24 novembro 2006

Voce confiaria sua campanha eleitoral à ele?


Lula ficará fora do 2º turno em 2006

Teremos uma grande surpresa em outubro de 2006: o presidente Luis Inácio Lula da Silva deverá estar fora do segundo turno de sua sucessão presidencial.

A superexposição do atual presidente na Mídia - sobretudo a eletrônica - e sua inesgotável e "castrista" vocação para longos e desconexos discursos em eventos praticamente diários, dá uma falsa sensação de operosidade e o mantém presente na memória de milhões de brasileiros e brasileiras que se apegam ao mais econômico instrumento de lazer no país - a televisão.

Da mesma forma, nomes que disputarão com Lula ainda não estão aparentes no processo sucessório e as composições e coligações partidárias ainda esperam o segundo semestre para os passos decisivos na corrida pelo planalto.

Sob a ótica do Marketing Político, a campanha eleitoral de 2006 deverá estar apegada aos seguintes pontos:

1.. O natural processo de desgaste da imagem do governo Lula.
2.. Os casos de corrupção que marcam presença na gestão federal - Waldomiro Diniz, Dinheiro das FARCs, Banestado, Correios...
3.. A partidarização da máquina pública com mais de 20.000 cargos "de confiança", elevando a arrecadação do PT.
4.. A inexistência de programas sociais que atenderiam às expectativas criadas pelos eleitores que votaram em Lula e no PT em 2002.
5.. A revolta dos partidos "aliados", que nunca usufruíram nem determinaram os rumos (?) da administração federal, mas apenas deram sustentação parlamentar, quando muito.
No processo eleitoral e sucessório, que se sustenta pelo trinômio Tempo de TV e Rádio/candidatura viável/composiçã o político-partidá ria, certamente o PT terá grandes dificuldades de sucesso. Razão pela qual poderemos estar diante dessa surpresa, se confiarmos nos números que hoje brotam das pesquisas sobre a imagem do presidente e de seu governo.

Imagem do Governo Lula - 865 dias depois da posse, Lula não consegue apresentar nenhuma ação que justifique as esperanças depositadas, seja do trabalhador, seja do funcionalismo público, da classe artística, dos desempregados, dos jovens e talvez nem mesmo dos filiados ao PT de outrora.

As campanhas eleitorais do PT já se apresentam recheadas de ostentação, superprodução e um artificialismo que beiram à propaganda enganosa.

Quanto à partidarização da máquina pública, pode-se dizer que o desemprego acabou no país - pelo menos entre os petistas.

O salário-mínimo digno, a reforma agrária, a valorização do ensino e o atendimento pleno à Saúde são retóricas dos tempos de oposição. O Fome-Zero é marketing dos tempos de governo, porém já colocado nas prateleiras da inoperância governamental.

Por fim, o deslumbramento dos atuais detentores de poder que se esquecem de que o jogo sucessório passa pela perspectiva de curto prazo dos partidos políticos médios e grandes, todos eles observadores privilegiados da estagnação política e administrativa do governo federal - e do processo de desgaste natural da imagem do presidente Lula, que colabora diariamente com a sensação de letargia e desinteresse pela gestão da coisa pública. Essa sensação, que começa a atingir a opinião pública, os comentaristas políticos e os formadores de opinião, certamente já foi sentida por aqueles que definem seus passos sob a perspectiva de alianças com quem capacidade de vitória: o comando partidário do PL, PTB, PMDB, PPS, PDT, PSB e PP.

Esses sete partidos, suas maquinas partidárias, seus governadores, senadores e deputados, prefeitos e vereadores e seus tempos de TV e Rádio na propaganda política de 2006, certamente, seguirão projetos próprios ou estarão associados ao PFL e PSDB, com candidaturas ainda em processo de gestação.

Quanto ao instrumento imprescindível de uma campanha eleitoral - o discurso de campanha - os partidos, ora aliados ao presidente Lula, poderão lançar mão de uma solução cristã aos olhos do eleitorado: o arrependimento.


Marco Iten
Jornalista, publicitário e consultor de Marketing Político, Autor do livro ELEIÇÃO - VENÇA A SUA - As Boas Técnicas do Marketing Político e do e-Learning ELEIÇÃO ON-LINE

Ele simplesmente não conseguiu acertar nada.
E ainda se diz consultor......
Aqui vai o site dele

Vera

Nenhum comentário: