Por Maestro John Neschling
”Estive ontem(*) num jantar de um grupo de artistas e intelectuais com a Ministra Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República. Fiquei impressionadíssimo com ela. Puxando a brasa para a nossa sardinha, descobri que Dilma é uma amantíssima da ópera e conhecedora real do repertório lírico. Conversamos sobre “Jenufa” de Janacek, “Peter Grimes” de Benjamin Britten, “Lady Macbeth de Minsk” de Shostakovitch e sobre o Don Giovanni que estou preparando no Teatro Colón. Falamos de algumas de suas ópera preferidas, entre elas Elektra e Salomé de Strauss e Dilma recitou na hora as primeiras frases do egípcio Narraboth, do início de Salomé. Comentou a impropriedade política do libreto quando comenta a conversa dos judeus, e concordamos que hoje em dia seria impossível musicar um libreto com essas características sem o ataque imediato dos políticamente corretos. No século XIX, porém, era possível fazer um comentário como este, sem que se pensasse imediatamente nas consequências trágicas do antisemitismo político que se seguiria.
Enfim, um político que reflete sobre cultura, lê, ouve e presta atenção no cenário cultural, que percebe a ligação umbilical entre educação e cultura. Chapeau.
Hoje uma jornalista do “Globo” me perguntou em quem eu iria votar. Respondi que o meu voto é secreto. Mas no Serra é que eu não voto.
“Ela me ganhou completamente. E sabe mais? Ela é bonita. Não tem nada de carrancuda, tem um lindo sorriso”.
John Neschling, ex-maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo, depois de um jantar que reuniu Dilma Rousseff e um grupo de artistas.
“Ela me ganhou completamente. E sabe mais? Ela é bonita. Não tem nada de carrancuda, tem um lindo sorriso”.
John Neschling, ex-maestro da Orquestra Sinfônica de São Paulo, depois de um jantar que reuniu Dilma Rousseff e um grupo de artistas.
(*) 28/06/2010
Fonte: Blog Semibreves
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