18 outubro 2006

QUEREMOS VER O CONTEÚDO DO DOSSIÊ SERRA-VEDOIN. Cadê, afinal, o CONTEÚDO do dossiê Serra-Vedoin?!



Sobre: CLOVIS ROSSI, "O dinheiro que anda", Folha de S.Paulo, 12/10/2006, p.2 e na internet, aqui.
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Sr. Clóvis Rossi,

perdoe a franqueza, mas...

Se o senhor continuar a tentar ME convencer de que o dossiê Serra-Alkcmin-Vedoin NÃO TEM CONTEÚDO (?!), eu e o pessoal aqui da minha rua nos CONVENCEREMOS, de vez, que o senhor está levando algum por-fora, incontabilizável, aí nessa sua trambicagem de o senhor escrever em jornal, todos os dias, só sobre o dinheiro, e NUNCA sobre o conteúdo do dossiê Serra-Alkcmin-Vedoin.

E leia até o fim, por favor, porque pode ser MUITO PIOR do que isso, prô seu lado.
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O que TODOS os advogados democráticos JÁ SABEM E ENSINAM

Ontem, conversando com o meu vizinho de muro, que é advogado, ele me ensinou o que abaixo lhe ensino eu.

O meu vizinho, aliás, ensinou-me de graça. Ele, portanto, NÃO ME ASSALTOU nos R$2,50 que o senhor surrupia-me, diariamente, quando me obriga a pagar para comprar a Folha de S.Paulo, que nada me ensina nem informa e, pior, muito ME DES-ENSINA e DES-INFORMA.

Leia, então, de graça e em saudável espírito democrático e republicano, o seguinte. E aprenda.

"Enquanto o tal dossiê Serra-Vedoin não for exibido, pra que todos o conheçam e se possa ter certeza de que ele existe, não há sequer CRIME algum a investigar. Daí se conclui:

(a) A Polícia Federal CONHECE o conteúdo do dossiê (ou nem estaria investigando coisa alguma); até agora, de fato, só a Polícia Federal (que investiga) e os Barjas-Serra-Vedoins (que praticaram os atos que se provam mediante o dossiê) CONHECEM O CONTEÚDO DO DOSSIÊ.

(b) A Polícia Federal SABE que o dossiê Barjas-Serra-Vedoin é quente, quer dizer: que o dossiê REÚNE PROVAS QUENTES (isso, os Barjas-Serra-Vedoins tb sabem, é claro!).

Se a Polícia Federal já não conhecesse as provas e soubesse que são quentes, a questão de saber de onde veio o dinheiro NÃO EXISTIRIA. Pensem comigo:

-- Ninguém pode investigar a MINHA conta-corrente, nem ninguém pode investigar os telefonemas que eu faça, só porque eu cometo, todos os dias a ENORMÍSSIMA ESTUPIDEZ, a INCOMENSURÁVEL IMBECILIDADE, a PERFEITA E INDESCRITÍVEL IDIOTICE de levar minha bolsinha pretinha cheia de moedinhas e entregá-la ao jornaleiro, para obter, em troca, um exemplar da Folha de S.Paulo.

É rematada estupidez MINHA, é claro, eu me dispor a pagar para ler a Folha de S.Paulo. MAS NÃO É CRIME.

O mesmo raciocínio vale, é claro, para o dossiê Barjas-Serra-Vedoin. Qquer pessoa poderia ter reunido VÁRIAS MALAS de dinheiro e levado a qquer lugar, pra comprar uma publicação que lhe interessasse conhecer.

O que interessa é o CONTEÚDO do dossiê Barjas-Serra-Vedoin!

É O CONTEÚDO do dossiê, portanto, que tornou importante, para a Polícia Federal, hoje, descobrir de onde saiu aquele moooooooooooooooonte de dinheiro.

(c) Exibir ou não exibir o dinheiro não tem importância alguma. TODOS OS DINHEIROS SÃO IDÊNTICOS, exibidos/vistos pela televisão, de longe ou um pouco mais perto. Fotos de notas de dinheiro só são relevantes quando se trata de saber se as notas são falsificadas (o que não é o caso, na investigação em curso).

O golpe de exibir o dinheiro pela televisão é truque cenográfico de propaganda fascista.

Comentar por jornal as imagens do dinheiro exibido por televisão TAMBÉM É TRUQUE CENOGRÁFICO DE PROPAGANDA FASCISTA, dado que a exibição das notas, por televisão nada acrescenta ao conhecimento das circunstâncias e agentes que operaram no crime investigado.

Se houvesse jornalismo no Brasil...

Se houvesse jornalismo no Brasil, algum jornalista já teria informado ISSO, pelo menos, aos seus leitores.
Se houvesse jornalismo no Brasil, algum jornalista estaria EXIGINDO a exibição do dossiê Barjas-Serra-Vedoin.

Se houvesse jornalismo no Brasil, TODOS os jornalistas estariam EXIGINDO que se divulgasse O CONTEÚDO INTEGRAL do dossiê Barjas-Serra-Vedoin.

O dossiê (i. e., a própria papelada) é o corpo de delito

O dossiê Barjas-Serra-Vedoin -- ensinou-me o meu vizinho advogado -- é o que se chama "o corpo de delito", nesse caso "do dossiê". O dossiê Barjas-Serra-Vedoin é como o cadáver, numa investigação de assassinato. Se ninguém jamais viu cadáver algum, não se pode falar em assassinato.

Se ninguém jamais viu o dossiê Barjas-Serra-Vedoin, não há como saber, sequer, se houve algum crime, ou de que crime se trata.

Exigir, como fizeram o senhor, Sr. Clóvis Rossi, D. Eliane Cantanhede, Jereissati (derrotado nas urnas), ACM (derrotado nas urnas), Virgílio (suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper derrotado nas urnas), FHC (derrotado nas urnas) e tantos outros militantes da canalha tucano-uspeano-midiática-paulista, que se exiba e re-exiba apenas aquela montanha de dinheiro, é, no mínimo, fazer ANTIJORNALISMO.

E pode ser crime, se se demonstrar -- como se demonstrará -- que O CRIME PRINCIPAL NÃO ESTAVA NEM JAMAIS ESTEVE naquela pilha de dinheiro.

O CRIME PRINCIPAL está, como sempre esteve, DENTRO DO DOSSIÊ Barjas-Serra-Vedoin, que o jornalismo da Folha de S.Paulo está operando para ESCONDER, não para mostrar aos seus leitores.

Portanto, deve-se esperar que, em breve, os cidadãos brasileiros estejam em posição de poder acusar formalmente TODOS OS COLUNISTAS da Folha de S.Paulo, que tanto 'exigiram' a exibição do dinheiro e hoje só escrevem sobre o dinheiro -- mas NUNCA exigiram a exibição do CONTEÚDO do dossiê Barjas-Serra-Vedoin -- de cumplicidade no crime de superfaturar ambulâncias pra vender em prefeituras brasileiras (e desde 1995, parece, no mínimo).
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Já está suficientemente claro, no Brasil-2006, que os colunistas alugados da Folha de S.Paulo (no mínimo, e pra só citar esses) AJUDARAM A OCULTAR PROVAS, no "caso Barjas-Serra-Vedoin".

Em termos mais técnicos: já está suficientemente evidente, em outubro-2006, que os colunistas da Folha de S.Paulo AJUDARAM (e continuam a ajudar) A OCULTAR O CORPO DE DELITO, contra as investigações da Polícia Federal, em crime de corrupção e desvio de dinheiro público, no caso do dossiê Barjas-Serra-Vedoin."

ISSO foi o que me ensinou o advogado, aqui da minha rua.

DESISTA, portanto, de inventar mentiras, Sr. Clóvis Rossi. Nenhuma MENTIRA DEMONSTRADA passaria a ser verdade, é claro, apenas porque o senhor a repita, todos os dias.

Mas o crime de ocultação de provas -- nesse caso, o crime de ocultar, cuidadosamente, todos os dias, o conteúdo do dossiê Barjas-Serra-Vedoin --, esse sim, pode ser agravado por REINCIDÊNCIA.

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