28 outubro 2006

Respeito



Tenho como pensamento que em qualquer tipo de relação só haverá reciprocidade e possível longevidade quando entre as partes houver uma palavra simples, mas importante, respeito.

Seja no âmbito familiar, profissional, na amizade, em qualquer lugar que envolva seres humanos.

Eu jamais poderei exigir respeito de meus filhos se não respeitá-los, bem como de minha esposa, meu subordinado ou superior e assim por diante; a ordem a partir daí terá que ser mantida pela implantação do medo, do terror.

A perda do respeito geralmente, significa a deterioração e o fim de qualquer relação.

Um dos maiores elogios a um homem é a constatação do respeito por outro.

Quando passamos a falar das nossas instituições, passamos a falar das pessoas que as representam, assim a Presidência da Republica será respeitada na pessoa do cidadão Luis Inácio da Silva ou de outro que a represente, indiferente de títulos, diplomas, cursos e etc. ele foi conduzido ao posto pelo voto, mas ele tem que me respeitar para que eu o respeite, e assim tem sido. Como posso exigir dele respeito se me aproveito de circunstâncias, para ameaçá-lo com tapas e xingamentos? Com esse procedimento eu não estarei desrespeitando ao cidadão Luis Inácio, mas a instituição Presidência da República a qual devo respeitar como instituição máxima do país sob o risco de desacreditá-la.

Quero chegar a uma das mais “respeitadas” instituições do país o TSE.

Sendo a instituição máxima do país que rege a justiça eleitoral, deveria ser a mais respeitada no âmbito, mas para mim isto não acontece mais, hoje eu tenho medo do TSE, eu desconfio do TSE, mas não o respeito.

O cidadão que a representa não procede de forma que mereça o meu respeito, mas o meu medo, pelos seus atos. Ao expressar sua opinião publicamente sobre processos que não foram julgados, este cidadão deixa a sua posição de magistrado e começa a agir irresponsavelmente como formador de opinião, não sei se por falta de conhecimento da importância da posição que ocupa ou outra que desconheço.

Uma democracia, não sei se estou errado, se fortalece com o fortalecimento das instituições que a compõem e não é isto que o citado cidadão tem feito. Preocupa-me ver colocado em risco por estrelismo ou outros motivos de alguns, anos e anos de aprendizado de convivência em um regime democrático, sei que não é fácil principalmente para os que galgaram postos em regimes diferentes ou por infelizes indicações.

Por isto, eu cidadão, hoje, não tenho o menor respeito pelo TSE, mas medo pelas decisões que dele saiam.



Paulo Nolasco de Andrade

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