07 setembro 2008

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Sarah Palin e a convenção republicana



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Subject: O BRASIL TEM SUA PRÓPRIA SARAH PALLIN: É o prof. Romano, aqueeeeeeeeeeeeeeeele, professor de 'ética' da Unicamp! Re: Sarah Palin e a convenção republicana - Vale a leitura. Me lembrou o caso dos grampos não sei pq...

Ninguém precisa se preocupar com a Sarah Palin deles! Temos a nossa própria Sarah Palin!

É o professor Romano, "catedrático de ética da Unicamp". De fato, o prof. Romano, da Unicamp, me parece até pior que a Sarah Palin. O cara parece mais, mesmo, a Regina Duarte: "Tô com meeeeeeeeeeeeeeedo!"

Subject: [Vila Vudu - Barracão "Xô Professor Romano Palin, da Unicamp!"] Re: O BRASIL TEM SUA PRÓPRIA SARAH PALIN: É o prof. Romano, da Unicamp!

O tal de "Professor Romano" é o sepulcro da vergonha-da-cara!

Este tal de Professor Romano, hoje, foi além da conta. Não dá. Não dá. O cara é doido. Esse cara é o sepulcro da vergonha-da-cara!

Leia-se, de exemplo, o que o cara escreveu hoje: "Sempre que, graças à coragem da imprensa, percebo as estrepolias dos arapongas, recordo os versos de Rimbaud: "Eis o tempo dos assassinos". Se não matam os corpos com a facilidade de antigamente, eles aniquilam a esperança. O Brasil, com auxílio do segredo e da corrupção endêmica, é imenso e melancólico sepulcro do sonho democrático." (ROBERTO ROMANO, 62, filósofo, é professor titular de ética e filosofia política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2008 e autor de, entre outras obras, "Moral e Ciência - A Monstruosidade no Século XVIII". In Folha de S.Paulo, 6/9/2008, na internet aqui e abaixo, na íntegra, pq é preciso ler, pra crer. É o absolutamente inadmissível. Acabô o mundo. Ou acabô a Unicamp.).

Fosse o tal de Professor Romano um brucutu oficial, reconhecido como tal pela Unicamp, o negócio já estaria ruim, se ele escrevesse em jornal. Mas se o cara é professor titular de ética e filosofia política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)! Então... então... não sei!

Faz-se o quê?! Fecha-se a Unicamp e promove-se alguma espécie de limpeza ética democrática e filosófica democrática?! Mandam-se toooooooooooooooooooooooooooooodos os professô-dotô da Unicamp prum campo de reeducação chinês, dos brabo, pra suarem um poko de camisa?!

Faz-se o quê, se uma perfeita cavalgadura, fascista, golpista (ou doido varrido) que escreva tal amontoado de imbecilidades num jornal vendido a consumidores, em pleno século 21... é professor titular de ética e filosofia política de uma universidade pública, no Brasil?!

Cassa-se o alvará de funcionamento da tal 'universidade'?! Suspende-se a autonomia universitária e mandam-se os imbecis 'autônomos' cortar cana, para aprenderem o que é bom prá tosse?! Cassam-se todas as mordomias, titulações, aposentadorias e tudo?! Manda-se o cara pro xilindró tout court?!

É inacreditável! Rimbaud manda dizer que ele tá fora! Que é inadmissível degradar-lhe os versos a este ponto! Mas que pôka vergonha, sô!
Onde já se viu, no mundo, alguém que tenha mais de meio neurônio juntar, no mesmo parágrafo, "arapongas" e Rimbaud?!

O único segredo que persiste, até hoje TOTALMENTE secreto, no Brasil, com certeza, é bem simples: de onde, diabos, saiu a idéia de que este perfeito fascista, esta cavalgadura, esta espécie de D. Danuza de toga & diploma poderia ser acolhido por universidade de respeito, como "professor titular de ética e de filosofia política"?!

Chama os arapongas! Manda gravá tuuuuuuuuuuuuuuuudo! Quero saber quem admitiu, à cátedra, em universidade pública no Brasil, no século 21, este doido varrido?! Que total pôka vergonha! Xô! Xô, Romano Palin da Unicamp!

Caia Fittipaldi

Você se sente vivendo num Estado policial?

SIM

O sepulcro do sonho democrático

ROBERTO ROMANO

"O QUE você acha da situação política? Nada, porque tenho um primo que achava e até hoje não o acharam!".
A infeliz anedota, que ouvi na cela do presídio Tiradentes, quando ali estive detido por mais de um ano sob a ditadura, permite captar o pavor que aniquila a fé pública no Brasil. O jogo de sentidos sobre o ato de achar revela o perigo: quem se imagina livre num regime de força cedo ou tarde é "achado" por delação ou escutas telefônicas. Esperança e medo movem toda vida estatal, mas, com o arbítrio, o medo anula o diálogo, base do Estado digno de respeito.
O segredo, nos coletivos que atenuam a fé pública, impede a segurança das pessoas. Quanto mais costumeiras as espionagens sigilosas, menos domínio tem o "homem comum" de sua vida e consciência. O poder sem regras estupra a lei e paralisa todos os setores sociais ou de mercado. As revoluções inglesa, norte-americana e francesa dos séculos 17 e 18 exigiram a responsabilização dos governantes e respeito à ordem privada.
Mas logo espiões de Cromwell e de Robespierre deturparam as novas formas democráticas. O medo favoreceu o retorno das tiranias dirigidas ao controle da sociedade civil.
A lógica da espionagem estatal é descrita pelo inimigo do liberalismo, o conservador Donoso Cortés no "Discurso sobre a Ditadura" (1849). O poder de Estado usurpa a onisciência divina, além da onipotência: "Não bastou aos governos 1 milhão de braços, não lhes bastou 1 milhão de olhos.
Eles quiseram 1 milhão de ouvidos, e os tiveram com a centralização administrativa, pela qual vieram parar no governo todas as reclamações e queixas. (...) Mas os governos disseram: não me bastam, para reprimir, 1 milhão de braços; não me bastam, para reprimir, 1 milhão de olhos; não me bastam, para reprimir, 1 milhão de ouvidos; precisamos ter o privilégio de nos encontrar ao mesmo tempo em todas as partes. E tiveram isso, pois se inventou o telégrafo".
O texto é do século 19. Depois apareceram o telefone, a internet e todos os mecanismos manipulados por agentes clandestinos.
A cultura da bisbilhotice oficiosa, portanto, não é recente e se enraíza nas camadas profundas da sociedade.
E, naquele inferno da consciência, ela aborta qualquer democracia liberal.
Quando recordo o período autoritário e reflito sobre os nossos órgãos secretos, sinto medo. Sei o que se esconde em serviços oficiais que podem invadir nossos corpos e pensamentos, sem defesa possível. E me preocupa ouvir o ministro da Justiça parolar sobre a fatalidade das escutas clandestinas. Não estou isolado ao me perceber numa imensa jaula, quando deveria habitar um país livre.
Quem, hoje, nos ministérios, nas universidades, nas igrejas, nas Forças Armadas e na própria polícia está livre de controle subversivo e predatório, com as inevitáveis grazinas que erodem a segurança do Estado? Foi por senda idêntica que Gestapo e KGB dominaram os oficiais militares em proveito de partidos e grupos ilegais. Na URSS, da espionagem estatal falida brotaram máfias de todos os tipos que atormentam a Rússia.
Um órgão jungido aos poderes públicos invade gabinetes oficiais. Mas, para chegar até aquele espaço, seu escudo é a lei 9.883/99 (Abin) e o decreto 3.448/00, que facultam "identificar, acompanhar e avaliar ameaças reais ou potenciais, além de promover a coleta, busca e análise de dados e de produzir conhecimentos que subsidiem decisões na esfera de inteligência dos governos federal, estadual e municipal". Tais premissas garantem a usurpação da ordem soberana, com auxílio de alguns magistrados.
Lúcido Norberto Bobbio, para quem todo poder oculto "não transforma a democracia, mas a perverte. Não a golpeia mais ou menos gravemente em um de seus órgãos vitais, mas a trucida".
Sempre que, graças à coragem da imprensa, percebo as estrepolias dos arapongas, recordo os versos de Rimbaud: "Eis o tempo dos assassinos".
Se não matam os corpos com a facilidade de antigamente, eles aniquilam a esperança. O Brasil, com auxílio do segredo e da corrupção endêmica, é imenso e melancólico sepulcro do sonho democrático.

ROBERTO ROMANO , 62, filósofo, é professor titular de ética e filosofia política na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor de, entre outras obras, "Moral e Ciência - A Monstruosidade no Século XVIII".

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