Porque Lula?
Minha admiração por Lula, vêm de muito longe. Começou na época do meu colegial, aonde tínhamos um professor de matemática chamado Max, que era Lulista sem nunca ter sido petista. E isso nos meados de 88.
Ele gostava de interagir com os alunos nos intervalos das aulas. Ele participava das lutas pela estabilidade dos professores, a melhora dos salários e entre muitas outras coisas. E admirava o Lula, por sua luta. Em 89, fizemos campanha juntos para Lula, conheci nesta época a militância petista. Quando finalmente Lula venceu as eleições em 2002, me encontrava morando nos Estados Unidos e vibrei, como se estive ao lado de todos. E hoje estou aqui no meu Brasil, vivendo a emoção de cada conquista do mesmo. E Lula é centro de tudo isso, com sua visão simples mas objetiva. Podem falar o que quiserem, mas o nosso Presidente é um grande Estadista e sua luta também é a minha.
Ele gostava de interagir com os alunos nos intervalos das aulas. Ele participava das lutas pela estabilidade dos professores, a melhora dos salários e entre muitas outras coisas. E admirava o Lula, por sua luta. Em 89, fizemos campanha juntos para Lula, conheci nesta época a militância petista. Quando finalmente Lula venceu as eleições em 2002, me encontrava morando nos Estados Unidos e vibrei, como se estive ao lado de todos. E hoje estou aqui no meu Brasil, vivendo a emoção de cada conquista do mesmo. E Lula é centro de tudo isso, com sua visão simples mas objetiva. Podem falar o que quiserem, mas o nosso Presidente é um grande Estadista e sua luta também é a minha.
O mundo de LULA
O presidente trocou o mapa-múndi de seu gabinete. Pode parecer trivial, mas isso diz muito sobre como ele enxerga a nova geografia comercial do planeta
O MUNDO MUDOU. E O PRESIDENTE LULA está a par disso. Prova cabal é o novo mapa-múndi que ele ostenta em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Num sutil truque de vista, a América do Sul e a África estão destacadas, nos mesmos moldes que os europeus faziam à época de suas expedições marítimas e apontavam o Velho Mundo como o centro do planeta. A foto que ilustra esta matéria representa como a geopolítica mundial é vista pelo governo brasileiro e demonstra agressividade: o mundo de Lula é o Sul, posição que vem sendo defendida fielmente pelo Itamaraty e cujo resultado se materializa na balança comercial. O exemplo mais contundente dessa mudança foi a recente Cúpula América do Sul-União Européia. A caminho de Lima, no Peru, chefes de Estado europeus fizeram questão de pagar pedágio no Brasil. Em outros tempos, eles chegavam ao Brasil com a clara intenção de impor suas agendas. O panorama, hoje, mudou. O descolamento da crise econômica mundial, o recém-concedido grau de investimento e o aval internacional sobre a nossa política de combustíveis, que já diferencia a cana-de-açúcar de outros produtos, deram ao Brasil um peso que jamais chegou a ter. "A política externa conseguiu a proeza de mirar a África e a América do Sul e acertar a Europa e os Estados Unidos", analisa André Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudos de Comércio e Negociações Internacionais. "Por mais que tenhamos problemas pontuais, há um posicionamento de destaque no Brasil como player mundial."
Esse posicionamento foi exercido no primeiro encontro dos Brics, a sigla que reúne os quatro maiores países em desenvolvimento. Reunidos em Ecaterimburgo, no último dia 16, os chanceleres do Brasil, da Rússia, da Índia e da China mostraram que o bloco é mais que uma definição do Goldman Sachs. Em um comunicado de 13 itens, o chanceler Celso Amorim conseguiu extrair pelo menos dois pontos de extrema importância. O primeiro foi o apoio formal aos biocombustíveis. Ainda que haja a preocupação com a segurança alimentar, o etanol foi posto como alternativa ao cenário energético atual. "Enfatizamos a necessidade de programas que aumentem o acesso à energia, incluindo os biocombustíveis, compatíveis com o desenvolvimento sustentável", diz o texto. O segundo item foi uma menção explícita às aspirações diplomáticas brasileiras. O comunicado afirma que "a cooperação Sul-Sul é um elemento importante para o desenvolvimento mundial". É uma declaração que poderia ter saído da boca do próprio presidente Lula. "O processo de integração está realizando o que a América do Norte fez no século XIX: a união entre o Atlântico e o Pacífico", disse à DINHEIRO o ministro Celso Amorim. "Esses encontros mostram que a geografia mundial está mudando."
O SUL NO CENTRO: mapa com a África e a
Ámérica do Sul em destaque simboliza a
visão geopolítica adotada pelo Planalto
Ámérica do Sul em destaque simboliza a
visão geopolítica adotada pelo Planalto
Se ela está realmente mudando, há controvérsia. Mas, de fato, há um nítido aumento na percepção externa sobre o Brasil. Em sua primeira visita ao País, a chanceler alemã Angela Merkel destacou que a Alemanha não voltará atrás da decisão de incorporar 10% de etanol à gasolina até 2010. Foi um aval à política de combustíveis espraiada pelo mundo por Lula. "Desde aquele primeiro discurso na ONU, sobre segurança alimentar, o presidente Lula atraiu uma atenção diferenciada para o Brasil", analisa Riordan Roett, brasilianista da Universidade Johns Hopkins, em Washington. "Houve um benefício imediato: Lula despertava interesse por ser um estranho ao mesmo tempo tinha embasamento para pedir mais por países esquecidos, como os africanos e o Brasil".
EM REUNÃO COM REPRESENTANTES DOS BRICS, O CHANCELER CELSO AMORIM CONQUISTOU O APOIO AO ETANOL E À POLÍTICA DE COOPERAÇÃO SUL-SUL
Logo que assumiu o governo, em 2003, Lula fez questão de orientar o chanceler Celso Amorim a investir recursos para agregar os países africanos ao Brasil. De lá para cá, 15 embaixadas e um escritório político foram abertos no continente. É, de longe, o maior número de representações criadas nas últimas décadas. "Havia um vácuo e precisávamos preenchê-lo", corrobora Fernando Magalhães, chefe do Departamento da África do Itamaraty. O resultado aparece na balança comercial. Desde o início do governo, o comércio bilateral saltou de US$ 5 bilhões para US$ 20 bilhões. Se fosse tomada em conjunto, a África seria hoje o quarto maior parceiro do Brasil. Grandes empresas brasileiras como Petrobras, Vale e Odebrecht expandem suas operações por lá. "Não participar desses movimentos pode colocar as empresas brasileiras à mercê da desestabilização de suas condições de inserção competitiva no mercado mundial", avalia Roger Agnelli, presidente da Vale. O continente desponta também como opção para empresas exportadoras de áreas como vestuário, calçados e alimentos. "Estamos vivendo uma febre de África", diz Luis Carlos Pereira, gerente de exportações do grupo Mabel. "Ela já representa 40% das nossas exportações."
Com a América do Sul não foi diferente. Mesmo com uma malha diplomática em todos os países da região, o Itamaraty criou quatro consulados. No comércio, a balança mudou de déficit de US$ 136 milhões para superávit de US$ 13,3 bilhões. A mesma linha de aproximação com o Sul vem sendo seguida pela Embrapa. Foi a empresa que preparou o mapa de Lula. A justificativa pelo destaque dos dois continentes é que são as duas localidades onde há escritórios da Embrapa - ainda que Estados Unidos, Holanda e França também abriguem laboratórios da estatal. O mais recente, na Venezuela, foi inaugurado em março. O outro, em Gana, foi criado em 2006. "É uma forma de ajudar países que não têm estrutura a poupar 30 anos de pesquisa", explica Silvio Crestana, presidente da Embrapa. A Fiocruz deverá fazer o mesmo em Moçambique.
Fonte: Terra
Logo que assumiu o governo, em 2003, Lula fez questão de orientar o chanceler Celso Amorim a investir recursos para agregar os países africanos ao Brasil. De lá para cá, 15 embaixadas e um escritório político foram abertos no continente. É, de longe, o maior número de representações criadas nas últimas décadas. "Havia um vácuo e precisávamos preenchê-lo", corrobora Fernando Magalhães, chefe do Departamento da África do Itamaraty. O resultado aparece na balança comercial. Desde o início do governo, o comércio bilateral saltou de US$ 5 bilhões para US$ 20 bilhões. Se fosse tomada em conjunto, a África seria hoje o quarto maior parceiro do Brasil. Grandes empresas brasileiras como Petrobras, Vale e Odebrecht expandem suas operações por lá. "Não participar desses movimentos pode colocar as empresas brasileiras à mercê da desestabilização de suas condições de inserção competitiva no mercado mundial", avalia Roger Agnelli, presidente da Vale. O continente desponta também como opção para empresas exportadoras de áreas como vestuário, calçados e alimentos. "Estamos vivendo uma febre de África", diz Luis Carlos Pereira, gerente de exportações do grupo Mabel. "Ela já representa 40% das nossas exportações."
Com a América do Sul não foi diferente. Mesmo com uma malha diplomática em todos os países da região, o Itamaraty criou quatro consulados. No comércio, a balança mudou de déficit de US$ 136 milhões para superávit de US$ 13,3 bilhões. A mesma linha de aproximação com o Sul vem sendo seguida pela Embrapa. Foi a empresa que preparou o mapa de Lula. A justificativa pelo destaque dos dois continentes é que são as duas localidades onde há escritórios da Embrapa - ainda que Estados Unidos, Holanda e França também abriguem laboratórios da estatal. O mais recente, na Venezuela, foi inaugurado em março. O outro, em Gana, foi criado em 2006. "É uma forma de ajudar países que não têm estrutura a poupar 30 anos de pesquisa", explica Silvio Crestana, presidente da Embrapa. A Fiocruz deverá fazer o mesmo em Moçambique.
Fonte: Terra
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