04 outubro 2006

Chilique da Primeira Dama do Marqueteiro de Alckmin


Colunismo-caso-de-polícia, na Folha de S.Paulo (Parte 1)

Sra. Eliane Cantanhede,

teremos pouco tempo para a senhora, porque a senhora já está decifrada e não tem importância alguma. A senhora é casada com um dos marketeiros-chefes da campanha dos tucanos-pefelistas.

A senhora é a colunista mais oficial dos Alkcmin-Bornhausen, assim como Orlando Brito -- o melhor fotógrafo jornalístico do Brasil, e há MUITOS anos -- é o fotógrafo oficial dos Alckmin-Bornhausen.

Bom, mas... Orlando Brito, pelo menos, não é casado com nenhum marketeiro tucano-pefelista e, além do mais, ele não escreve, ele mesmo, fingindo que não é casado com um candidato e uma campanha.

Com a senhora é diferente: o seu supermercado e o seu aluguel são pagos com grana tucano-pefelista, em cheques assinados por Alkcmin-Bornhausens ou por laranjas deles.

NINGUÉM pode fazer jornalismo decente, em período eleitoral, se o seu supermercado e o seu aluguel são pagos com dinheiro de candidato. Isso é que é básico.

De qualquer modo, vale comentar um parágrafo de sua coluna de hoje, porque é exemplar do subjornalismo da Folha de S.Paulo. Seu parágrafo de 'case' exemplar, hoje, é:

"Enquanto o básico -- dossiês, denúncias e a origem de montanhas de dinheiro -- deve varar a eleição e se manter para além de 2007."[1]

Primeiro, o mais importante: "Dossiês, denúncias e a origem da montanha de dinheiro" NÃO SÃO "o básico" de coisa alguma, muito menos de um jornalismo que se queira minimamente jornalístico, civilizado e democrático.

Dizer que isso seria "básico", numa discussão política que se queira minimamente democrática e civilizada, é PROVA de que o seu antijornalismo já não está dando, mesmo, nem prá saída.

Esse antijornalismo da Folha de S.Paulo usa critérios pessoais e privados, como se fossem critérios sociais e públicos. Isso é 'jornalismo' de campanha eleitoral fascista.

APRENDA: "Dossiês, denúncias e a origem da montanha de dinheiro" são caso de polícia. E devem ser tratados como caso de polícia.

O seu 'jornalismo' vira 'case' exemplar de subjornalismo, também, pq a senhora parece que acredita sinceramente que isso aí seja (i) básico; e (ii) tema de 'discussão política'.

CONTUDO, se "dossiês, denúncias e a origem da montanha de dinheiro" são (i) "o básico"; e (ii) tema de discussão política, para a senhora... o que dizer, então, da sua certidão de casamento?!

Será "básico", também, na sua opinião, que uma das 'jornalistas' que reina no feudo fascista que é essa pág.2 da Folha de S.Paulo seja casada com um dos marketeiros que reina no feudo fascista da campanha alckminista, o candidato da gomalina na careca?

O seu sub-jornalismo já virou 'case' exemplar de subjornalismo -- e assim está sendo estudado --, justamente, porque a senhora já parece ser suficientemente indiferente ao jornalismo e à vida real, pra crer que "dossiês, denúncias e a origem da montanha de dinheiro" sejam "o básico"... mas a senhora NUNCA achou que fosse "básico" provar que a senhora não é casada com as granas da campanha tucano-pefelista.

Melhor, em todos os casos, a senhora começar a discutir POLÍTICA, no seu colunismo.
Poderia até ser política de atrasismo, mas que fosse, pelo menos, política.

Deixe a Polícia Federal trabalhar em paz. É claro que o dossiê que comprova que Serra está ATOLADO na operação de superfaturar ambulâncias pagas com dinheiro público (+ os por-foras) está sendo investigado e continuará a ser investigado.

O Brasil já sabe muito mais do que a senhora, também sobre esse dossiê Serra-Sanguessugas. Em breve saberemos tudo o que falta saber. Se a interessar saber o que TODO o Brasil já sabe, leia a Carta Capital que está nas bancas.

Ciro Gomes, ontem, chamou o subjornalismo dessa Folha de S.Paulo de "lacerdismos sem brilho", de jornalismo provinciano reacionário. Disse ainda pouco, mas já disse pelo menos isso.

E muito bem lembrou tudo o que a Folha de S.Paulo obra pra ensinar o Brasil a esquecer: que o PCC é cria dos governos tucanos de FHC-Alkcmin; que a privataria foi crime de lesa-Brasil; que o escândalo dos bancos Marka e Fonte Cidam levou vários tucanos, diretamente, prô xilindró (embora tenha levado outros ao governo de São Paulo-2006); que FHC desavergonhadamente comprou votos para ser reeleito; que 60 CPIs foram levantadas na Assembléia Legislativa de São Paulo contra o governo de Geraldo Alckmin, nenhuma delas manchetadas nos jornalecos paulistas.

Ora! Além disso, o Brasil já conhece, também, o discurso de propaganda tucano-pefelista-conjugal em que a senhora obra, aí, todos os dias. Prá quem, afinal, a senhora pensa que escreve?

"Básico", mesmo, hoje, no Brasil, é que não temos ainda sequer imprensa sequer civilizada. Mas, afinal, se ainda temos de suportar o Mello-Maluco, não surpreende, afinal, que ainda não tenhamos imprensa democrática no Brasil.

Mas... bom... já temos Polícia Federal, né?! Não é 'básico', é claro, mas uma polícia federal republicana e redemocratizada é arma poderosíssima, em país em que a corrupção tem sido 'noticiada' nos jornalões paulistas como se fosse uma espécie de 'direito natural' dos tucano-pefelistas-uspeanos e seus arapongas togados. Viva o Brasil!

Estamos nos democratizando muito, muito rapidamente. E reelegeremos o presidente Lula.
Aí, então, teremos dado um passo muito importante para começar a redemocratizar, também, os jornalões paulistas. É assim que a história anda. E a história sempre anda.
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NOTA
[1] Eliane Cantanhede, 3/10/2003, Folha de S.Paulo, p. 2, na edição impressa, e na Internet, aqui.

Resposta da Primeira Dama do marqueteiro de Alckmin

From: Eliane Cantanhede
To: Caia Fittipaldi ; Internet PT [rede] ; Blogosfera Lulista ; OMBUDSMAN [Folha de S.Paulo]
Sent: Tuesday, October 03, 2006 8:15 PM
Subject: Re: Fw [propaganda_de_democratização]: Colunismo-caso-de-polícia, na Folha de S.Paulo

Lamento que uma mulher (será mesmo?) seja tão preconceituosa a ponto de pensar que, depois de 33 anos de profissão e de muita credibilidade, eu precise de alguém para pagar o meu aluguel e o meu supermercado. Não preciso. Nunca precisei. Como não preciso ganhar dinheiro, vergonhosamente, insultando as pessoas pela internet.

Colunismo-caso-de-polícia, na Folha de S.Paulo (Parte2)

D. Eliane,

não fui eu quem lhe escreveu a msg que, agora, provocou seu chilique. Eu apenas passei adiante aquela msg [que aí fica, em cima]. E, sim, acho que é verdade que o seu colunismo está sendo estudado como caso exemplar, de bias (viés) informacional no 'jornalismo' politico, no Brasil-2006, por alguém aí que está escrevendo uma tese. E mais não digo, porque não sei.

De fato, MUITA GENTE me escreve msgs para que eu as repasse à senhora, dos zilhões de pessoas que, hoje, trabalham na "Campanha Nenhum Brasileiro sem resposta-na-ponta-da-língua pra Responder à Folha de S.Paulo". Essa campanha, que eu inventei há alguns anos, com alguns amigos, começou doméstica, aqui na minha rua. Hoje é planetária.

Em geral são insultos -- aquilo, sim, é que é insulto! -- dos quais eu a poupo. Não a poupo porque eu ache que a senhora não merecesse ouvir aqueles insultos. Nem sei se a senhora merece ou não, nem me interessa.

Eu não passo adiante MUITAS das msg que recebo sobre o que a senhora escreve, porque a minha discussão não é pessoal: a minha discussão é PÚBLICA e é POLÍTICA, e tem a ver, até, com o Código de Defesa do Consumidor.

Eu escrevo a JORNAIS e jornalistas. Faço-o TOTALMENTE GRATUITAMENTE, pq essa é a militância cidadã a que eu DECIDI dedicar o meu merecido ex-ócio, nessa altura em que estou, da minha vida. Não tenha NENHUMA dúvida de que eu pago (e devo) eu mesma, as minhas contas (e dívidas).

Infelizmente, ninguém me paga para fazer o que faço. Quem me dera, aliás, que alguém pagasse!

Mas, sim, eu leio, avalio, julgo, condeno e executo e esquartejo, o mais que eu consigo, JORNAIS e JORNALISTAS brasileiros. Faço-o, de fato, como me dá na telha: eu sou o LEITOR de jornais, no século 21, da Internet. Eu sou kenén a imprensa: eu não tenho de ser justo; eu só tenho de ser livre.

Em democracia séria, no século 21, da Internet, o leitor é, sim -- e deve ser cada vez mais --, investigador, juiz e carrasco dos jornalistas e jornais. Jornalista que não queira ser avaliado, julgado, condenado e executado pelo LEITOR de jornais, que mude de profissão. Ou que se democratize.
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De qquer modo, sobre a msg que, agora, lhe provocou xchiliques, a única contestação admissível seria o que os advogados chamam de "a exceção da verdade".

Se a senhora não é casada com o Gilnei Rampazzo, sócio da empresa GW, contratado e pago pelos tucanos pefelistas para fazer a marketagem da tucanaria pefelista..., aí, sim (mas só se a senhora NÃO FOR CASADA COM O MARKETEIRO TUCANO-PEFELISTA!), estará provado que há alguma mentira na msg que lhe repassei; e a senhora será beneficiada pelo direito à "exceção da verdade" e, sim, então, a senhora poderá declarar-se insultada.

Se a senhora for casada com o marketeiro tucano-pefelista, O ÚNICO INSULTADO, nessa conversa comprida de 'preconceitos' à moda do programa "Saia Justa" que a senhora inventou será O LEITOR que (1) compra a Folha de S.Paulo; (2) paga pra obter serviços jornalísticos e (3), em vez de serviços jornalísticos, só recebe marketação de tucanagens e pefelagens em geral.

O que menos interessa, aqui, são os preconceitos que eu ou alguém tenha ou deixe de ter.

Mas é claro que eu e muitos dos nossos campanhistas temos MUITOS preconceitos contra comprar, como se fosse jornalismo, o que não passa de marketagens conjugais-jornalísticas, construídas entre a Folha de S.Paulo e um marketeiro tucano com sua 'a patroa', em coluna de jornal pelo qual eu pago pra ler.

Há MUITO prestígio envolvido, aí, na sua posição, não há dúvidas disso. Mas NADA garante que seja prestígio profissional. A senhora pode estar aí, até que bem empregada, com um salariozinho até que interessante, apenas por ser casada com quem é (isso, é claro, se a senhora for casada, mesmo, com o tal de marketeiro tucano-pefelista). ISSO, sinceramente, é mais vergonha que prestígio, aqui na minha rua, onde moram feministas radicalésimas.

A opinião do Franklin Martins (que é sério) não conta. Ele é um gentleman e, além do mais, o Franklin Martins NÃO DEPENDE, pra se informar, como eu, de ter de ler a Folha de S.Paulo.

Como é esse negócio? A senhora É OU NÃO É casada com um dos sócios da empresa GW, que é contratada e paga pelo PFL-PSDB pra fazer as marketagens da tucanaria, também na Folha de S.Paulo?

O que há de 'vergonhoso' ou de 'insultuoso' nessa minha pergunta?! Eu conheço muita gente que, mesmo não sendo casada assim com nenhuma Brastemp, em matéria de marido, não se dá o trabalho de esconder o marido.

Quanto a mim, desista: eu SEMPRE exigirei que, quando eu comprar a Folha de S.Paulo, me sejam entregues SERVIÇOS jornalísticos, não marketagens tucano-pefelistas e pregação fundamentalista de Opus Dei & privatização e 'sociologias' uspeanas de araque, e opinião do General Meira Mattos, dos Jarbas Passarinhos, ou da "Consultoria Tendências" ou outras dessas loucuras tucano-pefelistas aí, disfarçadas de jornalismos e jornalistas.

8-) Caia Fittipaldi

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