29 agosto 2006

Clareando a Transparência Brasil


Não se pode dar crédito total a uma única fonte de informações. A Transparência Brasil, como toda organização política, tem erros, injustiças e lado. São duas falhas graves que vejo neste grupo político. Se escondem atrás de uma fachada de isenção político-partidária e escondem as mazelas ligadas ao PSDB, o quanto podem. E cito exemplos. O Caixa dois de Eduardo Azeredo, agora com denúncia criminal ao STF e a Lista de Furnas foram documentos declarados autênticos por perícia da Polícia Federal . Entretanto, a Transparência Brasil esconde estes casos graves. São dezenas de candidatos sem citação na imprensa. Porém, estão sob investigação da Polícia Federal, por supostamente terem recebido dinheiro público de caixa dois. E mais, em São Paulo as mazelas do governo tucano, rejeitadas pelo TCE, foram engavetadas e 69 CPIs para apurar irregularidades foram arquivadas nos últimos 04 anos. Porém, a Transparência Brasil para estes fatos tornou-se opaca. Perdeu a transparência. Além disto, usam um critério perverso. Para figurar na lista do seu estado, bastou o candidato ter sido citado num texto publicado na imprensa, que contenha a palavra corrupção. Mesmo que tenha havido retratação posterior de quem o acusou, mesmo que haja desmentido através de provas, ainda que seja injúria comprovada ou que tenha ocorrido julgamento ou investigação que inocentou o acusado. Até mesmo se o candidato for o autor de denúncia de prática de corrupção, seu nome foi incluído na lista da Transparência Brasil.

Clareando mais a Transparência Brasil

A Lista de conselheiros e suas atividades

1- Eduardo Ribeiro Capobianco ( Presidente do conselho da transparência Brasil )

Empreiteiro da construção civil e membro da poderosa Fiesp. Pertence a elite empresarial que manda e desmanda no país há décadas. Formada por grupos históricos de financiadores de campanhas eleitorais, a Fiesp constituiu-se no principal reduto de grandes empresários opositores a Lula em todas as eleições. Possuem forte e decisiva influência na imprensa nacional. Transparência ou opacidade?

2- Emerson Kapaz

Participa da coordenação financeira da campanha de Alckimin e foi secretário de Estado de São Paulo, no governo tucano.

O ex-deputado (PPS-SP) e presidente afastado do Instituto ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), Emerson Kapaz, fez 13 emendas para a compra de ambulâncias para os Orçamentos da União, totalizando cerca de R$ 1,7 milhões. Esse valor corresponde a 43,3% dos R$ 4 milhões que o deputado teve direito a apresentar como emendas nos dois anos. Para ver os espelhos das emendas de 2002 e 2003, destinadas especificamente à compra de ambulâncias, clique nos anos correspondentes.

Das 13 emendas apresentadas para a compra de ambulâncias, apenas seis foram empenhadas (verbas comprometidas para posteriores pagamentos). No entanto, nenhuma delas foi paga no ano do empenho e apenas duas foram inscritas como restos a pagar. As duas emendas que passaram para o exercício posterior foram pagas em 2004. Para ver a execução orçamentária de todas as emendas apresentadas por Emerson Kapaz aos orçamentos dos anos de 2002 e 2003, clique nos anos correspondentes.
As emendas para ambulâncias pagas referem-se a dois convênios. O primeiro, no valor de R$ 129.960,00, com a prefeitura de Ibiúna, no interior de São Paulo. O outro convênio, no valor de R$ 593.818,00, com a Associação Beneficiente e Promocional Belém, também de Sâo Paulo, era destinado ą compra de seis unidades móveis de saúde. Os recursos para as duas transferências saíram do Fundo Nacional de Saúde.

A prestação de contas do convénio feito com a prefeitura de Ibiúna esta inadimplente. O dado é do Sistema Integrado de Administraēćo Financeira (Siafi). Segundo informações do sistema, a prestação de contas do convênio com Ibiúna foi impugnada em 17 de novembro de 2005. O convênio com a Associação Beneficiente e Promocional Belém consta como adimplente no Siafi. No entanto, ainda não foi apresentada a prestação de contas.

Nesta quarta-feira (26), em nota ą imprensa, Emerson Kapaz disse que não se pronunciaria enquanto não tiver acesso aos depoimentos da CPI. Na segunda-feira, o empresário se afastou da presidência do Instituto ETCO. Segundo a assessoria de imprensa, Kapaz deseja evitar que o escāndalo manche a imagem do instituto.

Caroline Olinda
Do Contas Abertas

3- Luiz Pedone

Tem lado. Ferrenho e histórico adversário do PT. Assinou manifesto a favor da candidatura Itamar.

REPUBLICANOS LANÇAM MANIFESTO DE APOIO À CANDIDATURA ITAMAR PELO PMDB

Círculos Republicanos

Os brasileiros reunidos nos Círculos Republicanos do Rio saúdam como sendo de fundamental contribuição para o processo de consolidação da democracia brasileira, assim como para a promoção da democracia social no Brasil, a apresentação da pré-candidatura à Presidência da República, pelo PMDB, do presidente Itamar Franco.

Atravessamos uma das mais graves crises sociais de nossa História, determinada por níveis de desemprego sem precedentes, como resultado inexorável de políticas econômicas neoliberais praticadas no país desde o início dos anos 90, e aprofundadas pelo Governo Lula. A Nação reclama o direito de decidir, em eleições livres, se deve ser mantido o projeto neoliberal que promove o desemprego, ou se devemos buscar uma alternativa política e econômica desenvolvimentista.

No quadro eleitoral que se configurava, estávamos condenados a uma polarização entre dois partidos com o mesmo projeto político, o PT e o PSDB, determinados a manter o projeto neoliberal dentro de um único condomínio de poder. Consideramos essa situação como um risco para a democracia política, e um impeditivo para democracia social, reflexo de um perigoso descolamento da esfera política em relação à realidade social brasileira.

O presidente Itamar Franco, colocando seu nome ao exame do PMDB para disputar as eleições presidenciais, põe em perspectiva concreta a ruptura política com o círculo de ferro neoliberal que sufoca a Nação. O PMDB, decidindo democraticamente por uma candidatura própria à Presidência da República, oferecerá ao Brasil uma histórica opção para o resgate das condições para o nosso desenvolvimento econômico e social.

Rio de Janeiro, 6 de abril de 2006.

Pelos Círculos Republicanos,
José Carlos de Assis – Coordenador, Movimento Desemprego Zero.
Paulo Metri – Coordenador, Clube de Engenharia.
Eduardo J. C. König da Silva – Presidente da SEAERJ
Luiz Eduardo Horta Barbosa Costa Leite – SEAERJ
Maria Helena Gonçalves – Clube de Engenharia
Vera Teresa Baliero A. Costa
Helio Pires da Silveira – Economista
Luiz Pedone – Professor aposentado da UnB
Rosy Rosalina Scapin
Luiz Wilson Marques Daudt – General de Divisão R/1
Gustavo A. G. Santos - Economista
Luiz Otávio Reiff - Economista
Marcos Coimbra – Professor da UERJ
Cláudio Salm – Professor da UFRJ
Heitor Pereira – Presidente da AEPET
Maurício Dias David – Economista
Raphael Padula – Economista
Christina Caneca
Raphael de Almeida Magalhães – Advogado
Iberê Mariano da Silva – Gen.Brig. R/1

3- André Urani

Foi secretário municipal do Trabalho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde. Como se sabe, Conde foi prefeito pelo PFL e apoia os tucanos

4 - Neissan Monadjem e Rubens Naves:

Ligados politicamente a Emerson Kapaz

5- Josias de Souza e Caio Túlio Costa

Jornalistas ligados ao grupo Folha de São Paulo e UOL. São explicitos apoiadores do tucano Alckimin.



Olha a sacanagem: Deputados são citados por apoiarem a criação de CPI

1 - Deputado Walter Pinheiro (PT - BA)

Ele é citado por ter sido noticiado que apoiou a instalação da CPI dos Correios no jornal O Tempo

O Tempo (MG) - 18/5/2005

Jefferson diz que tem fama de troglodita, não de ladrão

Da Redação

... O discurso de Roberto Jefferson não convenceu nem a oposição nem petistas como Walter Pinheiro (BA). Segundo o líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), Jefferson não apresentou nenhuma informação nova e seu discurso só reforçou a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de corrupção nos Correios.

Walter Pinheiro, que assinou o requerimento da CPI, disse que o discurso não convenceu e que é preciso apurar as denúncias e descobrir para onde foi o dinheiro envolvido nas licitações, cerca de R$ 35 milhões. "A CPI terá que apurar não só quem é o coronel Fortuna (que teria feito a gravação) como investigar onde foi parar a fortuna", afirmou

2 - Antônio Carlos Biscaia

Jornal do Brasil (RJ) - 16/5/2005

Biscaia quer abertura de CPI

Da Redação

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), pediu ontem rigor absoluto nas apurações das denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, divulgadas pela Veja desta semana. Biscaia fará gestões para que a investigação seja feita pelo Ministério Público e pelo Poder Legislativo, através de uma CPI que esclareça a atuação do deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB ...

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