08 novembro 2006

O QUE FAZER pra democratizar o pior jornal do mundo? (1)


(1) Não comprá-lo e exigir que jornais partidarizados deixem de ser vendidos aos cidadãos-consumidroes e passem a ser distribuídos gratuitamente (os assinantes que paguem mais caro, pra serem divulgados, né?!)

A Folha de S.Paulo é, hoje, em novembro de 2006, já sem possibilidade de perder o posto, o pior jornal do mundo.

Mas a Folha de S.Paulo entra aqui, de exemplo, porque a Folha de S.Paulo ensina muito sobre como opera o jornalismo partidarizado e antidemocrático, na sociedade contemporânea – tema que todos os democratas devem conhecer, porque o pior inimigo da democracia é o jornalismo partidarizado e antidemocrático.

Fosse de graça, valeria o trabalho de conhecer a Folha de S.Paulo, nem que fosse pra aprender o que é e como opera o jornalismo antidemocrático e partidarizado. Paga, a Folha de S.Paulo é dinheiro totalmente posto fora, para o leitor-consumidor.

Contudo, em experiência controlada, pode-se aprender muito sobre jornalismo antidemocrático e partidarizado, a partir da Folha de S.Paulo, sem desperdiçar nem tempo nem dinheiro.

Primeiro, sugiro vivamente que os consumidores brasileiros se mobilizem em campanha para que a Folha de S.Paulo passe a ser distribuída gratuitamente.

Organizem-se, consumidores, para criticar a Folha de S.Paulo: a Folha de S.Paulo, de graça, sai cara!

Com a gratuidade, acabar-se-á com o assalto ao consumidor – que paga para receber informação & jornalismo e só recebe bobajol e chiliques de colunistas pirados.

Com jornalões distribuídos gratuitamente, ao mesmo tempo, oferece-se a mais pessoas a chance de conhecer e discutir o jornalismo antidemocrático.

Rodas de cidadãos, pra ler jornal

Os consumidores da Folha de S.Paulo podem, por exemplo, organizar rodas-de-papo-e-cervejinha (e suco, para as crianças, que devem ser convidadas, pq é de pequeno que se aprende a ler ou não ler jornais, e a lê-los bem ou a lê-los mal), dedicadas a ler a Folha de S.Paulo.

Nessas rodinhas, pode-se discutir a pautação da Folha de S.Paulo, os textos, os temas das colunas, assim, em roda de cidadãos-leitores; eventualmente, pode-se dar muita risada. Outras vezes, mesmo sem risada alguma, aprender-se-á construir uma boa e bela indignação democrática.

Dessa matéria-prima cidadã e social, contróem-se, afinal, respostas cidadãs e democráticas, que se podem distribuir para toda a galáxia, por exemplo, pela Internet.

As conclusões-respostas podem também gerar livro ou, mesmo, até, um outro jornal a ser, assim, constituído, pode-se dizer, “de baixo pra cima”.

Há até uma graninha aí! Vamos à luta!

Muito provavelmente, a venda dos livros e jornais que se gerem assim, brotados, pode-se dizer, da multidão, renderão boa grana, que os grupos de cidadãos poderão, se quiserem, converter em benefícios para os necessitados deles, no bairro ou no quarteirão. E os cidadãos, se quiserem, poderão também converter a grana em mais cerveja para mais rodinhas de ler jornal.

Deve-se prever que outros cidadãos tenham o desejo de rir de outros jornais antidemocráticos e partidarizados, além da Folha de S.Paulo.

Que os consumidores-cidadãos leitores de jornal se organizem, então, como lhes parecer mais cômodo ou mais divertido, porque, se há coisa que não falta, no Brasil, em 2006, são jornais antidemocráticos e partidarizados, a serem lido-ridos-criticados por cidadãos e consumidores democráticos.

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PARA NÃO ESQUECER: O internauta é um cidadão eleitor. Quem compra jornais é um cidadão consumidor. Pela democratização da mídia, no Brasil.

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