16 outubro 2006

De Adorno a Freud (Godoy) e ôtras mumunhas mais, nesse conversê uspeano-tucano-pefelista


Eu sou MUITO BRONQUEADA com TODA a USP, que, na minha opinião, é o mais ativo agente, hoje, da DES-DEMOCRATIZAÇÃO do Brasil inteiro. Sem USP não haveria 'jornalões' paulistas. E, claro, o inverso é ainda MUITO MAIS historicamente verdadeiro. Eu sei, portanto, que eu sou MUITO BRONQUEADA com toda a USP. SOU.

Quem estiver hoje na USP-tucano-pefelista e não estiver espinafrando a USP-tucano-pefelista, perde o seu e o meu tempo, porque eu não leio o que esse pessoal escreva. E, se acontece de eu ler, porque me venha como sugestão de leitura interessante, sugerida por fonte segura, eu até leio; mas, imediatamente, pergunto: "a quem e a quê isso interessa, hoje?".

Se não interessa HOJE à democracia brasileira, porque não interesse à reeleição do presidente Lula, eu descarto e imediatamente me ponho a espinafrar o mais que eu possa.

Quando eu for julgada, que me julguem, pelo menos, pelo que eu disse e escrevi, não pelo que eu calei ou, podendo escrever, não escrevi.

Quando eu leio e descarto os conversês uspeanos, bom... aí, é o se-guin-t-e! [risos, risos] A coisa pode estar assinada, até, pela mãe do reitor da USP: eu trato como inteligência, erudição ou saberes TOTALMENTE INÚTEIS e desperdiçados, porque servem, hoje, mais a DES-democratização do Brasil, do que a RE-DEMOCRATIZAÇÃO do Brasil.

"Ser radical" NÃO SIGNIFICA crescer enterrando-se cada vez mais, pensando só pra baixo e pra dentro, feito raiz de mandioca, ou o general Golbery ou o Clóvis Rossi ou o Jabor [etc.].

"Ser radical" significa PENSAR DESDE A RAIZ e pensar para fora, para a luz, para o sol, para o mundo, para o futuro e para a grandeza de todos; para a grandeza, no mínimo, dos muitos.

Meu caso, hoje, é o seguinte.

Em "Ética, leitura e universidade", a filósofa Olgária Matos escreve que "se a leitura é provedora de paciência e produtora de consciência, se ela vive do amor à palavra e à escrita, crise da leitura é, para lembrar Adorno, “defeito na capacidade de amar.”

Tá. Tá. Tá. Pode até ser que isso seja, mesmo, assimzinho, bem lírico e bonitinho. Mas, provavelmente, já vou avisando, NÃO É NADA DISSO.

O mais provável é que aí esteja escrito, como subtexto, que, sendo o presidente Lula um metalúrgico, ele não é muito dado a ler Adorno (eu até que leio [ou lia], mas não gosto). Assim sendo, portanto, facilmente se 'demonstrará', por esses 'argumentos', que, sendo o presidente Lula um metalúrgico, ele tem, mesmo... é um grave defeito na sua capacidade de amar o Brasil e o povo brasileiro.

Onde e quando essa MONSTRUOSIDADE venha assinada por filósofa uspeana... pronto! Deu, pra mim!

A única via argumental, aqui, passa a ser o mais total, amplo e irrestrito ESPINAFRAMENTO de tudo e todos, porque, aí, falou a classe. E eu-euzinho, o eleitor brasileiro pobre, E O MEU VOTO DEMOCRÁTICO foi/fui/fomos APAGADOS DO MUNDO.

COMIGO É ASSIM. Eu NUNCA dou mole pra USP-tucano-pefelista. NUN-CA.

Contudo, EU PRECISO, MESMO, SIM, ENTENDER MELHOR ESSE NEGÓCIO TODO. Então, por favor, alguém me explique:

COMO É QUE SE FAZ para, a partir desse conversê uspeano-filosófico-adornista, EXPLICARMOS, hoje, também aos leitores e alunos da filósofa-aí, que:

(1) Freud Godoy tenha sido ESQUARTEJADO nos jornalões paulista-uspeanos (escritíssimos e lidíssimos), sem que jamais houvesse sequer 1/2 prova de que ele tivesse algo a ver com o tal dossiê-Serra-Vedoin; que

(2) o esquartejamento de Freud Godoy tenha detonado uma crise gravíssima -- totalmente inventada e inflada pelos jornalões paulista-uspeanos (escritíssimos e lidíssimos) -- que, por pouco, não custou ao Brasil e aos brasileiros TODO O SEGUNDO GOVERNO LULA; e, tudo isso...

(3) sem que NINGUÉM desse pessoal uspeano que tanto lê e tanto 'produz consciência' tenha, sequer, TENTADO explicar o que aconteceu, de fato, À VIDA INTEIRA do Freud Godoy o qual, sem ter QUALQUER CULPA DE COISA ALGUMA, perdeu o emprego, foi EXPOSTO nos jornalões como bandido...

... e, isso, mesmo que, como agora se viu, Freud Godoy JAMAIS TENHA TIDO QUALQUER COISA A VER COM ESSA PORRA DE DOSSIÊ SERRA-Vedoim, que permanece CUIDADOSAMENTE ESCONDIDO pelos jornalões paulistas uspeanos (escritíssimos e lidíssimos)?!

O ministro José Dirceu pergunta, muito bem perguntado: E agora, quem vai reparar tudo isso?

Me expliquem, por favor, porque eu sou o eleitor brasileiro pobre, e a filósofa é filósofa, tá empregada e paga a casa e comida dela com a grana que ela recebe de uma universidade PÚBLICA.

De fato, bem feitas as contas éticas e morais e sociais e filosóficas (e Adorno concordaria comigo, espero), isso não é "um pedido". ISSO É UMA ORDEM.

Nenhum comentário: