11 agosto 2008

" Mandaram tirar o pé das matérias de economia "...

" Mandaram tirar o pé das matérias de economia "...





...volto a contar uma história que já contei neste espaço. Já é de domínio público, não estou contando novidade. Período eleitoral de 2006. Eu, na época, era repórter da TV Globo de São Paulo. Marco Aurélio era editor de Economia do Jornal Nacional. Um dia ele comentou na redação: "Mandaram tirar o pé das matérias de economia". Como assim? O chefe dele, no Rio de Janeiro, transmitiu orientação no sentido de não produzir mais reportagens que pudessem ter impacto positivo. Ele até deu exemplo de assunto desprezado: estatísticas da construção civil que indicavam forte crescimento do setor.

...não eram reportagens eleitoreiras. Se feitas, apenas apresentariam à opinião pública a verdade factual. Mas essa verdade factual não combinava com o Brasil dos chefes do Marco Aurélio. O Brasil dos chefes do Marco Aurélio era aquele das CPIs do mensalão, dos Correios e do fim do mundo - as três CPIs que disputaram os holofotes em Brasília.

Fonte: Viomundo

Mas como não temos que tirar o pé, aqui vai as notícias:


SEGMENTO: MINERAÇÃO

Vale avalia acelerar novos projetos

Rio, 11 de Agosto de 2008 - A Companhia Vale do Rio Doce descobriu recentemente importantes reservas de fosfato, potássio, cobre e carvão. Motivada por pesquisas geológicas bem-sucedidas, a companhia cogita investir pesadamente no desenvolvimento dessas novas jazidas. Algumas descobertas provêm de minas já existentes que podem ser ampliadas e só aguardam decisão da empresa para a exploração. "Estamos no momento de decidir se vamos ampliar ou não a capacidade de alguns projetos", disse o executivo.
A companhia conclui em outubro estudo sobre o potencial de uma área com capacidade para produzir um milhão de toneladas carnalita, minério que origina o potássio. A mina fica próxima à reserva de potássio que a Vale já desenvolve em Rosário do Catete, no mesmo estado. "Estamos fazendo uma planta lá para produzir 10 mil toneladas (de carnalita)."
A Vale também estima potencial de produzir um milhão de toneladas de potássio em uma outra mina na Argentina, o projeto de Neuquén. O interesse no mineral está relacionado à explosão da demanda por alimentos, cuja produção necessita de fertilizantes (que têm o potássio como matéria-prima). No dia 19, a companhia lança a pedra fundamental do projeto de fosfato Bayova, no Peru. Após anos de estudos, a empresa concluiu que a mina tem capacidade para produzir 3,9 milhões de toneladas de concentrado do minério por ano.
Agnelli falou ainda da possibilidade de dobrar o projeto de carvão de Moatize, em Moçambique. Com uma "eventual segunda fase" Moatize produzirá mais que as 11 milhões de toneladas por ano de carvão inicialmente estimada. A Vale descobriu também que poderá dobrar a capacidade de produção de cobre no projeto Salobo, no Pará. O início de produção está previsto para 2010, mas a companhia pode antecipar o projeto e em seguida ampliá-lo.
"Podemos acelerar esses investimentos. O que gera mais valor para o acionista: crescimento orgânico ou aquisições? Temos as melhores opções, as melhores minas. A prioridade é crescimento orgânico", afirmou o executivo. A companhia exibe no portfólio 23 projetos, dos quais seis estão previstos para este ano.
"A base de reservas que temos é extraordinariamente boa, de ótima qualidade, e comparável com as melhores minas do mundo inteiro. Não tem porque desviar a atenção dos nossos projetos, das minas que nós achamos, que nós pesquisamos", afirmou. "Quando e se surgir alguma oportunidade que possa traduzir em valor para nossos acionistas, a gente age. E hoje estamos prontos para qualquer ação nesse sentido. Mas uma aquisição é possível, não é provável".
O executivo não descartou aquisições, mas sinalizou que a Vale tende mais a investimentos em aumento de produção do que a comprar grandes empresas. Segundo Agnelli, a companhia deve apostar em "pequenas e médias" aquisições. "Não há prioridade em fazer grandes aquisições. Não é provável. Pequenas aquisições, sim, para reforçar nossa base de ativos", disse o executivo. "Tudo aquilo que puder acelerar, otimizar ou agregar em tamanho e retorno a esses projetos já anunciados e aos que anunciaremos, poderemos avaliar", afirmou.
Agnelli sugeriu que a captação que a companhia acaba de fazer possibilitará a injeção de investimentos nesses novos projetos. Segundo ele, outro motivo que levou a companhia a tomar recursos no mercado foi a expectativa de escassez de crédito no futuro.


SEGMENTO: SIDERURGIA

ArcelorMittal Brasil investe mais US$ 1,6 bi em aços longos

São Paulo, 11 de Agosto de 2008 - A alta das vendas de aços longos no Brasil tem estimulado as siderúrgicas que atuam neste segmento de mercado a realizar investimentos para ampliar a produção. Ontem a ArcelorMittal informou que vai aplicar US$ 1,6 bilhão para aumentar a capacidade de produção de aços longos no Brasil em 65%, para 6,5 milhões de toneladas. "Esse aumento na capacidade de produção, particularmente na produção de fio-máquina, vergalhões e barras, assim como de perfis médios e pesados, reconhece o importante potencial de crescimento do mercado doméstico e nosso comprometimento de investir no Brasil", afirmou em comunicado Gonzalo Urquijo, membro do conselho de administração da ArcelorMittal e responsável pelo segmento de produtos longos.
O anúncio ocorreu um dia depois de o grupo Gerdau informar que está estudando a instalação de uma usina para produzir até 1 milhão de toneladas de vergalhão em Pernambuco e que vai aplicar US$$ 277 milhões na ampliação da capacidade da Açominas em 500 mil toneladas, dentre outros projetos já em andamento.
Somente no primeiro semestre deste ano, as vendas de aços longos cresceram 27% na comparação com igual período do ano passado, antecipou na quarta-feira o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter. O dado oficial será divulgado semana que vem pelo Instituto Brasileiro Siderurgia (IBS). Segundo o instituto, de janeiro a maio, levantamento mais recente disponível, as vendas internas de laminados longos subiu 26,5% ante igual período de 2007, para 3,73 milhões de toneladas. Já as vendas de produtos semi-acabados longos, como blocos e tarugos, aumentaram 25,7%, para 153,5 mil toneladas. Como a produção cresceu em ritmo menor - 13,6% no caso dos laminados e leve queda, de 0,2%, nos semi-acabados - as exportações de laminados longos caíram 12,3%, para 690,7 mil toneladas, enquanto as vendas externas de blocos e tarugos foram reduzidas em 18,5%, para 569,6 mil toneladas.
Normalmente as usinas siderúrgicas trabalham capacidade ociosa abaixo de 10%, mas Johannpeter disse que algumas das unidades do grupo já operam na capacidade nominal, o que torna a necessidade de investimentos em ampliação ainda mais urgentes.
O presidente mundial da ArcelorMittal, Lakshmi Mittal, já havia anunciado, no final do ano passado, investimentos de US$ 5 bilhões no País até 2012. Deste total, US$ 1,2 bilhão já estavam previstos para a duplicação da capacidade de produção da unidade de João Monlevade (MG) para 2,4 milhões toneladas de aços longos, projeto que esteve em estudo tempos antes, foi retomado e agora, com as obras em andamento, tem a previsão de começar a operar até o final de 2010. Agora a empresa anunciou o destino de mais uma parcela do montante informado pelo bilionário indiano.
Conforme comunicado divulgado pela sede da ArcelorMittal, em Luxemburgo, os recursos serão aplicados na construção de dois novos alto-fornos, com capacidade total de 400 mil toneladas, em um forno elétrico, com capacidade de 1,2 milhão de toneladas e na ampliação de um forno existente. Além disso, serão instalados três laminadores, com capacidade total de 1,67 milhão de toneladas, para produzir barras especiais para a indústria automobilística, vergalhões e perfis médios e pesados, ambos usados na construção civil e na indústria automotiva.


Siderúrgicas investem US$ 900 milhões em chapas grossas

São Paulo, 5 de Agosto de 2008 - Produto de alto valor agregado e de demanda crescente, a chapa grossa tem atraído a atenção dos novos e antigos investidores , tanto para a construção de novas linhas de produção como para projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, que poderão permitir usos especiais, como nas futuras plataformas de petróleo nas áreas do pré-sal.
O produto, que no primeiro trimestre era negociado a cerca de US$ 1,2 mil por tonelada (acima dos US$ 1 mil de uma bobina a frio), é utilizado na fabricação de tubos com costura, navios, máquinas agrícolas e bens de capital, portanto investimentos do setor agroindustrial, especialmente no segmento de açúcar e álcool, e de petróleo e gás natural tem elevado o consumo. Segundo estimativas de mercado, somente a construção de novos navios e dutos para atender o setor de petróleo e gás demandarão pelo menos cerca de 8 mil toneladas de chapas grossas, considerando somente os investimentos previstos até 2013.
A Usiminas, principal fabricante de chapas grossas da América do Sul deve investir US$ 500 milhões para ampliar em 500 mil toneladas sua capacidade de fabricação do produto na unidade de Intendente Câmara, em Ipatinga (MG). A expansão deve entrar em operação a partir do segundo semestre de 2010. Atualmente o Sistema Usiminas, que inclui também a Cosipa, localizada em Cubatão (SP), produz 2 milhões de toneladas anuais. Em recente entrevista à imprensa, o presidente da companhia, Marco Antônio Castello Branco, afirmou que também a unidade paulista da siderúrgica pode passar por expansão semelhante. "Vamos nos defender e garantir fornecimento para nossos clientes", disse.
A nova linha contará com uma tecnologia de resfriamento acelerado. "Esse processo dá ao aço maior resistência à corrosão e abrasão e pode ser utilizado especialmente em tubulação offshore", disse Nelson Martins Guimarães, superintendente de vendas industriais da Usiminas. Além disso, o centro de pesquisa da companhia já está realizando os primeiros estudos para o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam a utilização nas plataformas a serem construídas nas regiões do pré-sal, muito embora ainda não se tenham as determinações específicas para o aço a ser utilizado nas futuras construções.
De acordo com o executivo, a tecnologia mais avançada será o diferencial da Usiminas quando entrarem em operação as unidades industriais dos novos competidores. "O que vai acontecer é que novos players vão entrar em um mercado demandado, mas o nosso diferencial teconológico é grande e temos clientes que querem alto valor agregado, qualidade com maior resistência", disse.
A Gerdau anunciou no final do ano passado sua intenção de entrar no segmento de chapas grossas, produto plano, portanto que não faz parte da área de atuação tradicional da companhia, que sempre produziu aços longos. A empresa investirá US$ 400 milhões na nova linha, que será construída na unidade da Gerdau Açominas. O projeto prevê a instalação de um laminador de chapas grossas com capacidade para produzir 870 mil toneladas por ano e entrará em operação em 2010.


Aumento da demanda por aço não é problema

5 de Agosto de 2008 - De forma recorrente, têm sido veiculadas na imprensa matérias relacionadas ao abastecimento e preços dos produtos siderúrgicos no mercado interno. De modo geral transmitem a falsa avaliação de que existe desabastecimento do mercado de aço e de que há movimentos especulativos de preços por parte das empresas siderúrgicas. Fala-se de anormalidades quando há, de fato, normalidade. A quem interessa difundir imagem que não corresponde à realidade vivenciada pelo setor siderúrgico e que desmerece o esforço das empresas produtoras de aço para atender competitivamente o mercado interno?
A siderurgia brasileira, apesar do expressivo e surpreendente aumento na demanda de aço observado em 2007 nos principais setores consumidores, fez reajustes necessários ao abastecimento do mercado interno. Atendeu, assim, a demanda da construção civil que representa 30% do consumo e cresceu 19,5% em relação a 2006. Atendeu aos setores automotivo (26,8% do consumo) e de bens de capital (20,8% do consumo), que apresentaram alta de, respectivamente, 14,4% e 28,7% em relação ao ano anterior, cuja produção é destinada à exportação.
Em 2008, a siderurgia brasileira, repetindo o ano anterior, vem novamente batendo recordes históricos em relação à produção e vendas internas. Acompanha, assim, o ritmo de crescimento do mercado através dos ajustes sistemáticos na programação e produção das usinas e no redirecionamento das exportações para o mercado interno, apesar de terem de assumir perdas da receita devido à falta de previsibilidade de alguns segmentos de consumo.
Apesar de dispor de capacidade de produção de aço, cerca de 60% superior à demanda interna, a siderurgia desenvolve programa de aumento da capacidade do atual nível de 41 milhões de toneladas para cerca de 63 milhões, até 2013. Esse programa, que se encontra 70% em andamento, prevê investimentos de US$ 32,9 bilhões e preserva capacidade para atender o mercado interno e exportações.


SEGMENTO: INDÚSTRIA

Abimaq eleva projeção de crescimento para o ano

São Paulo, 11 de Agosto de 2008 - A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) reconhece o bom momento da indústria nacional e, frente aos resultados alcançados pelo setor em junho, ampliou a projeção de crescimento que tinha para 2008.
No início do ano a entidade anunciava uma perspectiva de faturamento entre 10% e 12% maior, o que agora passa para 15% ou 16%. Isso pode elevar o faturamento anual do setor para R$ 71 bilhões. "O Brasil sempre foi o País do futuro. Eu acho que a oportunidade é agora", disse o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto.
O período encerrado em junho, na verdade, indica uma estabilização nas taxas de crescimento do setor, "mas estabilizou em um patamar alto", ressalta Aubert. O faturamento no semestre chegou a R$ 36,2 bilhões, 25% acima do mesmo período do ano passado, variação igual à registrada no acumulado até maio.


SEGMENTO: AUTOMOBILÍSTICO

Capacidade de produção atingirá 4 milhões em 2009, diz Anfavea

São Paulo, 7 de Agosto de 2008 - A indústria automobilística, que já conseguiu elevar de 3,5 milhões para 3,85 milhões a capacidade de produção das fábricas no Brasil com os investimentos de quase US$ 5 bilhões aplicados neste ano, terá no primeiro semestre de 2009 capacidade para produzir 4 milhões de veículos, disse ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider.
Mas, para ter capacidade de fabricar 5 milhões de veículos até 2010, como pediu o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, ano passado durante posse de Schneider na Anfavea, será necessária a construção de quatro fábricas no País, prevêem fontes do mercado.
A Toyota já anunciou a instalação da sua segunda fábrica, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. O Grupo PSA Peugeot Citroën também já estuda a ampliação da sua fábrica de Porto Real (RJ), que está no limite da capacidade utilizando os três turnos de trabalho. Até 2010 o grupo francês vai investir US$ 300 milhões no Brasil. Toda a cadeia automotiva, incluindo montadoras e indústria de autopeças, tem programado o investimento de US$ 20 bilhões até 2011.
Com tanta demanda por veículos no mercado brasileiro, o setor automotivo também recorreu a mais profissionais para conseguir acelerar o ritmo de produção nas fábricas. Só as montadoras estão abrindo 1.200 empregos por mês desde 2006, segundo informou o presidente da Anfavea. Esse bom desempenho refletiu em toda a cadeia produtiva, que também ampliou o número de empregados nos últimos anos. Emprego formal é uma senha para a venda de bens duráveis. Nos últimos 12 meses até junho foram criados no País um total de 1,88 milhão de empregos formais (ver gráfico).
Esse cenário positivo vem contribuindo para o bom desempenho do setor automotivo. Com 1,69 milhão de veículos produzidos até junho a indústria automobilística ultrapassou a França e passou a ocupar o sexto lugar na produção de veículos no primeiro semestre..
No ranking geral de produção dos seis primeiros meses , o Japão foi o líder, com 6,1 milhões de veículos, seguido pela China, que fez 5,2 milhões - os chineses superaram os Estados Unidos, que fabricaram 4,9 milhões e passaram a ocupar o terceiro lugar.
Nos sete meses deste ano a produção brasileira de veículos já atingiu 2,012 milhões de unidades e a previsão da Anfavea é que sejam fabricados 3,6 milhões de veículos, volume 20% superior aos 2,977 milhões de veículos que foram fabricados em 2007. As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus totalizaram 1,695 milhão de unidades de janeiro a julho,, volume 23,85% superior aos sete meses de 2007, com emplacamento de 1,3 milhão de unidades, segundo a Anfavea.
Caminhões e ônibus
A produção de caminhões e ônibus está em alta. Os veículos de cargas, com 94.961 unidades, cresceram 27,5% sobre os sete meses de 2007. A produção de ônibus, com 27.780 unidades, aumentou 20,2%.
No mercado interno foram licenciados de janeiro a julho um total de 69.333 caminhões, mais 30,5%. A venda de ônibus, com 15.236 unidades, cresceu 18,5%. Na exportação, com 21.843 unidades, os caminhões tiveram queda de 2,9%, enquanto os ônibus, com 8.762 unidades, cresceram 11.4%.


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