02 novembro 2006

Os exemplos de ponta cabeça da mídia



Onde estamos errando? O que mudou?

Há alguns anos atrás éramos pessoas sensatas que escolhíamos como exemplo ou como fonte de inspiração pessoas que nos tivesse dado alguma contribuição para nossa melhoria.

È fácil justificar o espaço dado na mídia para um Ghandi, Madre Teresa, a nível nacional, mesmo não sendo unanimidade, Juscelino, Vargas, e outros, e mesmo como um exemplo ao avesso até um Lacerda.

A nossa imprensa está atingindo o ápice da insensatez ao tentar elevar ao nível máximo do pensamento político nada menos do que FHC.

O que significou FHC para o país? O que pode nos legar como exemplo tal figura?

Como sociólogo foi uma figura inexpressiva, usando o título de doutor para fundamentar uma carreira política de pseudo-esquerdista, quando deveria ser o contrário, o seu trabalho como sociólogo colocá-lo como expoente de um novo modo de pensar.

Como político, ele mesmo reconhece, aconteceu por acidente, não teve formação para tal, as coisas aconteceram e ele se deixou levar pelo aproveitamento de oportunista que é.

O que podemos aproveitar como parâmetro nos seus oito anos de gestão como Presidente da República? Foi um desastre para o país, somente ele e seus apaniguados conseguem enxergar alguma coisa que preste. Acredito não ser necessário lembrar o desmonte da máquina pública, doação do patrimônio público, denúncias acobertadas ou engavetadas, e outras coisas do arco da velha que precisam ser esclarecidas.

Esta eleição deixou claro que ele é ‘persona non grata’ nos círculos políticos decisivos. Qualquer referência a ele ou emitida por ele acabava num desastre para seu candidato, o único eco ouvido se dava na burra elite paulistana e seus jornalões e revistas compradas.

Ultimamente, como brasileiro, tornou-se o porta-voz para o descrédito de qualquer medida do governo Lula junto à imprensa estrangeira que não se dá ao trabalho de conhecer nossa realidade ou se conhece, faz vista grossa por má fé e outros interesses.

Este é o exemplo que a mídia quer agora nos empurrar goela abaixo.

Quantas eleições como esta serão necessárias para que a mídia entenda que o período ditatorial acabou?

Quantos FHCs, ACMs, Virgílios, Bornhausens, Fortes, chuchus, Alvaros e Osmars Dias terão que ser detonados pelo voto para que eles aprendam? Não se apeguem aos exemplos do Serra e da Yeda, este é um processo de auto-destruição.

Que a mídia repense suas linhas editoriais, mesmo que eu acredite, um pouco tarde.



Paulo Nolasco de Andrade.

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