06 novembro 2012

O começo do Valerioduto

Nossa briga é antiga. Mas nunca desistimos. Pois a Justiça um dia vai ter que nos ouvir.
O Valerioduto inicialmente foi chamado de Dimasduto.
O fim foi julgado antes do começo. Assim age a nossa Justiça. Vou retificar. Nossa Justiça não, pois eu não votei, não apoiei nenhum dos Ministros do STF. E eu quero poder votar. Quero poder opinar. Afinal estes elementos são os que um dia poderão julgar aos meus. E eu quero acima de tudo Justiça correta. Ministros com integridade. Ministros sem suspensão. Mas enfim. Vamos releembrar aonde começou a nossa luta.

O Valerioduto inicialmente foi chamado de Dimasduto.

Clique no nome para ler a matéria

Nova testemunha aponta mais indícios à PF sobre "Dimasduto" - 03/03/2006

Queremos respostas sobre isso também!!!! - 23/03/2006

Contra a injustiça! - 01/04/2006


Lista de Furnas - 02/04/2006

Perícias e Imperícias na CPI dos Correios - 04/04/2006

Queremos a CPI de Furnas - 04/08/2006 

Lista de Furnas em Ação - 04/08/2006

Operação "Enguia" - 05/08/2006

Lista de Furnas - 07/08/2006

Caixa Dois Tucano de Furnas - Polícia Federal diz que é autentica - 12/09/2006

E só para concluir. Continuamos tendo um PGR Engavetador, só que continua engavetando para o PSDB/DEM (EX.PFL).






15 maio 2012

MANIFESTO EM DEFESA DE UM JULGAMENTO JUSTO

Meus Amigos / Minhas Amigas,

Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado online: «Manifesto em Defesa de um Julgamento Justo»


A proximidade do julgamento da Ação Penal 470, conhecida por “processo do mensalão”, fez surgir uma campanha pública, com apoio de parte da grande imprensa, que promove a pré-condenação dos acusados e tenta pressionar o STF para que decida de acordo com os interesses políticos desse movimento. 

Trata-se de um ataque irresponsável e inaceitável não apenas às instituições democráticas, mas também às garantias constitucionais e ao Estado de Direito. 

Nós, abaixo-assinados, repudiamos toda e qualquer tentativa de manipulação e de julgamentos sumários, seja contra quem for. Os próprios ministros tem reiterado, em diversas entrevistas, que não pretendem submeter o processo jurídico a interesses políticos, nem ceder ao açodamento, nem julgar fora dos autos. 

Confiamos na lisura, na transparência e na independência da Justiça brasileira. Estamos certos de que os ministros do STF decidirão com isenção e imparcialidade, sob a luz da Lei, das provas e dos testemunhos contidos no processo. 

Não foram poucos os que tombaram para que a Democracia e os direitos da cidadania triunfassem em nosso país. 

Não podemos permitir linchamentos públicos nem que os magistrados de nossa mais alta corte sejam alvo de campanhas intimidatórias. 

É preciso respeitar o regimento do STF e o devido processo legal, sem ritos sumários e de exceção. 


Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que você também pode concordar.

Assine o abaixo-assinado e divulgue para seus contatos. Vamos juntos fazer democracia!

14 maio 2012

- Entrevista denúncia - Heródoto Barbeiro entrevista a presidente da Associação dos Oficiais de Justiça

- Entrevista denúncia -


Heródoto Barbeiro entrevista a presidente da Associação dos Oficiais de Justiça. Ela denuncia VENDA DE SENTENÇAS cujos pagamentos são feitos com carros importados. Confirma que alguns juízes ganham até R$ 500.000,00 e desembargadores cerca de R$ 1.500.000,00.
A denúncia foi tão séria que a diretoria do Jornal mandou terminar a entrevista.

Por isso querem a cabeça da Presidente do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, que está investigando o Poder Judiciário, cujos membros se acham intocáveis e acima do bem e do mal.


12 maio 2012



DOUTOR LULA

Relato de Rafael Patto

Hoje pela manhã tive a honra e o prazer de participar, no Teatro João Caetano, no centro do Rio de Janeiro, da cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa, concedido por cinco universidades: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Estiveram presentes personalidades do mundo das artes além de autoridades políticas e acadêmicas. Compareceram a Deputada Benedita da Silva, os atores Hugo Carvana e Paulo Betti, o cineasta Luiz Carlos Barreto (o Barretão), o Secretário e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o Senador Lindbergh Farias, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, a quem saudei com um “bom dia, prefeito”, além do ex-ministro Franklin Martins, entre tantos outros. Ao entrar no teatro, enquanto procurava uma cadeira para me sentar, tive a minha grande surpresa do dia: ao pedir licença a quem já estava sentado para poder alcançar um lugar vago no meio da fileira, uma senhora muito gentilmente me ofereceu a cadeira onde ela havia colocado sua mochila, e que eu julgava estar já ocupado por alguma outra pessoa. Agradeci o gesto e me sentei ao lado daquela senhora, que imediatamente me confessou: “eu não estou nem acreditando que eu estou aqui”. Ao me virar em sua direção para poder conversar com ela, percebi o quanto estava emocionada. Ela secava com uma toalhinha de rosto suas lágrimas que rolavam desenfreadamente. Eu disse a ela: “o Lula merece todas as homenagens desse mundo”. Ao que ela assentiu: “todas! É graças a esse homem que hoje minha filha está na universidade. Ela sonhava em fazer zootecnia, e com a nota que ela obteve no ENEM eu disse a ela, ‘você vai consguir’. Hoje ela estuda aqui em Seropédica, na Federal Rual do Rio de Janeiro”. Por sinal, uma das instituições que homenageavam o ídolo daquela mãe orgulhosa da vitória de sua filha. Como é meu costume nessas ocasiões, procurei saber mais sobre aquela mulher que, só por estar ali manifestando tanto carinho por alguém a quem eu também tenho como ídolo, já havia conquistado minha simpatia. Após finalmente termos nos apresentado pelos nossos nomes, fui sondar de onde ela vinha: “Peruíbe, litoral sul de São Paulo. Passei a noite toda num ônibus, e agora estou aqui. Não estou nem acreditando...” Me contou ainda muito emocionada, a incrédula Gisele. Daí então pude concluir que aquela mochila que ela trazia consigo, e que agora estava colocada no chão entre os seus pés, para que eu pudesse me sentar, provavelmente guardava as provisões básicas de alguém que se aventurara a pegar estrada para poder, de algum modo, estar próximo de quem se admira. Hipótese que me deixou ainda mais tocado por aquela mulher tão emotiva que exalava, de uma forma absolutamente discreta, a gratidão mais sincera que eu já tinha visto na minha vida. Quando Camila Pitanga, a mestre de cerimônia, falou ao microfone, as expectativas se assomaram. Muito descontraída (e linda, permitam-me), convidou aqueles que comporiam a mesa para que tomassem seus lugares: o presidente da UNE, os ministros de Estado da Educação, Aloizio Mercadante, e da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, o governador e o vice-governador do Rio de Janeiro e o prefeito da Capital, além dos cinco reitores. Ao ser anunciada a entrada de Lula na companhia da presidenta Dilma, a platéia não se conteve. Embalado por aquela euforia, soltei meu grito de “olê-olê-olê-olá Lula, Lula!”. Nesse clima de descontração, Camila Pitanga pediu licença para quebrar o protocolo: “gente, eu não vou resistir. ‘Veta, Dilma!’”. Gesto que, de tão espontâneo, arrancou risadas da presidenta e ganhou a adesão unânime da platéia. Todo aquele entusiasmo só foi contrastado pela surpresa que tive ao ver que, hoje, Lula exibe uma silhueta mais esguia do que aquela a que meus olhos estavam acostumados. Efeito natural do tratamento a que teve de se submeter para vencer mais um dos incontáveis desafios que teve de transpor ao longo de toda a sua biografia. O efeito ruim dessa surpresa se desfaria ao constatar a enorme disposição de Lula em sorrir e em evidenciar o seu bom-humor de sempre. Mesmo admitindo alguma fraqueza, Lula fez questão de mostrar sua satisfação em estar ali, sendo homenageado por cinco centros de excelência acadêmica do país, e sendo acarinhado por uma platéia composta por inúmeras giseles. Ao ser convidado para ser investido nos trages talares, conforme protocolo cerimonial, ouviu-se uma emocionante interpretação da Bachiana nº 5 de Villa-Lobos. Já devidamente composto, Lula voltou para sua posição ao centro da mesa, e todos fomos convidados a nos colocarmos de pé para a execução do Hino Nacional. Estava aberta a cerimônia. A partir dali, os cinco reitores se encarregaram de, por meio de seus discursos, expressarem a justiça daquela homenagem que se fazia ao maior presidente da história desse país. O reitor da UniRio chegou a dizer que “Lula, diferentemente de outros presidentes letrados do passado, foi quem se comprometeu com a qualidade do ensino no Brasil”. O reitor da UERJ, que se referiu a Lula como “Doutor da causa da Humanidade”, em um discurso maravilhoso, recordou a história da sua universidade, que foi a primeira do país a oferecer cursos noturnos, que criaram maiores oportunidades para os trabalhadores poderem estudar, e também a primeira instituição de ensino superior a praticar a reserva de cotas no Brasil. O reitor da UFRJ, por sua vez, disse que se tivesse de oferecer ao Lula um título exclusivamente criado para o presidente, este serio o de “Campeão das utopias realizadas”, e ressaltou a realização utópica da própria trajetória de vida de Lula, um sertanejo de alfabetização tardia, que tendo se destacado na liderança sindical chegou à presidência de um país de 200 milhões de habitantes e se tornou reconhecido internacionalmente pela transformação social que operou neste país. Todos os cinco reitores fizeram questão de mencionar o trabalho de Fernando Haddad, que estava na platéia, como fator fundamental para os progressos alcançados no campo da educação no nosso país. O reitor da UFF reivindicou maior participação da educação no Orçamento nacional e enfatizou que as metas do governo Dilma, ainda mais ambiciosas do que as de Lula, serão sim alcançadas, “claro que em dois mandatos”, como ele fez questão de salientar. O reitor da UERJ ainda se confessaria testemunha ocular de muitos episódios da atividade política de Lula, e se lembrou de uma ocasião em que presenciou Lula e Hélio Pellegrino travarem um debate intelectual na casa de Frei Betto. Pelas palavras do reitor, “nem nos momentos mais elevados da minha vida acadêmica eu tive a oportunidade de presenciar um debate tão fecundo como aquele.” Ao final de cada discurso, Lula recebia os diplomas e posava com cada um deles para fotos. Já devidamente agraciado, foi a vez dele falar, matando a nossa saudade de sua voz. Iniciou se justificando que faria seu discurso sentado, diferentemente do seu costume. E alertou também para o risco de, no meio da leitura, vir a precisar de um “substituto”, como ele mesmo disse em tom de brincadeira, para terminar por ele o pronunciamento, caso sua garganta viesse a pedir descanso. Não foi preciso. Incansável como sempre, Lula foi até o fim. Com sua voz sensivelmente rouca, leu quase sem nenhum improviso o texto que havia preparado para o evento. Ressaltou os progressos do país a partir de seu governo e reafirmou seu compromisso com a educação do país. Enalteceu o governo de Dilma Rousseff e se disse confiante nas metas que o Brasil tem para o futuro. Terminado o discurso do homenageado, Camila Pitanga encerrou o evento. “Tico-tico no fubá” foi tocada por dois clarinetistas que se apresentaram no palco e a platéia de pé fazia a sua algazarra: cada um manifestava da forma como dava o seu carinho. Gritos dos mais variados: “Lula, eu te amo!”, “Dilma linda!”, “Lula, guerreiro do povo brasileiro!”, e outras muitas declarações de amor que devem ter sido feitas silenciosamente, no íntimo daqueles que não gritaram porque só conseguiam externar sua emoção com lágrimas, como a Dona Gisele. Gratificados por termos estado ali, nos demos um abraço de cumplicidade. Acho que é uma reação natural que ocorre a quem está muito emocionado e quer compartilhar com alguém tanto sentimento. Eu disse para ela: “ainda bem que viemos”, ao que ela só me respondeu com um suspiro e o peculiar gesto de erguer a cabeça para cima no mesmo momento em que se fecham os olhos. Ao abri-los novamente, abriu-se junto um sorriso de indizível contentamento. Foi de fato edificante. Antes de nos despedirmos, arrisquei: “você tem facebook?”. Contrariando minhas expectativas, ela me respondeu: “tenho sim. Gisele Martensen”. Fomos cada um para um lado, e eu lhe prometi que a procuraria para adicioná-la como amiga. Estou só aguardando que ela chegue novamente na sua Peruíbe, depois de visitar a filha universitária em Seropédica, para aceitar meu convite. Gisele Martensen, minha mais nova amiga de infância com quem compartilhei um momento muito gostoso da minha vida, e que acabei de contar aqui para quem teve paciência e disposição de ler tudo isso

11 maio 2012

“Igual cê fez com a gente na Veja”





Delta pediu entrada na Folha à Cachoeira: “Igual cê fez com a gente na Veja”

Os registros da Operação Monte Carlo apontam que o diretor da Delta, Cláudio Abreu, queria utilizar a experiência do bicheiro Cachoeira com a mídia para abafar uma investigação do jornal Folha de São Paulo sobre a construtora. Em ligações realizadas no dia 24 de agosto de 2011, Claudio cobrar informações do bicheiro. “Cê não tem nenhum caminho pra gente entrar dentro da Folha pra fazer uma interface dentro lá na Folha não, cara?” E completou: “Igual cê fez com a gente na Veja”.

Vinicius Mansur

Brasília - A construtora Delta pediu ajuda ao contraventor Carlos Cachoeira para abafar uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que investigaria a empresa. “Igual cê fez com a gente na Veja” (sic), disse o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a Cachoeira, em conversa telefônica interceptada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), às 19:07 horas do dia 24 de agosto de 2011.

Cachoeira tomou ciência das investigações do jornal através do senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido). Às 10:24 horas do mesmo dia 24, o senador disse ao bicheiro: 

“Me ligou uma repórter da Folha, fazendo uma investigação em cima da Delta em Goiás. Então... por conta do negócio lá do Rio... então eles espalharam repórter no Brasil em cima da Delta. Me ligaram perguntando se eu sabia alguma coisa, eu falei que não sabia de nada.”

À época, a Folha de São Paulo questionava os contratos, muitos deles sem licitação, assinados entre a empresa e o governo do estado do Rio de Janeiro. Cerca de dois meses antes, um acidente de helicóptero evidenciou a proximidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do proprietário da Delta, Fernando Cavendish.

Logo após ser informado por Demóstenes, Cachoeira repassou as informações a Cláudio Abreu que se desesperou e, rapidamente, buscou providências. Às 10:36 horas, Cláudio retornou a ligação para o contraventor:

“Já avisei aqui, rezei o pai nosso pra todo mundo... nunca viu vocês, não conhece, não trabalha essas pessoas aqui, nem você, nem Wlad, nem político vem aqui, nem nada.”

Em nova ligação, às 10:57, Claudio quer saber quem é o jornalista que procurou Demóstenes para tentar abafar o caso:

“Quem que é o cara da Folha que manteve contato? Quem que é o cara? Porque nós tamo bem com a Folha lá. Tamo trabalhando lá... saber quem que é o cara aqui pro chefe lá tentar abortar isso aí, né.”

Cachoeira respondeu que era uma mulher, mas que iria procurar saber mais detalhes.

Em outras duas ligações, ainda no dia 24, Claudio volta a cobrar informações do bicheiro. “Cê não tem nenhum caminho pra gente entrar dentro da Folha pra fazer uma interface dentro lá na Folha não, cara?” disse e completou:

“Igual cê fez com a gente na Veja”.

Fonte: Carta Maior


10 maio 2012

DE IDIOTAS E CANALHAS



Por Raul Longo

Ninguém pode nem deve se considerar um idiota apenas por acreditar nas mentiras da mídia brasileira. Afinal, os veículos da mídia, em tese, deveriam ser meios de informação, como acontece em países onde esses meios são obrigados a respeitar marcos regulatórios . Se aqui no Brasil enganam e enganaram o público, aqueles que foram enganados não tem culpa disso. Não podem ser considerados idiotas por terem acreditado em canalhas que se apresentam como informantes de fatos e divulgam mentiras.

Quem, pela internet, divulgou sua indignação pelo “Mensalão”, não tem culpa de ter acreditado naquela armação da mídia.

Quem, pela internet, denegriu o José Dirceu, não tem culpa de ter condenado uma vítima da mídia. Quem usou de seu computador para ajudar a mídia a difamar o José Genoíno, também não.

Nem mesmo aqueles que distribuíram as mentiras que recebiam pela internet sobre a fazenda do filho do Lula. Os que acreditaram que o PT recebia dólares de Cuba e em todas as outras mentiras que a mídia divulgou sobre a equipe do governo Lula.

Apesar do absurdo, até ridículo, não dá para se considerar como idiotas nem aqueles que distribuíam pela internet um tal documento do FBI ou  CIA ou Pentágono sobre projeto de golpe de Lula para instaurar-se como ditador.

Não... Esses não foram idiotas. Muito  ingênuos, é verdade. Um tanto preguiçosos para raciocinar, talvez. Uma certa incapacidade de percepção, sim, mas considerá-los idiotas é exagero.

São mais é vítimas de grupos que pretendiam desestabilizar o governo Lula e continuam pretendendo desestabilizar o governo Dilma para voltar a explorar esses mesmos que acreditaram em todas as mentiras que lhes foram contadas. Tantas que em algum momento deveriam ter começado a desconfiar, a enxergar a realidade... Mas é aquela história, repete-se a mesma mentira tantas vezes que até se convence os menos atentos.

Aqueles que pela internet divulgavam ofensas à Dona Marisa e se referiam a Lula como “apedeuta”, pelo preconceito demonstrado chegavam bem próximo à idiotia, é verdade. Sim, preconceito é coisa de idiota mesmo, mas há de se considerar que foram induzidos a esses preconceitos, estimulados para isso. Muitos já tinham uma certa predisposição para assimilar o preconceito porque para alguns é mesmo duro ter de reconhecer que apesar de ter cursado anos e anos de estudo escolar e do privilégio de ter podido estudar, não conseguiu desenvolver nem um quarto da metade da inteligência de outro que não teve a mesma oportunidade. Difícil mesmo ter de reconhecer que apesar de nunca ter se diplomado em coisa alguma, aquele é o brasileiro que mais recebeu título de Doutor Honoris Causa das mais importantes universidades do mundo.

Então, convenhamos, esses que há tantos anos vêm distribuindo todos os preconceitos que lhes foram incutidos, que usaram a internet para promover mentiras, e que acreditaram nas tantas falsas informações inventadas e divulgadas pela mídia brasileira, não são propriamente idiotas.

Daqui pra frente, se continuarem acreditando na mídia, claro! Afinal, quem cai no golpe do bilhete premiado a primeira vez, é apenas um ingênuo. Já quem cai no mesmo golpe outra vez, sem dúvida é um arrematado idiota.

E aquele que já caiu, mas ao ver outro entrando na mesma conversa não o avisa? Não alerta para evitar que se faça outra vítima? Esse é o quê?

Esse é tão canalha quanto o golpista. E como não está ganhando nada com isso, é ainda pior do que o golpista! Pois o golpista é apenas um canalha, mas o que não avisa, além de canalha é idiota, pois não ganha nada com isso, mas ajuda o canalha a explorar e a mentir para outros.

Daí que ofereço a oportunidade destes links para aqueles que espalharam pela internet as mentiras produzidas pelos golpistas da mídia. É a oportunidade que precisam para demonstrar aos mesmos correspondentes aos quais distribuíram as velhas mentiras que, apesar de ingênuos, não foram idiotas. E muito  menos canalhas. 

Sem dúvida, entre os que receberem essa oportunidade que aqui ofereço, haverão os que não vão querer demonstrar que ajudaram a divulgar mentiras nem reconhecer que foram enganados. E não vão distribuir para ninguém.

Esses coitados são tão idiotas que sequer conseguem atinar para o fato de que os links aqui distribuídos são de notícias já amplamente divulgadas e na verdade não estarão informando novidade alguma. E perderão a oportunidade de provar para seus correspondentes que não são canalhas, sendo.   

Assista o vídeo aqui do Domingo Espetacular pela Record.


Clique aqui para ouvir Demóstenes e Cachoeira  tramando pilantragens com a ajuda da Veja.
Clique aqui para ver a Globo cortando o discurso de Dilma quando ela falava de Vargas, Jango e Brizola.
Clique aqui para saber quem é o Judas curitibano.
Clique aqui para assistir Dilma chamando os bancos na chincha.

28 abril 2012

Imaginem se fossem do PT

Será que a nossa imprensa que está sempre com as fontes nos lugares certos (sarcasmo), não receberam estas informações???? Ou mesmo as imagens????
E eu ainda acredito nela (sarcasmo puro)...


26 abril 2012

Globo não tem vergonha na cara

Ontem no JN, a matéria de Ari Peixoto, tentando mostrar ao povo que Lula e Dilma estão em conflito. Segue trecho da matéria:

"O ex-presidente [Lula], que está em Brasília, passou boa parte do dia reunido com a presidente Dilma. Eles conversaram reservadamente sobre a CPI. Fontes do Planalto disseram que Lula acredita que a CPI poderia tirar a atenção sobre o julgamento do mensalão, previsto para os próximos meses. Já a presidente Dilma teria sido bem clara: funcionário do governo que aparecer em gravações será demitido."

Enquanto isso em fato real.

Na Pré-Estreia do documentário "Pela Primeira Vez". Lula e Dilma lado a lado, se emocionam.

Após a exibição do documentário, de mãos dadas com Dilma, o ex-presidente confessou aos jornalistas presentes que estava emocionado.

— Eu estou emocionado porque, veja, acho que tudo aquilo que a gente falava da companheira Dilma antes da campanha era pouco diante do que ela está fazendo no Brasil.

Como ocorre com os astros de cinema, o ex-presidente não foi poupado dos abraços dos fãs, que se aglomeraram para tirar fotos com ele.

Perguntado se havia alguma diferença entre os governos de ambos, Lula disse: 

— Diferença tem. É que ela pode fazer mais, fazer melhor. 

PS.: JN = Novela transmitida entre a novela das 7:00 e das 8:00hs

D. Eliane Cantanhede, cadê o ego do Lula???? Ego tem o FHC e Cerra.

Fonte: R7


24 abril 2012

Graças as privatizações...

Imaginem se a Vale ainda fosse nossa...

Acordo entre Vale e Petrobras é estratégico, diz Dilma

A presidente da República, Dilma Rousseff, definiu como crucial e estratégico o acordo assinado nesta segunda-feira entre a Vale e a Petrobras para a renovação do contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio, no estado de Sergipe, que permitirá a exploração das reservas de carnalita. O entendimento entre as duas empresas vinha sendo pressionado pelo governo federal desde o início do ano passado. Os investimentos no projeto deverão somar US$ 4 bilhões.

"Estamos celebrando um acordo virtuoso, que é estratégico para a nossa segurança alimentar e para assegurar que sejamos cada vez mais produtivos e competitivos, barateando o custo da produção agrícola e para não dependermos ainda mais do mercado internacional", disse a presidente durante evento no município sergipano de Rosário do Catete, onde estão localizadas as reservas. Também estavam presentes a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, e o presidente da Vale, Murilo Ferreira. "Ele é uma liderança empresarial nova, tranquila e comprometida com o crescimento do nosso País", disse Dilma sobre Ferreira, que completa no próximo mês um ano à frente da mineradora.

Hoje, a Vale já produz potássio em Sergipe, em Taquari-Vassouras. Nitrogênio, fósforo e potássio são os três nutrientes básicos para a composição de fertilizantes, e o Brasil é dependente da importação de todos eles. O objetivo do governo é o de que, com o aumento da produção da Vale, a dependência externa por fertilizantes diminua. Atualmente o Brasil importa 70% dos fertilizantes que consome e 90% do potássio. A meta da mineradora é chegar a uma produção de 3,4 milhões de toneladas de potássio em 2015. Para este ano, a Vale projeta alcançar uma produção de 650 mil toneladas.

De acordo com o plano de investimentos da Vale divulgado no fim do ano passado, 9,6% do montante de US$ 21,4 bilhões para 2012 serão destinados ao segmento de fertilizantes. Segundo estimativa da Vale, o Projeto Carnalita poderá adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio em Sergipe. Essa oferta permitirá ao Brasil economizar algo em torno de US$ 17 bilhões em divisas ao longo de 29 anos, ainda de acordo com a mineradora.

Já segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que também participou do evento, o governo tinha um interesse muito grande em que as empresas encontrassem uma solução ao impasse, para que a produção de fertilizantes do País pudesse crescer. "Temos interesse que essa associação (entre Vale e Petrobras) se estreite cada vez mais para que tenhamos mais potássio e mais fertilizante", disse o ministro.

Fonte:FERNANDA GUIMARÃES - Agencia Estado
E eu ainda quero saber aonde esta o dinheiro da Privatização!!!!

12 abril 2012

O partido mídia e o crime organizado


Emiliano José: O partido mídia e o crime organizado


O partido mídia e o crime organizado


por Emiliano José, deputado federal do PT-Bahia, via e-mail


Algumas análises sobre a velha mídia brasileira, aquela concentrada em poucas famílias, de natureza monopolista, e que se pretende dona do discurso e da interpretação sobre o Brasil, pecam por ingenuidade. Pretendem conhecer sua atuação orientando-se pelos cânones e técnicas do jornalismo, como se ela se guiasse por isso, como se olhasse os fatos com honestidade, como se adotasse os critérios de noticiabilidade, como se recusasse relações promíscuas com suas fontes, como se olhasse os fatos pelos vários lados, como se recusasse uma visão partidarizada da cobertura.

Essa velha mídia não pode ser entendida pelos caminhos da teoria do jornalismo, sequer por aquela trilha dos manuais de redação que ela própria edita, e que se seguida possibilitaria uma cobertura minimamente honesta. Ela abandonou o jornalismo há muito tempo, e se dedica a uma atividade partidária incessante. Por partidária se entenda, aqui, no sentido largo da palavra, uma instância que defende uma política, uma noção de Brasil, sempre ao lado dos privilégios das classes mais abastadas. Nisso, ela nunca vacilou ao longo da história e nem cabe recapitular. Portanto, as clássicas teorias do jornalismo não podem dar conta da atividade de nossa velha mídia.

Volto ao assunto para tratar da pauta que envolveu o senador Demóstenes Torres e o chefe de quadrilha Carlinhos Cachoeira. É possível adotar uma atitude de surpresa diante do acontecido? Ao menos, no mínimo, pode a revista VEJA declarar-se estupefata diante do que foi revelado nas últimas horas? Tudo, absolutamente tudo, quanto ao envolvimento de Carlinhos Cachoeira no mundo do crime era de conhecimento de VEJA. Melhor: era desse mundo que ela desfrutava ao montar o que lhe interessava para atacar um projeto político. Quando caiu o senador Demóstenes Torres, caiu a galinha dos ovos de ouro.

“Esqueçam o Policarpo”. Está certo, certíssimo, o jornalista Luis Nassif quando propõe que se esqueça o jornalista Policarpo Júnior que, com os mais de duzentos telefonemas trocados com Cachoeira, evidenciou uma relação profunda, vá lá, com sua fonte, e se ponha na frente da cena o, vá lá, editor Roberto Civita.

Este, como se sabe, constitui o principal dirigente do partido midiático contrário ao projeto político que se iniciou em 2003, quando Lula assume. Policarpo Júnior apenas e tão somente, embora sem nenhuma inocência, cumpria ordens de seu chefe. Agora, que será importante conhecer o conteúdo desses 200 e tantos telefonemas do Policarpo Júnior com Cachoeira, isso será. Até para saber que grampos foram encomendados por VEJA ao crime organizado.

Nassif dá uma grande contribuição à história recente do jornalismo ao fornecer um impressionante elenco de matérias publicadas por VEJA nos últimos anos, eivadas de suposições, sem qualquer consistência, trabalhadas em associação com o crime. Civita nunca escondeu a sua posição contra o PT e seus aliados. É um militante aplicado da extrema-direita no Brasil, e que se dedica, também, subsidiariamente, a combater os demais governos reformistas, progressistas e de esquerda da América Latina.

Importante, como análise política, é que o resto da mídia sempre embarcou – e com gosto – no roteiro, na pauta, que a revista VEJA construía. Portava-se, não me canso de dizer, como partido político. Não adianta escamotear essa realidade da mídia no Brasil. O restante da velha mídia não queria checar, olhar os fatos com alguma honestidade. Não. Era só fazer a suíte daquilo que VEJA indicava. Esse era um procedimento usual dos jornalões e das grandes redes de tevê.

Barack Obama, ao se referir à rede Fox News, ligada a Rupert Murdoch, chamou-a também de partido político, e tirou-a de sua agenda de entrevistas. Não é novidade que se conceitue a mídia, ou grande parte dela, como partido político conservador. Pode lembrar Gramsci como precursor dessa noção, ou, mais recentemente, Octavio Ianni que a chamava de Príncipe Eletrônico. No Brasil, inegavelmente, essa condição se escancara. A velha mídia brasileira sequer disfarça. Despreza, como já se disse, os mais elementares procedimentos e técnicas do bom jornalismo.

Na decisão da Justiça Federal em Goiás, ressalta-se, quase que com assombro, os “estreitos contatos da quadrilha com alguns jornalistas para a divulgação de conteúdo capaz de favorecer os interesses do crime”. Esses contatos, insista-se, não podem pressupor inocência por parte da mídia, muito menos da revista VEJA que, como comprovado, privava da mais absoluta intimidade com o crime organizado por Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres dada à identidade de propósitos.

Esse episódio, ainda em andamento, deve muito, do ponto de vista jornalístico, a tantos blogs progressistas, como o de Luis Nassif (vejam “Esqueçam Policarpo: o chefe é Roberto Civita”); o de Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania (vejam “Leia a espantosa decisão judicial sobre a Operação Monte Carlo”); o Portal Carta Maior (leiam artigo de Maria Inês Nassif, “O caso Demóstenes Torres e as raposas no galinheiro”); o Blog do Jorge Furtado (“Demóstenes, ora veja”), o Vi o Mundo, do Azenha, entre os que acessei.

Resta, ainda, destacar a revista CartaCapital que, com matéria de Leandro Fortes, na semana que se iniciou no dia 2 de abril, furou todas as demais revistas ao evidenciar a captura do governo de Marconi Perillo pelo crime organizado de Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira. Em Goiânia, toda a edição da revista foi comprada aos lotes por estranhos clientes, ninguém sabe a mando de quem – será que dá para desconfiar?

A VEJA enfiou a viola no saco. Veio de “O mistério renovado do Santo Sudário”, tão aplicada no conhecimento dos caminhos do cristianismo, preferindo dar apenas uma chamadinha na primeira página sobre “Os áudios que complicam Demóstenes” e, internamente, mostrar uma matéria insossa, sem nenhuma novidade, com a tentativa, também, de fazer uma vacina para inocentar o editor de Brasília, Policarpo Júnior. Como podia ela aprofundar o assunto se está metida até o pescoço com Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira?

Impunidade do crime jornalístico

Há algumas perguntas que pairam no ar. O jornalismo pode ser praticado dessa maneira, em associação explícita com o crime organizado, sem que nada aconteça aos que assim procedem? Por menos do que isso, a rede de Rupert Murdoch, na Inglaterra, enfrenta problemas sérios com a Justiça, houve prisões, e seu mais importante semanário, o News of the World, que tinha 168 anos, e era tão popular quanto desacreditado, fechou.

E aqui? O que se fará? A lei não prevê nada para uma revista associada havia anos com criminosos de alto coturno? Creio que se reclamam providências do Ministério Público e, também, das associações profissionais e sindicais do jornalismo. Conivência com isso, não dá. Assim, o crime compensaria, como compensou nesse caso durante anos.

Há, ainda, outra questão, e de grande importância e que a velha mídia ignorou solenemente, e este foi um trabalho realizado primeiro pelo jornalista Marco Damiani, do Portal 247, e completado, de modo brilhante, pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, evidenciando a atuação do crime organizado de Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira na construção do que ficou conhecido como Mensalão.

A entrevista com Ernani de Paula (ex-prefeito de Anápolis) feita por Paulo Henrique Amorim é impressionante. Ele fora derrubado da Prefeitura numa articulação que envolveu a dupla criminosa, e agora revela o que sabe, e diz que tudo o que se armou contra o ex-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula, José Dirceu, e contra o governo Lula, decorreu da ação consciente e criminosa de Carlinhos Cachoeira, que se insurgia contra um veto de José Dirceu à assunção de Demóstenes Torres ao cargo de Secretário Nacional de Justiça do governo, depois que ele se passasse para o PMDB.

Em qualquer país do mundo que tivesse um jornalismo minimamente comprometido com critérios de noticiabilidade, ainda mais diante do possível julgamento do processo denominado Mensalão, ele entraria fundo no assunto para que as coisas se esclarecessem. Mas, nada. Silêncio.

É como se a velha mídia tivesse medo de que a construção da cena midiática em torno do assunto, construção que tem muito de fantasiosa e é obviamente contaminada por objetivos políticos, pudesse ser profundamente alterada com tais revelações e, inclusive, ter reflexos no julgamento que se avizinha. Melhor deixar isso confinado aos “blogs sujos” e às poucas publicações que se dedicam ao jornalismo. A verdade, no entanto, começa a surgir. Nós não precisamos mais do que dela, como dizia Gramsci. Insistamos nela. Se persistirmos, ela se imporá. Apesar do velho partido midiático.

Reproduzido do Blog do Azenha: Vi o mundo

05 abril 2012

Estou na campanha...


O eleitor “Coca-Cola” de São Paulo


É espantoso como a maioria dos paulistanos não tem a capacidade de relacionar a péssima qualidade de vida em São Paulo ao desempenho dos governantes que elege. O PSDB chuta-lhes o traseiro há uns 20 anos e eles quase que se desculpam por oferecê-lo seguidamente, a cada eleição. Muitos filmam o caos em que vivem pelo celular, guardam de recordação ou publicam no Youtube! Enchentes, congestionamento humano surreal nas estações do metrô, trombadinha atacando vítima, traficante vendendo droga, assaltante em ação… E quando chega na frente da urna, “alguma coisa acontece em seus corações” e lá vão eles, de novo, no mesmo PSDB! Ser conservador, reacionário ou um idiota completo em São Paulo, não tem origem na educação, raça ou nível social. É resultado de uma longa e profunda convivência com a mídia paulista.

A maioria dos paulistas não liga para política e políticos porque “tem mais o que fazer”. E quando não dá pra fugir do assunto, faz cara de esperto e sentencia: “todos os políticos são iguais; todos roubam”. Vão naquela linha do “poder que corrompe” etc… Enganam os mais distraídos, já que não querem ou não têm conhecimento para se aprofundar na questão. Para não se darem ao trabalho de pensar, comparar candidatos e toda essa chatice, muitos paulistas vão de “Coca-Cola” – o candidato que conhecem desde a infância. Neste caso, os “Coca-Cola” são José Serra, Geraldo Alckmin. Maluf também foi um grande “Coca-Cola”. Íntimos que são de seus eleitores igualmente “Coca-Cola”, os tucanos paulistas não mudam o discurso usual “te engano porque você gosta”. Bastou Serra anunciar-se candidato à prefeitura usando as habituais manobras rasteiras dentro do próprio partido, para que o paulistano o elevasse imediatamente a favorito disparado nas pesquisas. E mesmo que o eleitor se esconda da informação, ela lhe bate na testa há anos: até os marcianos sabem que da última vez, Serra não governou nem cumpriu mandato algum, focado que estava em sua eterna escalada rumo ao Palácio do Planalto. Além disso, largou a prefeitura nas mãos do oportunista mais desqualificado que gravitava em sua órbita. Kassab tornou-se o pior de todos os prefeitos que já passaram por esta cidade, na avaliação de seus moradores que… o reelegeram em 2008!


São Paulo tem muito pobre que come carne de pescoço e arrota caviar. Este tipo acredita que enriquecerá “junto” com o patrão. Por isso rouba na balança contra o freguês. É o tal “negro de alma branca” – que prefere catar as migalhas que caem do bolso do feitor a almejar igualdade de direitos e oportunidades para seus semelhantes sociais ou raciais. Acha que educação para pobre é perda de tempo. Por isso bota seu filho pra trabalhar o mais cedo possível, traçando-lhe o mesmo destino do pai desde a adolescência. Acredita em Deus e vai à missa aos domingos. (Mas admite com seus botões que do lado de fora da igreja, quem dá as cartas é o Diabo.)

A maioria dos paulistanos reconhece que viver em São Paulo é cada vez mais insuportável. Não por culpa dos seguidos governos elitistas do PSDB, é claro. Mas pelo crescimento desordenado da cidade provocado pela “invasão de alienígenas nortistas e outras impurezas étnicas – inclusos aí, filhos, netos e toda a parentada”. Por isso, é comum o cidadão achar-se no direito de furar qualquer fila: desde a dos congestionamentos até a dos supermercados. Se viaja enlatado no transporte coletivo, a culpa do seu desconforto é do passageiro ao lado, que invadiu “sua” cidade. (Em sua arrogância delirante, torce secretamente para que surja alguma epidemia que dizime ¾ da população: basicamente os negros e os nordestinos. Ah, sim, quase esquece: inclua-se aí os mendigos e os gays.)

Muitos caem na conversa de uma profissional de telemarketing e acabam assinando um desses jornalões ou revistas decadentes que ainda circulam por aí. Mas logo no segundo mês perdem o interesse na leitura: tirando as manchetes de capa, a página que fala do seu time, quadrinhos e horóscopo (que consomem numa única sessão no “trono sanitário”) o impresso nem se desmancha. E mesmo constatando que não tiram proveito algum, mantêm sua assinatura. Assim, mantêm também a ilusão de serem cidadãos bem informados. E o ciclo ilusório se completa nas estatísticas das quais fazem parte e que o dono do jornal empurra aos seus anunciantes.

Esse paulista foi convencido por idiotas das rádios, jornais e TVs igualmente paulistas, que é um otário que paga mais impostos hoje do que em outras épocas. Não lhe passa pela geléia do cérebro que o número garrafal exibido no impostômetro da rua Boa Vista é fruto da política de aquecimento do consumo interno que protege nossa economia do vírus neo-liberal – o mesmo que arrasa metade do planeta. Fizeram-no acreditar também que São Paulo é a tal “locomotiva” que carrega o Brasil nas costas. Para ele, “desde o Brasil Império já havia oportunidades para todos de norte a sul do país – seja nas escolas, seja no mercado de trabalho”. Por isso odeia os programas sociais do Governo Federal que “sustentam vagabundos que passam o dia bebendo pinga e jogando sinuca enquanto ele dá um duro danado”.

O paulistano ama seu automóvel – embora sempre esteja disposto a trocá-lo por um modelo mais novo. Adora passear a uma velocidade de 20 km por hora em média durante 1h30 também em média quando se dirige ao trabalho. Xingue sua mãe, cobice sua esposa, tire sarro do seu time que perdeu de goleada… mas nunca, jamais risque ou amasse seu carro! Porque, acima de tudo, este é seu verdadeiro governante. É o fiel parceiro que acomoda o traseiro daquela mulher-objeto, que está sempre disposta a deixar-se seduzir quando o motorista confunde seu joelho com o cambio e acelera em direção a um motel qualquer. No embalo da última do Teló…

Autor: Roni Chira