Luiz Antonio Magalhães e Patrícia Acioli
DCI
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está à frente de Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado de São Paulo. É o que revela a pesquisa DCI/Engrácia Garcia realizada com 2000 eleitores paulistas entre os dias 12 e 18 deste mês. No levantamento anterior, feito entre os dias 5 e 8, Alckmin ainda liderava, com 38,5% das intenções de voto. Em uma semana, o tucano perdeu, no estado que governou até abril, 4 pontos percentuais e ficou com 34,5%. Lula, que tinha 35,3% há uma semana, conseguiu subir 4 pontos na preferência do eleitorado e tem agora 39,3%. A candidata do PSOL, senadora Heloísa Helena, oscilou positivamente de 7,8% para 8,8%.
Os candidatos José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL), Cristovam Buarque (PDT) e Rui Pimenta (PCO) permaneceram todos estáveis, com menos de 0,3% cada um.
O levantamento do instituto Engrácia Garcia para o DCI foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 13569.
Na sexta-feira, o Ibope divulgou a sua pesquisa nacional sobre a eleição presidencial. Considerando o eleitorado do Brasil inteiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria hoje 47% das intenções de voto e seria reeleito já no primeiro turno. Lula subiu um ponto percentual em relação ao levantamento anterior. Alckmin ficou estacionado nos 21% que tinha há uma semana, o mesmo ocorrendo com a senadora Heloísa Helena, que teria hoje 12% das intenções de voto.
Análise
A queda de Geraldo Alckmin em São Paulo revela que a liderança do ex-governador no estado parece ter sido bastante abalada nas últimas semanas. Há um mês, ele tinha mais de 45% das intenções de voto dos paulistas e estava 20 pontos à frente de Lula, segundo números do Ibope. Agora, revela o instituto Engrácia Garcia, já está atrás de Lula. Cientistas político ouvidos pelo DCI afirmam que a crise na segurança afetou a popularidade de Alckmin, mas os ataques do PCC não explicam uma queda tão grande.
Para Vera Chaia, professora do departamento de Política e Núcleo de Estudo em Artes, Mídia e Política da PUC de São Paulo, falta carisma a Alckmin. “De cara você tem uma primeira explicação no caso do PCC. Um ex-governador não pode se eximir de um problema de segurança como aconteceu. Isso certamente repercute negativamente”, explica. “Mas é preciso considerar também que Alckmin é uma personalidade política com pouco carisma. Não sensibiliza, não gera empatia com os eleitores”, arremata.
Já o cientista político Luciano Dias, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos, Alckmin está em queda porque não se diferencia do presidente Lula. “Qual é o motivo para se votar em Alckmin? Ele nem construiu uma imagem e nem bateu no Lula, daí o resultado da pesquisa”, afirma Dias.
Para Vera Chaia, o discurso da campanha tucana também está colaborando para que a escassez de votos do candidato. “Fala-se em economia, mas esse é um quesito no qual o governo Lula foi bem. Logo quando o partido escolheu o seu candidato, dava para prever que sua performance não mudaria, mas a campanha poderia ter sido diferente. Nem o PFL está satisfeito com o tipo de campanha que está sendo feita”, diz a professora.
Cláudio Couto, professor de Ciência Política da PUC de São Paulo, sintetiza a opinião de seus colegas: “creio que dois fatores sirvam para explicar esse resultado – fatores positivos e negativos. No lado positivo, o Lula avançou nas políticas sociais, na economia e se desvencilhou dos escândalos. O negativo está expresso no PCC e na incapacidade do ex-governador responder ao problema. Isso foi um baque para sua imagem, que já é apagada.”
Os candidatos José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL), Cristovam Buarque (PDT) e Rui Pimenta (PCO) permaneceram todos estáveis, com menos de 0,3% cada um.
O levantamento do instituto Engrácia Garcia para o DCI foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 13569.
Na sexta-feira, o Ibope divulgou a sua pesquisa nacional sobre a eleição presidencial. Considerando o eleitorado do Brasil inteiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria hoje 47% das intenções de voto e seria reeleito já no primeiro turno. Lula subiu um ponto percentual em relação ao levantamento anterior. Alckmin ficou estacionado nos 21% que tinha há uma semana, o mesmo ocorrendo com a senadora Heloísa Helena, que teria hoje 12% das intenções de voto.
Análise
A queda de Geraldo Alckmin em São Paulo revela que a liderança do ex-governador no estado parece ter sido bastante abalada nas últimas semanas. Há um mês, ele tinha mais de 45% das intenções de voto dos paulistas e estava 20 pontos à frente de Lula, segundo números do Ibope. Agora, revela o instituto Engrácia Garcia, já está atrás de Lula. Cientistas político ouvidos pelo DCI afirmam que a crise na segurança afetou a popularidade de Alckmin, mas os ataques do PCC não explicam uma queda tão grande.
Para Vera Chaia, professora do departamento de Política e Núcleo de Estudo em Artes, Mídia e Política da PUC de São Paulo, falta carisma a Alckmin. “De cara você tem uma primeira explicação no caso do PCC. Um ex-governador não pode se eximir de um problema de segurança como aconteceu. Isso certamente repercute negativamente”, explica. “Mas é preciso considerar também que Alckmin é uma personalidade política com pouco carisma. Não sensibiliza, não gera empatia com os eleitores”, arremata.
Já o cientista político Luciano Dias, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos, Alckmin está em queda porque não se diferencia do presidente Lula. “Qual é o motivo para se votar em Alckmin? Ele nem construiu uma imagem e nem bateu no Lula, daí o resultado da pesquisa”, afirma Dias.
Para Vera Chaia, o discurso da campanha tucana também está colaborando para que a escassez de votos do candidato. “Fala-se em economia, mas esse é um quesito no qual o governo Lula foi bem. Logo quando o partido escolheu o seu candidato, dava para prever que sua performance não mudaria, mas a campanha poderia ter sido diferente. Nem o PFL está satisfeito com o tipo de campanha que está sendo feita”, diz a professora.
Cláudio Couto, professor de Ciência Política da PUC de São Paulo, sintetiza a opinião de seus colegas: “creio que dois fatores sirvam para explicar esse resultado – fatores positivos e negativos. No lado positivo, o Lula avançou nas políticas sociais, na economia e se desvencilhou dos escândalos. O negativo está expresso no PCC e na incapacidade do ex-governador responder ao problema. Isso foi um baque para sua imagem, que já é apagada.”
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