O RICO RI À TOA. FHC QUE O DIGA
“Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa”, diz o próspero sociólogo.
Há quem acuse a televisão de ser o templo da vulgaridade. Essa discussão faz pouco sentido quando se consideram programas exibidos entre as altas horas da noite e as baixas da madrugada, hora em que a população mais modesta recupera as forças para a próxima jornada de trabalho. Uma pequena fatia da sociedade dedica-se ao lazer a essa hora. Talvez por isso, por sentir-se entre seus pares, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha se permitido um bate-papo tão franco no Programa do Jô exibido pela TV Globo na madrugada da quinta-feira 6.
FHC, entre uma gargalhada e outra, admitiu a possibilidade de ter havido compra de votos de parlamentares para aprovar, em 1997, a emenda que permitiu a sua reeleição à Presidência, em 1998. À época, o governo tucano foi eficiente em impedir a instalação de uma CPI para apurar o caso. Tinha um rolo compressor no Congresso e a simpatia da mídia brasileira. Sem grandes protestos, o lixo foi para baixo do tapete.
Coisas do passado. No presente, Fernando Henrique Cardoso – amante da candidatura do ex-prefeito José Serra à Presidência – dedica-se a, protocolarmente, defender o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, dos ataques envolvendo o ex-governador de São Paulo com supostas improbidades ocorridas no banco estadual Nossa Caixa. Preferencialmente, no entanto, o ex-presidente dedica-se ao hobby recém-adquirido: atacar Lula e o PT.
Dominado mais uma vez pela vaidade, FHC não conseguiu sufocar uma visão preconceituosa comum à elite brasileira. Na receita do sociólogo “você não deve mudar o seu jeitão quando chega ao poder. Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa”.
A frase traz também uma surpresa. Evidentemente, ao se referir aos pobres com tamanha desenvoltura, o professor aposentado Fernando Henrique Cardoso supõe-se rico. Não só de espírito, mas, também, de bens materiais. Que fique anotado esse dado com a devida atenção.
Carta Capital
FHC, entre uma gargalhada e outra, admitiu a possibilidade de ter havido compra de votos de parlamentares para aprovar, em 1997, a emenda que permitiu a sua reeleição à Presidência, em 1998. À época, o governo tucano foi eficiente em impedir a instalação de uma CPI para apurar o caso. Tinha um rolo compressor no Congresso e a simpatia da mídia brasileira. Sem grandes protestos, o lixo foi para baixo do tapete.
Coisas do passado. No presente, Fernando Henrique Cardoso – amante da candidatura do ex-prefeito José Serra à Presidência – dedica-se a, protocolarmente, defender o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, dos ataques envolvendo o ex-governador de São Paulo com supostas improbidades ocorridas no banco estadual Nossa Caixa. Preferencialmente, no entanto, o ex-presidente dedica-se ao hobby recém-adquirido: atacar Lula e o PT.
Dominado mais uma vez pela vaidade, FHC não conseguiu sufocar uma visão preconceituosa comum à elite brasileira. Na receita do sociólogo “você não deve mudar o seu jeitão quando chega ao poder. Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa”.
A frase traz também uma surpresa. Evidentemente, ao se referir aos pobres com tamanha desenvoltura, o professor aposentado Fernando Henrique Cardoso supõe-se rico. Não só de espírito, mas, também, de bens materiais. Que fique anotado esse dado com a devida atenção.
Carta Capital
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