20 agosto 2008

Todo mundo apóia licença-maternidade de 6 meses, menos ACM Neto

Todo mundo apóia licença-maternidade de 6 meses, menos ACM Neto


Matéria da Agência Senado revela que pesquisa mostra apoio da opinião pública à licença-maternidade de 6 meses. "Quando uma Nação é capaz de assegurar abrigo digno a uma criança, ela está à altura do seu tempo e dos seus desafios". Com essas palavras, o presidente interino do Senado, Tião Viana, divulgou que 80% dos entrevistados de uma sondagem de opinião pública feita pelo DataSenado apóiam o projeto de lei aprovado pela Casa para ampliar de quatro para seis meses a licença-maternidade.

Na comissão da Câmara dos Deputados o único político que votou contra a licença-maternidade de 6 meses foi o deputado federal ACM Neto (DEM-BA).

Tião Viana informou que 76% dos ouvidos pelo DataSenado entendem que o bebê será o principal beneficiado com esse projeto, que ainda precisa da aprovação da Câmara para ser sancionado. Apenas 14% consideraram que a mãe é que será a principal beneficiária.

Tião Viana fez o anúncio ao lado do presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dr. Dioclécio Campos Júnior, que inspirou o projeto, da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que o apresentou, e do senador Paulo Paim (PT-RS), que o relatou na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

"Todos sabemos que o indicador da integridade moral de uma Nação é aquilo que se faz pela criança. E essa matéria é um abraço afetuoso, de muita proteção, do Senado para a criança brasileira", acrescentou o presidente interino.

A senadora Patrícia Saboya (PDT) declarou que a pesquisa revela o amadurecimento da sociedade brasileira para compreender que o maior patrimônio do país são as crianças.

"Serve para compreender também que um país só pode ser justo, só pode ser livre quando formos capazes de cuidar de quem mais precisa, de quem é mais vulnerável, de quem é mais frágil, que são os nossos filhos, que não podem subir a rampa do Planalto, que não podem se manifestar, que precisam da nossa representatividade, precisam da nossa fala, da nossa voz, do nosso coração e de toda a paixão que a gente possa ter por essa causa, que é a melhor de todas, a causa de um Brasil muito melhor e de uma humanidade muito mais sensível", afirmou.

Relator do projeto, o senador Paulo Paim expressou sua alegria com os resultados da pesquisa. "É impossível que alguém seja contra esse projeto no país. O grande mérito desse projeto é que ele não engessa nada, ele apenas diz que o empresário que quiser poderá ampliar de quatro para seis meses a licença-maternidade. E que a mãe dirá se quer ou não entrar no programa. O mérito é indiscutível, eu não esperava outro resultado da pesquisa",afirmou Paim.

Idealizador do projeto, trazido há dois anos à Presidência do Senado, o médico Dioclécio Campos Júnior se disse fortemente emocionado. Ele testemunhou que, nesses dois anos, houve uma mobilização inédita no país em torno da matéria, sempre bem acolhida pelos meios de comunicação.

"Esse tema nunca saiu da pauta da imprensa brasileira. E mais: esse tema foi para mim de um efeito demonstrativo singular, porque senti no Senado praticamente o clima de um ninho perfeito, com o calor humano próprio e inerente àqueles que integram a Comissão de Direitos Humanos da Casa", disse o médico.

A Bahia espera que ACM Neto mude de posição.

Fonte: Blog Bahiadefato


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