22 outubro 2006

A opinião de um vendedor que não conhece o produto que vendeu.



O ex-sociólogo e ex-ex-presidente confirmou em entrevista a jornais argentinos o que já sabíamos. Ele foi presidente de um país durante oito anos sem conhecer o seu povo, foi um gestor que gerenciou uma empresa sem conhecer seus empregados e sem ouvir os seus anseios.

Ele deixa isso bem claro quando diz que a privatização da Vale foi um sucesso. Ele só não consegue explicar a quem coube esse sucesso, com certeza não foi ao país, pelo qual foi eleito para defender.

O seu auto conhecimento sociológico o impediu de entender o que significava a Vale para o povo que a construiu com suor e sangue.

A sua sensibilidade privatista o cegou para a visão da importância do papel social da Vale na construção de uma sociedade mais justa, como faz hoje a Petrobras.

Mais cego ainda por sua sensibilidade privatista ficou por sua incompetência ou má fé, para não ver a depreciação do valor de venda daquela estatal. Não vou falar aqui em propinas e outras maracutaias.

A privatização da Vale foi realmente um sucesso para quem a comprou por míseros 3 bilhões com parte em moeda podre, graças as armações de sua gestão e um congresso conivente.

Nestas mesmas declarações o ex-ex-presidente, tenta justificar a privatização do setor energético, ameaçando um “mea culpa”.

O que ele não admite é a péssima gestão do setor, por ele e seu ministro do apagão, que agora quer ser vice-presidente. As privatizações no setor energético foram atos complementares a seus oito anos de péssima gestão.

Se o ex-ex-presidente acha que as privatizações foram um sucesso, gostaria que ele aproveitasse o palanque de seu fantoche e a defendesse, cara a cara com boa parte dos que o elegeram acreditando na sua sociologia de salão da USP, de onde nunca deveria ter saído. Para isto é preciso uma coisa que lhe falta, coragem para defender o que comprovadamente foi um desastre para o país.

Agora, tenta de qualquer maneira retomar o poder para continuar sua sanha entreguista, querendo nos impor seu fantoche, nem que para isto seja preciso um golpe que já se arma.



Paulo Nolasco de Andrade.

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