28 agosto 2008

Comentando a matéria

Comentando a Matéria


O pior não é a 'encomenda'. O pior é o DES-jornalismo, o jornalismo de DES-democratização, no Estadão e na FSP, eternamente udenistas e golpistas. Até quando?!

D. Dora Kramer & Gabriel Tarde:

"a cada dia, o jornalismo será mais leviano, mais medíocre, mais irresponsável, mais desonesto,
para atender aos públicos cada dia mais mal informados e menos críticos."

Em matéria de "jornalismo", tô com Gabriel Tarde (1843-1904):

"Pode-se lamentar, de pleno direito, a história do jornalismo, que não criou públicos críticos. Porque públicos críticos teriam criado melhores jornalistas; mas públicos mal informados criaram jornalistas levianos, medíocres, irresponsáveis, desonestos. Seja como for, já não há como mudar o jornalismo e, a cada dia, o jornalismo será mais leviano, mais medíocre, mais irresponsável, mais desonesto, para atender aos públicos cada dia mais mal informados e menos críticos.

Até que se invente outro jornalismo, o jornalismo que temos hoje acabará por formar assassinos, ladrões, corruptos, bandidos da pior espécie [além de tucanos-uspeano-pefelistas e seus jornalistas partidarizados, é claro!]. Nada é menos permeável à democracia que o trono do jornalista. E de cada leitor do jornalismo que haverá e dos jornalistas que haverá, poderá brotar um assassino, um ladrão, um corrupto." (Está aqui [em francês])

Isto pra dizer que, na minha opinião, a 'encomenda' não é a segunda natureza do jornalismo: é a primeira.

O problema, portanto, é MUITO mais complicado do que espinafrar, no DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008, só a encomenda -- como faz o Prof. Caroni (Boletim Carta Maior ou aqui) e fazem tantos, por aí.

O xis da questão não é "a encomenda". O xis da questão é a falta de empenho democratizatório que é a marca do DES-jornalismo eternamento udenista, que ainda desgraça o Brasil-2008. Se a encomenda fosse feita em nome da maioria, continuaria a ser encomenda e estaria tudo bem.

É como a propaganda e a educação e até o amor: 'manipular', os três manipulam. Mas fazer propaganda de democratização e oferecer educação de democratização e pregar amores democráticos e de democratização são atitudes, comportamento, desejo e trabalho e amor DE DEMOCRATIZAÇÃO e pela democratização dos muitos. Então... kekitém que sejam (e são) manipulação?

Esta idéia me ocorreu, hoje, lendo a coluna de D. Dora Kramer [se quiser, leia aqui, adiante], em que ela continuava, ontem e já há dias, a tentar conseguir que a tucanaria uspeano-pefelista a obedeça. São sempre autoritários, estes DES-jornalistas do DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008.

E os rapazes da tucanaria-pefelista paulista (uns da ala PFL, jamais democráticos; outros, da ala da Opus Dei, não-uspeana, ainda mais ativamente fascistizante, mas é tudo farinha do mesmo saco, tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo udenista, no Brasil, há quase 100 anos! [risos, risos, mas, sim! Sandra Cavalcanti aproxima-se dos NOVENTA ANOS!) continuam a meter os pés pelas mãos.

Mas D. Dora Kramer, então, insiste. E continua a fazer DES-jornalismo, que NÃO INTERESSA à maioria democrática e só interessa aos grupelhos tucanos uspeanos paulistas eternamente udenistas e sem votos. Mas D. Dora insiste.

Depois, num só parágrafo, D. Dora aproxima (1) Sandra Cavalcanti, a inqualificável, e (2) Marina Silva, a insuportável. Em matéria de udenismos metidos a 'éticos'... plus ça change, plus c'est la même chose [risos, risos]. Por isto, precisamente, D. Dora tão facilmente reúne D. Sandra, a inqualificável, e D. Marina, a insuportável.

E, então, eu me pergunto:

-- quem desperdiçaria tempo e dinheiro, com "encomendar" a D. Dora Kramer que ela juntasse num parágrafo a fascinorosa secretária de Carlos Lacerda e a ex-ministra ONGo-petista-pirada do nosso governo Lula, que em boa hora se autodesmascarou e mudou-se... para a Folha de S.Paulo?! Estas três já nasceram juntas! [risos muitos, muitos, pq, sim, isto é engraçado!]

Ninguém precisa encomendar a D. Dora Kramer que ela escreva, da fascinorosa Sandra Cavalcanti, que Sandra Cavalcanti seria... "professora"!

(Para saber quem é Sandra Cavalcanti, veja [*] abaixo. Que Sandra Cavalcanti escreva ainda em jornal, em 2008, é prova cabal de que não há jornais nem jornalismo no Brasil, só DES-jornais e DES-jornalismo. Neste (DES)campo, D. Dora, D. Sandra e D. Marina Silva, a insuportável, nadam de braçada! Ah! E sem esquecer D. Lucia Hippolito e D. Miriam Leitão! Aliás... por que, diabos, tantas mulheres?!)

D. Dora escreve TOTALMENTE grátis. Sandra Cavalcanti, a inqualificável, TAMBÉM escreve de graça. E Marina Silva, a insuportável, idem. Em vários e importantes sentidos, este trio de agentes militantes da DES-democratização do público brasileiro leitor-consumidor do DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008, de fato, PAGARIA para escrever o que escreve, se preciso fosse.

O problema do escandaloso DES-jornalismo dos DES-jornalões paulistas é que os DES-jornalistas sem os quais não haveria nem DES-jornalismo nem DES-jornalões são DES-democratizadores CONVICTOS.

Tente alguém pagar para que D. Sandra, D. Dora, D. Marina, D. Danuza e D. Hebe digam DIFERENTE do que dizem todos os dias! Quem tentar, descobrirá que elas não praticam a DES-democratização da opinião pública brasileira, em 2008, "por encomenda" e que nem todo o dinheiro do mundo as converteria em agentes de democratização (por encomenda, que seja!).

D. Sandra, D. Dora, D. Marina, D. Danuza e D. Hebe (pra ficar só nestas, mas são zilhões! E por que, diabos, tantas mulheres?!) praticam a DES-democratização da opinião pública brasileira, em 2008, por arraigada convicção DES-democratizatória.

Elas crêem, sim, na DES-democratização da opinião pública brasileira. São fascistas e fascistizantes SINCERAS. Ainda são udenistas! [risos, risos, porque, sim: não fosse tão escandalosamente vergonhosa a sobrevivência da UDN em tooooooooooooooooooooooooooooooooooooooodos os DES-jornalões brasileiros, no século 21, e até no PT, seria engraçadíssima! Só rindo, sô!]

Não acabaremos com esta gente com argumentos 'ético-jornalísticos' contra o jornalismo de encomenda. Podem desistir.

É indispensável inventar OUTRO jornalismo, OUTROS jornalistas e OUTROS modos de desmascarar o velho eterno DES-jornalismo, ou 'jornalismo' de DES-democratização da opinião pública no Brasil. Tudo isto (e Sandra Cavalcanti TAMBÉM!) nasceu do golpe de 64. A luta, portanto, continua. E não é luta 'ética'. É luta política. A luta, portanto, continua.

Venceremos! LULA É MUITOS!
Em São Paulo, com Marta & Aldo Rebelo, deputado comunista, orgulho do Brasil!
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[*] Vejam aqui, os que não saibam, quem é Sandra Cavalcanti, que AINDA escreve no Estadão e que D. Dora, em 2008, ainda chama de "professora" e requenta. Semana que vem, D. Sandra completará 81 anos.

NEM UM, destes 81 anos de D. Sandra, foi ano de militância democrática e de democratização. Já foi julgada nas urnas ZILHÕES de vezes, derrotada sempre. Estaria TOTALMENTE esquecida... não fosse requentada ETERNAMENTE, no Estadão, ainda, em 2008. E, hoje, também por D. Dora Kramer.

E fá-lo, aliás, D. Dora, sem que ninguém lhe tenha encomendado naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada [risos, risos, porque, ISTO, só rindo!].

Sandra Martins Cavalcanti de Albuquerque (Belém, 30 de agosto de 1927) é uma política brasileira. Foi vereadora pelo antigo Distrito Federal (1959-1960) pela UDN, deputada estadual (1960-1962) pela Guanabara e de 1962 a 1964 ocupou a Secretaria de Serviços Sociais da Guanabara no governo Carlos Lacerda. Em 1964, tornou-se presidente do extinto BNH (Banco Nacional da Habitação). Com a extinção dos partidos políticos pelo AI-2, filiou-se à Arena.

Sua passagem na Secretária de Serviços Sociais foi bastante turbulenta. O governo Lacerda foi acusado de remover favelas sem nenhum cuidado no ponto de vista do bem estar social dos removidos, preocupando-se apenas em "higienizar" os morros da zona sul, área nobre da antiga cidade-estado. Denúncias de incêndios premeditados de barracos e de afogamento de mendigos no Rio Guandu foram as acusações feitas a Sandra Cavalcanti. Ela se defendia acusando os comunistas e brizolistas de propagarem tais fatos que, para ela, não passavam de calúnias.

Em 1974 elegeu-se deputada estadual. Em 1978, tentou concorreu ao senado, mas foi derrotada por Nelson Carneiro. Com o fim do bipartidarismo, recusou-se a entrar no PDS, devido ao ingresso de Amaral Peixoto. Tentou construir o Partido Democrático Republicano - PDR, sem sucesso. Filiou-se ao PTB de Ivete Vargas.

Em 1982 concorreu ao governo do estado do Rio de Janeiro, ficando em 4° lugar, com pouco mais de 10% dos votos. Em 1985, lançou sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PDR. Como não conseguiu viabilizar sua candidatura, apoiou o candidato do PFL, Rubem Medina. Posteriormente filiou-se ao PFL, sendo eleita deputada federal por esta sigla em 1986 e 1990. Na primeira gestão de César Maia na prefeitura do Rio de Janeiro (1993-1997), foi secretária municipal de Projetos Especiais.

Chegou a ser participante fixa de um programa vespertino dedicado ao público feminino na extinta Rede Manchete no ano de 1984.

Para referência, e prôs que queiram verificar que, sim, D. Dora ESQUENTA D. Sandra Cavalcanti... em 2008, aqui vai, também, a coluna:


Dora Kramer - Virado à paulista

O Estado de S. Paulo

26/8/2008

Nessa altura não interessa mais de quem é a culpa: se do governador José Serra, ao planejar a eleição de prefeito sem um candidato com a marca do partido, mas ao molde do roteiro de sua campanha presidencial, ou se do antecessor, Geraldo Alckmin, ao atropelar o projeto e se impor ao PSDB como candidato do partido à Prefeitura de São Paulo.

Importa apenas o fato: de posse das duas máquinas, estadual e municipal, das melhores alianças partidárias (incluindo a captura do PMDB da área de influência do PT) e de uma adversária com alto grau de rejeição e baixa densidade político-eleitoral em sua coalizão, o PSDB constrói uma derrota.

Mas não uma derrota qualquer, daquelas normais, cujas conseqüências nefastas têm prazo de validade e volta por cima no cenário do amanhã.

Dessas, o presidente Luiz Inácio da Silva só em eleições presidenciais sofreu três. O governador José Serra outras tantas e a então prefeita Marta Suplicy uma especialmente impactante: em 2004 perdeu a reeleição para Serra que dois anos antes fora derrotado por Lula, que não conseguiu convencer o paulistano a dar o bis a Marta, que foi ao fundo, emergiu e hoje é líder absoluta nas pesquisas.

A derrota em construção não se limita ao resultado eleitoral. Este pode até virar, não se sabe. Ninguém está livre de um milagre, nem Geraldo Alckmin nem Gilberto Kassab. Ou de um imprevisto, nem Marta Suplicy.

O estrago bordado com esmero em São Paulo - com a participação de artesãos de fora - é de natureza política.

Isso ocorre quando o fracasso independe do resultado. A situação já se desenhava assim desde o começo, quando Marta patinava na largada, Kassab reunia uma vistosa aliança e Alckmin exibia patrimônio eleitoral suficiente para inibir qualquer movimento mais brusco do grupo do governador Serra para matar sua candidatura na marra.

Com a mudança de ventos e o registro da queda de Alckmin em duas pesquisas consecutivas, o quadro deu uma piorada considerável. Candidato oficial do PSDB, o ex-governador desceu do altar do bom-mocismo e partiu para o ataque direto à atual administração de São Paulo.

No programa eleitoral diz que sobra dinheiro e falta competência. Aponta carências de toda sorte: de vagas nas creches, nas escolas, de transporte púbico decente, de moradias, de hospitais, de médicos, de iluminação nas ruas, enfim, a cidade mostrada por Geraldo Alckmin é um horror em matéria de desmazelo e abandono.

Com isso, não ataca Kassab, um ex-deputado do DEM, vice deixado na cadeira por Serra para representá-lo na prefeitura toda montada à base de tucanos. Desde que assumiu a vaga, o substituto não deu um passo nem um pio em desacordo com a concepção de Serra, política e administrativamente falando.

Quando diz ao eleitor de 2008 que a Prefeitura de São Paulo é mal gerida, está informando ao eleitorado de 2010 no Brasil todo que o principal candidato de seu partido à Presidência da República é um mau gestor.

Um caminho que nem o PT nacional, adversário oficial na sucessão de Lula, havia ousado trilhar.

É difícil, embora seja possível, acreditar que a campanha de Geraldo Alckmin não tenha pensado em todas as conseqüências - entre elas a perda do papel da vítima - e atue nessa direção apenas por aflição eleitoral.

Seja qual for o fator, não altera o produto: um candidato a prefeito que se apresenta à disputa para afirmar a marca do partido e depois tenta se credenciar subtraindo credenciais do candidato a presidente do próprio partido.

Algo nunca visto nem no PT das memoráveis guerras de extermínio interno.

À beira

Quando a senadora Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente, optou pelos símbolos para transmitir sua insatisfação. Não se deu a maiores comentários nem sobre a versão da “assessoria” do Palácio do Planalto de que o presidente Lula teria interpretado o pedido de demissão como um ato deliberado para deixar o governo mal diante dos ambientalistas nacionais e internacionais.

Devagar, a senadora passa dos gestos às palavras. Ainda as escolhe como quem pisa sobre ovos, mas caminha obviamente na direção de uma abordagem menos sutil da questão.

Ontem, em seu artigo semanal na Folha de S. Paulo, Marina Silva aponta “sinais preocupantes” de que o governo patrocina retrocessos na política ambiental - contrariando compromisso assumido pelo presidente em maio - e acrescenta: “Para a sociedade será difícil aceitar mudanças na contramão do que foi dito há três meses”.

Súmula

Em matéria de reforma política, a professora Sandra Cavalcanti, signatária da Constituinte de 1988, disse o necessário numa frase de seu artigo de ontem no Estado: “O voto poderia ser facultativo e as promessas obrigatórias”.

O resto é enfeite.

Fonte: Clipping


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