24 novembro 2006

Clóvis Rossi já choraminga e Eliane Cantanhede está prontinha pra dizer amém: PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA MIDIA, e já! Dá-le ministra Dilma Roussef!


Sobre: Clóvis Rossi, "A anormalidade da anomalia" aqui (para assinantes) e Eliane Cantanhede, "Admirável mundo lulista" aqui (para assinantes), ou colado abaixo para não assinantes, Folha de S.Paulo (e onde mais seria?! [risos, risos]
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Primeiro, que D. Eliane Cantanhede adoraria incomodar governos (pq o cacife dela aumentaria), mas ela não incomoda nenhum governo -- no que ME diga respeito a mim e ao MEU governo e ao MEU VOTO DEMOCRÁTICO. (Já cansei de explicar que D. Eliane Cantanhede, pra mim, é só 'case' exemplar, que estou estudando, da mídia brasileira em 2006.)

D. Eliane só incomoda (1) a democracia; e (2) o MEU BOLSO e os meus direitos de consumidor.

Avisa-lá: eu pago à Folha de S.Paulo pra receber SERVIÇOS JORNALÍSTICOS. E eu só recebo marketação de "dizer amén". QUERO O MEU DINHEIRO DE VOLTA. Acorda, INDEC!

No que ME diga respeito e diga respeito ao MEU governo, é, sim, D. Eliane, sim-senhora, exatamente assim:

-- é, sim, prô Virgílio ficar exatamente como ele está agora, comportado, crista baixa, sem zurros, sem chiliques cenográficos de 'vou dar surras', rabinho entre as perninhas, bico caladinho. Idem os Jereissatis. Idem os ACMs. Idem os FHCs e a GW e os Lavaredas e os Fernando Barros e Silva e coisa-e-tal, e essa gentinha todinha. Bico é bem caladinho (ou o meu dinheiro de volta, é claro!).

Se a senhora acha que não zurrar no plenário do Senado é dizer amén... OK. Tá bom. Pode ser.

É exatamente isso, então: é, sim, prôs Virgilios dizerem amén. Por quê? A senhora achava que o senador Virgílio fazia alguma oposição antes, no tempo em que o senador Virgílio zurrava?! Quando Álvaro Peruca Dias bengalava?! Acorda, D. Eliane!

Antes de haver oposição no Brasil, eu-euzinho e o meu voto democrático teremos de CIVILIZAR e democratizar a oposição.

Nesse processo, sim, até segundo aviso, é pra esses zurrantes pararem de zurrar IMEDIATAMENTE. Não fará mal a ninguém que esses zurrantes aprendam, também, a dizer amén AO MEU VOTO DEMOCRÁTICO.

Por quê, D. Eliane?! A senhora achava bonito qdo. os zurrantes zurravam contra o MEU VOTO DEMOCRÁTICO?!

Quanto ao Clóvis Rossi...

"Patética", Sr. Clóvis Rossi, é a sua orfandade 'jornalística' confessa, a orfandade medíocre desse seu 'jornalismo' medíocre, perdido e derrotado. "Patético" é esse seu 'jornalismo-zero'.

Perdoe que eu vá, assim, chutando a porta, mas não há alternativa democrática, além de começar a DESMONTAR, pedra a pedra, o jornalismo-zero dessa Folha de S.Paulo, em momento em que esse jornalismo-zero escreva -- como o senhor faz hoje -- que 'deseja' um presidente 'sabe-tudo' [risos muitos].

'Presidente-sabe-tudo' foi, no Brasil, o famigerado FHC... E ele já deu côs burros n'água, apesar de FHC, feito doido, tomar o cuidado de sempre fazer, ele mesmo, as próprias perguntas e, ato contínuo, responder-se, como perfeito pirado.

'Presidente-sabe-tudo' foram os generais que falavam com cavalo. 'Presidente-que-sabe-tudo' são os Idi-Amin-Dada do mundo.

Quem quer presidente-sabe-tudo, Sr. Clóvis Rossi?! [risos muitos, muitos, pq essa, hoje, francamente, foi o má-xi-mo!]

'Jornalista-sabe-tudo' é esse I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL Fernando Barros e Silva, editor de Brasil. E quem, no mundo, ainda precisa dessa gentalha metida a saber-tudo (e com o MEU DINHEIRO DE ASSINANTE DA FOLHA DE S.PAULO?! Acorda, Indecs!)

A mídia emburrecida e envilecida que temos hoje no Brasil, militante do emburrecimento e do envilecimento da opinião social, como essa horrenda Folha de S.Paulo, é complementar da ignorância togada da 'sociologia' uspeana e da 'diplomacia' do ex-Virgílio: todo mundo aí é metido a sabe-tudo [risos]. Depois, eles repetem, uns, os sabe-tudismos dos outros!

Essa mídia brasileira dos jornalões e da Rede Globo, já completamente emburrecida e envilecida, já está desmascarada em 2006! Viva o Brasil!

Trata-se, agora, de CIVILIZAR também (além de civilizar a oposição zurrante) essa mídia brasileira dos jornalões e da Rede Globo, quando essa mídia zurrante já ultrapassou todos os limites do suportável, em sociedade democrática.

Rejeitada pelo eleitor e pelo consumidor de serviços jornalísticos, agora, essa mídia brasileira dos jornalões e da Rede Globo, agora, pelo que se vê, já começou a confessar-se, choramingas:

"Saiba-tudo, presidente Lula, pelamôr de Deus! Saiba-tudo pra que o Clóvis Rossi possa, assim, esconder sua radical ignorância, por, pelo menos, mais uns mesinhos!".

Que vergonha, me dá, sinceramente, como eleitor e como cidadão consumidor de serviços jornalísticos, ler as colunas da p. 2 da Folha de S.Paulo!

Não se trata, é claro, de o presidente Lula não saber o que fazer -- como CR tenta inventar hoje. Que vergonha, Sr. Clóvis Rossi!

É claro que não se trata de o presidente Lula 'não saber'.

Trata-se, sim, de o presidente Lula JÁ SABER que nenhuma das 'verdades' de bobajol e de classe (e dessa ridícula 'sociologia' tucano-uspeano-pefelista) presta pra alguma coisa.

Trata-se, sim, de o presidente Lula JÁ SABER que JÁ DERAM CÔS BURROS N'ÁGUA todas essas legiões de sabe-tudos que tanto fingiram que sabiam... sem nada saber, feito o senhor, e que deram cabo do jornalismo brasileiro.

Trata-se, sim, de o presidente Lula JÁ SABER que o senhor e essa vergonhosa Folha de S.Paulo nunca, de fato, souberam de coisa alguma que ajudasse a responder às urgências da sociedade brasileira.

Ainda que a sociedade brasileira e o presidente Lula e EU-EUZINHO E O MEU VOTO DEMOCRÁTICO não soubéssemos de mais coisa alguma, não há dúvida alguma de que, sim, NÓS JÁ SABEMOS que a mídia brasileira TEM DE SER DEMOCRATIZADA, imediatamente, custe o que custar.

Quem disse, que nós não sabemos, Sr. Clóvis Rossi?! [risos muitos].

Grande ministra Dilma Roussef! Pela democratização da mídia, já! LULA É MUITOS! Viva o Brasil!

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Eliane Cantanhede - Admirável mundo lulista
Folha de S. Paulo
24/11/2006

Viu o discurso de Lula ontem, pedindo para a oposição não fazer oposição?
Disse ele aos governadores aliados, já se preparando para uma reunião com todos os governadores, aliados e adversários: "Se alguém quiser fazer oposição a mim, que faça na eleição de 2010, quando não serei candidato".
Quer dizer que, enquanto o Lula "fortão" e o Lula "fraquinho" presidirem o Brasil, suspenda-se a oposição. Afinal, oposição é coisa para o PT fazer contra os outros, não para os outros fazerem contra o presidente do PT -ops!, que era do PT e agora tem outras, digamos, prioridades partidárias.
E já se lê que a ministra Dilma Rousseff vai centralizar a comunicação, o jornalismo, essas chatices que só existem para incomodar os governos (quando era dos outros, eram ótimas; agora, viraram parte do "complô das elites"). O anúncio, extra-oficial, é de que Dilma pretende "democratizar" a área, mas, como só gosta da notícia oficial, do release, da versão do jeitinho que quer, imagine você o que ela entende por "democratizar"...
Eis que chegamos ao admirável mundo novo lulista: os repórteres não devem reportar, os colunistas não devem opinar, os movimentos sociais não devem se mover, os legisladores só devem legislar o que o Executivo quiser, os procuradores não devem procurar nada que contrarie o Planalto, os governadores não devem reivindicar e a oposição não deve fazer oposição.
O pior é que a oposição, principalmente uma boa parcela do PSDB, parece ser a primeira a aceitar. E quem não está gostando nada dessa história é o PFL.
E é para gostar?
Inscreva-se na Constituição, mas nas disposições transitórias, válidas única e exclusivamente para a era Lula: está proibido reivindicar, cobrar e criticar. Só pode concordar e dizer amém. Amém.

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Clóvis Rossi - A normalidade da anomalia
Folha de S. Paulo
24/11/2006

O Brasil é um país tão estranho, mas tão estranho, que as maiores anomalias podem ser expostas de público sem causar o menor choque.
A mais recente saiu da boca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao falar sobre as medidas para "destravar" a economia. "Não me pergunte o que é ainda, que eu não sei, e não me pergunte a solução, que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o país precisa crescer", disse Lula.
É fantástico: Lula passou praticamente toda a sua vida adulta sendo candidato a presidente; quando, enfim, passa quatro anos governando, se candidata de novo a presidente, mas não tem a mais remota idéia do que é necessário fazer para o país crescer.
O pior é que ninguém se espantou com a confissão de quem, antes da eleição ou pouco depois dela, vivia dizendo que as fundações estavam prontas, que as paredes já estavam praticamente erguidas, faltavam apenas detalhes de acabamento para que, por fim, ocorresse o tal "espetáculo do crescimento".
Na hora de o espetáculo começar, o diretor da peça avisa que não tem as falas. Era tudo blablablá, promessas ocas de campanha. Aliás, vê-se agora, tardiamente, que já em 2003, quando fez o primeiro anúncio do "espetáculo do crescimento" (que não houve), Lula estava "chutando", aliás uma de suas grandes características. Se não tem agora a solução, se não tem agora as respostas para "destravar" o país, muito menos ainda poderia tê-las há quatro anos.
Aí, convida o PMDB para um governo de "coalizão", que giraria em torno do crescimento econômico, entre outros itens igualmente vagos. Ora, que projeto de crescimento Lula pode oferecer ao PMDB se ele próprio não tem a mais remota idéia do que fazer?
No entanto, tudo é dito com a maior naturalidade e engolido como se fosse verdade. Patético.

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