Este fato se passou no interior de Espírito Santo, na década de 50.
Um homem que ocupava lugar de destaque na sociedade de uma pequena cidade, dada sua liderança em uma fábrica com aproximadamente 200 operários, após insistentes convites aceitou se filiar a um partido político.
Aproveitando a convenção municipal do partido, assinou a ficha de filiação e foi participar da convenção em companhia do autor do convite. Em certo momento, ele notou que um determinado assunto era evitado pelos participantes. Incomodado com tal modo de agir, dirigiu-se ao amigo e perguntou por que agiam assim. A resposta lhe bastou:
- Aqui se mostra os erros dos outros, os nossos escondemos.
Diante dessa resposta o homem solicitou a ficha que preenchera, transformando-a em papel picado, e nunca mais se envolveu com política partidária.
Ele participou de outras campanhas, de maneiras discretas e sem envolvimentos pessoais diretos.
Este fato me foi contado pelo sujeito do acontecido, a passar-me os princípios que nortearam a minha vida, há mais de 40 anos atrás. O sujeito, já falecido, era o meu pai.
Dentre outros, como honestidade, sinceridade, ética e moral, este foi um dos que mais me marcaram. Para fazer uma crítica a alguém, eu tenho que ter a moral, no mínimo suficientemente limpa para tal. Tenho que ao longo de minha vida zelar por ela, não com a preocupação futura de criticar quem quer que seja, e não dar motivos para ser criticado, mas pelo dever presente de consciência de um homem digno e como exemplo para os me sucederão.
Por que me lembrei desse fato?
Por que o que mais tenho observado nessas últimas campanhas é o confronto do que me foi ensinado e ficou enraizado e a nossa realidade atual, o que me incomoda profundamente.
Cada vez é maior o número de seres humanos, não vou chamá-los de homens ou mulheres, pois não merecem, que acham que passaram uma borracha em seus passados levianos, mesquinhos e em sua maioria, desonestos e até criminosos e se acham no direito de acusar, denunciar, criticar, tentar desmoralizar, de maneira irresponsável e inconseqüente, usando a mídia prostituída, com o único objetivo de atingir o poder. E ainda se auto-intitulam “homens-públicos”.
Não sou nenhum santo, sou humano, cometo erros, mas quando os reconheço ou me fazem reconhecê-los, tenho que ter a dignidade de assumi-los e corrigi-los.
Redobra-se a indignação quando vemos esses personagens tentando justificar o injustificável das maneiras mais idiotas possíveis, como se mais idiotas fossemos nós em aceita-las.
A essas jurássicas figuras que não assimilaram a evolução da tecnologia e nem princípios éticos e morais, que não primaram em zelar por seus atos passados, quero lembrá-los que estes, estão a alguns toques de um teclado e acessíveis a milhões de pessoas. Hoje, públicos são os seus atos dos quais deviam se envergonhar, mas ao contrário, usam-nos como forma intimidatória como se vivêssemos ainda no auge do poder de suas pesadas botas, corroborados por um regime ditatorial.
Não sou ingênuo a ponto de lhes pedir um exame de consciência, sei que não as tem, mas usem um pouco se as tem, de suas inteligências e talvez consigam entender, que seus bons tempos estão no passado, de onde não conseguiram sair.
Dêem uma chance ao Brasil e aos brasileiros.
Paulo Nolasco de Andrade
Um homem que ocupava lugar de destaque na sociedade de uma pequena cidade, dada sua liderança em uma fábrica com aproximadamente 200 operários, após insistentes convites aceitou se filiar a um partido político.
Aproveitando a convenção municipal do partido, assinou a ficha de filiação e foi participar da convenção em companhia do autor do convite. Em certo momento, ele notou que um determinado assunto era evitado pelos participantes. Incomodado com tal modo de agir, dirigiu-se ao amigo e perguntou por que agiam assim. A resposta lhe bastou:
- Aqui se mostra os erros dos outros, os nossos escondemos.
Diante dessa resposta o homem solicitou a ficha que preenchera, transformando-a em papel picado, e nunca mais se envolveu com política partidária.
Ele participou de outras campanhas, de maneiras discretas e sem envolvimentos pessoais diretos.
Este fato me foi contado pelo sujeito do acontecido, a passar-me os princípios que nortearam a minha vida, há mais de 40 anos atrás. O sujeito, já falecido, era o meu pai.
Dentre outros, como honestidade, sinceridade, ética e moral, este foi um dos que mais me marcaram. Para fazer uma crítica a alguém, eu tenho que ter a moral, no mínimo suficientemente limpa para tal. Tenho que ao longo de minha vida zelar por ela, não com a preocupação futura de criticar quem quer que seja, e não dar motivos para ser criticado, mas pelo dever presente de consciência de um homem digno e como exemplo para os me sucederão.
Por que me lembrei desse fato?
Por que o que mais tenho observado nessas últimas campanhas é o confronto do que me foi ensinado e ficou enraizado e a nossa realidade atual, o que me incomoda profundamente.
Cada vez é maior o número de seres humanos, não vou chamá-los de homens ou mulheres, pois não merecem, que acham que passaram uma borracha em seus passados levianos, mesquinhos e em sua maioria, desonestos e até criminosos e se acham no direito de acusar, denunciar, criticar, tentar desmoralizar, de maneira irresponsável e inconseqüente, usando a mídia prostituída, com o único objetivo de atingir o poder. E ainda se auto-intitulam “homens-públicos”.
Não sou nenhum santo, sou humano, cometo erros, mas quando os reconheço ou me fazem reconhecê-los, tenho que ter a dignidade de assumi-los e corrigi-los.
Redobra-se a indignação quando vemos esses personagens tentando justificar o injustificável das maneiras mais idiotas possíveis, como se mais idiotas fossemos nós em aceita-las.
A essas jurássicas figuras que não assimilaram a evolução da tecnologia e nem princípios éticos e morais, que não primaram em zelar por seus atos passados, quero lembrá-los que estes, estão a alguns toques de um teclado e acessíveis a milhões de pessoas. Hoje, públicos são os seus atos dos quais deviam se envergonhar, mas ao contrário, usam-nos como forma intimidatória como se vivêssemos ainda no auge do poder de suas pesadas botas, corroborados por um regime ditatorial.
Não sou ingênuo a ponto de lhes pedir um exame de consciência, sei que não as tem, mas usem um pouco se as tem, de suas inteligências e talvez consigam entender, que seus bons tempos estão no passado, de onde não conseguiram sair.
Dêem uma chance ao Brasil e aos brasileiros.
Paulo Nolasco de Andrade
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