02 outubro 2008

Vila Vudu - Barracão Thomas Paine, "The pungent pampheteer" [ó os mano aí se achano, sô!]]: "Que papim alckminista fraco é esse, D. Cila Schulman.

Vila Vudu - Barracão Thomas Paine, "The pungent pampheteer" [ó os mano aí se achano, sô!]]: "Que papim alckminista fraco é esse, D. Cila Schulman.


Mas... o que é que esses cara pensu que aprenderu, afinal, na Graduate School of Political Management da George Washington University?!

"These are the times that try men's souls."
Thomas Paine (1737-1809), "The Pungent Pamphleteer."

Hoje, no Blog do Noblat, lêem-se os comentários de uma "Cila Schulman", lá apresentada (foto e tudo), como jornalista e mais um zilhão de nomes de empresas de marketação. O único título lá listado que tem (ou deveria ter) algo a ver com estudos de habilitação ou de formação, dos que lá se listam, é o 'título' de estudante ("Estudou na") da "Graduate School of Political Management" da "George Washington University".

Pelo menos, D. Cila não mente que se formou em alguma coisa, além de jornalismo. Mas ser formado em jornalismo no Brasil é TOTALMENTE nada. É tão totalmente nada, que ainda se discute se o diploma de jornalista seria necessário ao exercício da profissão e há muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita gente boa que diz que não é. E todos os que dizem que o diploma é necessário são formados... o que torna TOTALMENTE irrelevante a opinião desses. D. Cila, pois, é marketeira profissional, e só, e desde 1988.

Então, o único título importante que lá se lista, no Blog do Noblat, como currículo de D. Cila marketeira é aquele "estudante" ("Estudou na") da "Graduate School of Political Management" da "George Washington University". (O artigo aí vai, abaixo, pra facilitar a referência e verim que eu não tô mentino.)

Naquele artigo, comentam-se os programas de televisão dos candidatos às próximas eleições em São Paulo: o último programa de cada um dos três principais candidatos à prefeitura de S.Paulo. Li tudo, de cabo a rabo.

Li, e meu primeiro pensamento foi "Mas o quê, diabos, ensinam lá, nessa tal de "Graduate School of Political Management" da "George Washington University", que não se ensine aqui, igualzinho -- e muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito mais barato!!!!!!!!!!! --, em qquer 'coluna' da D. Danuza Leão, que é analfabeta, ou em qquer papim entre Ana Maria Braga (que também é analfabeta, além de tucano-malufista) e aquele papagaio que, coitado, é o único ente conhecido que trabalha sob condições de trabalho-escravo e na televisão e zuzo bem?!
Tudo, na leitura-interpretação de Cila Schulman é lugar-comum. Para essa dita 'especialista' em "Political Management", a parte "political" do mundo seria não se sabe o quê e, se for... não existe; e, se por acaso existir, deve ser apagada... provavelmente porque D.Cila não consegue vê-la ou não a sabe ver e, se lhe caísse sobre a cabeça, nem assim D. Cila saberia ver a parte "political" da coisa.

E a parte "management" da coisa, a julgar-se pelo artigo de D. Cila... é "management", o velho, o de sempre, o que se usa pra vender remédio prá pum, por exemplo, como se pum fosse doença! E isso, ISSO... teria sido estudado na "Graduate School of Political Management" da "George Washington University"?! Não entendi nada.

Duvido muito que a Graduate School of Political Management da George Washington University gostasse de saber que autoproclamada aluna sua escreve em e-jornal que um(a) candidata "vestiu sandálias da humildade", o outro "tá se achando" e o outro, o terceiro citado -- e candidato reservado para o fecho de ouro do artigo (que marketing! que marketing! UAU! Que marketing!) --, já foi "governador aprovado, candidato a presidente campeão de votos em São Paulo, cacique respeitado no PSDB"... mas foi abandonado pelos amigos dos tempos de sucesso e, hoje, catolicamente & muuuuuuuuuuuuuuuito Gumex, mostra sua família e correspondentes caríssimos dentes sorridentes & carolagens safadíssimas do fascismo militante da Opus Dei... em televisão. (D. Cila não fala do fascismo militante da Opus Dei, sempre impresso, indelével, naquele asqueroso Gumex de Alckmin. Disso, quem fala sou eu-euzinho, aqui na Vila Vudu.)

OK. OK, sim, já se sabe que, no Brasil-2008, tudo é DES-jornalismo, 'jornalismo' de desdemocratização, que todos os jornalistas estão alugados a um ou outro candidato, que tudo é propaganda de DES-democratização do eleitor e de DES-politização dos discursos sociais, que jornalismo já não há, no Brasil, e que esse famigerado dito 'marketing político' acanalhou o que houvesse sobrado dos discursos jornalísticos democráticos que por aqui houvesse, por acaso. TUDO ISSO já se sabe.

O que me intriga é por quê, diabos, essa gente insiste em meter o nome da Graduate School of Political Management da George Washington University em tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo. Taí. Por quê?
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A cerimônia do Adeus
Cila Schulman, jornalista [ver currículo, abaixo], no "Blog do Noblat", 2/10/2008, aqui.

Em certas estações, notadamente nas primaveras dos anos pares aqui no Brasil, se observa um fenômeno raro. Ocorre quando o político se vê frente a frente com a decisão soberana do eleitor e não lhe resta outra alternativa senão assumir seus sentimentos de culpa, de medo, de fé, de raiva, de alegria, ainda que isso lhe sirva também como truque na busca de mais votos.

No último programa do primeiro turno ontem, na televisão,Marta Suplicy (PT) foi de Lula, paz e amor. A rainha das pesquisas de intenção de votos, a líder soberana desde o começo da disputa, teve que calçar as sandálias da humildade e pedir uma chance ao eleitor. Disse, e Lula confirmou, que ela está mais madura e preparada, como alguém que se desculpa por um pecado do passado. Deve ser por causa da sua rejeição, que teima em não baixar, e da cruel pesquisa do instituto Datafolha, que a colocou atrás de Gilberto Kassab (DEM) na projeção do segundo turno.

Na direção oposta, o emergente Kassab agora tá se achando. Ele surgiu nos braços do povo e do governador José Serra numa São Paulo que canta e é feliz, sapateando sobre a herança maldita que diz ter recebido de Marta na Prefeitura. Reclamou que foi atacado pra chuchu pelos concorrentes. Seria uma piada com o apelido de Geraldo Alckmin (PSDB), o picolé de chuchu? Finalmente, até de lindo ele foi chamado pela mulherada. Tá se achando mesmo, esse Kassab.

O adeus mais comovente, entretanto, foi o de Alckmin. Sentado no sofá da sala do seu apartamento, de mãos dadas com a família e com a religião, ele pediu para o eleitor voltar no tempo e comparar sua história com a de Kassab, “o candidato que se diz do PSDB”.
Talvez quisesse ele, Alckmin, voltar no tempo e recuperar sua glória de governador aprovado, de candidato a presidente campeão de votos em São Paulo, de cacique respeitado no PSDB, enfim, a qualquer tempo anterior à esta sua solitária campanha para prefeito.

Cila Schulman é estrategista e coordenadora de comunicação de campanhas eleitorais desde 1988. Estudou na "Graduate School of Political Management" da "George Washington University" e é membro e palestrante de entidades internacionais como IAPC – Associação Internacional de Consultores Políticos -, EAPC – Associação Européia de Consultores Políticos e Alacop – Associação Latino Americana de Consultores Políticos.

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