O Brasil vai melhor? Dava para ouvir o choro e o ranger, não, o rilhar de dentes da elite e de seus arautos nas redações e alhures. Assim não dá: os “formadores de opinião” não vão mais “formar” coisa nenhuma mesmo, desligados que estão da nação que querem formatar.
Flávio Aguiar é editor-chefe da Carta Maior.
Vejam as manchetes:
· População brasileira sobre 1,42% e atinge 187,2 milhões.
· Desemprego tem a maior queda em 10 anos e renda sobe.
· Trabalho infantil recua em 2006.
· Acesso a telefone sobe em todas as regiões em 2006.
· Aumenta parcela de brasileiros que se dizem negros. (A propósito: com isso, a parecela dos brasileiros que se declaram negros, pardos, índios e amarelos passou de 50% da população).
· Número de estudantes no nível superior cresce 13,2%.
· Alta da renda do brasileiro é a maior desde 95.
· Desemprego em 2006 é o menor em 10 anos.
· População do país está envelhecendo.
· Acesso à internet cresce mantendo disparidades regionais.
· Desemprego tem a maior queda em 10 anos e renda sobe.
· Trabalho infantil recua em 2006.
· Acesso a telefone sobe em todas as regiões em 2006.
· Aumenta parcela de brasileiros que se dizem negros. (A propósito: com isso, a parecela dos brasileiros que se declaram negros, pardos, índios e amarelos passou de 50% da população).
· Número de estudantes no nível superior cresce 13,2%.
· Alta da renda do brasileiro é a maior desde 95.
· Desemprego em 2006 é o menor em 10 anos.
· População do país está envelhecendo.
· Acesso à internet cresce mantendo disparidades regionais.
Não, internautas, não eram manchetes de uma Carta Maior às vêzes acusada de ser “chapa-branca” por fazer o contraponto à mídia conservadora e marrom que pretende ter a hegemonia do enquadramento da opinião pública para que esta espelhe seus interesses.
Eram manchetes colhidas a esmo nas páginas virtuais dos jornalões brasileiros, que espelhavam os dados do Pnad do IBGE. Depois, nas páginas impressas, viriam análises, algumas tentando favorecer FHC e o ano de 96, sem se dar conta de que assim só sublinhavam a débâcle que foram os anos subseqüentes de seu governo.
Dava para ouvir o rilhar de dentes e sentir as lágrimas de ódio que corriam nas redações conservadoras, nos grotões da história onde a elite e seus arautos vivem sem querer arredar pé.
E tais notícias saem quando esses mesmos grotões perdem, ainda que momentaneamente, o renânico véu com que tentavam tapar a visão do país verdadeiro e profundo. Não perdem por esperar, contudo. Com certeza o renânico personagem, que os serviu tão bem durante tantos anos, e que ao longo deles foi tão calorosamente acolhido e preservado, voltará a lhes dar motivos para baterem o bumbo do moralismo dirigido.
Mas no momento, enquanto tais índices afloravam à superfície das manchetes, o odiado Presidente Lula era recebido com festejos protocolares Europa à fora, como a primeiro dignatário de uma grande nação (com problemas graves sem dúvida) que é, e não como o bufão de um paiseco bananeiro, que é como as elites e seus arautos gostariam de impingir à opinião pública que somos.
Mas nas mesmas manchetes pairava a detestável ameaça sobre os que não suportam esse país habitado por um zé povinho (para elas) que teima em ser o povão (palavra intraduzível em outras línguas) dos nossos sonhos e do pesadelo delas: “Acelerar distribuição de renda é o maior desafio, diz presidente do IBGE”.
É isso que as elites e os economistas neo-liberóides (porque liberal, Liberal, assim com letra maiúscula, é outra coisa) detestam e de tudo fazem para impedir, alegando riscos inflacionários, bolhas e vôos de galinha.
Pobres galinhas! Quem já viu uma galinha voar sobre a cerca do galinheiros sabe do espantoso que isso é, mais maravilha do que o balão do Bartolomeu e o 14-bis do Santos Dumont.
Pois é isso que apavora a elite e seus arautos: perceber que a galinha está escapando do cercado. Por cima dele.
Vera
Eram manchetes colhidas a esmo nas páginas virtuais dos jornalões brasileiros, que espelhavam os dados do Pnad do IBGE. Depois, nas páginas impressas, viriam análises, algumas tentando favorecer FHC e o ano de 96, sem se dar conta de que assim só sublinhavam a débâcle que foram os anos subseqüentes de seu governo.
Dava para ouvir o rilhar de dentes e sentir as lágrimas de ódio que corriam nas redações conservadoras, nos grotões da história onde a elite e seus arautos vivem sem querer arredar pé.
E tais notícias saem quando esses mesmos grotões perdem, ainda que momentaneamente, o renânico véu com que tentavam tapar a visão do país verdadeiro e profundo. Não perdem por esperar, contudo. Com certeza o renânico personagem, que os serviu tão bem durante tantos anos, e que ao longo deles foi tão calorosamente acolhido e preservado, voltará a lhes dar motivos para baterem o bumbo do moralismo dirigido.
Mas no momento, enquanto tais índices afloravam à superfície das manchetes, o odiado Presidente Lula era recebido com festejos protocolares Europa à fora, como a primeiro dignatário de uma grande nação (com problemas graves sem dúvida) que é, e não como o bufão de um paiseco bananeiro, que é como as elites e seus arautos gostariam de impingir à opinião pública que somos.
Mas nas mesmas manchetes pairava a detestável ameaça sobre os que não suportam esse país habitado por um zé povinho (para elas) que teima em ser o povão (palavra intraduzível em outras línguas) dos nossos sonhos e do pesadelo delas: “Acelerar distribuição de renda é o maior desafio, diz presidente do IBGE”.
É isso que as elites e os economistas neo-liberóides (porque liberal, Liberal, assim com letra maiúscula, é outra coisa) detestam e de tudo fazem para impedir, alegando riscos inflacionários, bolhas e vôos de galinha.
Pobres galinhas! Quem já viu uma galinha voar sobre a cerca do galinheiros sabe do espantoso que isso é, mais maravilha do que o balão do Bartolomeu e o 14-bis do Santos Dumont.
Pois é isso que apavora a elite e seus arautos: perceber que a galinha está escapando do cercado. Por cima dele.
Vera
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