10 setembro 2006


Viva a República Paulista


Que se salve a República Paulista.

A famigerada carta de FHC pode ser vista de vários ângulos, mas um não pode ser desprezado, a salvação da república paulista.

Depois de gastar tantos vocábulos em ilações absurdas, tentar culpar Lula por todos os descalabros atuais do país, isentando-se de qualquer culpa, mesmo não conseguindo se desvincular dos escândalos das privatizações, compras de votos, PROER, MARCA, SIVAM e outros, FHC não conseguiu esconder sua intenção principal, salvar a elitista república paulista.

Ao escolher Azeredo como bode expiatório para todos os males do PSDB, FHC deu início ao desmonte da candidatura de Aécio Neves para 2010.

Os caciques do PSDB/PFL estão sofrendo a maior crise da história do partido, Antero esta todo enrolado, Virgílio não passa dos três por cento, Alckmim dispensa comentários, ACM caminha para o ostracismo que lhe é um prêmio dada sua vida pregressa, Bornhausen quer ser esquecido o mais rápido possível, Álvaro Dias como um jabuti enfiou a cabeça no casco, Fortes deve retornar a sua insignificância de oposição descabida e sem propósitos.

O futuro tanto desta coligação como dos partidos esta tomando cada vez mais o caminho da incerteza.

A questão maior para Aécio será conseguir se desvincular da participação com Azeredo do esquema de caixa dois levantado por FHC.

Numa jogada de jogador de péssimo caráter, FHC optou por tirar da mesa seus parceiros mineiros que poderiam ameaçá-lo em 2010.

Em um documento com aproximadamente trezentas e cinqüenta linhas com defesas sem nenhuma fundamentação, bastou um parágrafo para FHC metralhar a concorrente república mineira.

Nem Serra ou Alckmim ousaram se pronunciar, se o fizerem com certeza será apoiando seu grande líder.

Aécio que coloque a barba de molho. A escolher entre os aliados de Bel ozonte e a elite paulista, resta alguma dúvida?

Estes partidos ressentem-se da falta de homens que digam a FHC que ele é nada, representa nada e que só tem influência sobre os nada como ele.



Paulo Nolasco de Andrade

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