16 novembro 2006

Programas sociais e crescimento econômico levam 457 mil pessoas de volta ao Nordeste


O crescimento da economia no Nordeste e o conseqüente aumento da oferta de empregos formais aliado aos programas sociais do governo, foram a causa de um fenômeno jamais visto no Brasil: pela primeira vez, saíram mais nordestinos do que entraram no Estado de São Paulo. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) de 2004, isso representa o retorno de 457 mil nordestinos à terra de origem.

Especialistas vêm chamando o fenômeno de “migração de retorno” e atribuindo a ele, como fatores decisivos, programas como o Bolsa Família e benefícios sociais como a aposentadoria rural, políticas de distribuição de renda que vêm contribuindo para fixar as pessoas em suas terras natais no Estados mais carentes do país.

Nas últimas décadas, São Paulo foi o principal destino dos migrantes nordestinos mas, comparando os dados da PNAD de 2004 com os números do Censo de 2000, a taxa de migração paulista foi 29% menor.

No Piauí, a chegada de empresas oferecendo empregos formais e o aumento de fazendas com plantações de soja de paulistas, gaúchos e paranaenses, vêm contribuindo para o retorno dos chefes de família do Estado. O Maranhão, com 79% e, o Rio Grande do Norte, com 54% foram os principais estados responsáveis pela “migração de retorno”.

Fonte: Jornal do Povo

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