03 novembro 2006

E não é que eles falam? A mando de quem?


Os parênteses são meus e os comentários posteriores.

Respeito aos jornalistas profissionais

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro reprova a histeria de inspiração fascista dos militantes que, no Palácio da Alvorada e na base aérea de Brasília, agrediram os repórteres que cobriam o dia seguinte da vitória de Lula. Foi uma mancha na bela festa da democracia e merece, ao nosso ver, uma manifestação contundente do PT e do presidente Lula para dissipar quaisquer dúvidas sobre sua vocação democrática, diversas vezes provada ao povo brasileiro.

Cobramos também agilidade e eficiência nas investigações sobre a denúncia de abuso de autoridade feita pelos repórteres da revista Veja contra o delegado da PF paulista Eduardo Ferreira. Ele teria constrangido os jornalistas no depoimento que prestaram sobre a história da compra do dossiê. No interrogatório, segundo os jornalistas, o delegado demonstrou desapreço pelas liberdades individuais, questionando os profissionais sobre sua filiação partidária e tecendo ironias e insinuações incompatíveis com a isenção exigida em sua função de policial.

Qualquer cidadão pode questionar a linha editorial dos veículos de comunicação e o leitor tem todo o direito de cancelar sua assinatura quando considera que seu jornal ou sua revista não pratica um Jornalismo de qualidade(Veja, FSP, Estadão, O Globo). Pode também mudar de canal e lutar pela democratização dos meios de comunicação(Rede Globo). Infelizmente, nem todos têm educação ou informação suficientes para saber diferenciar os interesses dos donos da mídia do trabalho profissional dos jornalistas. Os partidos políticos e os agentes do poder público não têm direito a essa ignorância. Eles têm a obrigação de zelar pelo respeito aos jornalistas profissionais.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.


Mesmo condenando qualquer ato de violência, chamo a atenção para o motivo da denúncia, mais uma vez aparece o termo “Ele teria constrangido...”.
Quanto ao questionamento da linha editorial, para nós a opção simplista de cancelamento de assinatura e mudança de canal ou lutar pela democratização.
Para eles o direito a tudo, deveres, nenhum. Que cada um se defenda como pode.



Paulo Nolasco de Andrade

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