10 outubro 2006

Rede O OMBUSDMÂO sou eu mesmo!


Sobre Eliane Cantanhede, "Perguntar não ofende", 10/10/2006, Folha de S.Paulo, p. 2, e na Internet, aqui.
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Sra. Eliane Cantanhede,

Marketagem e jornalismo-zero ofendem, sim, D. Eliane, sempre, sobretudo em jornal que o leitor-eleitor pague pra ler e em campanha eleitoral. Marketagens & caixa-2 em colunismo de jornal ofendem sempre, perguntem ou respondam. Ofendem o CONSUMIDOR de jornais, ofendem o eleitor e ofendem a democracia.

Depois do debate da Band, a coisa era a seguinte, aqui na minha rua: NINGUÉM estava eufórico.

TODO MUNDO logo viu que, naquele debate, só havia dois homens de bem: o presidente Lula e o Boechat.

TODOS, na minha rua, estavam HORRORIZADOS com a canalhice explícita do candidato tucano-pefelista brucutu. Com a grosseria, com a truculência, com o MONTE DE MENTIRAS, com a empostação, com a encenação de ética-de-arapongagens, com o over-training de marketagens salafrárias, com a escolha flagrantemente 'marketada', de obrar, pela televisão, exclusivamente pra engambelar o cidadão-eleitor.

Só aqui na minha rua, o seu candidato tucano-pefelista perdeu, naquele debate, 11 votos (de 6 ex-cristovistas burros e de 5 ex-P-SOListas pirados) -- e TODO MUNDO, aqui, assistiu, ao vivo, a conversão desses 11 votos, a favor do presidente.

Só naquele debate, o presidente Lula ganhou 11 votos de gente que NUNCA havia votado em Lula, na vida: 4 adolescentes, que votam pela primeira vez; 2 'uspeanos', ex-FHCistas-never-lulistas; e 5 senhoras igrejeiras, dessas metidas a 'éticas' (dessas 'éticas' de araque que elas, coitadas, aprendem com os Jabores e as Danuzas e Doras Kramer e Sardembergs, da CBN.

11 brasileiros saíram do debate da Band, ali, na minha rua, pra todo mundo ver, já convencidos de que Alckmin é um Bornhausen rejuvenecido, fascista de porta de Febem, assassino de adolescentes da Febem. Um deles, declarou o voto:

"Votar em Alkcmin, é NUNCA! Alkcmin é um neo-Bornhausen com maior expectativa de vida, pq é mais jovem, quer dizer, é, hoje, ainda PIOR prô Brasil, do que o Bornhausen-Cruela-velho, que já morreu.

Ninguém precisa de coluna como a sua, D. Eliane, de 'jornalista' de gaveta, que ainda insista no tal de 'de onde veio o dinheiro?'.

TODO O BRASIL já sabe que o importante, mesmo, é o CONTEÚDO do dossiê Vedoin-Serra.

Ontem, mesmo, nessa Campanha, um bom brasileiro que não é casado com marketeiro da tucanaria, nem perde tempo em fazer colunismo de des-democratização e de engambelamento do ELEITOR, JÁ ENSINAVA, na blogosfera democrática, gratuito e, sobretudo, em prática de bom jornalismo democrático e cidadão:

"O que MAIS INTERESSA DESCOBRIR não é de onde veio o dinheiro pra comprar o dossiê, mas é o CONTEÚDO DO DOSSIÊ.

Se o dossiê for comprovadamente falso e o dinheiro tiver tido origem criminosa... o crime é um; se o dossiê for comprovadamente verdadeiro e a origem do dinheiro for criminosa... o crime é outro.

Mas, nesses dois casos... com dossiê verdadeiro comprado com dinheiro limpo ou com dinheiro sujo... os paulistas terão eleito um bandido, para o governo de S.Paulo?!

QUER DIZER: nenhum colunista da FSP ou do Estadão alertou o eleitor paulista, sobre o risco de elegerem um Serra?! Sobre o super-risco de acabarem, mesmo, por serem governados pelo Gol-de-mão?! De que 'ética' me hablas, Sr. Clóvis Rossi?!

O dossiê é quente e contém, com 100% de certeza, provas quentíssimas contra José Serra.

Se o dossiê fosse "fajuto" -- como os jornalistas alugados à tucanaria pefelista têm tentado fazer crer que seja --, o dossiê Vedoin-Serra não detonaria tantas e tão complexas investigações.

OUTROS dossiês, que eram mesmo falsos, foram desmascarados em meia hora. Aliás... foram desmascarados, de cara, pela própria imprensa que, então, ainda investigava ("Cartas", "Pasta Rosa", "Dossiê Caimã" e outras bobagens).

Mas ninguém, dos jornalões paulistas, fala sobre o CONTEÚDO DO DOSSIÊ?!
Por que não falam?

Ah! Em tempo: Sérgio Guerra (pernambucano, como eu), e, hoje, coordenador da campanha do PSDB-PFL, é um dos anões do orçamento."

Se quer mesmo perguntar, pergunte, então, D. Eliane:

-- o que há, para colunar, em matéria de euforias, se, em 2006, ainda há anões do orçamento que se fingem de eufóricos e (muito pior!) que se fingem de 'éticos'?

NESSE CASO, dos anões do orçamento e seus candidatos, o que ofende mais: perguntar? Não perguntar?
Ou fingir que pergunta perguntas retóricas?

Qualquer um, aqui no bairro, JÁ SABE que o que ofende, mesmo, é jornalismo que plante perguntas propostas não para demonstrar alguma verdade, mas, exclusivamente, para RECONSTRUIR MENTIRAS E ENGAMBELAMENTOS E ARAPUCAS para enganar o leitor-eleitor.

E... Mas... MÊO! Com anões do orçamento... na COORDENAÇÃO da campanha... em 2006?!

D. Eliane! De onde veio o dinheiro pra comprar o dossiê Vedoin-Serra-Alckmin-Folha de S.Paulo?!

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