29 setembro 2008

Aprenda com Lula - o mestre da oratória

Aprenda com Lula - o mestre da oratória

Reinaldo Polito

Sei que vou mexer num vespeiro. Muita gente já correu com a faca entre os dentes para ler o texto e cair de pau no autor, só porque eu disse para aprender com Lula -o mestre da oratória.

Outro tanto, sem me conhecer bem, já prepara um papelzinho para pôr num altar e fazer pedidos para que eu tenha vida longa e feliz - só porque eu disse para aprender com Lula -o mestre da oratória.

Não há meio termo nessa história. O sentimento quase sempre é de amor ou de ódio. Em todo caso, vou procurar ser só professor de oratória para explicar os motivos que levam Lula a angariar tanta popularidade e ser tão querido.

São dados das últimas pesquisas. Ao conquistar quase 80% de aprovação pessoal Lula transformou-se num dos maiores fenômenos políticos de todos os tempos. Já comecei a sentir algumas abelhas picando, mas vamos em frente.

Há algum tempo, o senador amazonense Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado e um dos mais ferrenhos e competentes opositores do governo Lula, disse nas Páginas Amarelas da "Veja": "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um líder de massas, o maior que o país já teve desde Getúlio Vargas. Ele sempre foi identificado com causas populares. É o principal protagonista da história das eleições presidenciais. O carisma dele é inegável".

Fernando Henrique Cardoso, que tem todos os motivos para enxergar Lula com os olhos críticos, pois passou os dois mandatos levando bordoada do opositor, e, por isso, vive trocando farpas com seu sucessor, já disse com outras palavras o mesmo que Arthur Virgílio. Revelou em uma de suas palestras que seu maior mérito político havia sido o de vencer Lula, um líder carismático.

Gostando ou não do presidente Lula, não há como negar que o "cara" é fera! Analise comigo. Mesmo tendo sido massacrado pela imprensa durante um ano inteiro por causa do escândalo do mensalão, conseguiu o "milagre" de receber votos de mais de 60% da população. Eu não consigo pensar em outra pessoa no mundo inteiro que conquistasse façanha semelhante.

Sabemos que depois de algum tempo no poder o governo vai perdendo um pouco do encanto e sua imagem fica desgastada. Afinal, é impossível cumprir todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral.

Lula quebra essa regra. Passados cinco anos, sua aceitação pessoal continua intacta, ou melhor, em alta. Repito - quase 80% de aceitação pessoal. Parece que acabou de sair dos braços do povo que o elegeu pela primeira vez.

A oposição não sabe para onde correr. Vive atrás de "um fato novo" para virar o jogo. Entretanto, entra dia, sai dia e o "homem" continua, como dizia o ex-ministro Magri, imexível.

Alguns adversários argumentam que seu sucesso é devido àqueles que se beneficiaram do bolsa-família. Outros, inconformados, arrancam os cabelos -como é que alguém nasce assim com o "bumbum virado pra Lua?"

E é verdade. Vai ter sorte assim lá em Garanhuns. Exceto a turbulência recente, nunca a economia mundial foi tão favorável como nos últimos anos. E de quebra a descoberta dentro do nosso quintal de uma das maiores bacias petrolíferas do mundo - no seu governo.

Temos de reconhecer, entretanto, que essas vantagens ajudam, mas com ou sem elas Lula teria apoio popular. Sabe por quê? Ele é um craque na oratória. Sabe como tratar as massas e se identificar com o povo.

Lula traçou um plano de ação vencedor. Conseguiu "colar" a imagem de que pertence ao povo, ora como paizão, ora como mais um brasileiro comum. Quando lança uma medida popular é o pai protegendo seus filhos. Quando é atacado, se junta ao povo como um igual para se defender das "elites" opressoras.

Pesquisas recentes mostraram dados alarmantes. 50% dos brasileiros não sabem onde fica o Brasil, 84% não têm idéia de onde está a Argentina e 97% não conseguem localizar a França no mapa. Em interpretação de textos somos um dos últimos colocados no mundo. Ou seja, vivemos num país inculto e despreparado.

Aí entra a melhor face da capacidade de comunicação do Lula. Ele sabe usar uma linguagem que as pessoas conseguem entender, por mais incultas que sejam. Lula conta histórias, lança mão de metáforas, brinca, compara assuntos econômicos com futebol. Tudo com uma simplicidade que entra na cabeça dos eleitores e vai direto ao coração.

Quando fala para empresários ou investidores estrangeiros, embora o discurso mantenha a mesma leveza, a mensagem se reveste de dados econômicos e financeiros que mostram o bom desempenho do país. Isto é, um discurso na medida certa para cada tipo de ouvinte.

Parodiando o próprio Lula - nunca antes na história desse país apareceu um político que soubesse usar tão bem a comunicação a seu favor como ele. A análise é simples e direta, Lula sabe como ajustar o discurso de acordo com o perfil, a característica e as aspirações dos ouvintes.

Dá para aprender oratória com ele. Se nós soubermos usar a comunicação apropriada para os diferentes tipos de ouvintes, com a competência demonstrada pelo Lula, o resultado das nossas ações será muito melhor e mais eficiente.

Portanto, essa é a lição de casa: aprender a falar bem como o Lula. Mesmo que você não goste muito dele. Não sou eu que estou dizendo, são seus próprios opositores.

Reinaldo Polito é mestre em ciências da comunicação, palestrante e professor de expressão verbal.

Fonte: Reinaldo Polito

Otimismo do pré-sal reforça boa avaliação de Lula--CNI/Ibope

Otimismo do pré-sal reforça boa avaliação de Lula--CNI/Ibope


O otimismo gerado pela descoberta da camada pré-sal, que pode transformar o Brasil em um dos maiores produtores mundiais de petróleo, é o novo elemento que impulsiona a boa avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e sua popularidade.

A avaliação foi feita pelo diretor da CNI, Marco Antonio Guarita, após mais uma rodada em parceria com o Ibope, divulgada nesta segunda-feira, que mostrou o governo Lula com 69 por cento de aprovação, sua melhor avaliação desde o primeiro mandato.

Na pesquisa anterior, realizada em junho, o governo Lula tinha 58 por cento de aprovação, considerando os que o consideram como ótimo ou bom. A avaliação positiva do governo Lula só é inferior a obtida pelo governo José Sarney, em 1986, com 72 por cento, no auge do Plano Cruzado, disse a coordenação da pesquisa.

"São três os fatores que explicam o resultado: O desempenho da economia, a reversão da trajetória da inflação e o otimismo associado...ao potencial de exploração do petróleo com o pré-sal", disse Guarita.

A avaliação ruim ou péssima do governo Lula caiu para 8 por cento, chegando pela primeira vez à casa de um dígito. Em junho, o índice dos que reprovavam o governo era de 12 por cento.

A pesquisa CNI/Ibope não capturou a percepção do brasileiro sobre a crise dos Estados Unidos. Ao contrário, mostra um sentimento otimista quanto à economia do país.

"O ânimo da população brasileira em relação ao futuro da economia...ainda não sofreu qualquer impacto pela crise econômica internacional", afirmou Guarita.

A aprovação do presidente Lula subiu de 72 por cento, em junho, para 80 por cento em setembro. A confiança em Lula chegou a 73 por cento, ante 68 por cento em junho.

A nota média ao governo Lula passou de 7 em junho para 7,4 em setembro.

A pesquisa mostrou queda de 52 por cento para 40 por cento entre entrevistados que acreditam no crescimento das taxas de desemprego.

O Ibope entrevistou 2002 pessoas em 141 municípios entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Fonte: Reuters

O Imperador e o funcionário público

O Imperador e o funcionário público

A Folha entrevistou o presidente do STF Gilmar Mendes. Como contraponto, entrevistou o diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa. Clique aqui para ler ambas as entrevistas. Clique aqui.

Algumas observações:

1. Quanto à Folha, continua endossando totalmente a tese de que existiu o grampo contra Gilmar e foi feito por forças do Estado. Provavelmente é uma tese que nenhum jornalista sério do próprio jornal acredita mais.

2. O jornal não deu uma linha sequer sobre a denúncia do juiz De Sanctis, de que foi pressionado por Gilmar Mendes para não autorizar o segundo pedido de prisão de Daniel Dantas. Falta de interesse jornalístico? É óbvio que não. Ontem, no site da Época, a entrevista do juiz era a mais comentada e 99% dos comentários eram de apoio ao juiz e de indignação com o comportamento da mídia.

Em relação às duas entrevistas é chocante a diferença de peso entre ambas. Pela responsabilidade com o cargo, com sua instituição, pelo nível das declarações, pelos cuidados, parece que Luiz Fernando é o Ministro e Gilmar Mendes o policial.

Um mede as palavras, defende a instituição, não comete impropriedades. O outro continua subordinado a um ego gigantesco e a bater no mesmo bordão de sempre, aliás o mesmo argumento do editorial da Folha de sexta: graças ao “grampo” da Veja, revelou-se uma situação absurda.

Ou seja, uma suposta luta pelos direitos individuais (dos acusados pela operação Satiagraha) que tem como pilar uma possível falsificação: o tal grampo, do qual nunca apareceu o áudio nem sequer as transcrições ou outros documentos que comprovassem a autoria.

Por: Luis Nassif

Fonte: Projetobr

Coronel da PM comanda grampo em Minas

Coronel da PM comanda grampo em Minas




Jornais, Rádios, TVs e diversas autoridades estaduais e federais estão sendo monitoradas em Minas Gerais

Depois de diversas reportagens publicadas pelo Novojornal, denunciando a existência de uma central de escutas clandestinas instalada no prédio da Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, finalmente nossa equipe teve acesso a mais de 50 CDs, contendo quase um ano de escutas telefônicas feitas pelo “serviço de inteligência do Ministério Público mineiro”. Além dos CDs e diversas transcrições, existem cópias de uma centena de “Relatórios Reservados”, demonstrando que a maioria dos monitoramentos realizados tinha apenas objetivo político e até mesmo comercial, não criminal, como noticiado pela Procuradoria Geral de Justiça, para justificar a existência da central de escuta.

Na verdade, apenas o local de funcionamento é do Ministério Público mineiro, toda infra-estrutura de pessoal técnico e equipamentos, pertencem a Polícia Militar de Minas Gerais. Quem se apresenta como “chefe” perante as entidades e empresas de telefonia, internet, entre outras, é o Tenente Coronel da Polícia Militar Paulo Leonardo Benício Praxedes, que, coincidentemente, responde desde 19 de maio deste ano pela subchefia do Gabinete Militar do governador de Minas Gerais, conforme Ato de designação de função assinado pelo Coronel da PM, Chefe do Gabinete Militar do Governador, Eduardo Mendes de Souza.

Foi o Tenente Coronel da PM, Praxedes, que em desvio de função e em clara falsidade ideológica apresentou-se como membro do Ministério Público de Minas Gerais, perante o Registro “.br”, na retirada do Novojornal da internet. Praxedes tem até e-mail oficial do Ministério Público de Minas Gerais, praxedes@mp.mg.gov.br. Funções incompatíveis entre si. Em um estado democrático de direito, este coronel estaria respondendo criminalmente por seus atos. Porém, em Minas Gerais ele “trabalha” com a cobertura do Ministério Público Estadual, do Governo do Estado e da Polícia Militar.

Nos termos da Lei nº. 9596/96, que regulamenta a escuta telefônica no País, apenas a Polícia Judiciária, no caso a Polícia Civil, é competente para conduzir tais diligências.

O que está ocorrendo em Minas só se viu acontecer no cinema na antiga União Soviética. O monitoramento, inclusive telefônico, realizado por esta KGB, inclui todos os veículos de comunicação instalados em Minas Gerais, alguns também no interior do Estado, principais funcionários estaduais e municipais da capital e de cidades de interesse político do Palácio da Liberdade, além de desembargadores, juízes, deputados, líderes religiosos de movimentos pastorais e, até mesmo, procuradores opositores de Jarbas Soares Júnior.

O serviço de arapongagem, comandado por Praxedes, produz diariamente um relatório que é encaminhado a Casa Civil do Governo de Minas Gerais.

O material encaminhado ao Novojornal já está sendo digitalizado e os CDs transcritos em outro País, tendo em vista não ser seguro a permanência dos documentos no Brasil. Agora fica claro o porquê da “busca e apreensão”, utilizando como fachada um inquérito do Ministério Público mineiro de uma promotoria especializada criada sobre encomenda. A operação da PM2 nas redações do Novojornal estava a procura deles.

Noticiamos o que está ocorrendo junto com a documentação que comprova o envolvimento da Casa Civil do governador mineiro, através do Tenente Coronel da Polícia Militar Paulo Leonardo Benício Praxedes com o serviço de escuta e espionagem clandestina da Procuradoria de Justiça de Minas Gerais, apenas para manter a segurança dos envolvidos na reportagem, tornado público que ela existe.

Contra o Novojornal está o Procurador Jarbas Soares, denunciado por formação de quadrilha junto com Eduardo Azeredo, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Diretor Responsável do Novojornal Marco Aurélio Carone.

O Procurador Geral, inclusive, convocou o senador para a “inauguração” da promotoria em 16 de junho de 2008, 30 dias antes da denúncia encaminhada pelo Procurador Geral contra o Novojornal.

Enquanto em Brasília tenta-se apurar a proliferação de grampos, em Minas Gerais nada acontece, pois o mesmo é chefiado pelas mais altas autoridades.

Advogados do Novojornal em Brasília já entraram em contato com integrantes da CPI dos Grampos, em funcionamento no Congresso Nacional, para entrega de todo o material. Condicionando apenas que o mesmo seja entregue de forma oficial, o que ainda não foi garantido. Esta cautela é para evitar que os mesmos não sejam encaminhados para os “arquivos” da Casa Legislativa, como já ocorreu com documentos e provas da CPI do Mensalão.

A Polícia Militar de Minas Gerais, indagada a respeito da participação de um de seus integrantes, nada respondeu, igualmente fez a Casa Militar do Palácio da Liberdade. O Ministério Público sequer quis comentar o assunto.

Nem mesmo no período militar a sociedade civil mineira esteve tão exposta à intervenção arbitrária e ilegal do Estado.

Ato assinado pelo chefe do Gabinete Militar do governador, designando o Ten-Cel da PM, Paulo Leonardo Benício Praxedes, para subchefe do Gabinete Militar do governador e ordenador de despesas em 18 de maio de 2008

Extrato do Novojornal junto ao Registro.br, onde consta o Tem-Cel Paulo Leonardo Benício Praxedes como membro do Ministério Público, interlocutor do MPMG junto ao cadastro de internet no País

Trecho de um depoimento do Processo nº. 024.04.259.762-5, que tramita na Comarca de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde se comprava a existência da Central de Grampo, comandada pela Polícia Militar

Matéria publicada quando da instalação da Promotoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos em Minas Gerais, com o pronunciamento de Eduardo Azeredo.

Fonte: NovoJornal

26 setembro 2008

Wálter Maierovitch: "Máfia não assalta mais banco"

Wálter Maierovitch: "Máfia não assalta mais banco"

Por Claudio Leal

O ex-secretário nacional anti-drogas Wálter Fanganiello Maierovitch se tornou uma referência nos estudos sobre a criminalidade transnacional, no Brasil. Desembargador aposentado e presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone, Maierovitch se dedica à compreensão das inúmeras faces, e intrincados labirintos, de organizações mafiosas.

Procurado por estudantes, magistrados, promotores e delegados, para esclarecer dúvidas em torno de temas que vão desde a espionagem à guerra às drogas - e o que pode estar por trás dela -, ele resolveu reunir em livro seus principais textos, em grande parte publicados na revista Carta Capital (onde tem uma coluna há oito anos), na Folha de S. Paulo, no Correio Braziliense e nesta Terra Magazine.

A seleção de artigos virá em forma de uma trilogia: "Na linha de frente pela cidadania". O primeiro livro aborda a criminalidade transnacional e será lançado na próxima segunda-feira, 29 de setembro, às 19 horas, na sede da Casa Dona Veridiana (Av. Higienópolis, 18, São Paulo). Já estão prontos os volumes que darão seqüência à série. Em seguida, estudos sobre o fenômeno das drogas e o terrorismo.

Em entrevista a Terra Magazine, Wálter Maierovitch avalia a transformação da criminalidade em redes complexas. Recorre a exemplos vários - da Itália ao Brasil.

-... Essa criminalidade de matriz mafiosa não assalta mais banco. Ela põe o dinheiro no banco e se serve de toda a rede de telemática.

Para Maierovitch, o caso Daniel Dantas oferece enredo para compreender o jogo do controle de poder, principalmente com os desdobramentos da Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

- Nisso você tem lutas dentro do Estado, pode até ter divisões. Mas tem a meta de controle de poder.

Leia a entrevista completa aqui

Eu também quero amar o Lula

Eu também quero amar o Lula


José Pedro Goulart

Lá pelas tantas, no filme Sangue Negro, o Daniel Day Lewis fala sobre si: "Sou muito competitivo". E conclui: "Só o meu sucesso não adianta, é preciso que os outros fracassem". Bela síntese. Especialmente em época de eleições.

Essa semana, aliás, saiu uma pesquisa mostrando o Lula com altos índices de aprovação. O povão diz que a vida melhorou a partir dele e o leva na confiança. Lula, sem dúvida é um populista, matreiro, esperto - essas coisas que ouvimos aqui e ali às pencas, eu mesmo já escrevi assim. Mas agora me dê licença para o risco, o risco de uma declaração de afeto por um político: eu também quero me associar nesse clube de amor.

E digo mais, já que é para arriscar: muitos brasileiros posudos não confessam mas também amam secretamente o presidente, até mesmo aquele colunista da Veja - que o ódio recorrente não me engana e nada mais é no caso do que a vontade reprimida de abraçar e rolar com o sapo barbudo na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapé.

E porque não? Por que não podemos amar nosso presidente? Por que não podemos ter nosso Kennedy? Nosso Roosevelt? Ou nosso Churchill? Afinal, nunca se viu na história desse país um sujeito como ele. "Ah, mas o cenário mundial ajudou", dizem os críticos. Ou: "ele nada fez, exceto continuar o que o FHC começou". E por aí vai. Salve a democracia. Aos histéricos, porém, indico a releitura do primeiro parágrafo.

A verdade é que o Lula enfrentou uma resistência que poucos enfrentaram. A resistência da tal "elite branca", que é formada por empresários abonados, jornalistas graduados, posseiros em geral, togados empedernidos, generais de quatro divisas e coronéis sem patente; enfim, los dueños de la pelota. Mas apesar disso, do nariz torcido, das pequenas e grandes sabotagens, o cara tem governado com consciência e habilidade. E com uma inesperada elegância. Ou não?

Pensei nisso quando, para meu espanto, li nos jornais críticas intriguentas de toda ordem ao ótimo discurso do Lula na ONU. Ou quando vejo os empresários, que andam rindo sozinhos, fazerem reclamações ligeiras, só para não perderem a pose. Há um certo esnobismo nisso. O pessoal letrado insiste em sonegar do Lula o afeto que lhe é devido.

Ok, recomenda-se cautela com políticos: há sempre uma chance de enterrarem nosso coração na curva de um rio de lama. Mas, por uma melhor auto-estima nacional; pela diminuição da nossa famosa síndrome de vira-latas, quem sabe a gente possa admitir (aceitar) nosso amor pelo presidente do Brasil?

José Pedro Goulart é cineasta e jornalista.

Fonte: Terra Magazine

Mudanças no LEÃO

Mudanças no LEÃO


Receita Federal implantará em dois anos modelo em que contribuinte recebe o formulário já pronto, com valores.

Os 24,2 milhões de contribuintes brasileiros não vão mais precisar quebrar a cabeça na hora de preencher a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física. No prazo máximo de dois anos, eles vão passar a receber o formulário já pronto, incluindo o valor do tributo a pagar ou a restituição a receber, seguindo o modelo já usual do temido fisco norte-americano e recentemente implantado no Chile. O sistema será alimentado com informações fornecidas por seus parceiros comerciais, entre prestadores de serviço, imobiliárias e cartórios. Seu único trabalho será confirmar os dados ou fazerpequenas modificações, se necessário.
A novidade foi divulgada ontem por Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Embora a Receita Federal do Brasil tenha evitado se pronunciar sobre o assunto, o corpo técnico em Brasília participou esta semana da primeira reunião do ano para discutir o Imposto de Renda para 2009. A mudança virá já na gestão da nova secretária da Receita, Lina Vieira, que assumiu o posto quinta-feira passada.
Janir Adir Moreira, vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (Abradt), calcula que a medida trará uma redução substancial na malha fina. 'A Receita já monitora todos os passos do contribuinte brasileiro e não há mais como omitir uma informação de rendimento na declaração. Se ela já tem todos os dados nas mãos para fiscalizar, por que não ajudar o contribuinte?', observa. Ele acredita que o procedimento irá poupar trabalho ao contribuinte e não irá induzi-lo a erro, já que as informações serão em boa medida repassadas por ele próprio e em seguida conferidas antes de dar o OK.
Atualmente, o contribuinte ou o contador indicado por ele tem por hábito recuperar os dados lançados na declaração de IR do ano anterior e salvar no novo arquivo, acrescentando uma ou outra alteração. É diferente do que irá ocorrer no futuro, quando as informações serão fornecidas à Receita por terceiros. 'Quando o contribuinte compra uma casa na praia e registra em cartório, o cartório hoje já emite uma declaração que irá alimentar o banco de dados da Receita. O mesmo irá ocorrer ele prestou ou pagou por um serviço, comprou ou vendeu ações, ou trocou o carro', lembra Moreira. 'É uma via de mão dupla. Hoje quem já tem certificação ou
assinatura digital no Brasil tem acesso a todos os dados da sua conta corrente fiscal. Ele consegue saber se alguém declarou qualquer valor a ele', afirma.

Fonte: Estado de Minas - Economia - Sandra Kiefer

Obs. A Notícia é de 08/08/08, como é a primeira vez que leio isso, achei interessante postar, caso tenham alguma outra informação, por favor postem no comentário.

ENTREVISTA - "Deus mercado virou diabo", diz Conceição Tavares

ENTREVISTA - "Deus mercado virou diabo", diz Conceição Tavares


Por Mair Pena Neto

Os Estados Unidos precisam regular, e rápido, o seu sistema financeiro sob pena de não conseguirem controlar a atual crise e perderem sua hegemonia no setor, advertiu a economista Maria da Conceição Tavares em entrevista à Reuters.

Estabelecer as regras do jogo é a questão-chave para estabilizar o mercado, na opinião da professora da UFRJ e da Unicamp, uma das principais vozes da economia brasileira desde a década de 1970.

Mas seria interesse do capitalismo se regular? Conceição acredita que nesse momento, sim, pois o modelo neoliberal naufragou de vez. "O Deus mercado virou diabo na terra do gelo."

A economista vê sinais de declínio dos EUA até pelo fato de o país não estar mais sozinho, como na crise de 1929, e ter que se entender com a China.

"Não escreveria hoje, como escrevi em 1984, a retomada da hegemonia americana. Ou resolvem rápido essa crise ou, se deixarem para depois da eleição, não conseguem manter a hegemonia", afirmou Conceição para emendar taxativa: "O século 21 não será norte-americano."

LOS HERMANOS E BIG BROTHER

"O Brasil ainda não está ameaçado. Os bancos brasileiros não estão metidos nessa ciranda. Há uma supervisão muito grande do Banco Central. Mesmo os derivativos, a BM&F registra. Não tem controle de capitais, mas tem registro, o que significa que se você quiser controlar tem os instrumentos. As condições favoráveis do Brasil são as seguintes: bancos privados não estão metidos nessa especulação; não temos dívida externa pública; temos reservas; o problema de balanço de pagamentos é pequeno; o impacto das commodities não dá para perceber e somos muito abertos ao mundo. Temos mais comércio com a Argentina do que com os EUA. Los hermanos são mais importantes que o big brother."

ECONOMIA REAL

"A crise não está na economia real. Só na Europa e no Japão, onde a ligação entre bancos e a economia real é mais forte. No caso americano, não. Há um setor da economia real americana que já começou a decadência, e por aí virá uma recessão, que é o imobiliário. Esse não tem saída. No ciclo recente, o setor que primeiro puxa a economia americana é o imobiliário, depois automóveis, todos os duráveis, e, finalmente, o investimento. Ainda não está claro se serão afetados. O investimento das empresas depende do que vai acontecer com a bolsa. Se ela continuar oscilando, mas não tiver uma depressão, sobrevive."

RECESSÃO E DEPRESSÃO

"Acho que vai ter uma recessão, ninguém duvida. Mas uma coisa é uma recessão, outra é uma depressão. Não há dúvida que ainda vai ter uma liquidação de ativos financeiros que eram fictícios. Essa parte da liquidação financeira da riqueza vai continuar e a gente não sabe até quando. A ligação entre essa crise e o setor real agora é o aperto global do crédito. Se continuar, vamos para uma recessão global. Sem crédito não funciona capitalismo algum."

ONTEM E HOJE

"A única coisa que pode dar um certo otimismo é que em 1930 os EUA estavam sozinhos no comando, mas agora eles têm a China como parceira. Em 1930, os EUA não tinham sócios, todas as reservas do mundo estavam com eles. Agora, os EUA não têm reservas, só têm dívida. Todas as reservas em dólar estão basicamente na Ásia."

DECLÍNIO DO IMPÉRIO

"Dessa vez acho que é sinal do declínio (americano). A menos que levem no bico os chineses e russos. Estão com problemas de petróleo. Tinham que ter tomado providências imediatas para regular o mercado futuro de petróleo. Você não consegue mais fazer preço e os preços não têm tendência específica, sobem e descem de maneira enlouquecida. Nisso não se parece nada com 1930, que era uma crise de deflação de ativos e de preços. Agora é de liquidação de ativos financeiros e os preços... não têm uma tendência definida."

SEM BRETON WOODS

"A complicação é como (os EUA) se entendem com Europa de um lado e China do outro. Não são parceiros da mesma natureza. Infelizmente, não creio que vá haver uma reunião como Breton Woods. Não estamos caminhando para uma ordem mundial nova. Estamos caminhando para uma certa desordem. Os parceiros não vão seguir as ordens americanas, sobretudo em matéria financeira. É difícil um acordo por Estados. Acho que os EUA vão se regular primeiro e os demais países vão se adaptar, não creio em uma regulação conjunta. Seria ideal, mas não creio."

FALHAS NO PACOTE

"O (Henry) Paulson (secretário do Tesouro dos EUA), homem de Wall Street, propôs salvar os bancos e só. Não disse mais nada sobre regulá-los. Os candidatos não estão satisfeitos com essa idéia de socializar os prejuízos. (Os EUA) fizeram isso na década de 1990. A raiz dessa crise é a crise de 1990, quando ao invés de regular liberalizaram tudo na pretensão de que os mercados se autoregulavam, sobretudo as grandes instituições que tinham rating. Aí o Congresso começou a chiar e aos poucos os bancos vão começar aceitando a supervisão."

DEUS E O DIABO NA TERRA DO GELO

"No momento interessa ao capitalismo se regular. O neoliberalismo foi-se. O Deus mercado virou diabo na terra do gelo. Sofreu golpe mortal. Paulson ainda queria manter dessa maneira, tanto que não falou em regulação, mas o pessoal cobra porque é dinheiro pra burro... O governo terá de regular, não é um processo fácil. Terá que fazer acordo com comissões financeiras do Senado e da Câmara. Se conseguirem um acordo, aí já dá para todos irem para casa disputar as eleições."

DONO DO CASSINO

"Ou os EUA resolvem quais são as regras agora, enquanto são donos do cassino, ou daqui a pouco não adianta nada porque não serão mais os donos. É mais fácil fazer acordo quando eu, que sou a banca, faço as regras e convido os demais a seguirem ou se adaptarem. Ou resolvem rápido ou se deixarem para depois da eleição não conseguem manter a hegemonia."

SEM DINHEIRO

"O auxílio dos bancos centrais não resolveu nada, só injetou liquidez. Quando você injeta liquidez mas os bancos não emprestam uns aos outros, mais sobe a taxa interbancária. Esse assunto não está resolvido. Foi isso que levou o Paulson a avançar para resgatar os títulos podres para que as instituições fiquem sãs."

Fonte: Reuters


Maravilhosos vídeos....

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Confira aqui


Dicas de segurança para o uso dos serviços bancários pela internet

Dicas de segurança para o uso dos serviços bancários pela internet


Serviços Bancários



Legal para quem acessa o Home Banking de casa. Vale a pena ler e se prevenir.

Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet,

siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:



1 - Minimize a página. Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.

Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata! Não tecle nada.



2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez.

Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmente do

banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.

Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.

Sites piratas não tem como conferir a informação, o objetivo é apenas capturar a senha.



3- Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da página aparece o ícone de um cadeado;

além disso clique 2 vezes sobre esse ícone;

uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deve aparecer.

Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer,

mas será apenas uma imagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.



Os 3 pequenos procedimentos acima são simples,

mas garantirão que você jamais seja vítima de fraude virtual.

Obs.: Fiz o teste ontem com o meu banco, funcionou....


25 setembro 2008

Recurso de João da Costa - PT Recife

Recurso de João da Costa - PT Recife

O presidente do TRE esclareceu ainda que o candidato João da Costa irá participar normalmente das eleições, apesar de ter sido declarado em primeira instância cassado. “Ele votará e será votado normalmente”, explicou.

“Na hipótese (neste caso improvável) de o tribunal julgar o caso e manter a decisão do juiz de primeira instância, ele vai recorrer ao TSE e o recurso tem efeito suspensivo. Ou seja, ainda que mantenha a decisão, vai disputar a eleição”.

Como a diplomação ocorre a 18 de dezembro, virtualmente eleito o candidato cassado na primeira instância, o presidente do TRE garantir que até a data o órgão julgará o caso com toda a certeza antes do prazo.

Ainda no campo das hipóteses, se der tudo errado para João da Costa, se tudo fosse julgado até a diplomação, haveria a necessidade de convocação de novas eleições, como ocorreu com o caso de Aliança.

Folha de São Paulo tenta criar confusão para ajudar Dantas

Folha de São Paulo tenta criar confusão para ajudar Dantas

Correa nega proteção em arquivos de Dantas

Por Ernani Alves


O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, classificou como especulação a informação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo de que cinco discos rígidos do banqueiro Daniel Dantas, apreendidos na Operação Satiagraha, ainda não foram analisados porque peritos não conseguem acessar os códigos criptografados. "O jornal também deveria ter o compromisso com a verdade. É especulação", disse.

Correa disse ainda que 70% do inquérito sobre a realização de escutas ilegais durante a operação já está concluído. Segundo ele, as provas produzidas durante o trabalho de investigação não serão prejudicadas em função das irregularidades que possam ter sido cometidas por agentes da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A Abin é apontada como suspeita de grampear senadores, deputados e autoridades da Justiça durante a Operação Satiagraha. Entre os telefonemas monitorados, estaria um entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

"Tudo que se produziu foi com ordem judicial. O que contamina a prova é a produção da prova e não a sua utilização", afirmou Correa, ao participar da abertura da 5ª Conferência Internacional de Perícias em Crimes Cibernéticos, em um hotel da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

Ameaças
O diretor da Polícia Federal não quis comentar o conteúdo do depoimento da deputada federal Marina Magessi (PPS-RJ) à CPI das Milícias, ontem, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Ela disse que vem sendo ameaçada por policiais federais porque faz parte da CPI das Escutas Ilegais da Câmara Federal. "Ela deve informar que tipo de ameaça está tendo e nós vamos investigar", afirmou.

Correa acredita que a CPI pode ser concluída com relatórios produtivos para a Polícia Federal, pois a comissão está cumprindo o papel de trazer um assunto importante à discussão.

Fonte: Terra

Em alta, Lula 'decreta' fim da era neoliberal

Em alta, Lula 'decreta' fim da era neoliberal




Lula disse acreditar que o período neoliberal ''está encerrado porque (a crise) demonstra que também no sistema financeiro é preciso ter seriedade, é preciso ter ética, não é apenas o cidadão comum que tem que ser ético''.



Depois de ter acusado os países ricos de praticarem ''populismo nacionalista'' e de ter dito que o sistema financeiro mundial investiu em uma ''jogatina'' que resultou na atual turbulência econômica, Lula se despediu de Nova York e de sua temporada na Assembléia Geral da ONU, ''decretando'' o fim da era neoliberal.

Ao longo de sua estadia em Nova York, encerrada na quarta-feira, o presidente deu declarações que demonstraram a segurança de alguém cuja popularidade alcançou a marca recorde de 77,7% - de acordo com pesquisa do Instituto Sensus- e a confiança de um líder cujo país não foi fortemente atingido pelas mazelas econômicas que vêm assolando os Estados Unidos.

Lula disse acreditar que o período neoliberal ''está encerrado porque (a crise) demonstra que também no sistema financeiro é preciso ter seriedade, é preciso ter ética, não é apenas o cidadão comum que tem que ser ético''.

Os puxões de orelhas do líder brasileiro ao longo de sua estadia de três dias não se limitaram ao sistema financeiro. Lula também desferiu golpes contra os Estados Unidos e o presidente George W. Bush e ainda deu palpites na campanha eleitoral americana.

''O ideal é que os dois candidatos pudessem assinar uma carta ao povo americano, como a que eu assinei ao povo brasileiro em 2002, assumindo um compromisso para dar tranqüilidade ao povo americano e tranqüilidade para o mundo como um todo'', afirmou.

O presidente também procurou colocar o Brasil em um papel de protagonista no contexto internacional, capaz de exigir dos organismos multinacionais propostas para contornar a atual crise financeira.

''Eu cobrei do G8, cobrei do FMI e do Banco Mundial que estava na hora de eles se manifestarem, porque quando é um país pequeno que tem crise, todos eles dão palpite. Quando é a maior economia do mundo que entra em colapso, a gente não vê nenhum palpite deles.''

O último evento de Lula em Nova York foi uma reunião sobre a crise financeira mundial da qual participou como único representante da América Latina, ao lado de líderes como o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o premiê espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero.

Repercussão
Se à primeira vista os comentários e ações do líder brasileiro poderiam dar a impressão de meras bravatas, a mídia americana tratou as observações de Lula com destaque e até reverência.

Para o New York Times, o discurso de Lula na abertura da cúpula da ONU, no qual o presidente afirmou que "o ônus da cobiça desenfreada não pode cair impunemente sobre todos" refletiu o tom do encontro.

O Wall Street Journal destacou que Lula defendeu a criação de um sistema que previna o sistema financeiro mundial de ser vítima de futuros abusos.

O jornal também definiu o presidente brasileiro como um ''defensor do meio termo entre capitalismo e socialismo'', e, em tom menos lisonjeiro, como um líder que ''anda em uma corda bamba entre as práticas da ortodoxia econômica e o financiamento de programas sociais populistas''.

Ao passo que a mídia dos Estados Unidos deu ouvidos aos comentários de Lula, o presidente também esteve atento ao pronunciamento do líder americano, George W. Bush, mas aproveitou para criticá-lo, devido ao pouco destaque que ele deu ao tema da crise econômica em seu discurso.
"Eu lamentei porque imaginei que o presidente Bush, já que é a ultima aparição dele na sede das Nações Unidas, faria um discurso de despedida, falando um pouco da crise econômica e o que o governo americano pretende fazer", afirmou.

O líder brasileiro ainda ironizou: ''Eu, como sou defensor da autodeterminação dos povos e da soberania dos discursos dos presidentes, fui obrigado então a ficar quieto".

Odebrecht
Enquanto Lula estava em Nova York, a empreiteira brasileira Odebrecht se viu envolvida em uma polêmica no Equador.

O governo do país sul-americano acusou a companhia de ter cometido falhas na construção e posterior paralisação da central hidrelétrica San Francisco - a segunda maior do país - construída pela empresa - e está exigindo o pagamento de uma indenização por parte da Odebrecht.

Ao contrário do tom dirigido aos Estados Unidos, para o vizinho sul-americano o presidente reservou um tom fraterno ou, como ele próprio comparou, uma postura de irmão mais velho.

''Não tem jeito. O Brasil tem o papel de ser cobrado, porque somos o maior. Você imagina na sua casa, com seus irmãos menores, quando você morava com três, quatro irmãos, você podia estar certo, mas eles ficavam te cobrando coisas'', afirmou.

Bom humor
O presidente não deixou também de fazer piada sobre as recentes descobertas de petróleo feitas no Brasil e os investimentos da Petrobras no setor, que deverão estar na ordem de US$ 112 bilhões de dólares entre 2008 e 2012.

De acordo com o presidente, as descobertas farão do presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, o primeiro ''xeque brasileiro''.
Nos últimos dias, Lula ofereceu um retrato completamente distinto do presidente que era notoriamente avesso ao contato com a imprensa até o final de seu primeiro mandato.

Ele se mostrou bem-humorado no trato com os jornalistas e solícito em dar declarações, chegando a oferecer diariamente uma média de duas entrevistas coletivas - ainda que estas tenham sido realizadas no improviso, entre um evento e outro de sua apertada agenda e em plena calçada do hotel em que estava hospedado, o suntuoso Waldorf Astoria.

Lula retornou ao Brasil na quarta-feira à noite, onde deverá retomar a rotina dos últimos dias de subir ao palanque de diferentes candidatos governistas.

As pesquisas mais recentes mostraram também que o presidente é o melhor cabo eleitoral da política nacional, um motivo a mais para Lula estar dotado de tanto bom humor

Fonte: BBC Brasil

Lula, “incansável defensor” dos pobres

Lula, “incansável defensor” dos pobres




Por Katherine Stapp, da IPS

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que partiu de uma infância de pobreza para chegar a conduzir uma potência econômica que colocou o ideal de prosperidade inclusiva no centro de sua política de desenvolvimento, recebeu o Prêmio ao Sucesso Internacional concedido pela IPS (Inter Press Service). “Queremos honrá-lo porque lutou ombro a ombro com os despossuídos e os sem-terra, por seus esforços em iniciar e apoiar políticas de inclusão social e de resolução pacífica de conflitos, com o pleno exercício das liberdades e dos direitos humanos fundamentais, não apenas no Brasil, mas nas nações irmãs da América Latina”, disse o diretor-geral da agência internacional de notícias IPS, Mario Lubetkin. O Presidente Lula se comprometeu profundamente com os esforços internacionais contra a pobreza e a fome, destacou Lubetkin, desempenhando um papel-chave para mobilizar o apoio de outros líderes mundiais e organizações internacionais.

A cerimônia de premiação aconteceu na sede mundial da Organização das Nações Unidas em Nova York às vésperas do segmento de alto nível da 63ª sessão da Assembléia Geral da ONU, da qual participarão mais de 150 governantes de todo o mundo. Em seu discurso, o mandatário brasileiro destacou a importância dos meios de comunicação livres e vibrantes no combate global à pobreza e à marginalização.

“Na medida em que avançamos para a justiça social e o pluralismo, a independência das fontes é fundamental para que o diálogo democrático seja esclarecedor e equilibrado”, disse Lula. “O livre acesso à informação também é crucial para construir um mundo mais justo e próspero. Sabemos que um dos pilares da democracia e da liberdade é uma imprensa livre”, acrescentou o Presidente. “Esta é uma das lições que aprendi durante a luta contra a repressão e o autoritarismo. A IPS trouxe maior pluralidade e diversidade à imprensa internacional. Durante 44 anos, a IPS deu voz aos que não têm voz. Hoje é mais crucial do que nunca na criação de diálogos Sul-Sul e alternativas às alianças existentes”, afirmou Lula.

O Presidente brasileiro nasceu em 1945, sétimo filho de uma família de oito irmãos, na pequena cidade de Garanhuns, em Pernambuco. Começou a trabalhar aos 12 anos em uma lavanderia e passou por pequenos empregos até se converter em torneiro mecânico. Comprometeu-se com o trabalho sindical enquanto trabalhava em uma fábrica em São Paulo. Em 1975 foi eleito presidente do sindicato dos metalúrgicos e quatro anos mais tarde contribuiu para conduzir uma greve de 170 mil operários do setor.

“Sua carreira política é uma boa demonstração das virtudes da democracia”, disse Enrique Iglesias, responsável pela Secretaria Geral Ibero-americana, uma iniciativa de cooperação política, cultural e econômica entre América Latina e os países da península Ibérica. Trata-se da “virtude de dar oportunidade de ser presidente de uma das maiores nações do planeta a um trabalhador com uma longa história de liderança sindical”, disse Iglesias, encarregado do discurso principal da cerimônia.

Em 1980, a ditadura militar brasileira reprimiu o movimento sindical, apelando para a lei de segurança nacional e prendendo vários líderes, inclusive Lula, que permaneceu 30 dias atrás das grades. Nesse mesmo ano, Lula fundou o Partido dos Trabalhadores, que lhe permitiu em poucos anos se converter em líder da oposição e o levou à Presidência nas eleições de 2002, com 53 milhões de votos, após várias tentativas sem sucesso. O Presidente foi reeleito em 2006 com cerca de 58 milhões de votos.

Os planos sociais colocados em prática em sua administração são elogiados por tirar da pobreza milhões de pessoas. Para enfrentar a desnutrição, que afeta cerca de 15,6 milhões de brasileiros, o governou implementou o programa Fome Zero, que inclui diferentes estratégias. A construção de cisternas para armazenar água da chuva na região do semi-árido, combate ao trabalho infantil, fortalecimento da agricultura familiar, subsídios aos alimentos e a outros produtos essenciais são alguns dos componentes do programa, que exige das famílias beneficiadas o comparecimento dos filhos à escola e a aplicação das vacinas obrigatórias.

Além disso, o governo cancelou dívidas superiores a US$ 1,7 bilhão contraídas por países muito pobres e participa de numerosos projetos de cooperação Sul-Sul, incluindo iniciativas de agricultura sustentável em Cuba e várias nações africanas. “Este tipo de informação nem sempre é divulgado pelos grandes meios de comunicação do Brasil e do exterior. Por essa razão, precisamos que a IPS seja um exemplo para a criação de outras agências similares”, acrescentou.

No plano econômico, o Brasil diversificou sua base industrial e investiu em lucrativas exportações agrícolas e no petróleo, o que levou a um crescimento de 5,4% da atividade em 2007 e ao desenvolvimento de um poderoso mercado interno que torna o país menos vulnerável aos desequilíbrios do resto do mundo. “O Brasil é hoje um jogador importante na nova geração de economias emergentes que tentam mudar as regras do jogo do comércio e das finanças para construir um novo tipo de relações internacionais baseadas em uma distribuição mais justa de oportunidades entre o Norte e o Sul do mundo”, disse Iglesias.

Também afirmou que o governo Lula focou sua atenção em “áreas que têm impacto direto nas camadas mais pobres da sociedade. Em uma geração o Brasil conseguiu grandes avanços na redução da pobreza e eliminação da fome e desnutrição. Isto se reflete em estatísticas, mas também no apoio das pessoas às políticas governamentais”, afirmou Iglesias. Segundo o Banco Mundial, a brecha entre a renda dos mais ricos e dos mais pobres no Brasil diminuiu 6% desde 2001, mais do que em nenhum outro país vizinho.

Em uma tendência contrária à seguida por muitas nações, os 10% mas pobres dos brasileiros aumentou sua renda em 58% entre 2001 e 2006. “O senhor provou, por exemplo, que a sólida economia de seu país, obtida durante sua gestão, pode seguir lado a lado com a extensão de seus benefícios à maioria da população”, disse Lubetkin. “E comprovou que o progresso econômico só tem sentido se serve para melhorar as condições de vida da sociedade em seu conjunto”, acrescentou.

O Prêmio Ao Sucesso Internacional foi criado pela IPS em 1985 para homenagear jornalistas e líderes mundiais que contribuam para a paz, os direitos humanos, o poder de gênero, a boa governabilidade e a igualdade social e econômica. Entre os premiados estão a ex-primeira-dama da África do Sul, Graça Machel; a ex-primeira-dama da França, Danielle Mitterrand; os ex-secretários-gerais da ONU, Boutros Boutros-Ghali e Kofi Annan; o ex-presidente da Finlândia, MArtti Ahtisaari, e o Chamado Mundial à Ação contra a Pobreza (GCAP). (IPS/Envolverde)


Crédito de imagem: Mithre J. Sandrasagra/IPS

Fonte: Envolverde


24 setembro 2008

Soltem o Marcola e prendam o jornal da bandeirante!!!

Soltem o Marcola e prendam o jornal da bandeirante!!!




Acabei de ver(23/09) no Jornal da Bandeirante e a coisa deve se repetir em todos os outros telejornais...

A tal Transparência Internacional decretou e os babacas daqui estão repercutindo, que o Brasil continua sendo um dos países mais corruptos do mundo. Assim mesmo, na maior cara dura.

Com esses rombos estratosféricos, na casa dos bilhões de dólares, não existe hoje em toda a galáxia nada que chegue nem perto da gatunagem made in USA & Cia.



É só conferir a cara do fogueteiro da Wall Street hoje lá na ONU.

Essa Transparência Internacional é um deboche.

Só esse jornalismo idiota e jabazeiro pra levar essa TI a sério.

Inacreditável!!!

Impressionante!!!!

A mídia brasileira é a mídia mais estúpida e corrupta do universo!!!!!

Por Adauto Melo

Complementação:

Transparência à Conveniência

Por Leila Jinkings

Nossa “sempre alerta mídia” estampa em suas manchetes de hoje chamada para o relatório da Transparência Internacional de 2008.
Para os desavisados (muitos des-informam-se no jornalismo venal) fica a (hilária) constatação de que no Brasil “o combate à corrupção estacionou”. Sem comentários. O véu de impunidade, que nos encobria e criara a sensação de irremediável até poucos anos atrás, têm sido descortinado paulatinamente. Resultado do esforço de órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal, que passaram a ser valorizados e equipados por decisão política do atual governo.

Há anos - desde sua criação - a existência e a atuação dessa ONG não esconde o seu verdadeiro papel. “Duas estranhas características marcam a atividade desta ONG norte-americana, que se diz disposta a combater a corrupção. Ela protege os corruptores e cala diante dos "ajustes estruturais", que promovem transferência brutal de renda em favor das grandes empresas”, disse Bernard Cassen em seu artigo "Transparência Internacional ou cortina de fumaça?” (Le Monde Diplomatique, maio 2001).

A ONG foi criada - à exemplo de outros organismos internacionais - por iniciativa dos EUA, apoiado por seus parceiros do G-8, para impor a visão de mundo do neoliberalismo no combate à corrupção. Para eles, não é imoral serem financiados por lobbies e governar para atendê-los. Nem tão pouco serem depositários de trilhões de dólares provenientes de lavagem da corrupção global.

Vale sempre a pena ler e entender o que está por trás das notícias. E desconfiar do “desejo de acabar com a corrupção” vindo de quem vem, principalmente com tal alarde da subserviente mídia colonizada.

Mais sobre o assunto:
Pierre Abramovici, "Uma ONG contestada", Le Monde Diplomatique, novembro de 2000.
Pierre Abramovici, "Jogos perigosos", Le Monde Diplomatique, novembro de 2000.
Philippe Rivière, "Le système Echelon", Manière de voir nº 46, "Révolution dans la communication", julho-agosto de 1999. Le Monde, 20 de junho de 2000.
Hubert Védrine, "Refonder la politique étrangère française", Le Monde Diplomatique, dezembro de 2000.

Fonte: Blog Horizonte Vermelho


Lula lançou farpas contra a imprensa brasileira em diferentes pronunciamentos

Lula lançou farpas contra a imprensa brasileira em diferentes pronunciamentos


Em Nova York, Lula critica imprensa brasileira

Lula afirma em Nova York que o povo é ''um juiz sábio''

O presidente Lula lançou farpas contra a imprensa brasileira em diferentes pronunciamentos realizados nesta segunda-feira em Nova York, onde se encontra para a Assembléia Geral da ONU, e afirmou que o povo é ''um juiz sábio'', capaz de distinguir notícias falsas das verdadeiras.

Pela manhã, Lula demonstrara irritação com uma reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo que dizia que o governo iria permitir uma nova rodada de aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na aquisição de ações da Petrobras.

O governo autorizou, há sete anos, que o FGTS fosse usado por trabalhadores para a compra de ações da Petrobras. Segundo a Folha de S.Paulo, a Petrobrás captou RS$ 1,6 bilhão com a medida e o investimento rendeu 766,8% aos que adquiriram as ações.

A reportagem afirmava que o governo Lula iria autorizar o uso do fundo de garantia na capitalização da Petrobras para explorar o petróleo da camada pré-sal.

''Eu acho abominável alguém fazer uma manchete daquele jeito, sem nunca ter conversado comigo e sem que eu nunca tivesse pensado na idéia'', afirmou Lula, durante a manhã de segunda, após um evento da Embratur realizado em Nova York, que visava promover o turismo no Brasil.

De acordo com o presidente, o texto constituiu uma ''irresponsabilidade, porque isso mexe com o mercado, mexe com as ações. Se alguém quer dizer que o presidente da República pensa alguma coisa dessa magnitude, no mínimo deveria ter tido a responsabilidade de me consultar ou ao ministério da Fazenda, do Planejamento, do Trabalho ou ao presidente do Banco Central''.

Durante a tarde, Lula voltou a fazer críticas à imprensa, durante a entrega de um prêmio na sede da ONU - ironicamente entregue pela agência de notícias Inter Press Service -, mas, desta vez, suas farpas pareceram não ser dirigidas contra um alvo específico.
''A disseminação da audiência não pode ser pautada exclusivamente por índices ou pela lógica empresarial'', afirmou, para, em seguida acrescentar que ele confia ''cegamente na inteligência do povo''.
De acordo com Lula, ''o povo consegue distinguir a verdade da mentira e sente nos olhos de quem está falando na televisão, na voz que está falando no rádio e nas palavras dos jornais, o que é verdade e o que não é verdade''.
''Eu digo todo dia no Brasil que o povo é um juiz sábio e soberano. Entre tantas verdades e inverdades, entre tantas coisas feitas de boa fé e de má fé, eu tenho a convicção de que o conjunto da sociedade consegue separar o joio do trigo.''

Fonte: BBC

Já em 08 de setembro, o presidente Lula criticou a forma como seu governo é abordado pelos meios de comunicação ao mesmo tempo em que defendeu a liberdade de imprensa. Ele falou durante a solenidade de abertura do Encontro Anual da Academia Internacional de Televisão, no Rio de Janeiro.
“Às vezes, há jornais ou noticiário de televisão que se excedem, que desprezam os fatos, divulgam inverdades. Aprendi a conviver tranqüilamente com isso. Porque tenho a certeza de que, havendo liberdade de imprensa e democracia, mais cedo ou mais tarde a verdade termina prevalecendo.”

Lula reconheceu que, sem a liberdade de imprensa, jamais teria chegado à Presidência da República e disse que os leitores, os ouvintes e os telespectadores são “perfeitamente capazes de separar o joio do trigo, a informação da desinformação, a notícia da campanha, a verdade da eventual manipulação”.

Segundo o presidente, os leitores e telespectadores são críticos implacáveis e juízes muito severos. “Quem não os trata com respeito e não mostra consideração pela sua inteligência termina por perder credibilidade. Por isso mesmo, estou entre aqueles que acham que não há nada melhor para os eventuais excessos cometidos por qualquer órgão de imprensa do que mais liberdade de imprensa.”

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também participou da abertura do encontro, que reúne participantes de diversos países, incluindo presidentes de grandes empresas de mídia, e segue até a próxima quarta-feira, em um hotel da zona sul do Rio.

Fonte: Agência Brasil

23 setembro 2008

Lula: liberdade de imprensa supõe mais responsabilidade

Lula: liberdade de imprensa supõe mais responsabilidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a "liberdade de imprensa pressupõe o aumento da responsabilidade de todos para que possamos conviver com ela". Ele fez a declaração na porta do hotel Waldorf Astoria, onde está hospedado, assim que retornou da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.


Questionado se não seria um contra-senso o governo defender a liberdade de imprensa justamente num momento em que prepara um projeto de lei que criminaliza o vazamento de informações sigilosas, responsabilizando quem fornece os dados e quem os publica, Lula disse: "Liberdade de imprensa não pode pressupor que alguém possa roubar informações e elas possam ser divulgadas sem que a pessoa que tenha roubado fique impune, porque senão você terá dois tipos de cidadãos no Brasil: um que estará subordinado à Constituição e à legislação, e um que pode tudo."

O presidente disse que é preciso ter cuidado. "Quando eu defendo a liberdade de imprensa, é porque eu digo todo santo dia: eu sou o que sou porque no Brasil teve liberdade de imprensa, mesmo quando falava mal de mim. Eu não quero liberdade de imprensa pra falar bem, quero liberdade pra falar a verdade. Quando as pessoas não falarem a verdade, o povo fará seu julgamento", disse Lula.

Questionado se defendia a abertura do sigilo da fonte, o presidente Lula não quis responder. Ontem, em Nova York, Lula fez uma veemente defesa da liberdade de imprensa, ao receber um prêmio da agência de notícias IPS.

Fonte: Agência Estado


Projeto de Urbanização de ACM Neto para Salvador

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A calma do Prof. Luiz no Rio

A calma do Prof.Luiz no Rio




Atendimento Especializado - INSS

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Imaginem se o sistema parar......ele terá que jogar manualmente


Flávio Dino para Prefeito de São Luís

Flávio Dino para Prefeito de São Luís


Helena destaca artigo de Kenard na Assembléia

A deputada Helena Barros Heluy voltou a se referir ao clima de campanha em São Luís. Destacou os programas políticos da quarta-feira "de uma riqueza extrema", afirmando que o que importa é o debate, a discussão em torno do assunto.
A deputada contestou notícias de que a campanha está resvalando para a "baixaria" e destacou a coluna do jornalista Roberto Kenard, em artigo sob o título "Lula versus Castelo". Para Helena, as referências feitas a João Castelo não são baixarias. "É história viva, é o que aconteceu".
No artigo, o jornalista comenta afirmação do candidato do PSDB, dizendo ser igual a Lula. "Quando, porquê, desde quando", indagou Helena, reafirmando a necessidade de conferir os currículos dos dois políticos.
Ela leu trechos do artigo de Kenard em que afirma, dentre outras coisas, que "Lula nasceu de família paupérrima, foi um retirante. Diz que foram os militares que colocaram João Castelo na cadeira de governador e lembrou que o tucano mandou derrubar casas de pessoas humildes e espancar estudantes e pessoas do povo.
Acrescenta ainda que Castelo declarou voto em Maluf, contra Tancredo Neves, e se filiou ao Partido de Collor de Melo, o presidente cassado pelo Congresso por corrupção e hoje pertence ao PSDB, partido que faz oposição truculenta contra o presidente Lula. No final, o jornalista pergunta: em que Castelo se parece com Lula?

Ainda as palavras de Helena....

Para Helena, PSDB teme ações de Lula contra as fraudes e lavagem de dinheiro

A deputada Helena Barros Heluy(PT) ressaltou, ontem, o fato do deputado Alberto Franco defender o seu partido, o PSDB, que representa a grande oposição ao Governo Lula. A parlamentar acha, entretanto, que essa oposição existe porque eles não admitem e nem querem que seja prefeito de São Luís alguém (no caso, o deputado Flávio Dino) que esteja, pela sua própria história e seu compromisso, sintonizado com o Governo Lula.

Helena destacou o candidato da coligação PC do B/PT como aliado permanente, a todo tempo, da política da classe trabalhadora no Maranhão, em São Luís e no Brasil. Mas não resume ao confronto Lula x PSDB as razões de tão ferrenha oposição. Diz que isso acontece também porque o Governo Lula está fazendo 23 milhões de brasileiros saírem da pobreza e ascender a classes superiores. "Isto é um perigo para os déspotas e títeres de todo tempo do nosso país", disparou.

Segundo Helena, constitui perigo ainda maior para esta oposição o que o Governo Federal está fazendo através da fiscalização e da investigação de desvios dos dinheiros públicos. "Isto é que é o perigo", afirmou anotando a existência de 29 ações para deter a lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. E lembrando que em 5 dessas ações foram descobertas fraudes superiores a 3 bilhões de reais.

No entender da parlamentar, tais atitudes motivam essa oposição ferrenha, violenta que não quer que o Governo Federal continue trabalhando dentro da sua opção de incluir os excluídos, historicamente, de nosso país.


TSE recomenda perda de fundo partidário ao PSDB por notas frias

Técnicos do TSE recomendam perda de fundo partidário do PSDB por notas frias


O corpo técnico do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encontrou notas fiscais frias em prestação de contas do PSDB e, por isso, recomendou que o partido seja punido com a perda do fundo partidário. Os documentos foram usados para justificar pagamentos de R$ 389,5 mil (dinheiro público) feitos a empresa de um dirigente do próprio partido, o ex-secretário-geral e atual tesoureiro nacional, Márcio Fortes.

A Folha obteve cópias de dois cheques apresentados pelo PSDB à Justiça Eleitoral, ambos nominais à Marka Serviços de Engenharia, pertencente ao tucano. Os cheques, de R$ 34,5 mil e R$ 75 mil, possuem um carimbo do próprio Márcio Fortes. Ou seja, o dirigente atestou pagamentos feitos à sua própria empresa.

Fortes reconheceu à Folha os pagamentos feitos à sua empresa e disse que ela foi contratada às pressas para organizar comícios de candidatos do PSDB nas eleições municipais de 2000. Mas negou que as notas sejam frias (leia o outro lado).

As notas fiscais da Marka foram consideradas "inidôneas" pelos técnicos do TSE por terem sido emitidas quatro anos depois de a empresa ter dado baixa na Receita Federal. Por esse motivo, segundo o tribunal, não é possível comprovar se os serviços para as quais ela recebeu foram efetivamente prestados.

De acordo com a Receita, a empresa foi "baixada" em janeiro de 1996, mas em meados de 2000 recebeu quatro pagamentos, pelos quais emitiu as notas fiscais. Os recursos são provenientes do fundo partidário, portanto públicos. O partido diz que as operações foram legais.

As notas fiscais foram incluídas na prestação de contas do partido referentes a 2000, ainda pendentes de julgamento pelos ministros do TSE. Depois de um vai-e-vem de recursos, os técnicos do tribunal opinaram definitivamente pela sua desaprovação.

O parecer aponta outras irregularidades, entre elas o gasto de R$ 1,1 mil do fundo partidário para quitar o furto de 36 toalhas e 22 edredons durante a realização de um congresso da juventude do partido em Brasília.(Assim eles começam o ofício)

O caso agora está nas mãos do ministro Caputo Bastos, que fará um voto pela aprovação ou rejeição das contas. O voto será submetido à apreciação dos demais ministros em plenário. Se as contas forem reprovadas, o partido perderá os repasses do fundo partidário do ano seguinte. Para se ter uma idéia, ano passado o PSDB recebeu R$ 15,5 milhões do fundo.

Na prestação de contas do PSDB de 2001, há outras notas fiscais emitidas pela Marka, que motivaram pareceres pela rejeição. Mas, nesse caso, a legenda ainda pode fazer contestações.

A Receita também já encontrara outros dois cheques do PSDB à Marka, emitidos em 2001 e 2003, no total de R$ 94,7 mil, como mostrou reportagem da Folha em fevereiro desse ano. Eles foram depositados na conta pessoal de Fortes, segundo documento do fisco.

Houve também uma transferência eletrônica (R$ 44,5 mil) referente a pagamento feito à Marka para a conta de Margarete Licassali Lucindo, funcionária do PSDB.

Na apuração feita pelo TSE, os técnicos do tribunal consultaram a Secretaria municipal de Fazenda do Rio, onde a Marka foi registrada. Um ofício da pasta diz que as notas fiscais da empresa "só poderiam ser emitidas até 30/06/1997" e que elas são "inidôneas por emissão fora do prazo de validade".

Fonte: Folha de São Paulo


22 setembro 2008

Coisas da Política - O oculto está na superfície

Coisas da Política - O oculto está na superfície


Mauro Santayana

Ele não foi o mais expressivo dos intelectuais de gênio que viveram em Viena, pouco antes e logo depois da Primeira Guerra Mundial, até que Hitler surgisse. Era difícil sobressair-se em um grupo de que participavam, entre outros, Freud e Cannetti, Karl Krauss e Robert Musil. Mas entre as obras menores de Hugo von Hoffmannsthal, como libretista das operetas de Strauss, há criação poética singular, em que o lirismo é surpreendido por versos inquietantes. Um deles nos diz que o profundo se esconde na superfície.

Uma das formas de fugir à boa análise é esquecer o óbvio, e buscar no fundo o que se despreza na superfície. A atual crise econômica mundial surgida nos Estados Unidos, está exposta na superfície. Soros, homem da práxis, disse o que muitos especialistas e leigos já disseram. Ao renunciar a seus deveres de governantes, Margareth Thatcher e Ronald Reagan se entregaram ao fundamentalismo mercantil. O desastre da deregulation estava na superfície. A serviço dos beneficiários do descontrole, acadêmicos brilhantes mergulharam no fundo de teorias interessadas, a fim de esconder o que o raciocínio elementar mostrava – como na velha lenda oriental, levada ao Ocidente pela Andaluzia, que conta a estória do rei nu e do menino sem malícia. Quem se opunha ao pensamento único do neoliberalismo não era bem nascido, mas inimigo do mundo livre. Soros, homem prático, aproveitou-se das brechas do reaganismo para multiplicar sua fortuna. Agora, com alguma plaisanterie, diz aos que se opunham à nova ordem que eles tinham razão: o mercado financeiro, sem o rígido controle do Estado, leva à desordem e à catástrofe das grandes crises.

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A mesma idéia de Hoffmannsthal nos serve para entender o que se passa no Brasil. O banqueiro Daniel Dantas está sendo protegido por certas circunstâncias, que procuram esconder-se, mas são facilmente identificadas na superfície dos fatos. Em razão das investigações sobre seus negócios, um pedido de habeas corpus saltou sobre instâncias judiciais, como o cavalo salta sobre outras peças no jogo de xadrez. Mas não ficou nisso. Os policiais que o investigavam passaram a ser denunciados, enquanto ele se colocava em um canto do palco, provavelmente se divertindo com a inversão dos papéis. A partir de seu caso, armou-se falsa crise entre os poderes republicanos.

Como o poder está sempre em disputa, o episódio serviu também para que dois candidatos emergentes à sucessão presidencial, o atual presidente do STF e o ministro da Defesa, procurassem, cada um a seu modo, marcar espaço no cenário. O Ministro da Defesa esforçou-se em desestabilizar a Abin e a Secretaria de Segurança Institucional da Presidência da República, provavelmente com o objetivo de colocar as duas repartições sob seu comando. O presidente do Supremo continuou sendo o mesmo jurista que serviu, com coerência pragmática, ao governo de Fernando Collor e ao de Fernando Henrique, de acordo com sua biografia conhecida. Empenha-se, a serviço de suas convicções, em combater a Polícia Federal e a Abin. Pronuncia-se sobre fatos menores, quando deveria guardar o verbo para a alta tribuna a que foi conduzido pelo reconhecimento dos serviços prestados a quem o nomeou.

A invasão do judiciário sobre as prerrogativas do Parlamento encontrou, finalmente, duas instituições dispostas a resistir. O presidente da Câmara dos Deputados se nega a cumprir prazo do TSE para destituir um deputado por infidelidade partidária, e argumenta que deve respeitar o devido processo legal, assegurando o direito constitucional de defesa ao acusado. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, entrou com ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, contra a resolução do Conselho Nacional de Magistratura, que estabelece critérios para a autorização, pelos juízes, de escutas telefônicas. Segundo o Procurador, o CNJ foi além de sua função constitucional, limitada a problemas administrativos, e estabeleceu, em resolução, matéria que deve ser definida em lei.

A desregulamentação reaganiana serviu para o enriquecimento rápido dos operadores no mercado financeiro, mediante a aventura com o dinheiro dos outros. O cerco à Polícia Federal e à Abin, além de servir à aspiração política de alguns, serve ao banqueiro Daniel Dantas, que se enriqueceu na administração do investimento de terceiros e com a privatização.

Fonte: Jornal do Brasil


21 setembro 2008

Moreno entrega ministro Nelson Jobim

Moreno entrega ministro Nelson Jobim

O jornalista Jorge Bastos Moreno entrega: "Nelson Jobim foi uma das minhas melhores fontes"

Viceja neste final de semana um movimento de jornalistas que já tiveram como fonte o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ensaiam produzir um memorial que conteria tudo que já receberam da fonte Jobim. Nessas conversas, há quem se recorde, inclusive, da terceira fornada dos grampos do BNDES. Sem esquecer os bastidores da Constituinte de 1988, essa mesma que ele reescreveu ao final, secretamente, ao seu bel-prazer.

Ainda sem realizar uma reunião para definir as suas diretrizes, o movimento já conta com a liderança do jornalista Jorge Bastos Moreno - o graaaaaaaaaaaaaaaaande Moreno, craque da crônica política.

Em sua coluna no jornal O Globo, Moreno revelou desapontamento com as declarações de Jobim em recente aparição no Congresso.

Em depoimento à CPI dos Grampos, Jobim defendeu mudanças na legislação para punir vazadores de grampos telefônicos e jornalistas que os publiquem. Na doutrinação jurídica aos congressistas, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) defendeu ainda que, em alguns casos, os repórteres devem revelar suas fontes.

- Os senhores terão que prestar atenção não só no interceptador ilícito, mas também no vazador de informações. Se os senhores não fecharem as duas pontas, vai continuar a acontecer o que está acontecendo - vaticinou o ministro.

Diante de profunda análise do nosso ordenamento jurídico, Moreno teve que entregar Jobim: este foi uma das suas melhores fontes em Brasília. Preocupado com a estabilidade da República, o jornalista pede uma trégua:

- ...Ministro, é bom parar por aí! Se a lei me obrigar a revelar, retroativamente, minhas fontes, nós dois cairemos.

Terra Magazine sente-se no dever de publicar a íntegra da nota de Jorge Bastos Moreno, na coluna "Nhenhenhém", no jornal O Globo deste 20 de setembro.

Caro Jobim, foi bom para você também?'

"Desde o tempo dos seus banhos noturnos no Xingu que o Jobim das Selvas vem matando a cobra. Agora virou a própria cobra e passou a dar paulada na mídia.

Na semana passada, Jobim faltou ao trabalho por causa de uma alergia provocada por uma indisposição gástrica.

Agora, descobre-se que o ministro está com alergia à democracia. Sua proposta de obrigar o repórter a revelar a fonte só pode ser fruto de uma idiossincrasia, e, como tal, requer um tratamento extremo: uma traqueostomia, para que ele volte a respirar os ares do seu belo passado constitucionalista.

Jobim quer medir a mídia com a sua própria régua: guardou durante anos, como fonte de si mesmo, os segredos de ter adulterado votações da Constituinte e, recentemente, traído pela vaidade, acabou entregando a própria fonte, só pelo prazer de exibir os poderes que tinha na época.

Conheço profissionalmente Jobim há mais de 20 anos, antes mesmo de a Adrianne começar a mandar nele, e sou testemunha da sua retidão. Ele foi uma das minhas melhores fontes.

Portanto, ministro, é bom parar por aí! Se a lei me obrigar a revelar, retroativamente, minhas fontes, nós dois cairemos.

O senhor, por tudo o que já me disse. E eu, por ter publicado no jornal. O pacto sempre foi bom para nós dois."

Fonte: Terra Magazine

Comentário meu:

Pois que caia Jobim, pois que caia Moreno....
Eu quero ler informação com nome e sobrenome.
Eu quero saber quem disse o que e para quem.
Amigos desculpem, mas hoje acordei revoltada com a nossa mídia.
As inversões das informações, passaram acima de qualquer razão.
Hoje discutimos ABIN, grampos, Policia Federal e outras coisas mais.
Mas o real motivo de tudo isso, passa longe do que realmente nos brasileiros queremos.Queremos o Brasil passado a limpo na Corrupção dos Daniels Dantas da vida.
Queremos não ter que ouvir que membros do PCC, foram colocados soltos pelas ruas do nosso Brasil.
Queremos saber a podridão por trás do STF.
Eu insisto o momento de reivindicarmos algo para termos uma mídia decente é agora.
E aqueles que se acham acima de nos leitores, como todo bom jornalista se acha, lembrem-se, nos fazemos com que vocês existam, não ao contrário.



Mainardi e a profissão mais antiga do mundo

Mainardi e a profissão mais antiga do mundo


Em breve será muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que certo tipo de articulismo é a profissão mais antiga da humanidade. E, no entanto, estarão lidando com fenômeno recente e urbano.

Gilson Caroni Filho

Há algum tempo,em outubro de 2005, o jornalista Renato Rovai advertia quanto aos riscos que o tipo de jornalismo praticado por Mainardi e outros articulistas de Veja trazia para a imprensa como instituição e o jornalismo como profissão.

"Os tiros do padrão Veja de jornalismo estão sendo dados enquanto o silêncio acomodado da maior parte dos jornalistas segue impávido. Parece que é assim mesmo, que faz parte do jogo. Não é. Não se pode deixar que seja. Os profissionais mais jovens ainda merecem um desconto. Os mais experientes, calados, são cúmplices. Estão ajudando a desmoralizar a profissão. E pagaremos todos por isso”. (Revista Fórum, outubro de 2005)

Em dezembro do mesmo ano, Olavo de Carvalho, em cruzada aberta contra o Observatório da Imprensa afirmava que pelos critérios da esquerda, "o simples salário de jornalista profissional, tão limpo quando pago a esquerdistas, se torna uma espécie de propina corruptora quando vai para o bolso de alguém politicamente incorreto".

O "esquerdista", subsidiado por uma tão onipresente quanto imaginária "Internacional Comunista", sempre atuante nos arrazoados do auto-intitulado “filósofo”, seria o jornalista Alberto Dines, editor do Observatório. O "politicamente incorreto", o iconoclasta de estimação da família Civita era, obviamente, o polemista (?) Diogo Mainardi. É assim que Olavo costuma reorganizar as questões que o atormentam no campo das idéias: com simplificações e rótulos. É nesse marco que se processam suas “impagáveis abstrações.”

Passados três anos da publicação dos dois textos, o “oráculo de Ipanema”, em entrevista ao Jornal Laboratório da Facha (edição nº 23, julho/agosto de 2008), tece considerações sobre o que julga ser a natureza de uma categoria profissional. Confirma os piores temores de Rovai e, por conseqüência, esclarece as dúvidas “olavianas” sobre os critérios que definem o tipo de pagamento pelos serviços prestados por ela.

Lembrando da argumentação usada pelo pai do articulista, o publicitário Ênio Mainardi, para trocar as redações pela publicidade ("se era para ser uma prostituta, seria, então, uma prostituta de classe") os estudantes Daniela Lima e Diego Ferreira perguntaram a Diogo se ele se considerava uma prostituta no jornalismo.

A resposta não podia ser mais categórica: “hoje, em dia, jornalistas e publicitários ganham a mesma coisa, saíram da Vila Mimosa para as ruas mais elegantes da cidade (...) Talvez seja essa a minha maior preocupação: ser menos prostituta possível”.

Não ficou claro se Mainardi produziu uma peça de péssimo gosto ou tentou esboçar análise de um novo projeto de construção da identidade do campo jornalístico brasileiro. Uma tosca tentativa de iniciar o debate sobre novas funções éticas da imprensa. Um processo que passa pela redefinição de como se dará a elaboração crítica da informação a partir de insuspeitas exigências da nova tecnologia.

Enquanto os especialistas não se debruçam detidamente sobre as questões levantadas na entrevista, uma coisa é certa: a distância entre Vila Mimosa, famosa área de prostituição do Rio de Janeiro, e a redação de conhecida revista semanal, na Avenida das Nações, 7221, em São Paulo, diminuiu consideravelmente. Em breve será muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que certo tipo de articulismo é a profissão mais antiga da humanidade. E, no entanto, estarão lidando com fenômeno recente e urbano.



Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

Fonte: Carta Maior