09 setembro 2008

Sessão Email

Sessão Troca de Email

Considerações pré-socráticas para o Azenha ler depois do Hunter Thompson

Azenha é meu chapa. Estamos do mesmo lado nesta confusa e brutal arena onde se digladiam as ideologias contemporâneas. Assim como o Eduardo Guimarães. E a Marcia Denser. Mas sou um cara polêmico - e digo isso sem orgulho, porque esse polemismo quiçá seja antes excesso de filosofia e literatura (somados à vaidade e a um toque de desespero) do que uma genuína inquietação política. Procuro me equilibrar, porém, com matemática e bom senso, e o Azenha... bem, o Azenha é um cara viajado. Se pesarmos na balança, ele viveu umas vinte vidas a mais que eu. Do pouco que conheço de sua carreira, sei que se trata de um profissional corajoso e experiente, enquanto eu, após largar bons empregos e bons salários, ou nem tão bons assim..., luto para manter minha independência mambembe.

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Subject: O Azenha falou que o Lula só pensa em 2014. Engraçado, eu também... Fw: Oleo do Diabo

O Azenha falou que o Lula só pensa em 2014. Engraçado, eu também.
Em 2010 já temos uma grande companheira para ser a primeira mulher na presidência do Brasil.
É nessas escolas tucanas de jornalismo que esses caras aprendem essa atitude cretina com relação a tudo que é humano:
política, sexo, música, comida, drogas, paixões...
Eles acreditam que ser cínico é nunca ser enganado. Coitados, nunca vão perder o cabaço...

Adauto Melo


Subject: Re: O Azenha falou que o Lula só pensa em 2014. Engraçado, eu também... Fw: Oleo do Diabo

Concordo totalmente com o Adauto. Não poderia concordar MAIS. Concordo TO-TAL-MEN-TE com o Adauto.

Nada há de ridículo no lulismo, que não seja ainda mais ridículo no jornalismo.

Entre praticar o jornalismo e praticar o lulismo, mil vezes se pratique o lulismo e a política com lado político. E fuja-se sempre de qualquer 'isenção' em-cima-do-murista. A isenção jornalística talvez seja a última fantasia liberal que está desmoronando. Ótimo. Eu malho o jornalismo tooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooodos os dias, e mais malharia, mais teclados tivesse.

Sou totalmente a favor do mote "Você não gosta da mídia?! Seja a mídia!". É isto. Eu sô. Não tenho NENHUM COMPROMISSO com nenhum jornalismo. Sou isenta de qquer aspiração à isenção: eu sou apaixonadamente lulista e DETESTO a 'ética' petista moralista tosca.

Se todos os jornalistas fossem treinados para manifestar seu lado de paixão política, haveria possibilidade de TODOS, na sociedade, nos aproximarmos um pouco mais de alguma verdade. Sendo os jornalistas treinados para serem 'isentos' -- o que é perfeita fantasia liberal, porque ninguém é jamais será isento --, a única coisa a que a sociedade tem acesso é à ETERNA MALHAÇÃO. E só se ouvem opiniões-desejos de indivíduos treinados na DES-universidade e no restante DES-jornalismo. E tudo vira palavreado metido a 'ético' -- que sempre é moralista e tosco. E se repetem as fantasias liberais.

ATENÇÃO! ABRAM O OLHO! A alma e a força da sabedoria socrática NÃO ESTÁ em "só sei que nada sei". Esta frase é TOTALMENTE um sofisma, perfeitamente circular e que se autodesmente ao ser enunciado: quem sabe que nada sabe "nada"; portanto, sabe alguma coisa; portanto... a frase é um sofisma perfeito e nada ensina. (Foi frase de propaganda, em Sócrates, pra justificar o exercício de perguntar com técnica lógica perfeita -- como Platão ensina muito claramente.)

Com esta frase, Sócrates fazia como fazem aqueles carinhas que movem tampinhas a dinheiro, na feira: falava rápido, repetindo alguma coisa, pra que ninguém percebesse que estava sendo manipulado. Um truque de feira; no caso de Sócrates, para ele poder operar o seu talento lógico; no caso dos carinhas das tampinhas, para desviar a atenção do movimento das mãos, nas tampinhas. TUDO, na vida, são astúcias. Até a luta para praticar o bem.

A grande lição socrática não está no planos dos saberes. A grande lição socrática está no plano da PRÁTICA ÉTICA SOCIAL DO TRABALHAR PARA PRATICAR O BEM (que, para aqueles gregos, é igual a ser belo e a ser justo): "Sempre é melhor sofrer uma injustiça, do que praticar uma injustiça". Essa é a grande lição socrática. Mas não são os saberes que nos podem salvar. O que nos pode salvar é a paixão.

É o mesmo que dizer que é melhor errar por paixão & desejo, do que acertar sem paixão & desejo (o quê, além do mais, é totalmente impossível). Tudo isso equivale a dizer que, nos discursos sociais, qquer aspiração a modelar sem paixão a vida dos outros nos perde sempre. E que somos condenados a participar e intervir ATIVA E APAIXONADAMENTE na vida social e na vida dos outros, buscando não ter medo de sofrer injustiças e sempre, é claro, COM LADO.

Não há discurso mais ético-democrático do que este. Há aí, até, uma muito bela teleologia do bem (um desejo de alcançar o bem) -- zilhões de vezes moralmente melhor do que qualquer teleologia-zero, a tal, a da 'isenção' olímpica, que é sempre falsa.

Evidentemente, Sócrates (e, aliás, também Cristo, Lênin e Mao Tse Tung, dentre outros) trabalhavam com vistas a REFORMAR O HOMEM, reeducá-lo para um mundo novo. Nem eles, nem eu, jamais apostaram um réis de mel coado em reformas políticas ou em reformar "instituições", é claro.

Eu sou apaixonadamente lulista. Lula me manifesta e me expressa (porque eu-euzinha não acredito em "representação": eu só acredito em manifestação e expressão). Lula é eu, melhorado pela luta que ele viveu e à qual eu só assisti.

Pelo visto, só até aqui, o Adauto, Lula e eu-euzinha SÓ PENSAMOS EM 2014. Por que não? Era pra não pensar em 2014? Quem disse? Algum tucano fanado? Alguma deontologia de algum jornalismo?! Quem disse?! É claro que todos temos de só pensar em 2014 (dado que 2010 tá no papo [risos, risos, até que bem felizes, malgré tout]).

Caia Fittipaldi

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