17 agosto 2006

Alckmin faz críticas a governo boliviano

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou ontem ao governo de Evo Morales e demonstrou reservas em relação a posições de Hugo Chávez. Durante sabatina promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o tucano falou da nacionalização do gás e do petróleo na Bolívia e disse seu governo defenderia o interesse do Brasil.

"O Brasil não pode se submeter a interesses de terceiros", disse, acrescentando que, nesse caso recorreria aos tribunais. Em relação a Chávez, o tucano evitou responder diretamente sobre como seria a relação entre ambos. Elogiou o peso da Venezuela, mas disse: "é preciso verificar, nós defendemos a economia de mercado e você tem um governante que defende um outro tipo de economia". Segundo o candidato é preciso avaliar "se isso não traz problemas de natureza política, que prejudica o dólar".

Em termos de apoio externo, Alckmin, tem a desvantagem de ser menos conhecido do que o presidente Lula. Além disso, enquanto o PT cultiva há décadas relações estreitas com partidos, sindicatos e e movimentos socialistas ou comunistas no exterior, o PSDB, nunca deu a mesma ênfase aos contatos com a social-democracia estrangeira.

"Falta uma unicidade entre os sociais-democratas e acho até que a gente se ressente um pouco disso", reconhece o deputado tucano Antônio Carlos Panunzio.

No caso do PFL (que compõe a chapa com o PSDB na candidatura Alckmin) o diálogo com a centro-direita do mundo é mais intenso. Na América Latina, o partido dialoga com a candidata conservadora derrotada no Peru, Lourdes Flores, com o PAN mexicano, a Democracia Cristã chilena, o partido Branco no Uruguai e a Copei venezuelana.

"As relações internacionais facilitam muito as atividades de governo. Os intercâmbios entre partidos é muito bom", afirma o senador Jorge Bornhausen. "O que eu acho inaceitável e indevido é a intervenção no processo eleitoral", diz ele referindo aos apoios externos atuais à reeleição de Lula.

Para Bornhausen, Chávez e Morales são "figuras nefastas" e, somados a Kirchner, "populistas e por isso perigosos para a democracia". (MMS)

Fonte: Valor Economico

Alckmin e Bornhausen, precisam mudar de país. Sugiro EUA

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