Sessão troca de Email
Subject: Mico de Jornalistas no Roda Viva
01/07/08
O presidente da Azul afirmou agora no Roda Viva, Cultura, que nos EUA os problemas de infra-estrutura nos aeroportos são muito maiores nos aeroportos americanos; "Muito pior lá", disse ele. Segundo ele, debaixo de chuva os aeroportos lá param. E o jornalistas entrevistadores só faltaram vaiá-lo. Que país é esse em que jornalistas torcem para que um americano venha aqui para criticar o país. A pergunta foi feita com intenção clara, mas quebraram a cara.
Fonte: Alexandre Porto
01/07/08
Acho que uma das nossas dificuldades, sempre que queremos CRITICAR os 'jornalistas' brasileiros, é que eles SE SENTEM, sinceramente, brilhantíssimos, bem-informadíssimos, justíssimos, inteligentíssimos, 'naturalmente' 'éticos' páculas. Dado que eles SE SENTEM, sinceramente, justos e equânimes e sábios e brilhantes e certos e democráticos, é praticamente impossível fazê-los baixar a crista. Estes caras, eu acho, não são democratizáveis. Se se soma a este fascismo sincero uma insuportável empáfia paulista -- que é muito visível nos 'jornalistas' do Estadão -- começa-se a entender por que estes 'jornalistas' que se vêem cara a cara no "Roda Viva" são TÃO TOTALMENTE INSUPORTÁVEIS. É eles serem contrariados... e todos dão xchilique. Às vezes é engraçado. Às vezes é só irritante. Fato é que eu estou praticamente convencida de que estes caras não são democratizáveis.
Caia Fittipaldi
01/07/08
Como a Multidão sempre esteve longe do Poder-Pudê nas Capitanias Hereditárias, o clima neo-fascista engendra uma classe que nada tem a ver com a democracia. Isso não constitui novidade: basta ver (lembrar) como esses "formadores de opinião" atuavam antes e pós-golpe burguês/classes médias de 1964. Há exceções, claro, como a do sobrevivente Mauro Santayana, condenado ao colunismo de um matutino que quase ninguém mais lê. O colaboracionismo foi raramente denunciado, depois de 1985, porque eles ergueram logo uma barreira de intocáveis. Os bons historiadores bem fariam em pesquisar melhor esse aspecto daqueles 21 anos de vergonhas nacionais. Quem se habilita?
Arnaldo Carrilho
01/07/08
Cães de Guarda: Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988
BEATRIZ KUSHNIR
Doutora em História Social, Beatriz Kushnir lança pela Boitempo, nos 40 anos do golpe de 1964, livro nascido de intensa pesquisa sobre um dos aspectos fundamentais do regime militar: sua relação com os órgãos de imprensa, da censura à colaboração. "O objetivo é iluminar um território sombrio e desconfortável: a existência de jornalistas que foram censores federais e que também foram policiais enquanto exerciam a função de jornalistas nas redações." - explica Beatriz na introdução do livro. A pesquisadora explora a formação, as bases jurídicas e as diretrizes que orientavam o trabalho da censura, baseando-se em extensa pesquisa documental além de entrevistas, inclusive com onze censores - aspecto inédito - cujo trabalho era "filtrar", na imprensa e nas artes, o que incomodasse o regime não só no campo político, como também na cultura e até no campo da moral. Outro foco do trabalho é a cumplicidade da imprensa, especialmente da Folha da Tarde - veículo onde trabalhavam vários militantes de esquerda até a época em que o jornal ficou conhecido como Diário Oficial da Oban (Operação Bandeirantes) - com o regime militar e seu aparelho repressivo: os diretores do jornal eram ao mesmo tempo funcionários da polícia, reconhecidamente. Eles mesmos confirmam em entrevistas. O livro toca num tema delicado, e indiretamente critica historiadores de renome que fazem a história da imprensa "esquecendo" o caso da FT. Cães de guarda explora os limites entre a censura, a auto-censura dos jornalistas e a complicada convivência entre governo e imprensa durante a ditadura militar.
Fonte: Grupo Beatrice
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