25 agosto 2008

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Subject: Fw: [Vila Vudu - Barracão "É nóis na fita! Com MARTA E ALDO REBELO!"] "Comé, D. Dora?! Cadê jornalismo QUE ME INTERESSE?!" [msg editada]


Sobre: DORA KRAMER Dízima periódica (24/8/2008. O Estado de S.Paulo, 24/8/2008, em http://arquivoetc.blogspot.com/)


Eu sou Marta e Aldo Rebelo, deputado comunista, orgulho do Brasil!

Comé, D. Dora? Cadê jornalismo que ME INTERESSE?! Cadê?!

Na derrota dos tucanos-uspeanos paulistas, é só chororô. OK, mas... cadê o jornalismo que interesse à maioria?!

Desde ontem, estou acompanhando o discurso de D. Dora Kramer, porque ouvi dizer que ela seria uma importante formadora de opinião em São Paulo. Mas ninguém me disse que “opinião” D. Dora Kramer trabalharia pra formar. Então, estou lendo a coluna de D. Dora Kramer, pra descobrir.

Lembro, só pra lembrar, que de tanto acompanhar a coluna de D. Eliane Cantanhêde, ano passado, acabamos descobrindo que ela escreve para o público de auditório da D. Hebe Camargo, a favor da tucanaria uspeana paulista (e a favor de outras causas, assim, bem DES-democratizatórias). Este o público cuja opinião D. Eliane obra pra (DES)formar, de fato, ainda mais do que já a (DES)forma a própria D. Hebe (tesconjuro!). Acontece em todo o DES-jornalismo que desgraça o Brasil-2008.

Por isto, a (DES)coluna de D. Eliane não se envergonhou de fazer empenhada campanha a favor da sumária absolvição (preemptive?!) dos pilotos do Legacy, cuja responsabilidade, no acidente com o jato da TAM já foi declarada até nos tribunais dos EUA. Depois, perdida a batalha para absolver preventivamente (?!) os dois pilotos norte-americanos, D. Eliane fez campanha a favor da supervacinação contra a febre amarela. Até que começou a morrer gente por envenenamento por excesso de vacina.

Nem no caso da campanha pra livrar os dois pilotos do Legacy, nem, depois, quando começou a morrer gente cuja opinião foi (DES)formada pelo DES-jornalismo da Folha de S.Paulo e de D. Eliane Cantanhêde, nem a FSP nem D. Eliane pediram perdão, que fosse!

Decifrada então D. Eliane, nos concentremos agora em D. Dora.

Hoje (a coluna aí vai, abaixo, como referência), D. Dora faz o chororô do fracasso dos candidatos tucanos às eleições municipais de 2008, e fá-lo em tom que aprendeu dos tucanos-pefelistas uspeanos.

Este subgrupo da dita ‘elite’ paulista vive hoje as difíceis horas da mais total falta de votos, mas não perde a pose (nem os vícios), mesmo depois de os tucanos uspeanos terem sido derrotados DUAS VEZES em eleições legais, legítimas e perfeitas.

Evidentemente, a tucanaria uspeana não foi derrotada nem “por Lula” nem pelo PT. Os abomináveis tucanos uspeanos foram derrotados DUAS VEZES, isto sim pelo MEU VOTO DEMOCRÁTICO e pelo voto democrático de zilhões de brasileiros. LULA É MUITOS!

Todos sabemos que os uspeanos não perdem a esperança de “reencontrar o caminho do Palácio do Planalto” – o que D. Dora não esconde e escreve hoje, com todas as letras.

Em seguida, D. Dora anota – visando a implantar frases na tal ‘opinião’ que ela visa a (DES)formar –, que “[os tucanos] são conservadores em matéria de equívocos”. Nisto, D. Dora também acerta. E acerta também ao dizer que os tucanos uspeanos “surpreendem-se com os próprios equívocos.”

De ruim, só, até aí, o tom autoritário uspeano, o arzinho de "funcionários públicos afidalgados" (na imortal fórmula de Raymundo Faoro), que se vê hoje em toooooooooooooooooodo o DES-jornalismo dos DES-jornalões brasileiros, à moda autoritária dos Demétrios Magnolis.

Não sei o que pensam da vida os tucanos uspeanos, nem me interessa. Meu assunto é o (DES)jornalismo que se gera a partir dos tucanos e pefelês paulistas, sempre arrogantíssimos e enfatuados -- e sempre na luta para impor, também pelo jornalismo vendido aos consumidores, a mesma enfatuação chatíssima.

Surpreendam-se ELES, com os equívocos DELES, mas nós não nos surpreendemos. Os tucanos uspeanos continuam a ter a própria ‘opinião’ (DES)formada pelos MESMOS tucanos uspeanos que D. Dora chama hoje de “os nacionais” com aspas. A estes, D. Dora opõe os tucanos “locais” com aspas.

Melhor jornalismo daria nomes e ajudaria a afinar os critérios de classificação. Melhor jornalismo trabalharia para formar melhor opinião no público leitor, opinião mais democrática e democratizatória e menos paroquial, de grupelho (e uspeana).

D. Dora dá por desnecessários os nomes, porque D. Dora só escreve para os seus-dela, não para qualquer outro público leitor mais amplo, que por desgraça recorresse a este fascinoroso DES-jornalismo de D. Dora e dos DES-jornalões paulistas, em busca de luzes de democratização.

De fato, por tudo isto, justo seria que o Estadão fosse vendido por um preço BEM caro aos próprios tucanos pefelistas e ao pessoal da UDR e às dasluzetes e "cansados" em geral, de modo que pudesse ser distribuído gratuitamente ao resto do público consumidor, feito house-organ de propaganda, ou feito aquela papelada de propaganda de prédios de luxo que se distribuem GRATUITAMENTE pelas esquinas.

Do diagnóstico emocional sobre as relações emocionais entre os tucanos uspeanos e seus (muitos!) equívocos, e até o final da coluna, D. Dora dedica-se a reconstruir a história dos tucanos uspeanos, desde a última campanha eleitoral. E, ao cabo, dá um xchilique!

“Que esperem sentados!” – brada D. Dora.

De fato, o que D. Dora escreveu foi “Que esperem sentados... se não fazem o que eu digo!” [risos, risos]. Basta reler e ver: D. Dora irrita-se horrivelmente por os tucanos uspeanos derrotados não lhe darem atenção! [risos, risos].

É quando D. Dora é, de fato, apenas e lamentável, MAIS UMA versão DES-jornalística da DES-sociologia do ex-FHC e atual naaaaaaaaaaaaada. Lembram? É FHC sem tirar nem pôr: “Chamem Carlos Lacerda! Ponham fogo no palheiro!” (Ou esperem sentados... porque JAMAIS conseguirão melhorar, se continuarem assim “na maciota” [da coluna de D. Dora, abaixo]).

Gostei do diagnóstico segundo o qual “as intrigas, ciumeiras, rasteiras e ressentimentos” atormentam hoje os antes heráldicos salões da Rua Rio de Janeiro. Sic transit gloria mundi... MUITO BOM!

A derrota não tem padrinhos. Então, D. Dora parte para espinafrar também os marketeiros. Acontece sempre, em campanhas derrotadas.

Melhor jornalismo e melhor capacidade para analisar politicamente o mundo teriam sabido fugir do xchilique contra os marketeiros. D. Dora não! Ela DETONA os marqueteiros [risos, risos].

É puro xchilique travestido de jornalismo, e é puro DES-jornalismo, o de D. Dora, primeiro, porque são os mesmos marketeiros de sempre. Segundo, porque, mesmo que mudem, continuam a ser os mesmos de sempre, porque os marketeiros SEMPRE são o nada-em-si, e sempre foram. Os marketeiros são só marketing.

E chega a ser muuuuuuuuuuuuuito engraçado -- tanto quanto é MUITO significativo! -- verem-se as tão hiper, over, super badaladas 'sociologia', 'ciências políticas' e 'economia' e as famigeradas 'comunicações' tucano-uspeanas, reduzidas, assim, tão completamente, a espinafrar marketeiros! [risos muuuuuuuuuuuuitos!]

Não havendo nem proposta política, nem idéia política -- e a tucanaria uspeana, tanto quanto o DES-jornalismo e o DES-colunismo dos DES-jornalistas tucanos e pefelês dos DES-jornalões paulistas, não têm sequer UMA idéia política (é tudo 'gestão', 'gestão', 'gestão' [risos, risos] -- ... nem os marketeiros podem dar jeito em coisa alguma [risos, risos].

Por isto, provavelmente, o governador Serra-erra-erra optou por não existir: não fala, não ouve, não vê e não é com ele. Acerta, nisto, o governador Serra, embora não D. Dora nem o DES-jornalismo da tucanaria uspeana, porque estes, que o diabo os carregue, falam e escrevem sem parar!

Chatíssima, a D. Dora, tanto quanto são chatíssimos toooooooooooooooooooooooooooooooooodos os DES-jornalistas tucanos e pefelistas. Para desgraça deles e nossa, contudo, jornalistas não podem calar-se e esconder-se, como fez o governador Serra-erra-erra. Jornalistas são condenados à página ou à tela diária, ou não comem nem pagam as contas.

Então... dá no que dá: ou o Brasil só lê DES-jornalismo de eterna propaganda eleitoral pró-tucanaria (além de antecipada e ilegal!)... ou o Brasil lê a colunagem de irritação e xchiliques de D. Dora Kramer, quando a tucanaria-pefelê uspeana está por baixo (onde permanecerá, agora, por muuuuuuuuuuuuuuuuuuitos anos).

Em pleno xchilique de irritação de dondoca, por a tucanaria uspeana não ter votos, D. Dora rapidamente evolui para ... rogar praga! [risos, risos]. Claro que é pura rogação de praga! [risos, risos]

A frase final da DES-coluna de D. Dora Kramer, hoje, é pura rogação de praga e xchilique de dondoca irritada, ou de tucano-uspeano que não é obedecido: “tomaaaaaaaaaaaaaaaaaara que Lula, no próximo mandato, não tenha um dia de sossego!”

Na derrota dos tucanos-uspeanos, é só chororô. E vitórias, eles não têm, nem no passado nem em futuro próximo. Então D. Dora dá xchilique.

OK. Até aí, é só mais o mesmo. OK, mas... cadê o jornalismo?!

Afinal, sou leitor consumidor adimplente de O Estado de S.Paulo. Eu PAGUEI pra receber serviços jornalísticos. Não me interessam os tormentos da tucanaria pefelista uspeana!

Quero minha grana de volta, D. Dora! Desejo que a tucanaria uspeana se exploda! Quero que a tucanaria uspeana naufrague no charco do Butantã!

Eu sou Marta e Aldo Rebelo, deputado comunista, orgulho do Brasil!

Comé, D. Dora? Cadê jornalismo que ME INTERESSE?! Cadê?!

Em São Paulo, vote Marta e Aldo Rebelo! LULA É MUITOS!
Tucanaria uspeana NUNCA MAIS!

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DORA KRAMER Dízima periódica

É fácil conferir, basta dar uma olhada nos jornais da semana passada. Servem também os do começo do ano ou qualquer um publicado ao longo da campanha de 2006 - dos primórdios da escolha do candidato do PSDB à Presidência da República à derrota final de Geraldo Alckmin para o presidente Luiz Inácio da Silva, com menos votos que os obtidos no primeiro turno.

E se interessar um aprofundamento do estudo comparativo das ações do PSDB na tentativa de reencontrar o caminho do Palácio do Planalto, vale retroagir a pesquisa à campanha presidencial de 2002 para perceber como são conservadores os tucanos em matéria de equívocos.

Sem criatividade para inventar novos nem capacidade para superar os velhos, há seis anos contentam-se com a repetição dos mesmos erros. E o mais incrível: surpreendem-se com eles.

A cúpula do PSDB se assustou com a última pesquisa do Ibope sobre a eleição para prefeito de São Paulo que registrou uma subida espetacular de Marta Suplicy, uma queda acentuada de Geraldo Alckmin e um inamovível Gilberto Kassab na casa do dígito único.

Ato contínuo deflagrou-se a caça aos responsáveis e instalou-se a discórdia sobre como sair da periclitante situação: mudar a campanha de Alckmin sim, mas em qual direção?

Os "nacionais" cobram agressividade contra Marta Suplicy, mas os "locais" - candidato incluído - não querem briga, apostam na maciota e prometem que no segundo turno tudo vai ser diferente, virá o enfrentamento e, com ele, a virada rumo à vitória.

Filme visto em 2002: José Serra foi candidato a presidente em meio ao desinteresse explícito do partido, a bordo do discurso dúbio da "continuidade sem continuísmo" que entrou por um ouvido do eleitor e saiu pelo outro devidamente transformado em pó nesse trajeto.

Revisto em 2006: Alckmin forçou a mão, Serra achou melhor não enfrentar Lula com a bola interna dividida e o PSDB entrou na disputa desprezando os 20 pontos porcentuais de diferença nas pesquisas em favor do preterido. Naquela vez havia um discurso à disposição, mas os tucanos preferiram deixar para Lula a autoria da estabilidade e cair na armadilha de se envergonhar das privatizações.

Lá, como cá, uns pediam agressividade, outros preferiam a amenidade, mas ninguém sentava para se entender. Evidente, as intrigas, ciumeiras, rasteiras e ressentimentos presidiam o ambiente.

Reprisado agora, na eleição preparatória da disputa de 2010: José Serra, de novo o mais bem posicionado nas pesquisas, tinha um plano. Os adversários dentro do partido não concordaram - inclusive porque não devem ter sido consultados - com a preliminar da aliança em torno de Gilberto Kassab e outra vez decisão sobre candidatura foi um parto dantesco. Em público.

Começa a campanha e dá-se o óbvio: um candidato com votos e sem discurso, outro com discurso e sem votos resultam numa conjunção de carências.

Mas a nação tucana sobressalta-se. Esperava um milagre. E convém esperar sentada se continuar fazendo tudo errado achando que no fim dá tudo certo.

Massa de manobra

Os marqueteiros ficam muito irritados com análises sobre a reduzida credibilidade dos programas apresentados no horário eleitoral gratuito.

Argumentam que o público alvo não tem o senso crítico de analistas. Como o crivo da maioria não é exigente, dizem, as fantasias fabulosas parecem verossímeis, tocam ao coração das mentes desacostumadas ao exercício do discernimento e alcançam o resultado desejado.

O raciocínio faz sentido. Mas é cruelmente baseado na premissa da ignorância. Na propaganda comercial, gera o consumo, movimenta a economia, rende benefícios a despeito de eventuais malefícios para a escala de valores da coletividade.

Na política pode produzir logros da dimensão de um Fernando Collor, alimenta o descrédito, despolitiza as relações e ainda celebra o atraso e a carência de instrução como instrumentos de manipulação.

Mercado futuro

Os gestos amigáveis dos governadores José Serra e Aécio Neves para com o PT têm razões eleitorais, claro.

Mas o objetivo é pós-eleitoral. Candidato do campo não-governista que tenha um pingo de visão trabalha para ter uma oposição o menos hostil possível.

Serra, por exemplo. Caso seja eleito presidente da República em 2010, em matéria de marcação pesada basta a que terá de enfrentar por parte de Ciro Gomes.

O serviço de terraplenagem junto aos atuais ocupantes do poder é essencial porque o PT, se à oposição retornar, será ainda mais difícil de enfrentar do que foi no passado, quando não sabia dos mistérios da máquina, desconhecia seus segredos nem estava nela embutido.

Ainda que perca a eleição de 2010, o PT já terá subido de patamar como personagem na cena política nacional, só pela multiplicação do poder de infernizar o sucessor de Lula.

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