da Corrupção. Entretanto, estudos técnicos da Unicamp comprovam que o painel do Senado é vulnerável. Aumentam as denúncias contra Jader e o presidente Fernando Henrique exonera dois diretores do DNER (área de influência do PMDB), mas também demite o presidente da Eletrobrás, Rodolpho Tourinho, apadrinhado de ACM.(Voces assistiram a alguma oitiva da CPI da Corrupção? Eu sinceramente não me lembro de ter visto nadinha de nada)

Abril/2001 - Lançado livro contra ACM, mas a revelação de que a mulher de Jader era sócia do fraudador da Sudam, José Osmar Borges, complica situação do peemedebista. Jader se defende na tribuna, mas é salvo no dia seguinte pelo estouro do escândalo do painel. Em depoimento à comissão de inquérito no Senado, a ex-diretor do Prodasen, Regina Borges, confirma que o painel foi violado a pedido de ACM e do líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF). Arruda e ACM desmentem num primeiro momento, mas o depoimento de Regina na Comissão de Ética, transmitido para todo o País pela TV, compromete de vez os dois senadores. Arruda e ACM acabam admitindo que viram a lista, mas negam qualquer responsabilidade na violação do painel.

Maio/2001 - No dia 23 de maio, o Conselho de Ética rejeita os destaques apresentados pelo PFL e aprova por 13 votos a 2 o relatório do senador Saturnino Braga recomendando abertura de processo de cassação. No dia seguinte, Arruda renuncia ao mandato. O gesto de Arruda seria seguido por ACM, que apresenta o pedido de renúncia em discurso de uma hora e cinco minutos, no dia 30.

ACM segue na berlinda
O senador do PFL corre o risco de ter seu mandato cassado
Isabela Abdala

A trajetória ladeira abaixo do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) parece não ter fim. Depois de amargar a maior derrota de sua vida na eleição do Senado, levar o PFL à bancarrota e perder dois ministérios no governo (Previdência e Minas e Energia), o senador não está livre de ser cassado por quebra de decoro parlamentar. Seu alívio com o recuo dos partidos de oposição no pedido de cassação do seu mandato, na manhã de quarta-feira 28, durou até a visita de técnicos da Universidade de Campinas (Unicamp) ao Senado. Isso porque eles constataram que o painel eletrônico de votações pode ter sido violado. Conforme publicou ISTOÉ na última edição, ACM confessou aos procuradores da República Luiz Francisco de Souza, Guilherme Schelb e Eliana Torelly que guarda uma lista com o voto secreto dos senadores na sessão que cassou o mandato do senador Luiz Estevão, o que significaria que houve violação no programa-mãe do painel. Representantes de todos os partidos vão acompanhar a investigação dos peritos. “Quero evitar que se diga que houve qualquer postura tendenciosa na apuração”, explicou o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA).
Outras evidências aumentam as suspeitas em torno do crime. Um mês antes da votação secreta que cassou Luiz Estevão, em junho de 2000, o Senado rompeu o contrato com a empresa Kopp Companhia Ltda., responsável pela implantação e manutenção do sistema eletrônico. Funcionários do Senado contam que a empresa foi comunicada, sem explicações, de que, a partir de 15 de maio, não prestaria mais serviços à instituição. Em caráter de urgência e sem licitação, foi contratada a Panavídeo Tecnologia Eletrônica. Acusada por ACM de ter votado a favor de Luiz Estevão, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) não descarta a hipótese de que seu voto possa ter sido alterado. “Tenho recebido informações de especialistas em informática que dizem que isso é possível”, disse a senadora, garantindo que votou contra Luiz Estevão. (Pois é, quem te viu, quem te vê, né Heloisa Helena?)

Na próxima terça-feira 6, ela vai exigir explicações de ACM no plenário, além de pedir uma acareação do senador com o procurador Luiz Francisco. “Entre a palavra desse pusilânime e a do procurador, eu fico com a do procurador. Mas tenho certeza de que na hora certa os restos mortais dessas fitas vão aparecer e vamos ter a prova de que precisamos para pedir sua cassação”, afirmou a senadora. Apesar de sua fúria, o PT decidiu concentrar esforços na instalação de uma CPI para apurar denúncias de corrupção no governo FHC, desistindo de tentar cassar o mandato de ACM. De Miami (EUA), onde passou o Carnaval, ACM tentou acertar o acordo com o PT, anunciando que vai assinar o pedido de CPI, cujo principal alvo é o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas. Aos procuradores, ACM disse que impediu as apurações sobre Eduardo Jorge no Senado, a serviço do governo. (Eduardo Jorge aquele da Campanha do Alckmin.... lembraram?)


RISE DO PAINEL
Teodomiro Braga



"O despertar de uma Nação", Jornal do Brasil, 7/05/01



"O velho leão lambeu as feridas, esqueceu o orgulho e a prepotência e mandou às favas as propostas mirabolantes para vencer a grande batalha que trava no Congresso. Em meio ao massacre que vem sofrendo, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) reviu nos últimos dias a estratégia de sua luta pela sobrevivência política, optando pelo método tradicional de fazer política para tentar impedir a derrota que a cada dia parece mais provável.

Um interlocutor a quem ACM pediu ajuda descreveu a fala do senador como ‘decididamente sedutora’. ‘Era o Toninho Ternura’, resumiu. A partir desta semana, o senador pretende disparar telefonemas emotivos a jornalistas, autoridades e parlamentares, buscando apoio à tese de que não cometeu um delito tão grave e que a cassação é um exagero para quem tem uma vasta folha de serviços prestados ao país.

ACM rejeitou propostas para recorrer à novas armas, como a contratação de estruturas publicitárias e de consultores políticos. Ele retomou as relações com o jornalista Fernando César Mesquita, seu antigo assessor. Os comerciais de televisão em sua defesa, programados para esta semana, fazem parte da ofensiva preparada por velhos aliados, incluindo o publicitário baiano Fernando Barros.

O senador quer convencer a opinião pública nacional de que é diferente do senador ex-tucano José Roberto Arruda, de que não está envolvido em corrupção e que por isso merece tratamento menos duro. ACM sabe que está diante da pior das muitas batalhas que já enfrentou nas últimas décadas, principalmente porque não dispõe dos importantes apoios com que contava nos meios de comunicação.

Foi sintomática a declaração do jornalista Ruy Mesquita, um dos donos do jornal O Estado de São Paulo, revelando a cruel avaliação de Fernando Henrique de que que só Regina Borges não mentiu na acareação de sexta-feira. Defensor ardoroso de ACM, no passado, o Estadão vem manifestando, nos seus influentes editoriais, a posição de que ACM e Arruda são mentirosos confessos, transgrediram o decoro parlamentar ‘no mais alto grau’ e devem perder os mandados ‘que deixaram de honrar’.

Também chama a atenção a impiedosa cobertura jornalística que vem sendo dado ao caso pelas empresas do grupo Globo, nas quais ACM, durante anos, era tratado com uma deferência que fazia jus à sua profunda amizade com o patriarca do conglomerado, Roberto Marinho. No Palácio do Planalto, chegou a informação de que ACM telefonou, no início da semana passada, a dois dos irmãos Marinho para reclamar da cobertura da TV Globo.

A queixa não surtiu o menor efeito, como constatou o próprio ACM nos dias seguintes. Ele continuou sendo ridicularizado nas charges do principal jornal do grupo e provocou gargalhadas de milhões de brasileiros na pele de Antônio Carlos Fraudalhões, um político chegado às fraudes, personagem do programa de humor Casseta & Planeta.

Na novela das oito da Globo, ganhou destaque o papel de um senador baiano que encarna um político do mal, aquele que a população quer ver longe do Congresso. Na CBN, ACM e Arruda são vilões na devastadora cobertura feita pela rádio de notícias, também do grupo Globo, sobre o escândalo da violação do painel do Senado. A emissora criou até uma musiquinha para chamar a atenção para o escândalo.

Na verdade, não tem nada de excepcional ou fora do padrão a forma com que o Estadão e o grupo Globo vêm tratando a crise provocada pela violação do painel do Senado. Suas coberturas sobre o caso estão em sintonia com a indignação da opinião pública com o crime cometido a mando dos ilustres senadores. Não há como minimizar: foi um crime de estupro, cometido contra o que há de mais sagrado num parlamento, que é o voto. Para crimes hediondos, não há complacência: pena máxima.

Faz parte da nova estratégia de ACM para reverter esse quadro amplamente desfavorável recorrer a artifícios que permitam arrastar por semanas, talvez meses, o processo aberto pela Comissão de Ética do Senado. Imagina que o tempo possa favorecer os réus, de forma que o caso venha a ser julgado quando tiver passado esse grande clamor da população por punição exemplar aos culpados.

O envolvimento de um tubarão da política, o emocionante depoimento da ex-diretora do Prodasen, Regina Célia Peres Borges, e os incríveis juramentos falsos de um ex-líder do governo: esses foram alguns dos ingredientes que contribuíram para tornar popular um caso que por si só já representava um escândalo sem precedentes na política brasileira e talvez mundial. Não há notícia de coisa igual nem no Peru de Fujimori, onde ocorreram esculhambações de quase toda natureza.

A desilusão de grande parte da população com a situação atual e o avanço da oposição no Congresso, aproveitando a desarticulação da aliança governista, são componentes fundamentais do cenário em que o escândalo do Senado encontrou campo fértil para prosperar e ganhar a dimensão atual de assunto número um do país.

A monumental trapalhada de ACM & Arruda criou um desses momentos mágicos, que acontecem vez por outra: despertou a Nação, revigorou a vontade da população de participar. Fenômenos como este não se barram com mudança de estratégia ou comerciais de televisão. Estas ondas de civilismo, como se viu nas campanhas pelas Diretas e pela derrubada de Collor, costumam durar longo tempo.

É aí que mora o perigo para o Palácio do Planalto. Num ambiente deste, de comoção nacional, a criação da CPI da Corrupção, pretendida pela oposição, pode ser politicamente ruinosa para os atuais donos do poder. Instalada agora, a CPI certamente contribuirá para que esta onda de indignação popular se prolongue e vá bem longe - até 2002, o ano das eleições presidenciais."


Duas perguntas: Alguém se lembra o que aconteceu com a CPI da Corrupção?
O caso Sudam?

Vera

25 julho 2006

Bastidores da imprensa 2

Reproduzo, abaixo, novo e-mail que recebi do jornalista Germano Leite, editor de País e Mundo do jornal "Agora", da cidade de Rio Grande, interior do Rio Grande do Sul. Antes, porém, relembro que, no último sábado, publiquei e-mail anterior dele (vide nota de 22/07, abaixo) em que relatou que seu jornal mantinha dois contratos com a Folha de São Paulo que permitiam ao veículo gaúcho reproduzir o conteúdo do veículo paulista, e que o "Agora" estaria para romper esses contratos por julgar que o "conteúdo editorial" da Folha vem se tornando "inadequado". Na nova mensagem, o jornalista comunica que seu veículo rompeu efetivamente um dos contratos e mostra por que rompeu.


"Prezado Eduardo,

Sobre aquele assunto sobre o qual escrevi ao Marcelo Beraba, envio hoje mais duas matérias da Folha (versão 1 e versão 2, "oficializada") que demonstram como funciona a manipulação de notícias em um jornal. A primeira, no início da tarde, tem um título bem mais em consonância com o conteúdo. Já na segunda versão (a que vai para a edição), a impressão que passa é que o senador ("petista", claro, no melhor sentido pejorativo, pois jamais se veria "pefelista" ou "tucano" com essa pecha) está diretamente envolvido ("é acusado", diz a chamada) no caso das ambulâncias.

A propósito, enviei hoje pedido de rescisão de um dos dois contratos que o Agora tem com a Agência Folha, em função de "inadequação quanto ao conteúdo editorial", conforme salientamos.

Um abraço,
Germano.


Folha de São Paulo

Ambulâncias-Investigação:
13:38 - 24/07/2006

PROIBIDA A REPRODUÇÃO EM INTERNET-ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Por Andreza Matais

Vice da comissão diz que Sibá pode ser processado
BRASÍLIA, DF, 24 de julho (Folhapress)

O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse hoje que o senador Sibá Machado (PT-AC) poderá responder por quebra de decoro se ficar comprovado que ele levou um assessor para um reunião secreta da comissão.
Sibá teria "infiltrado" um assessor da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) na reunião da CPI que colheu o depoimento de Darci Vedoin, proprietário da Planam, principal empresa da quadrilha dos sanguessugas.
A petista é uma das parlamentares apontadas pela família Vedoin como tendo envolvimento no esquema de vendas superfaturadas de ambulâncias a prefeituras. Ela nega a acusação.
Para o vice-presidente da CPI, mais do que ser punido com o afastamento da comissão, Sibá poderá enfrentar um processo por quebra de decoro parlamentar.
"Se é verdade isso e se é verdade que ele [Sibá] foi o responsável, é uma falta e tem que ser punida regimentalmente, é uma quebra de decoro", disse Jungmann. A punição nesse caso é a cassação do mandato. "Essa questão transcende a CPI", reiterou.

Ambulâncias-Investigação - (Atualizada)
20:15 - 24/07/2006


Senador petista é acusado de facilitar irregularidades na CPI
SÃO PAULO, SP, 24 de julho (Folhapress)

O senador Sibá Machado (PT-AC) corre o risco de ser representado no Conselho de Ética por quebra de decoro. Ele é acusado de permitir que um assessor da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) acompanhasse o depoimento à CPI dos Sanguessugas do empresário Darci Vedoin - apontado como líder da quadrilha que fraudava compras de ambulâncias com verbas do Orçamento.
O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), levantou hoje a hipótese de processar Sibá por quebra de decoro, mas defende que o caso seja mais bem esclarecido. "Se é verdade que ele [Sibá] foi o responsável, é claro que é uma falta e tem que ser punida de acordo com o regimento" disse ele.
A informação de que um assessor da senadora petista assistiu ao depoimento, que ocorreu em 11 de julho, só foi revelada hoje pela "Folha de S.Paulo".
A participação do assessor foi observada pelos integrantes da CPI perto do fim do depoimento de Vedoin. O empresário revelou que Serys também havia apresentado emendas para compra de ambulâncias.
Integrantes da CPI suspeitam que Serys e Sibá já sabiam que Darci citaria o nome dela durante o depoimento, por isso fizeram com que um assessor dela acompanhasse a reunião.
No depoimento que concedeu à Justiça Federal do Mato Grosso, Luiz Antonio Vedoin, filho de Darci e também apontado pela PF como líder da quadrilha, disse que pagou R$ 35 mil a uma pessoa identificada como Paulo Roberto, que seria genro da senadora. Serys nega participação no esquema.
Outro lado
Procurado pela reportagem em seu gabinete, Sibá Machado não foi encontrado ontem para comentar a acusação.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria de imprensa dele no Acre, onde passou o dia.
A reportagem apurou que Sibá irá argumentar que o depoimento de Darci Vedoin não ocorreu em "reunião secreta", mas sim em "reunião reservada", que permite a participação de assessores de parlamentares."



Escrito por Eduardo Guimarães às 23h28

Para governardor de São Paulo

Não vamos esquecer o que foi Serra e as suas mentiras. Para Governador de São Paulo nosso candidato é Mercadante.

Site oficial de Campanha

Vera
"Lula e o ‘classismo’ "
Ali Kamel


Aface mais feia da sociedade brasileira, mas que freqüentemente se manifesta de maneira inconsciente, é o que chamo de “classismo”: o preconceito contra os pobres. Estou cada vez mais seguro de que o racismo decorre essencialmente do “classismo”. O negro que dirige um carro de luxo e é confundido com um motorista, e, por isso, maltratado, é mais vítima de “classismo” do que de racismo. Uma vez desfeito o mal-entendido, um tapete vermelho se estende para a vítima. Em outros países, o negro, mesmo rico, continuaria a ser discriminado, dirigindo um fusca ou um Mercedes. Isso não torna o “classismo” menos odioso que o racismo. São sentimentos igualmente repulsivos, como toda forma de preconceito.

O fenômeno do “classismo” faz vítimas independentemente da cor ou mesmo da posição que o sujeito ocupa. Se tiver deixado de ser pobre, ele será aceito em todos os salões, mas correrá sempre o risco de ouvir risadas por detrás. Uma vítima recorrente do “classismo”, eu não tenho dúvida, é o presidente Lula.

A compra do avião presidencial, a reforma no Alvorada, a verba de manutenção do Planalto, a compra de roupões de algodão egípcio e até a aquisição de duas ambulâncias para acompanhar as comitivas presidenciais se prestaram a toda sorte de impropérios. “Lula está deslumbrado com o poder” foi o mínimo que andei lendo. A falta de cerimônia foi tanta que escreveram em mais de um lugar que o projeto de Lula não é político, mas de ascensão social. Coisa mais brutalmente ofensiva não existe.

E injusta. Num país com as nossas dimensões, um avião é absolutamente necessário. Em janeiro de 2003, na primeira viagem ao exterior, Lula usou um avião de carreira, com imensos transtornos para os passageiros e com inconvenientes que não devem ser vividos por um presidente.

Lula chegou a Davos sem dormir direito, com os cabelos desalinhados, com a cara amassada, mas tendo de se encontrar, ainda no aeroporto, com autoridades e jornalistas. Um presidente da República, aqui e em qualquer lugar, não é um cidadão comum: ele deve chegar a seus encontros pronto para trabalhar no melhor estado físico, mental e de espírito possível. Não para o bem dele, mas para o bem do país. Desde JK, presidentes brasileiros dispõem de avião. O último deles durou 40 anos.

Da mesma maneira, a reforma do Palácio da Alvorada não está sendo feita para agradar ao presidente Lula ou em seu benefício pessoal. Trata-se de um patrimônio da União e mantê-lo em bom estado é uma obrigação. O presidente incorreria em crime se deixasse que o palácio se deteriorasse: e, com 45 anos de uso, o estado dele clamava por uma reforma. Temendo gastar recursos do orçamento, Lula teve a idéia de pedir a ajuda de empresários — e foi criticado por isso. Difícil entender: se gasta dinheiro do orçamento, como no caso do avião, Lula é criticado; se não gasta, como no caso da reforma, é criticado igualmente.

No Palácio do Planalto, as instalações, sóbrias, precisam de reforma, sempre adiada. Na portaria, a traquitana de detectores de metal está instalada de maneira precária e o guarda-volumes é uma estante improvisada de madeira compensada. Nas pilastras que dão sustentação ao prédio, uma mesma tomada elétrica é usada por muitos aparelhos, ligados a benjamins. A cadeira de pelo menos um secretário com status de ministro está puída e muitas das que servem aos funcionários também. Portas estão com o revestimento danificado. E, no entanto, a simples troca da empresa que faz a manutenção de rotina por outra, ao fim do contrato e de acordo com licitação pública, provocou críticas.

Igualmente injusta é a crítica quanto aos roupões de algodão egípcio e a aquisição de novas ambulâncias. O tipo de roupão não é definido pessoalmente por Lula, mas por quem cuida disso na Presidência. Os roupões devem servir ao presidente e aos seus convidados, muitos deles chefes de Estado e de governo. Trata-se de um padrão, adotado pelo Palácio muito antes de Lula chegar lá. O mesmo em relação às ambulâncias: é uma regra elementar de segurança dar ao presidente da Republica o melhor atendimento médico. De novo, não em benefício dele, mas do país.

Imagine o leitor que Lula decidisse comprar roupões de chita, deixasse o Alvorada com goteiras, o Planalto sem manutenção, e vetasse a compra das ambulâncias. Aqueles que o criticam agora, acusando-o de deslumbramento, seriam os mesmos a ridicularizá-lo, dizendo, talvez, que só mesmo um presidente operário para fazer demagogia com roupões, descuidar de prédios públicos e ser imprevidente com a própria saúde, desconsiderando o fato de que é presidente. Essa é a lógica do preconceito. É como se acusassem Lula de ter concordado com todas aquelas iniciativas não por se submeter às regras do Estado, mas porque, tendo sido muito pobre, pretende agora usufruir das benesses de uma temporária vida de rico. Nada na história de Lula e no seu comportamento na Presidência permite uma crítica assim. É um xingamento.

Lula e seu governo devem ser criticados ou elogiados pelo que de substantivo fazem. Querer desmerecer a sua figura com acusações que só fazem sentido se a sua condição de classe é levada em conta é exercitar um preconceito que, mesmo inconsciente, é inaceitável.

PS: Fenômeno curioso, o “classismo” não acomete apenas ricos, mas pobres também.
ALI KAMEL é jornalista."
EXPLICAÇÕES

Após meses de investigações, a sociedade passou a ter acesso a um universo de informações que lhe permitiu se posicionar com isenção sobre tudo que acontecera. E constatamos, perplexos, que estivemos, novamente muito próximos de um hediondo golpe contra a democracia. A sociedade brasileira havia sido vergonhosamente enganada - e ainda o é, por um conluio descarado entre mídia e interesses partidários.

- Escrito por Miguel do Rosário http://oleododiabo.blogspot.com

Bem, amigos, acho que devo algumas explicações sobre meu silêncio. Vamos lá. Estou na luta em defesa da democracia brasileira e, particularmente, do governo Lula, desde sua posse em 2003. Aperfeiçoei minhas armas no ataque ao governo FHC, editando o jornal impresso (depois também eletrônico) Arte & Política.

Com a vitória de Lula, passei a defender o governo, tendo obtido muitas pequenas vitórias, esclarecido muitos amigos que se aferravam a idéia meio sectária de "hay gobierno, soy contra", explicando a eles como essa atitude era, no fundo, bastante idiota, pois que eliminava qualquer dialética e livre arbítrio. Se estás sempre contra alguma coisa, não importanto que coisa seja essa, isso é uma atitude sectária. A frase em questão, atribuída a um anarquista italiano, é apenas uma dessas frases de efeito que não tem nenhum valor político ou filosófico. O próprio anarquismo, que eu defendia (e defendo, em termos republicanos, não sectários) , deveria, a meu ver, deixar de ser uma espécie de caldo onde desaguam todos os ressentidos políticos e deixar de renegar conquistas trabalhistas que lhes custaram tanto sangue e pensamento.

Eu percebia que conquistas como o sufrágio universal, a divisão dos três poderes, a Constituição, a democracia, o direito à greve, o salário mínimo, os direitos trabalhistas, deviam ser atribuídas eminentemente à luta dos trabalhadores. Não nos era interessante engolir a esperteza do discurso liberal, que gosta de assumir a paternidade da democracia, quando sabemos que a democracia moderna, com toda a legislação trabalhista e tributária, levou tantos séculos e tanto sangue de intelectuais e trabalhadores para se tornar dominante.

Bem, essa era, em suma, a base ideológica com que eu contava para defender o governo Lula. No primeiro ano, em 2003, me insurgi contra a tentativa maquiavélica da grande imprensa - muito bem sucedida, por sinal - de taxar o governo de neo-liberal pelas medidas de austeridade fiscal adotadas naquele ano. Eu sabia que o Orçamento Federal havia sido votado no governo anterior e a situação fiscal e cambial do país era péssima. A dívida interna estava descontrolada, com um grande percentual atrelado ao dólar. Tínhamos um draconiano acordo com o FMI. Havia um desemprego galopante e a imensa responsabilidade de fazer um governo de esquerda "dar certo", o que seria um exemplo (como o foi) para toda a América Latina, ou antes, para todo o mundo.

Senti-me muito isolado nessa minha luta. Todos os combatentes de hoje, Mauro Santayanna, Emir Sader, Wanderley Guilherme dos Santos, e tantos outros, estavam entre os que se posicionaram de forma muito dura contra o governo. De certa forma, eles também tinha razão, e a pressão que fizeram talvez tenha sido essencial para marcar o que desejava para o país a intelectualidade progressista. Mas eu enxergava também o perigo disso. E via também que havia bastante injustiça e pressa em algumas críticas. Os dilemas de Lula eram terríveis. Eu também fui estudar o início de outros governos progressistas, e identifiquei, na História, um processo muito semelhante, tanto em governos democráticos quanto em governos revolucionários. O início sempre foi difícil, devido ao peso das expectativas. Identifiquei ainda uma espécie de ingenuidade esquerdista que se repetia como padrão nessas situações. E que, historicamente, sempre foi prejudicial. A revolução maoísta e russa, particularmente, foram prejudicadas por esse esquerdismo sectário, intelectualóide, infantil, que só ajudou a fortalecer a linha duras dos partidos dominantes.

Nesse momento, passei a colaborar com a revista Novae, editada por Manoel Fernandes Neto, que me proporcionou o acesso a um razoável universo de leitores. O retorno foi muito positivo para mim. Recebi muitas mensagens de apoio, de pessoas que se identificavam com minhas posições.

Em 2004, a coisa começou a mudar. Ficou claro que o novo governo tinha um projeto, e que esse projeto era sólido e estava dando certo. O país voltou a crescer, a gerar empregos, a reduzir seu endividamento. Os programas sociais avançavam, firmes e respeitados internacionalmente. A política externa de Lula era elogiada por todo o espectro progressista, não só aqui, como em todo mundo.

Nesse momento, com a situação mais ou menos controlada aqui dentro, eu voltei minhas armas para defender o governo Chávez, na Venezuela. Lia febrilmente o que acontecia por lá e me estarrecia ao perceber a manipulação em curso no país.

Em 2005, veio a crise política. Fui, como todos, pego de surpresa. A manipulação foi violenta. Houve um silêncio constrangido e nervoso por parte de toda a intelectualidade. Não me submeti, porém, em nenhum momento. Minha intuição política já me dizia que havia alguma coisa muita errada em tudo aquilo. Éramos bombardeados diariamente com mentiras e manipulações. Claro que haviam verdades, mas as mesmas verdades eram distorcidas, misturadas à mentiras.

Sem acesso às informações, que me permitiam lutar racionalmente, passei a lutar com a poesia, onde não precisava de racionalidade nem informação nenhuma. Escrevi poemas fortemente políticos, onde dei vazão à minha revolta contra o falso moralismo, a hipocrisia, a corrupção ideológica e a manipulação midiática.

Enfim, após meses de investigações, a sociedade passou a ter acesso a um universo de informações que lhe permitiu se posicionar com isenção sobre tudo que acontecera. E constatamos, perplexos, que estivemos, novamente muito próximos de um hediondo golpe contra a democracia. A sociedade brasileira havia sido vergonhosamente enganada - e ainda o é, por um conluio descarado entre mídia e interesses partidários.

Mas o Brasil é grande, e o povo brasileiro não é mais tão burro como a direita gostaria. O silêncio constrangido foi rompido. Os que acompanham o processo político se lembram muito bem quando isso aconteceu, a partir do último trimestre do ano passado. De repente, milhares de pessoas passaram a se manifestar, com muita força e coerência, sobre o processo político. Começaram a surgir os blogs. Os intelectuais vieram por último. Só depois que a sociedade passou a se manifestar com bastante veemência em defesa de Lula, os intelectuais sentiram-se confiantes para assumir posições mais diretas sobre política. A prudência dos intelectuais deve ser compreendida pelo fato de, diferentemente da maioria da sociedade, eles efetivamente vivem do que escrevem, e havia (ainda há) uma histeria anti-petista violenta, traduzida em sabotagem financeira aos que não comungam com ela.

O que importa, porém, é que eles chegaram, os intelectuais. Melhor que isso: diante da tibieza de grande parte dos intelectuais, do povo emergiram "novos intelectuais", não comprometidos com vícios ideológicos, ranço acadêmico e atitudes sectárias. O caso de Eduardo Guimarães é emblemático. Cansado de ver recusadas suas cartas aos jornais, criou seu blog e, aos poucos, foi ganhando confiança de que sua participação, dessa forma, seria realmente efetiva.

De uma hora pra outra, vimos que a intelectualidade progressista não estava limitada aos colunistas de Caros Amigos. Centenas de pessoas passaram a escrever e esclarecer posições com uma competência e isenção muitas vezes superior a muitos dos "medalhões" da esquerda.

Em relação aos intelectuais, quero destacar a emoção que tive ao observar o Wanderley Guilherme dos Santos (cujo filho é meu grande amigo e um grande artista plástico, autor da pintura que ilustra esse blog), analisando com lucidez corajosa a realidade política e denunciando o golpe branco que queriam dar em Lula. A entrada dele na briga foi fundamental para a "virada de jogo" que se deu depois, porque foi ele quem se manifestou mais diretamente e com mais coragem.

Para mim, essa foi a nossa grande vitória. Claro que desejamos agora a vitória completa, ou seja, a reeleição de Lula. A luta prossegue. Vamos chegar lá. No meu caso, a luta sistemática, acabou por gerar o problema no meu braço direito. Não é tão grave como eu pensavam. Não é Ler (Lesão de Esforço Repetitivo), mas uma espécie de artrose, ou inflamação. Por mim, interpretei como uma ferida de guerra e mais um aviso de que eu precisava, e preciso, de umas boas férias. Por um bom tempo.

Além do mais, minha participação não é mais tão crucial. Pode ser útil, necessária, mas não é mais tão crucial. Portanto, prefiro continuar descansando e me preparando para batalhas futuras. Sinto que virão e gostaria de me preparar para elas.

Sob o governo Lula, minha mãe, com mais de 60 anos, arrumou um bom emprego. E, há pouco menos de 1 anos, também eu arrumei um bom trabalho, dentro do meu ramo, devido à confiança que um grupo estrangeiro agora deposita no mercado nacional. Um trabalho que não me violenta ideológicamente e me permite tempo para estudar e ler.

Por isso, peço a compreensão de vocês. Quando falo que estou "vadiando", ou "de férias", na realidade é uma expressão brincalhona. Tenho meu trabalho, tenho meus estudos e monitoro a situação. No momento, há uma porção de gente que está dando conta perfeitamente do recado. Preciso descansar. Gostaria de escrever um livro, alguma coisa assim. A vida não é só política. Outros fatores, mais importantes ainda que a política, interferem positivamente na vida espiritual das sociedades.

Estou bem aqui. Não estou parado. Estou à espreita, como um jacaré, guardando minhas forças. Esperando o inimigo chegar bem perto...

Grande abraço em todos.

24 julho 2006

Jornalismo sem Vergonha

Leiam abaixo uma carta enviada por um jornalista, editor de um jornal do RS, ao Ombudsman da Folha de São Paulo. Mais um exemplo claro da manipulação e distorção das notícias a favor do PSDB/PFL e contra o PT.
Ninguém mais aguenta isso. E só não vê, quem não quer...
André Lux

Retirada do blog Cidadania (http://edu.guim.blog.uol.com.br/)

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À FOLHA DE SÃO PAULO

Prezado sr. Marcelo Beraba, Ombudsman do jornal:

Sou editor de País e Mundo em um jornal de circulação regional, em Rio Grande, no interior do Rio Grande do Sul. Como fonte para estas editorias, temos um contrato há mais de 10 anos com a Agência Folha (Folhapress), que nos retransmite os textos que serão publicados na Folha de SP. Há tempos venho notando o uso do veículo Folha como forma de interferir nos pleitos eleitorais. E, através da agência, difundir a mesma ideologia deste jornal em diversos outros veículos que se utilizam de tal material.

Ontem (18), no entanto, creio que foi um dos dias mais vergonhosos desta manipulação. Após divulgação da lista dos "sanguessugas", recebemos um texto (às 17h27min.) que tinha como título "CPI-Ambulâncias: Comissão divulga nomes de 57 investigados". Mais tarde, às 18h56min., a matéria mudou para "Partidos do mensalão lideram a lista". E, às 20h19min., provavelmente após passar por mais um crivo ideológico da direção do jornal, nova mudança: "CPI-Ambulâncias 3 - (Atualizada) 82% dos sanguessugas são da base aliada" - os nomes são de investigados, mas a Folha já os condena antecipadamente no título.

Esta última - a versão "oficializada" pela casa, e que foi para a edição impressa -, opta pelo enfoque antigovernista, como de praxe. O lead da matéria é todo dedicado a destacar a participação (suposta) de "mensaleiros" e de "aliados governistas". Apesar de quatro pefelistas e três tucanos serem citados na lista, isto só é informado superficialmente, no meio do texto. O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tem nenhum nome compondo a lista de investigados. Mas a informação passada não esclarece isso. Ao contrário, é colocada de forma confusa e, ainda assim, negativa: "A exceção é o PT, partido envolvido no mensalão", diz o texto da Folha.

Além disso, apesar de não ter seu nome na lista, o jornal envolve a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Só então é que cita, laconicamente, que "na oposição, o PFL tem quatro filiados envolvidos; o PSDB tem três", mas sem citar os nomes dos mesmos. Ora, uma senadora que não tem seu nome em lista de investigados é citada nominalmente, enquanto os deputados "aliados ao jornal" têm seus nomes incluídos como investigados pela Justiça, mas sonegados ao leitor! Qual o critério da Folha de São Paulo, que não o político-ideológico?

Como assinante do serviço noticioso da Agência Folha (Folhapress), assisto "de camarote" à "transmutação" das matérias na redação. É quase sempre assim com relação às matérias da editoria de política. Recebemos a primeira versão, feita conforme critérios jornalísticos (o que mostra a desvinculação dos repórteres), relatando fatos de maneira imparcial, e então começam as "atualizações", quando a matéria é manipulada de acordo com os critérios ideológicos do jornal (leia-se "da direção").

Para não me estender ainda mais, fico somente nesta matéria, embora existam várias outras (inclusive na mesma edição em questão), como a da pesquisa Datafolha, que tenta ratificar a ilação tucana de que o PT é responsável pelo caos na Segurança Pública no Estado de SP.

E, para completar, informo que o tipo de jornalismo que tem sido feito pela Folha, o qual classifico como "vergonhoso", nos levará a rever a relação de mais de uma década com a Agência Folha (Folhapress). Consideramos que tal jornalismo desacredita o veículo. Portanto, para evitarmos correr o mesmo risco de descrédito, devemos avaliar se podemos continuar reproduzindo os textos, em nossa opinião parciais e manipulados, que se originam da redação da Folha de São Paulo.

Atenciosamente,

Germano S. Leite
Jornal Agora
Rio Grande - RS
A Credibilidade dos Ex- Petistas

Para quem tem alguma dúvida da imparcialidade da nossa mídia, fica aqui uma questão.
Porque agora os que são ex-Petistas tem credibilidade para a mídia que antes não tinham?
Toda semana se lê pelo menos uma matéria nos grandes jornais ou revistas semanais , sobre o que pensam os ex-petistas.

Esta semana:

Folha de São Paulo – 24/07/06 - Francisco de Oliveira, 72, professor titular aposentado de sociologia da USP, foi fundador do PT e se desligou em 2003.

A política interna se tornou irrelevante, diz sociólogo
Para Oliveira, as causas dessa mudança estariam na perda de autonomia dos governos sobre a economia nacional e na quebra das identidades de classe.
Matéria completa aqui

O Estado de S.Paulo – 24/07/06 – Julita Lemgruber, socióloga.

A maioria das 27 propostas existentes no Plano Nacional de Segurança Pública para reverter o quadro catastrófico dos presídios brasileiros e evitar a expansão de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a eclosão de rebeliões não foi posta em prática pelo governo federal. "A maior parte delas ficou no papel", afirma a socióloga Julita Lemgruber, que trabalhou para a elaboração do capítulo relativo ao sistema penitenciário do plano.
Matéria completa aqui

Lamentável a nossa midia.... simplesmente lamentável.

Vera

23 julho 2006

CPI vai à PF para rastrear sanguessugas

Para tentar rastrear os pagamentos feitos pela máfia das ambulâncias aos congressistas envolvidos com o esquema de venda de veículos superfaturados a prefeituras. A comissão pedirá ajuda à PF também para identificar os nomes dos donos dos veículos que teriam sido dados pela quadrilha aos parlamentares.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, disse que a reunião com a força-tarefa da PF encarregada do caso está marcada para amanhã.

Segundo o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), cinco veículos, incluindo uma BMW e um ônibus, foram dados a congressistas que participaram do esquema, de acordo com o depoimento à Justiça de Luiz Antonio Vedoin, apontado pela PF como chefe da quadrilha.

Jungmann contou que Luiz Antonio relacionou 40 parlamentares que teriam recebido pagamento de propina em dinheiro vivo, o que dificulta a comprovação de que foram beneficiados pelo esquema. Gabeira espera que a PF os ajude a "fechar o cerco" para identificar quem embolsou dinheiro.

CPI dividida

Integrantes da CPI com funções executivas e de relatoria divergem sobre a divulgação de todos os nomes dos parlamentares que estão sob investigação. Jungmann defende a divulgação de todos os nomes. Na semana passada, ele afirmou ter contado 94 como beneficiários do esquema.

Ele tem o apoio de Gabeira e da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). "Não é justo que se divulgue os nomes de uns e sejam mantidos em sigilo os de outros", disse Gabeira.

No entanto, o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é contrário à idéia. "Isso não contribui para o bom andamento dos trabalhos", disse. O deputado Julio Delgado (PSB-MG), que também é sub-relator, concorda com Biscaia: "Não podemos universalizar a suspeita. Ainda precisamos analisar os documentos e diferenciar os casos".

Responsável por separar em arquivos individuais as provas contra os parlamentares, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) trabalha com 99 nomes. Ele também demonstra cautela.

"Após a conclusão do trabalho de investigação e evidenciados os nomes realmente envolvidos com a quadrilha. É preciso diferenciar o parlamentar do marginal travestido de deputado", disse Sampaio.

Segundo ele, a CPI pretende concluir nos próximos dias também a análise do depoimento de Luiz Antonio. Ainda de acordo com Sampaio, o relatório parcial da CPI, previsto para ser apresentado até o dia 18 do mês que vem, deverá ser dividido em três partes.

Além de 57 já identificados oficialmente como pertencentes à quadrilha, há outros 42 que foram relacionados de alguma forma: em depoimentos ou degravações de conversas telefônicas entre membros da quadrilha, nas investigações do Ministério Público ou no trabalho da Controladoria Geral da União. O depoimento de Luiz Antonio, no qual citou 99 congressistas, tem servido de base para os trabalhos da CPI.

Fonte: Folha
É isso que queremos de volta para o nosso Brasil?

Eles precisam reduzir os benefícios para poder governar, este é o PSDB/PFL, que tal propormos a redução de seus benefícios também?



Marronzinhos prometem operação "multa zero" em São Paulo
da Folha Online

Os guardas de trânsito de São Paulo, conhecidos como marronzinhos, prometem não multar nesta segunda-feira em São Paulo. A categoria protesta contra uma proposta de redução de benefícios feita pela prefeitura.

A ação, no entanto, não significa que os motoristas vão poder agir impunes no trânsito da cidade. "Nossa intenção é reduzir o número de multas a zero, mas vamos optar sempre por orientar, avisar e informar o motorista. Quem mesmo assim cometer a infração, deverá ser multado", diz Alfredo Coletti, diretor do sindicato dos guardas.

Coletti afirma que a prefeitura propôs uma série de reduções de benefícios, como a diminuição de abono de férias de 50% para 33%, e o aumento da jornada de trabalho de 6h para 8h.

Se as negociações entre prefeitura e a categoria não evoluírem, a categoria prevê a realização da operação na terça-feira (1º) e na quarta (9).
Vamos votar corretamente

Dias desses estava relendo um texto muito interessante:

O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Assim, se o país está mal, se os deputados no envergonham ou se chegamos mesmo a pensar em "fechar o congresso", a culpa é toda nossa. Nós elegemos essas pessoas. Por isso, vamos deixar de lado a história de que "não gosto de política" ou "odeio política" e passar a conversar mais sobre o tema. Dizer quem são nossos candidatos, quais suas propostas. E até mesmo se envolver nas campanhas, dando sugestões e procurando contatos do candidatos para que possamos cobrá-los depois.

Peço que me desculpem por ser um texto um pouco mais longo, mas acredito que vale a pena ler.

Eu, se as eleições fossem hoje, votaria em LULA para Presidente da Répública. Seu governo teve muitos problemas, mais foi incomparavelmente melhor do que o de FHC - de quem é Alckmin é apenas a continuação. Acho que a Heloísa Helena é bem intencionada, mas muito radical. Já o Cristovão Buarque, é bem preparado, mas não tem chances. Espero que o LULA leve em conta as idéias dele para a área da educação, caso seja reeleito.

Para Governador do estado, votarei em MERCADANTE. É melhor que Serra, mais preparado e ninguém aguenta mais o governo tucano em Sâo Paulo. A Saúde esta em estado muito ruim, assim como a educação. Com relação a Segurança Pública, nem o pior dos paulistas iria imaginar que um dia seriamos dominados por um grupo criminoso - no caso, o PCC - que conseguiria atacar policiais, fechar o comércio. Até há pouco tempo, isso era coisa de carioca, agora, nós somos dominados.
Não dá pra eleger um cara que vai continuar com essa política.

Para o Senador, votarei em SUPLICY. É um cara íntegro, um dos melhores senadores do país e, para falar a verdade, não tem concorrência esse ano. Os outros são horríveis.

Para Deputado Federal, votarei em PAULO TEIXERA (1398). Ele Iniciou sua militância em 1980 nas comunidades eclesiais de base da Zona Leste de São Paulo, tendo participado da fundação do Partido dos Trabalhadores. É filiado ao PT desde 1982 e sempre trabalhou pelo fortalecimento do partido através da participação de sua militância. Foi Administrador Regional de São Miguel Paulista, entre 1991 e 1992. Junto às comunidades eclesiais de base e aos movimentos sociais que se organizavam no início dos anos 80, lutou por moradia, creches, infra-estrutura urbana e outros direitos.
Eleito deputado estadual em 1994 e reeleito em 1998, foi considerado pelo movimento apartidário Voto Consciente um dos melhores parlamentares da Assembléia Legislativa de São Paulo. Instituiu a política de redução de danos no uso de drogas injetáveis, aprovando lei que determina a distribuição de seringas descartáveis. Além disso, foi a favor da distribuição do coquetel de remédios para portadores do HIV e da regulamentação dos planos de saúde.
Exerceu as funções de Secretário Municipal da Habitação e Desenvolvimento Urbano e Presidente do Conselho de Administração da Cohab na gestão da prefeita Marta Suplicy.
Agora, vereador eleito com mais de 47 mil votos, Paulo Teixeira luta em favor da retomada dos projetos habitacionais da gestão Marta Suplicy, combatendo a política de exclusão adotada pelo governo tucano. Em seu primeiro ano de mandato já aprovou três leis: uma determina que a Prefeitura feche os estabelecimentos comerciais envolvidos com a exploração sexual de crianças e adolescentes, independentemente de processo judicial. A segunda regulamenta a realização de plebiscito e consulta popular e foi proposta em parceria com a vereadora Soninha. O terceiro projeto, também elaborado com Soninha, cria o Conselho Municipal de Inclusão Digital e os Conselhos Gestores dos Telecentros.

Para Deputado Estadual, votarei em HAMILTON PEREIRA (13290). Mais conhecido na região de Sorocaba, Hamilton foi eleito Deputado Estadual em 1994 com 19.099 votos, reeleito em 1998 com 50.623 votos e novamente reeleito em 2002 com 131.637 votos, sendo o deputado estadual mais votado pelo PT no estado de São Paulo e no Brasil.
Em 2005, Hamilton completou dez anos de atuação na Assembléia Legislativa de São Paulo e foi eleito presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos. Entre março de 2001 e março de 2003 exerceu o cargo de Primeiro Secretário na Mesa Diretora da Casa e já ocupou o cargo de presidente da Comissão de Relações do Trabalho por três vezes, quando atuou no combate ao trabalho escravo e infantil e pela qualificação da mão-de-obra.
Hamilton é reconhecido como um dos deputados mais produtivos e atuantes da Assembléia Legislativa paulista, segundo o hancking de 2002 da ONG "Voto Consciente". É autor de leis importantes como a que hoje é aplicada sob o nome " Escola da Família ", a que criou o “ Projeto Horizonte ”, o " Programa de Atendimento Integral aos Portadores de Parkinson " e normas para a elaboração, sob forma artesanal, de produtos comestíveis de origem animal .

Outros projetos de Hamilton Pereira também estão tramitando na Assembléia Legislativa como o que cria o “ Programa de Saúde Mental dos Agentes de Segurança Penitenciária ”, o que institui o “Programa Permanente do Transplante de Medula Óssea (Promedula)” no âmbito do SUS do estado de São Paulo, o que institui "Classes Hospitalares" nos Hospitais do SUS e o que dispõe sobre a “ legitimação e regularização de posses de terras devolutas estaduais” .

Deve-se destacar também conquistas importantes de Hamilton Pereira para a região de Sorocaba como a aprovação de recursos para a instalação de um campus da UNESP em Sorocaba, a regularização da APA de Itupararanga, a criação do Centro de Referência à Saúde do Trabalhador de Sorocaba e Região e a apuração de diversos problemas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, que têm afetado a qualidade do atendimento à população de 48 municípios da região.

Obrigado pela atenção,

Daniel Lopes