10 novembro 2006

Sobrinhas de dono do táxi-aéreo que transportaria dinheiro do dossiê são sócias de Valdebran Padilha


Sócias da empresa Airtechs Indústria Aeronáutica Brasileira Ltda ao lado do empreiteiro e lobista Valdebran Padilha, Ana Laura Cintra Barboza e Julianna Cintra Barboza são sobrinhas de Arlindo Dias Barboza, dono da empresa Táxi Aéreo MS, que transportaria parte do dinheiro (R$ 1,75 milhão) usado na compra do dossiê antitucano. A pedido de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos apontados como chefe da máfia das ambulâncias e responsável pela montagem do material, Padilha traria o dinheiro de São Paulo (SP) a Cuiabá.

Irmão de Orides Dias Barboza, Arlindo Barboza confirmou ontem, em depoimento à Polícia Federal, que manteve contatos telefônicos com um homem identificado como sendo Valdebran Padilha. Ele esclareceu que acertou o valor para fazer o transporte do Campo de Marte (SP) até Cuiabá, por R$ 16 mil. A viagem foi cancelada com a prisão de Padilha e do ex-agente federal Gedimar Passos, no dia 15 de setembro, num hotel da capital paulista. Eles estavam com R$ 1,168 mil e US$ 248 mil.

Enquanto Arlindo disse desconhecer o que seria transportado pelo passageiro, Padilha sustenta agora que traria um pára-brisa de avião a um amigo. Em entrevista ao Olhar Direto, o dono do táxi-aéreo tergiversou sobre sua relação de parentesco com Orides Dias Barboza, que comanda a empresa Airtechs, sediada no aeroporto Senador Jonas Pinheiro, em Santo Antonio do Leverger, cidade base de Padilha. A reportagem não conseguiu falar com Orides Barboza, proprietário de outras empresas no mesmo ramo de Arlindo -- Aero Manutenção e Reparo em Aeronáutica, Aeropetro Comércio Combustível e Centro-Oeste Aviões.

O piloto Tito Lívio Ferreira da Silva também reiterou à PF que foi contatado por Padilha. Ambos os depoimentos, tomados em Campo Grande (MS), foram considerados frustrantes pelo delegado Diógenes Curado Filho, já que a expectativa era que o nome de outro envolvido na trama do dossiê fosse revelado, além do conhecido Padilha.

Fonte: Correio Braziliense

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