Clóvis Rossi só fala de rico, pra rico. Até quando?! Vamos construir nosso jornalismo. Dá-le Ministra Dilma!
Sobre: CLÓVIS ROSSI, "Notícia boa. Mas falsa", Folha de S.Paulo, 11/11/2006, p. 2 e na internet, em aqui ou abaixo
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Sr. Clóvis Rossi, é o seguinte:
Não temos mais tempo a perder com essa Folha de S.Paulo, nem com esse 'jornalismo', nem com esse 'jornalista' -- pq estamos começando a estudar, para fazê-los e propô-los o jornal, o jornalismo e os jornalistas que interessam ao Brasil. E que, pra que o Brasil os tenha, teremos de CONSTRUÍ-LOS, nós mesmos, porque ainda não há.
Zero-jornal democrático, zero-jornalismo democrático, zero-jornalistas democráticos os males do Brasil são ("E faz tempo!").
O senhor escreveu tudo aquilo, hoje, só pra poder escrever "a queda da desigualdade começou a partir de 1995, portanto no governo Fernando Henrique Cardoso" -- notícia essa que, além de falsa, também é ruim, até pelo seu próprio argumento, pq o senhor recolheu esse dado da MESMA FONTE que, adiante, o senhor mesmo diz que não presta.
Não tente inventar que seriam 'teoremas' o que não passam de sofismas.
Notícia falsa jamais poderia ser boa; e se for boa não é falsa, porque se for notícia falsa não é notícia boa. De tanto cachimbar torto, aí, nesse seu jornalismo deprê-pirado, o senhor já nem sabe o que escreve ou diz.
Os números do relatório sobre desenvolvimento humano divulgado pelas Nações Unidas não são notícia: são números. A notícia é necessariamente uma interpretação de fatos e números, regida (a interpretação-nootícia) pelo interesse e pelo desejo de quem interprete e noticie e publique.
Por isso é que o jornalismo que interessa à democracia é sempre uma luta para não se afastar do fato e dos números, e para resistir à força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas.
Eu disse "é uma luta". Eu não disse "é uma auto-louvação autista e pirada, feita por jornalistas-empregados, do jornalismo que só interessa ao patrão deles, do que, para esses patrões e empregados e empresas (e anunciantes tolos) seria alguma 'liberdade de imprensa' ".
É só os anunciantes começarem a sacar que nada ganham por ter suas imagens e marcas associadas a interesses que estão fracos, na luta pelo poder político no Brasil, e o senhor vai ver onde vão parar o seu jornal, o seu jornalismo e coisa-e-tal e tudo, aí, nessa Folha de S.Paulo.
Essa é uma luta pirante, porque a força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas, SEMPRE puxa o fato e os números, sempre, para longe do fato e dos números. Assim, afinal, é que nascem LOUCURAS como "notícia boa mas falsa" que o senhor, hoje, até manchetou.
E a força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas é sempre FORÇA PRIVATISTA (quando não é, de vez, uma força pessoal & pirada, pessoal, de fato, individual, e que pode ser SUPER pirada e SUPER privatista, como é, sempre, nessa página 2 da Folha de S.Paulo).
Quem não souber disso, que meta a violinha no saco. E que se convença de que não faz nem jornal nem jornalismo democrático e cale o bico.
Ou, no mínimo, que páre de tentar que EU PAGUE pra ler o que não passa de desejo ou interesses PRIVATISTAS (quando não são personalíssimos e SUPER pirados) de grupos e de pessoas e de empresas comerciais.
Esse seu 'jornal' e o seu 'jornalismo' são uma espécie de house-organ, no qual falam interesses que, no Brasil, em 2006, PERDERAM AS ELEIÇÕES.
A sua coluna de hoje estaria ótima se fosse mandada, como carta pessoal sua, aos pesquisadores das Nações Unidas, para que eles lá melhorassem a sua metodologia, 'aconselhados' pelos seus (do Sr. Clóvis Rossi) pressupostos altos saberes de metodologia científica.
É possível que os pesquisadores das Nações Unidas o mandassem às favas (jornal, jornalismo, jornalista e palpites pirados), sob o (bom) argumento de "Mas o que é que esse cara entende de metodologia científica?". Aí, o problema de o senhor explicar-se seria só seu e do seu jornal, e azar o de vocês.
O que manda sempre, sobre toda é qualquer lógica é, sempre, A FOME. A fome é minha, não é sua.
Portanto, se sua coluna está dirigida ao Brasil e aos brasileiros ricos e bem nutridos, seus leitores, mas para 'ensinar' a eles que a MINHA FOME 'não diminuiu'... aí, francamente, sou OBRIGADO a assumir, eu mesmo, a tarefa de mandá-lo às favas, sob o (ótimo, perfeitíssimo) argumento de:
"Sr. Clóvis Rossi, o que é que o senhor pensa que entende da MINHA FOME e da MINHA MISÉRIA, pra escrever aí, como perfeito doido, que a MINHA FOME e a MINHA MISÉRIA não diminuíram?!
Anote aí: a minha fome e a minha miséria diminuíram. Se a sua pesquisa 'prova' outra coisa, tá provado: sua 'pesquisa' é ruim. Troque de pesquisa, portanto, porque eu-euzinho já troquei de jornal, de jornalismo e de jornalista (e de pesquisa)."
ATENÇÃO, importante. Marcelo Medeiros, cuja opinião é citada por Clóvis Rossi como referência, só estudou os RICOS e só entende de RICOS. A tese dele é "O que faz os Ricos ricos: um estudo sobre os fatores que determinam a riqueza" (está aqui). Pra ficar na crítica menos exigente, sobre o que Clóvis Rossi escreve hoje, portanto, tá na cara que ele sequer tentou ouvir 'o outro lado', quer dizer, sequer tentou ouvir os pobres, quer dizer: ele sequer tentou ouvir eu-euzinho.
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Sr. Clóvis Rossi, é o seguinte:
Não temos mais tempo a perder com essa Folha de S.Paulo, nem com esse 'jornalismo', nem com esse 'jornalista' -- pq estamos começando a estudar, para fazê-los e propô-los o jornal, o jornalismo e os jornalistas que interessam ao Brasil. E que, pra que o Brasil os tenha, teremos de CONSTRUÍ-LOS, nós mesmos, porque ainda não há.
Zero-jornal democrático, zero-jornalismo democrático, zero-jornalistas democráticos os males do Brasil são ("E faz tempo!").
O senhor escreveu tudo aquilo, hoje, só pra poder escrever "a queda da desigualdade começou a partir de 1995, portanto no governo Fernando Henrique Cardoso" -- notícia essa que, além de falsa, também é ruim, até pelo seu próprio argumento, pq o senhor recolheu esse dado da MESMA FONTE que, adiante, o senhor mesmo diz que não presta.
Não tente inventar que seriam 'teoremas' o que não passam de sofismas.
Notícia falsa jamais poderia ser boa; e se for boa não é falsa, porque se for notícia falsa não é notícia boa. De tanto cachimbar torto, aí, nesse seu jornalismo deprê-pirado, o senhor já nem sabe o que escreve ou diz.
Os números do relatório sobre desenvolvimento humano divulgado pelas Nações Unidas não são notícia: são números. A notícia é necessariamente uma interpretação de fatos e números, regida (a interpretação-nootícia) pelo interesse e pelo desejo de quem interprete e noticie e publique.
Por isso é que o jornalismo que interessa à democracia é sempre uma luta para não se afastar do fato e dos números, e para resistir à força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas.
Eu disse "é uma luta". Eu não disse "é uma auto-louvação autista e pirada, feita por jornalistas-empregados, do jornalismo que só interessa ao patrão deles, do que, para esses patrões e empregados e empresas (e anunciantes tolos) seria alguma 'liberdade de imprensa' ".
É só os anunciantes começarem a sacar que nada ganham por ter suas imagens e marcas associadas a interesses que estão fracos, na luta pelo poder político no Brasil, e o senhor vai ver onde vão parar o seu jornal, o seu jornalismo e coisa-e-tal e tudo, aí, nessa Folha de S.Paulo.
Essa é uma luta pirante, porque a força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas, SEMPRE puxa o fato e os números, sempre, para longe do fato e dos números. Assim, afinal, é que nascem LOUCURAS como "notícia boa mas falsa" que o senhor, hoje, até manchetou.
E a força do desejo e dos interesses do jornal, do jornalismo e dos jornalistas é sempre FORÇA PRIVATISTA (quando não é, de vez, uma força pessoal & pirada, pessoal, de fato, individual, e que pode ser SUPER pirada e SUPER privatista, como é, sempre, nessa página 2 da Folha de S.Paulo).
Quem não souber disso, que meta a violinha no saco. E que se convença de que não faz nem jornal nem jornalismo democrático e cale o bico.
Ou, no mínimo, que páre de tentar que EU PAGUE pra ler o que não passa de desejo ou interesses PRIVATISTAS (quando não são personalíssimos e SUPER pirados) de grupos e de pessoas e de empresas comerciais.
Esse seu 'jornal' e o seu 'jornalismo' são uma espécie de house-organ, no qual falam interesses que, no Brasil, em 2006, PERDERAM AS ELEIÇÕES.
A sua coluna de hoje estaria ótima se fosse mandada, como carta pessoal sua, aos pesquisadores das Nações Unidas, para que eles lá melhorassem a sua metodologia, 'aconselhados' pelos seus (do Sr. Clóvis Rossi) pressupostos altos saberes de metodologia científica.
É possível que os pesquisadores das Nações Unidas o mandassem às favas (jornal, jornalismo, jornalista e palpites pirados), sob o (bom) argumento de "Mas o que é que esse cara entende de metodologia científica?". Aí, o problema de o senhor explicar-se seria só seu e do seu jornal, e azar o de vocês.
O que manda sempre, sobre toda é qualquer lógica é, sempre, A FOME. A fome é minha, não é sua.
Portanto, se sua coluna está dirigida ao Brasil e aos brasileiros ricos e bem nutridos, seus leitores, mas para 'ensinar' a eles que a MINHA FOME 'não diminuiu'... aí, francamente, sou OBRIGADO a assumir, eu mesmo, a tarefa de mandá-lo às favas, sob o (ótimo, perfeitíssimo) argumento de:
"Sr. Clóvis Rossi, o que é que o senhor pensa que entende da MINHA FOME e da MINHA MISÉRIA, pra escrever aí, como perfeito doido, que a MINHA FOME e a MINHA MISÉRIA não diminuíram?!
Anote aí: a minha fome e a minha miséria diminuíram. Se a sua pesquisa 'prova' outra coisa, tá provado: sua 'pesquisa' é ruim. Troque de pesquisa, portanto, porque eu-euzinho já troquei de jornal, de jornalismo e de jornalista (e de pesquisa)."
ATENÇÃO, importante. Marcelo Medeiros, cuja opinião é citada por Clóvis Rossi como referência, só estudou os RICOS e só entende de RICOS. A tese dele é "O que faz os Ricos ricos: um estudo sobre os fatores que determinam a riqueza" (está aqui). Pra ficar na crítica menos exigente, sobre o que Clóvis Rossi escreve hoje, portanto, tá na cara que ele sequer tentou ouvir 'o outro lado', quer dizer, sequer tentou ouvir os pobres, quer dizer: ele sequer tentou ouvir eu-euzinho.
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Clóvis Rossi - Boa noticia.mais falsa
Folha de S. Paulo
11/11/2006
Uma das únicas boas notícias sobre o Brasil contida no relatório sobre desenvolvimento humano divulgado pelas Nações Unidas é a redução da desigualdade. Pena que seja falsa.
Já tratei desse tema, mas a repetição da falsidade exige voltar ao teorema que explica a falsidade.
1 - O único estudo que mostra a queda da desigualdade (a partir de 1995, portanto no governo Fernando Henrique Cardoso) é a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), do IBGE. Os pesquisadores perguntam a renda da família. Quem vive só de trabalho ou de outro rendimento fixo diz o que ganha. Quem, além do salário ou de rendimento fixo, recebe também os proventos advindos de aplicações financeiras, omite essa parte da renda. Ou por mero esquecimento, portanto de boa-fé, ou por medo (do fisco, de seqüestro, do que seja).
2 - Como aumentou a renda dos mais pobres, a partir dos diferentes tipos de bolsas, a pesquisa registra diminuição da desigualdade, por falsa declaração.
3 - Testemunho de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas: "A pesquisa do IBGE só capta 10% dos rendimentos das famílias com juros", afirma Marcelo Medeiros. Completa Sergei Soares: "Esses rendimentos são muito mal medidos pela Pnad".
4 - Os 10% mais ricos do país e que têm dinheiro aplicado a juros obtiveram um rendimento médio financeiro real (acima da inflação) de 65,8% entre 2001 e 2004 (os dados da ONU referem-se justamente a 2004). Já os 20% mais pobres que vivem da renda do trabalho tiveram um aumento nos ganhos de 19,2% no mesmo período.
Tudo somado, tem-se que é simplesmente impossível que a desigualdade tenha caído. E, mesmo computando uma queda que não houve, a ONU põe o Brasil em um patético 69º lugar no ranking do desenvolvimento humano.
Folha de S. Paulo
11/11/2006
Uma das únicas boas notícias sobre o Brasil contida no relatório sobre desenvolvimento humano divulgado pelas Nações Unidas é a redução da desigualdade. Pena que seja falsa.
Já tratei desse tema, mas a repetição da falsidade exige voltar ao teorema que explica a falsidade.
1 - O único estudo que mostra a queda da desigualdade (a partir de 1995, portanto no governo Fernando Henrique Cardoso) é a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), do IBGE. Os pesquisadores perguntam a renda da família. Quem vive só de trabalho ou de outro rendimento fixo diz o que ganha. Quem, além do salário ou de rendimento fixo, recebe também os proventos advindos de aplicações financeiras, omite essa parte da renda. Ou por mero esquecimento, portanto de boa-fé, ou por medo (do fisco, de seqüestro, do que seja).
2 - Como aumentou a renda dos mais pobres, a partir dos diferentes tipos de bolsas, a pesquisa registra diminuição da desigualdade, por falsa declaração.
3 - Testemunho de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas: "A pesquisa do IBGE só capta 10% dos rendimentos das famílias com juros", afirma Marcelo Medeiros. Completa Sergei Soares: "Esses rendimentos são muito mal medidos pela Pnad".
4 - Os 10% mais ricos do país e que têm dinheiro aplicado a juros obtiveram um rendimento médio financeiro real (acima da inflação) de 65,8% entre 2001 e 2004 (os dados da ONU referem-se justamente a 2004). Já os 20% mais pobres que vivem da renda do trabalho tiveram um aumento nos ganhos de 19,2% no mesmo período.
Tudo somado, tem-se que é simplesmente impossível que a desigualdade tenha caído. E, mesmo computando uma queda que não houve, a ONU põe o Brasil em um patético 69º lugar no ranking do desenvolvimento humano.
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