29 setembro 2006

BIOGRÁFIA DE GERALDO ALCKMIN


Na sua propaganda eleitoral de rádio e televisão, o presidenciável Geraldo Alckmin tem se esforçado para negar a imagem do político de direita, autoritário e centralizador.
No maior cinismo, afirma: "Eu sou de centro-esquerda, um social-democrata".

Será? Julgue você mesmo.

FAZ PARTE DA BIOGRAFIA DE GERALDO ALCKMIN

1. Seu pai militou na União Democrática Nacional (UDN), principal partido golpista de 64;

2. Começou na política elegendo-se vereador e depois prefeito de Pindamonhangaba, sob a influência do tio José Geraldo Rodrigues que tinha acabado de ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pela ditadura e de José Maria Alckmin, que foi o vice-presidente civil do general golpista Castelo Branco;

3. Quando prefeito, escreve uma carta em que ele faz elogios a Garrastazu Médici (o mais cruel dos generais da ditadura), "que tem se mostrado sensível aos problemas sociais, trabalhistas e previdenciários dos que trabalham para a grandeza do Brasil";

4. Quando foi eleito prefeito em 1976(diferença de apenas 67 votos) logo de cara nomeou seu pai como chefe de gabinete;

5. Ainda quando prefeito, em 1978, batizou uma rua de Pinda com o nome de Josemaría Escrivá de Balaguer, o fundador da seita fascista Opus Dei;

6. Na Constituinte, em 1998, teve uma ação apagada e recebeu nota sete do Diap;

7. Em 1994, Mário Covas o escolheu como vice na eleição para o governo estadual, dando-lhe certo destaque. Mas em 2000 foi candidato para a Prefeitura da capital paulista e ficou em terceiro lugar;

8. Com a morte de Mário Covas, em março de 2001, assumiu o governo e logo em seguida expulsou a ''turma do Covas'' para abrigar no Palácio dos Bandeirantes a ''turma de Pinda'';

Tadeo¹³ 27/09/2006 05:37 9. Em 2002, Alckmin foi reeleito governador no segundo turno e um de seus primeiros atos foi nomear, para o estratégico comando do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, o delegado Aparecido Laerte Calandra - também conhecido pela alcunha de "capitão Ubirajara", que ficou famoso como um dos mais bárbaros torturadores dos tempos da ditadura;

10. Em seguida, concluiu a exclusão dos históricos do PSDB do Palácio dos Bandeirantes, cercando-se apenas de pessoas de sua estrita confiança e lealdade, pessoas sem tradição na história política nacional, composta apenas por tecnocratas subservientes;

11. Declarou entusiástico apoio à prisão de José Rainha, Diolinda e outros líderes do MST no Pontal do Paranapanema;

12. Aplaudiu a violenta desocupação dos assentados no pátio vazio da Volks no ABC paulista e em outras ocupações de terras urbanas ociosas;

13. Elogiou a prisão do dirigente da Central dos Movimentos Populares (CMP) - o Gegê - e nunca fez nada para investigar e punir as milícias privadas dos latifundiários no estado;

14. Recusou-se a negociar acordos coletivos, perseguiu grevistas e fez pouco caso dos sindicalistas. Que o digam os docentes das universidades, que realizaram um das mais longas greves da história e sequer foram recebidos;

Tadeo¹³ 27/09/2006 05:37 15. Os professores das escolas técnicas, que pararam por mais de dois meses, não foram ouvidos e ainda foram retalhados com 12 mil demissões;

16. Sabotou a implantação de fóruns de participação da sociedade criados pelo governo Lula, como o Conselho das Cidades;

17. Desrespeitou a Lei nº. 9.142, que prevê a aplicação de 10% do ICMS em casas populares;

18. Recebeu condenação formal da Corte Internacional da OEA pelo assassinato de 23 adolescentes na FEBEM;

19. Através de um artifício legal do período da ditadura militar, abortou 69 pedidos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) na Assembléia Legislativa de São Paulo - destas, 37 tinham sido solicitadas para investigar irregularidades, fraudes e casos de corrupção da sua administração;

20. Utilizou sua força política para impedir qualquer ação de controle e questionamento das ações do governo, tratando os movimentos sociais como organizações criminosas, sem capacidade de dialogar e identificar as demandas da sociedade;

21. Foi com essa conduta abertamente antidemocrática que conquistou o respeito dos maiores industriais, banqueiros e latifundiários de São Paulo e que o projetou para a disputa da presidência da República.

Baseado em artigo de ALTAMIRO BORGES
"A obsessão autoritária de Alckmin"

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