20 julho 2008

"Montaigne? Sim. Por que não? O QUE IMPORTA É QUE NÃO SEJA A DORA KRAMER!" [risos, risos]

"Montaigne? Sim. Por que não?!
O que importa é que NÃO SEJA a Dora Kramer!"


A única verdade até hoje TOTALMENTE PROVADA e comprovada é que a salvação NÃO ESTÁ em ler os DES-jornais brasileiros ou em assistir ao "Jornal Nacional" e ao "Jornal da Globo".

Mais um pouquinho, e estará TOTALMENTE DEMONSTRADO que o jornalismo como o conhecemos no Brasil-2008 é TOTALMENTE uma prática de engambelação dos muitos pelos poucos. O artigo abaixo ajuda muuuuuuuuuuuuuuuuuito a entender este negócio.

De quebra, o artigo abaixo ajuda a começar a entender que não podemos contar com NENHUMA solidariedade de nenhum jornalismo, de nenhum jornal e de nenhum jornalista, se se entender por jornalismo, jornal e jornalista o simulacro de tudo isto que o Brasil-2008 conhecemos e tanto nos envergonha.

A multidão é o que é porque a multidão é uma legião de VOZES INDIVIDUAIS, opinativas, desejantes, DES-uniformizadas e DES-uniformizantes.

Em matéria de gente que entende, no máximo, um pouco, bem pouco, sobre UMA COISINHA, mas vive de meter-se a pontificar sobre tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuudo, exemplos abundam no DES-jornalismo brasileiro: D. Dora Kramer, D. Eliane Cantanhede, D. Miriam Leitão, Sêo Clóvis Rossi, o ex-FHC, a ex-Marina Silva, a Lucia Hippólito, o Sardemberg, o William Waack, a Ana Maria Brega e toooooooooooooooooooooooooooooooooodos os 'colunistas' de todos os DES-jornalões brasileiros, do DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008.

Além destes, há tb no Brasil um monte de gente que não entende, mesmo, é de PORRA-NENHUMA, nada, nadica de nada, e, ainda assim, vive de meter-se a escrever, em jornal, sobre tuuuuuuuuuuuuuuuuudo. O exemplo universalmente mais escabroso deste tipo de perversão do jornal e do jornalismo universal é, é claro, a D. Danuza Leão, feudatária de MEIA PÁGINA da Folha de S.Paulo (acredite quem quiser!).

A salvação, sim, pode estar em Montaigne. Por que não? A única verdade até hoje TOTALMENTE PROVADA e comprovada é que a salvação NÃO ESTÁ em ler os DES-jornais brasileiros ou em assistir ao "Jornal Nacional" ou ao "Jornal da Globo" ou ao "Jornal do Boris Cassoy".

Regra obrigatória TOTAL, de saúde pública, no Brasil-2008, é: NÃO LEIA OS DES-JORNALÕES & DESLIGUE A TELEVISÃO. Converse com os amigos, olhe em volta, veja o mundo, assista à televisão por internet (veja o quanto há, de boa televisão pelo mundo) e leia Montaigne.

Gostei, repasso. Vejam aí.

Caia Fittipaldi


Graves inconvenientes


O tal jornalismo ficaria muito mais interessante se os ditos jornalistas se abrissem para o mundo (em vez de fecharem a pauta todos os dias), o que acabaria por causar um retrocesso imenso (porém produtivo), segundo nos conta Montaigne (1533-1592), no livro 1 dos Ensaios, capítulo 31:

“(...) O homem que tinha a meu serviço, e que voltava do Novo Mundo, era simples e grosseiro de espírito, o que dá maior valor a seu testemunho. As pessoas dotadas de finura observam melhor e com mais cuidado as coisas, mas comentam o que vêem e, a fim de valorizar sua interpretação, persuadir, não podem deixar de alterar um pouco a verdade. Nunca relatam pura e simplesmente o que viram, e para dar crédito à sua maneira de apreciar, deformam e ampliam os fatos.

“A informação objetiva, nós a temos das pessoas muito escrupulosas ou muito simples, que não tenham imaginação para inventar e justificar suas invenções e igualmente que não sejam sectárias.

“Assim era o meu informante, o qual, ademais, me apresentou marinheiros e comerciantes que conhecera na viagem, o que me induz a acreditar em suas informações sem me preocupar demasiado com a opinião dos cosmógrafos. Fora preciso encontrar topógrafos [exploradores] que nos falassem, em particular, dos lugares por onde andaram. Mas, porque levam sobre nós a vantagem de ter visto a Palestina, reivindicam o privilégio de contar o que se passa no resto do mundo.

“Gostaria que cada qual escrevesse o que sabe e sem ultrapassar os limites de seus conhecimentos; e isso não só na matéria em apreço, mas em todas as matérias. Há quem tenha algum conhecimento especial ou experiência do curso de um riacho, sem saber de resto mais do que qualquer um, e no entanto, para valorizar sua pitada de erudição, atira-se à tarefa de escrever um tratado acerca da configuração do mundo. Este defeito muito comum acarreta graves inconvenientes.”

Por Gustavo Barreto no Blog, reproduzido em Nova-e


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